Questões de Concurso Público IAPEN-AP 2018 para Agente Penitenciário
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As pessoas se odeiam no trânsito, seguram seus volantes como baterias antiaéreas, usam a buzina como o botão que dá a partida num míssil. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha.
Em trem, já fui carregado por um indiano que nunca mais vi. Desconhecidos me ajudaram a subir escadas sem pedir nada em troca. “Quer uma ajuda” é um mantra com que todo deficiente, como eu, que sou cadeirante, habitua-se rotineiramente.
O ódio existe, sempre existiu. Algumas pessoas se desrespeitam na internet, discordam umas das outras, usam argumentos que consideram ofensivos, como “vai ler”, “vai estudar”. A não ser psicopatas, que não são poucos, algumas pessoas, quando flagradas, arrependem-se, pedem desculpas, são fotografadas de cabeça baixa, tristes.
O homem tem empatia. Tem capacidade de sentir (e até prever) o que o outro sente. Foi Kant quem disse que o altruísmo é uma condição humana. E os evolucionistas, como Darwin, garantem que os genes humanos criaram um agente inédito, não biológico, ao comportamento animal: a cultura.
Culinária, música, poesia, competições esportivas, folclore, religião, filosofia, noção da vida e da morte são próprios dos homens, nos distinguem, nos diferenciam, nos afastam do passado primata. Como o altruísmo.
Kant insistia: conservar a própria vida é um dever; ser bom quando se pode é um dever. Existem pessoas tão capacitadas para o altruísmo, que, mesmo sem qualquer vaidade ou interesse, experimentam uma satisfação grande com o contentamento do outro; fazem o bem não por uma inclinação, mas por um dever. Daí nasceu a ideia de utopia. Eu prefiro acreditar que ela existe. E lutar por ela.
(Adaptado de: RUBENS PAIVA, Marcelo. Disponível em: cultura.estadao.com.br)
Considere as afirmações abaixo.
I. O autor repudia o uso de expressões carregadas de agressividade, como “vai estudar”, por já ter sido vítima de linguagem ofensiva, conforme afirma em tom confessional.
II. No último parágrafo, infere-se que o autor, ao defender a ideia de utopia, manifesta-se a favor da promoção de uma sociedade que preze pelo bem-estar da comunidade.
III. No texto, fatos advindos da experiência pessoal do autor confirmam o argumento de que existem pessoas altruístas.
Está correto o que se afirma APENAS em
As pessoas se odeiam no trânsito, seguram seus volantes como baterias antiaéreas, usam a buzina como o botão que dá a partida num míssil. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha.
Em trem, já fui carregado por um indiano que nunca mais vi. Desconhecidos me ajudaram a subir escadas sem pedir nada em troca. “Quer uma ajuda” é um mantra com que todo deficiente, como eu, que sou cadeirante, habitua-se rotineiramente.
O ódio existe, sempre existiu. Algumas pessoas se desrespeitam na internet, discordam umas das outras, usam argumentos que consideram ofensivos, como “vai ler”, “vai estudar”. A não ser psicopatas, que não são poucos, algumas pessoas, quando flagradas, arrependem-se, pedem desculpas, são fotografadas de cabeça baixa, tristes.
O homem tem empatia. Tem capacidade de sentir (e até prever) o que o outro sente. Foi Kant quem disse que o altruísmo é uma condição humana. E os evolucionistas, como Darwin, garantem que os genes humanos criaram um agente inédito, não biológico, ao comportamento animal: a cultura.
Culinária, música, poesia, competições esportivas, folclore, religião, filosofia, noção da vida e da morte são próprios dos homens, nos distinguem, nos diferenciam, nos afastam do passado primata. Como o altruísmo.
Kant insistia: conservar a própria vida é um dever; ser bom quando se pode é um dever. Existem pessoas tão capacitadas para o altruísmo, que, mesmo sem qualquer vaidade ou interesse, experimentam uma satisfação grande com o contentamento do outro; fazem o bem não por uma inclinação, mas por um dever. Daí nasceu a ideia de utopia. Eu prefiro acreditar que ela existe. E lutar por ela.
