Questões de Concurso Público METRÔ-SP 2019 para Médico do Trabalho

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Q1122896
Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122896 Português


Entre as razões que levaram “Parasita” a ser classificado como conservador, está o fato de que o filme
Alternativas
Q1122897
Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122897 Português


Depreende-se do texto que o cineasta Bong Joon-ho
Alternativas
Q1122898
Português Pontuação , Uso da Vírgula , Uso dos dois-pontos , Sintaxe , Uso dos conectivos
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122898 Português


Ortega y Gasset dizia que a comédia era um gênero que confirmava o poder do que já está estabelecido: o indivíduo que se encontra fora das estruturas torna-se ridículo, cômico. (3ºparágrafo)

No trecho acima, o sinal de dois-pontos pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Q1122899
Português Interpretação de Textos , Coesão e coerência , Morfologia - Pronomes , Pronomes pessoais oblíquos
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122899 Português


entre os muros que os separam da realidade (5º parágrafo)

como a esconde, encobre, transforma-a em fantasma (8º parágrafo)

Os pronomes sublinhados acima referem-se, respectivamente, a:

Alternativas
Q1122900
Português Interpretação de Textos , Gêneros Textuais ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122900 Português


O autor do texto retoma a ideia de que o filme apresentado constitui uma parábola no seguinte trecho:
Alternativas
Q1122901
Português Interpretação de Textos , Redação - Reescritura de texto , Crase ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122901 Português


graças a uma série de circunstâncias (6º parágrafo)

Sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o sinal indicativo de crase deve ser empregado caso se substitua o trecho sublinhado acima por:

Alternativas
Q1122902
Português Morfologia - Verbos , Locução Verbal , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) , Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo)
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122902 Português


Sem prejuízo para a correção e o sentido, no trecho em pouco tempo pai, mãe e os dois filhos da família pobre estarão ocupando cargos de confiança na casa dos ricos (6º parágrafo), pode-se eliminar o uso do gerúndio, substituindo-se o segmento sublinhado por: 
Alternativas
Q1122903
Português Sintaxe , Orações subordinadas reduzidas , Uso dos conectivos ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122903 Português


No contexto, expressa noção de finalidade o seguinte trecho:
Alternativas
Q1122904
Português Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado , Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122904 Português


Ortega y Gasset dizia que a comédia era um gênero literário que confirmava o poder do que já está estabelecido (3º parágrafo)

No contexto, o trecho sublinhado acima exerce a mesma função sintática que o também sublinhado em:

Alternativas
Q1122905
Português Pontuação , Uso da Vírgula , Sintaxe , Concordância verbal, Concordância nominal
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122905 Português


Está correta a redação do livre comentário que se encontra em:
Alternativas
Q1122906
Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122906 Português
        Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
          No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
       No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
       Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
      Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.  

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28) 
Com relação às constantes queixas da mãe, o filho se comportava de modo
Alternativas
Q1122910
Português Morfologia - Verbos , Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Administração de Empresas | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências Contábeis | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Design Gráfico | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Ciências da Computação | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior – Psicologia |
Q1122910 Português
        Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
          No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
       No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
       Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
      Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.  

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28) 
Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino (5º parágrafo). A forma verbal sublinhada acima está empregada no mesmo tempo do verbo sublinhado em:
Alternativas
Q1129512
Português Interpretação de Textos , Coesão e coerência ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1129512 Português
     Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
       No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
       No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo
 o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
      Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)



Estabelece relação de referência a um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em:
Alternativas
Q1129513
Português Interpretação de Textos , Significação Contextual de Palavras e Expressões. Sinônimos e Antônimos. , Sintaxe , Uso dos conectivos
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1129513 Português
     Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
       No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
       No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo
 o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
      Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)



Em não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento (2º parágrafo), o termo destacado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
Alternativas
Q1129516
Português Morfologia - Verbos , Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva) ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1129516 Português
     Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
       No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
       No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo
 o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
      Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)



Pode ser reescrito na voz passiva o seguinte trecho do texto:
Alternativas
Q1129517
Português Sintaxe , Análise sintática , Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado , Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva , Morfologia - Pronomes , Pronomes pessoais oblíquos , Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1129517 Português
     Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
       No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
       No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo
 o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
      Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28)



