Pedra Pintada, passeio por registros
misteriosos de nossos ancestrais
Em Roraima, existe um lugar que representa um momento
único de observar os registros de nossos ancestrais. Trata-se
da Pedra Pintada, uma formação rochosa situada em um
sítio arqueológico ao norte do estado.
Os pesquisadores dizem que a principal pedra do sítio
tem mais de 35 metros de altura em uma altitude de 83 metros
em relação ao nível do mar, onde existe uma caverna cujas
paredes apresentam pinturas rupestres. Lá também foram encontrados
pedaços de cerâmicas, machadinhas, contas de colar,
entre outros artefatos.
Pelo lado de fora é possível ver pinturas em cor branca
rosada, fato que deu o nome de Pedra Pintada. O sítio arqueológico
localiza-se nos limites da terra indígena de São
Marcos, a 140 quilômetros da Capital, no sul do Município de
Pacaraima, quase na divisa com o Município de Amajari.
Os registros rupestres da Pedra Pintada podem lançar
luz sobre a compreensão do passado, mas as pesquisas arqueológicas
não avançaram e o local não está protegido como
deveria, a não ser com placas indicando que se trata de área do
patrimônio histórico a ser preservada.
Há indício de ter servido de abrigo para povos primitivos
em um passado muito remoto. O paredão de granito altaneiro é
como se fosse um mural feito há milênios por “artistas” do
passado, com várias pinturas, algumas alcançando até mesmo
cerca de 15 metros de altura, como se a pedra tivesse sido
escalada para que a pintura fosse realizada.
Para alguns pesquisadores, a Pedra Pintada teria surgido
na Era Mesozoica, nos períodos do Cretáceo e Jurássico,
há aproximadamente 67 e 137 milhões de anos. Outros adotaram
a teoria de que a região teria sido um grande lago chamado
de Lago de Manoá e que cobria parcialmente a Pedra Pintada,
justificando assim a altura em que são encontradas certas
pinturas gravadas em seus paredões retilíneos.
(Adaptado de: SOUZA, Jessé, 20/10/2015. Disponível em:
http://roraimadefato.com/main/2015/10/20/pedra-pintada-passeio-por-registros-misteriosos-de-nossos-ancestrais.
Acesso
em: 21/10/2015)