(Adaptado de: RUBENS PAIVA, Marcelo. Disponível em: cultura.estadao.com.br)
As pessoas se odeiam no trânsito, seguram seus volantes como baterias antiaéreas, usam a buzina como o botão que dá a partida num míssil. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha.
Em trem, já fui carregado por um indiano que nunca mais vi. Desconhecidos me ajudaram a subir escadas sem pedir nada em troca. “Quer uma ajuda” é um mantra com que todo deficiente, como eu, que sou cadeirante, habitua-se rotineiramente.
O ódio existe, sempre existiu. Algumas pessoas se desrespeitam na internet, discordam umas das outras, usam argumentos que consideram ofensivos, como “vai ler”, “vai estudar”. A não ser psicopatas, que não são poucos, algumas pessoas, quando flagradas, arrependem-se, pedem desculpas, são fotografadas de cabeça baixa, tristes.
O homem tem empatia. Tem capacidade de sentir (e até prever) o que o outro sente. Foi Kant quem disse que o altruísmo é uma condição humana. E os evolucionistas, como Darwin, garantem que os genes humanos criaram um agente inédito, não biológico, ao comportamento animal: a cultura.
Culinária, música, poesia, competições esportivas, folclore, religião, filosofia, noção da vida e da morte são próprios dos homens, nos distinguem, nos diferenciam, nos afastam do passado primata. Como o altruísmo.
Kant insistia: conservar a própria vida é um dever; ser bom quando se pode é um dever. Existem pessoas tão capacitadas para o altruísmo, que, mesmo sem qualquer vaidade ou interesse, experimentam uma satisfação grande com o contentamento do outro; fazem o bem não por uma inclinação, mas por um dever. Daí nasceu a ideia de utopia. Eu prefiro acreditar que ela existe. E lutar por ela.
(Adaptado de: RUBENS PAIVA, Marcelo. Disponível em: cultura.estadao.com.br)
A não ser psicopatas [...], algumas pessoas, quando flagradas... (3° parágrafo)
Sem prejuízo do sentido e da correção, o termo sublinhado acima pode ser substituído por
As pessoas se odeiam no trânsito, seguram seus volantes como baterias antiaéreas, usam a buzina como o botão que dá a partida num míssil. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha.
Em trem, já fui carregado por um indiano que nunca mais vi. Desconhecidos me ajudaram a subir escadas sem pedir nada em troca. “Quer uma ajuda” é um mantra com que todo deficiente, como eu, que sou cadeirante, habitua-se rotineiramente.
O ódio existe, sempre existiu. Algumas pessoas se desrespeitam na internet, discordam umas das outras, usam argumentos que consideram ofensivos, como “vai ler”, “vai estudar”. A não ser psicopatas, que não são poucos, algumas pessoas, quando flagradas, arrependem-se, pedem desculpas, são fotografadas de cabeça baixa, tristes.
O homem tem empatia. Tem capacidade de sentir (e até prever) o que o outro sente. Foi Kant quem disse que o altruísmo é uma condição humana. E os evolucionistas, como Darwin, garantem que os genes humanos criaram um agente inédito, não biológico, ao comportamento animal: a cultura.
Culinária, música, poesia, competições esportivas, folclore, religião, filosofia, noção da vida e da morte são próprios dos homens, nos distinguem, nos diferenciam, nos afastam do passado primata. Como o altruísmo.
Kant insistia: conservar a própria vida é um dever; ser bom quando se pode é um dever. Existem pessoas tão capacitadas para o altruísmo, que, mesmo sem qualquer vaidade ou interesse, experimentam uma satisfação grande com o contentamento do outro; fazem o bem não por uma inclinação, mas por um dever. Daí nasceu a ideia de utopia. Eu prefiro acreditar que ela existe. E lutar por ela.
