Um homem de 40 anos foi encontrado morto dentro de uma piscina. Concluída a perícia, foi divulgado na certificação como
causa de sua morte, o registro de asfixia por afogamento. Não se conseguia, com isso, precisar se o que havia ocorrido era
decorrente de um acidente, de um homicídio ou tratava-se de um suicídio. Para auxiliar o perito legista, recorreu-se a um
psicólogo especializado em saúde mental, habilitado na compreensão psicológica, que realizou exames retrospectivos, e analisou
comunicações prévias do falecido. O profissional partiu do pressuposto que a avaliação retrospectiva permite observar
pistas diretas ou indiretas relacionadas àquele comportamento letal que estava por vir. Com o objetivo de reconstruir a biografia
do indivíduo, passou a realizar entrevistas com terceiros (cônjuge, filhos, pais, amigos, professores, médicos, por exemplo) e
análise de documentos (pessoais, policiais, acadêmicos, hospitalares, auto da necropsia, dentre outros). Essa forma de avaliar,
retrospectivamente, o que estava na mente da pessoa antes de sua morte corresponde à