O termo sublinhado em ela lhe fizera uma confissão surpreendente (2º parágrafo) exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:
Alternativas
Q1130084
Português Interpretação de Textos , Coesão e coerência , Funções morfossintáticas da palavra SE , Morfologia - Pronomes , Pronomes pessoais oblíquos
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1130084 Português
         Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
          No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
              No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
       Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28) 
Em muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida (2º parágrafo), os pronomes sublinhados referem-se
Alternativas
Q1130087
Português Morfologia , Substantivos , Adjetivos ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Prova: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1130087 Português
         Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
          No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
              No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
       Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28) 
O substantivo está posposto ao termo que o qualifica na expressão sublinhada em:
Alternativas
Q1130088
Português Sintaxe , Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional... , Uso dos conectivos ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Provas: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Enfermeiro do Trabalho | FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1130088 Português
         Para ele, o fim do ano era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano-Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos setenta anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca.
          No passado, convivera muito tempo com a mãe. Filho único, sentia-se obrigado a cuidar da velhinha que cedo enviuvara. Não se tratava de tarefa fácil: como ele, a mãe era uma mulher amargurada. Contra a sua vontade, tinha casado, em 31 de dezembro de 1914 (o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar) com um homem de quem não gostava, mas que pais e familiares achavam um bom partido. Resultado desse matrimônio: um filho e longos anos de sofrimento e frustração. O filho tinha de ouvir suas constantes e ressentidas queixas. Coisa que suportava estoicamente; não deixou, contudo, de sentir certo alívio quando de seu falecimento, em 1984. Este alívio resultou em culpa, uma culpa que retornava a cada Natal. Porque a mãe falecera exatamente na noite de Natal. Na véspera, no hospital, ela lhe fizera uma confissão surpreendente: muito jovem, apaixonara-se por um primo, que acabou se transformando no grande amor de sua vida. Mas a família do primo mudara-se, e ela nunca mais tivera notícias dele. Nunca recebera uma carta, uma mensagem, nada. Nem ao menos um cartão de Natal.
              No dia 24 pela manhã ele encontrou um envelope na carta do correio. Como em geral não recebia correspondência alguma, foi com alguma estranheza que abriu o envelope.
         Era um cartão de Natal, e tinha a falecida mãe como destinatária. Um velhíssimo cartão, uma coisa muito antiga, amarelada pelo tempo. De um lado, um desenho do Papai Noel sorrindo para uma menina. Do outro lado, a data: 23 de dezembro de 1914. E uma única frase: “Eu te amo.”
        A assinatura era ilegível, mas ele sabia quem era o remetente: o primo, claro. O primo por quem a mãe se apaixonara, e que, por meio daquele cartão, quisera associar o Natal a uma mensagem de amor. Uma nova vida, era o que estava prometendo. Esta mensagem e esta promessa jamais tinham chegado a seu destino. Mas de algum modo o recado chegara a ele. Por quê? Que secreto desígnio haveria atrás daquilo?
       Cartão na mão, aproximou-se da janela. Ali, parada sob o poste de iluminação, estava uma mulher já madura, modestamente vestida, uma mulher ainda bonita. Uma desconhecida, claro, mas o que importava? Seguramente o destino a trouxera ali, assim como trouxera o cartão de Natal. Num impulso, abriu a porta do apartamento e, sempre segurando o cartão, correu para fora. Tinha uma mensagem para entregar àquela mulher. Uma mensagem que poderia transformar a vida de ambos, e que era, por isso, um verdadeiro presente de Natal.

(SCLIAR, Moacyr. Mensagem de Natal. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 26-28) 
o ano em que começou a Grande Guerra, como ela fazia questão de lembrar (2º parágrafo)
Em relação ao segmento anterior, o segmento sublinhado expressa ideia de
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Q1130092
Português Crase ,
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: METRÔ-SP Prova: FCC - 2019 - METRÔ-SP - Médico do Trabalho |
Q1130092 Português

“ I habituados II posse, ou mesmo III esperança da admiração pública”, observa Adam Smith, “todos os demais prazeres esmaecem e definham.”

(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 85)


Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas I, II e III do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:

Alternativas
Respostas
1: D
2: A
3: E
4: C
5: C
6: B
7: E
8: B
9: A
10: D
11: D
12: C
13: E
14: D
15: A
16: B
17: B
18: C
19: B
20: E
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