(Adaptado de: RUBENS PAIVA, Marcelo. Disponível em: cultura.estadao.com.br)
As pessoas se odeiam no trânsito [...]. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha. (1° parágrafo)
Mantendo-se as relações de sentido, uma redação alternativa, em um único período, para o trecho acima está em:
As pessoas se odeiam no trânsito, seguram seus volantes como baterias antiaéreas, usam a buzina como o botão que dá a partida num míssil. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha.
Em trem, já fui carregado por um indiano que nunca mais vi. Desconhecidos me ajudaram a subir escadas sem pedir nada em troca. “Quer uma ajuda” é um mantra com que todo deficiente, como eu, que sou cadeirante, habitua-se rotineiramente.
O ódio existe, sempre existiu. Algumas pessoas se desrespeitam na internet, discordam umas das outras, usam argumentos que consideram ofensivos, como “vai ler”, “vai estudar”. A não ser psicopatas, que não são poucos, algumas pessoas, quando flagradas, arrependem-se, pedem desculpas, são fotografadas de cabeça baixa, tristes.
O homem tem empatia. Tem capacidade de sentir (e até prever) o que o outro sente. Foi Kant quem disse que o altruísmo é uma condição humana. E os evolucionistas, como Darwin, garantem que os genes humanos criaram um agente inédito, não biológico, ao comportamento animal: a cultura.
Culinária, música, poesia, competições esportivas, folclore, religião, filosofia, noção da vida e da morte são próprios dos homens, nos distinguem, nos diferenciam, nos afastam do passado primata. Como o altruísmo.
Kant insistia: conservar a própria vida é um dever; ser bom quando se pode é um dever. Existem pessoas tão capacitadas para o altruísmo, que, mesmo sem qualquer vaidade ou interesse, experimentam uma satisfação grande com o contentamento do outro; fazem o bem não por uma inclinação, mas por um dever. Daí nasceu a ideia de utopia. Eu prefiro acreditar que ela existe. E lutar por ela.
(Adaptado de: RUBENS PAIVA, Marcelo. Disponível em: cultura.estadao.com.br)
As pessoas se odeiam no trânsito, seguram seus volantes como baterias antiaéreas, usam a buzina como o botão que dá a partida num míssil. Mas, no fundo, as pessoas são boas. E sou testemunha.
Em trem, já fui carregado por um indiano que nunca mais vi. Desconhecidos me ajudaram a subir escadas sem pedir nada em troca. “Quer uma ajuda” é um mantra com que todo deficiente, como eu, que sou cadeirante, habitua-se rotineiramente.
O ódio existe, sempre existiu. Algumas pessoas se desrespeitam na internet, discordam umas das outras, usam argumentos que consideram ofensivos, como “vai ler”, “vai estudar”. A não ser psicopatas, que não são poucos, algumas pessoas, quando flagradas, arrependem-se, pedem desculpas, são fotografadas de cabeça baixa, tristes.
O homem tem empatia. Tem capacidade de sentir (e até prever) o que o outro sente. Foi Kant quem disse que o altruísmo é uma condição humana. E os evolucionistas, como Darwin, garantem que os genes humanos criaram um agente inédito, não biológico, ao comportamento animal: a cultura.
Culinária, música, poesia, competições esportivas, folclore, religião, filosofia, noção da vida e da morte são próprios dos homens, nos distinguem, nos diferenciam, nos afastam do passado primata. Como o altruísmo.
Kant insistia: conservar a própria vida é um dever; ser bom quando se pode é um dever. Existem pessoas tão capacitadas para o altruísmo, que, mesmo sem qualquer vaidade ou interesse, experimentam uma satisfação grande com o contentamento do outro; fazem o bem não por uma inclinação, mas por um dever. Daí nasceu a ideia de utopia. Eu prefiro acreditar que ela existe. E lutar por ela.
(Adaptado de: RUBENS PAIVA, Marcelo. Disponível em: cultura.estadao.com.br)
A solidão é distinta do simples fato de se estar sem uma pessoa por perto; da mesma forma, estar acompanhado não é a garantia de eliminá-la. Nos grandes centros urbanos, estamos cercados por milhões de pessoas. Seria aceitável pensar que os solitários eram as antigas pessoas do campo, separadas por quilômetros de um aglomerado.
