Francis Bacon, filósofo inglês do século XVI, diz-se arauto da ciência experimental em busca de um novo método. Esse
caminho é dificultado pelos ídolos, os enganos que enredam a busca pelo conhecimento verdadeiro: as opiniões preconcebidas
(ídolos da caverna), a perspectiva antropocêntrica sobre a natureza (ídolos da tribo), a força das opiniões compartilhadas (ídolos
do mercado) e das tradições sedimentadas (ídolos do teatro). Os ídolos, embora aninhados na mente dos homens, só revelam
sua ação se observados na trama social, ou seja, no interior das culturas. A teoria dos ídolos é hoje considerada pela sociologia
do conhecimento o vestíbulo das ideologias. Desse modo, pode-se concluir que