Podemos dizer o contrário hoje: nas grandes cidades, o mal da solidão é ainda mais devastador. Concentração demográfica, sim, porém com esvaziamento de laços pessoais e significativos. Grandes condomínios que acumulam histórias paralelas que nunca se encontram. Vizinhos que trocam cumprimentos formais nas áreas comuns, mas sabem que não podem contar com ninguém. Pessoas que não criam vínculos afetivos que tornem a existência mais interessante.
A solidão sempre deixa um gosto melancólico sobre a experiência da vida. Não estamos falando da doença chamada depressão, em que uma pessoa, contra a vontade, vai perdendo vínculos com o mundo. Estamos falando de algo que não é uma doença psíquica. A solidão é um problema contemporâneo. Isolamento social não é apenas uma situação atípica: transformou-se em verdadeira epidemia.
(Adaptado de: KARNAL, Leandro. O dilema do porco-espinho. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018, edição digital.)
A solidão é distinta do simples fato de se estar sem uma pessoa por perto; da mesma forma, estar acompanhado não é a garantia de eliminá-la. Nos grandes centros urbanos, estamos cercados por milhões de pessoas. Seria aceitável pensar que os solitários eram as antigas pessoas do campo, separadas por quilômetros de um aglomerado.
Podemos dizer o contrário hoje: nas grandes cidades, o mal da solidão é ainda mais devastador. Concentração demográfica, sim, porém com esvaziamento de laços pessoais e significativos. Grandes condomínios que acumulam histórias paralelas que nunca se encontram. Vizinhos que trocam cumprimentos formais nas áreas comuns, mas sabem que não podem contar com ninguém. Pessoas que não criam vínculos afetivos que tornem a existência mais interessante.
A solidão sempre deixa um gosto melancólico sobre a experiência da vida. Não estamos falando da doença chamada depressão, em que uma pessoa, contra a vontade, vai perdendo vínculos com o mundo. Estamos falando de algo que não é uma doença psíquica. A solidão é um problema contemporâneo. Isolamento social não é apenas uma situação atípica: transformou-se em verdadeira epidemia.
(Adaptado de: KARNAL, Leandro. O dilema do porco-espinho. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018, edição digital.)
... da mesma forma, estar acompanhado não é a garantia de eliminá-la. (1° parágrafo)
Grandes condomínios que acumulam histórias paralelas que nunca se encontram. (2° parágrafo)
Pessoas que não criam vínculos afetivos que tornem a existência mais interessante. (2° parágrafo)
Os pronomes sublinhados acima referem-se, na ordem dada, a:
A solidão é distinta do simples fato de se estar sem uma pessoa por perto; da mesma forma, estar acompanhado não é a garantia de eliminá-la. Nos grandes centros urbanos, estamos cercados por milhões de pessoas. Seria aceitável pensar que os solitários eram as antigas pessoas do campo, separadas por quilômetros de um aglomerado.
Podemos dizer o contrário hoje: nas grandes cidades, o mal da solidão é ainda mais devastador. Concentração demográfica, sim, porém com esvaziamento de laços pessoais e significativos. Grandes condomínios que acumulam histórias paralelas que nunca se encontram. Vizinhos que trocam cumprimentos formais nas áreas comuns, mas sabem que não podem contar com ninguém. Pessoas que não criam vínculos afetivos que tornem a existência mais interessante.
A solidão sempre deixa um gosto melancólico sobre a experiência da vida. Não estamos falando da doença chamada depressão, em que uma pessoa, contra a vontade, vai perdendo vínculos com o mundo. Estamos falando de algo que não é uma doença psíquica. A solidão é um problema contemporâneo. Isolamento social não é apenas uma situação atípica: transformou-se em verdadeira epidemia.
(Adaptado de: KARNAL, Leandro. O dilema do porco-espinho. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018, edição digital.)
Seria aceitável pensar que os solitários eram as antigas pessoas do campo... (1° parágrafo)
Na frase acima, identifica-se