Questões de Concurso Público Prefeitura de São Paulo - SP 2025 para Auditor Municipal de Controle Interno - AMCI Area de Especialização: Geral

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Q3281710 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

Na crônica “O Aventureiro”, de Rubem Braga,
Alternativas
Q3281711 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

Acerca dos recursos coesivos no texto de Rubem Braga, 
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Q3281712 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

Considere o uso de pronomes nos seguintes trechos do terceiro parágrafo do texto:

essa doçura melancólica da cidade estranha e grande.
que une os transeuntes da mesma rua.
onde perambulei docemente

Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a 
Alternativas
Q3281713 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

Mantém a coerência e, em linhas gerais, o sentido original do trecho Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho... o que se encontra em: 
Alternativas
Q3281714 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

A flexão do verbo destacado deve-se ao elemento sublinhado em: 
Alternativas
Q3281715 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

Considere as afirmativas abaixo acerca da pontuação do texto.

I. A substituição de ponto e virgula por dois-pontos em Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama... (último parágrafo) rompe a simples justaposição de orações, tornando a segunda uma explicação da primeira. 
II. Caso se acrescente uma virgula imediatamente antes de assim, em E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa (3º parágrafo), o termo passaria a ter sentido predominantemente conclusivo.
III. Em algumas choraram, há famílias enormes (2º parágrafo), a substituição da virgula por ponto final, seguido de inicial maiúscula, mantêm a correção e, em linhas gerais, o sentido do texto original.

Está correto o que consta em 
Alternativas
Q3281716 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 


     Passo o dia fazendo uma reportagem, não procuro nem pelo telefone nenhum amigo - e quando anoitece e chego ao apartamento sou um homem só nesta cidade de São Paulo. Ligo para dois conhecidos; nenhum está em casa. Perdi há tempos meu caderno de endereços; não encontro a lista de telefone. Tomo um banho, mudo a roupa e saio sozinho, sem programa, pelas calçadas formigantes deste começo de noite paulistana. 


   A ideia de entrar em um restaurante e jantar sozinho me deixa frio. Entro num desses cafés movimentados da avenida São João, e como um desses pastéis feitos na hora, baratos e quentes com que em outros tempos enganei minha fome, nas noites frias, solitárias e sem dinheiro. Tomo também uma batida, depois peço um sanduiche e mais um pastel e um café; saio para a rua numa vaga noção de estar feliz, andando no meio dessa multidão encapotada que os cinemas de grandes luzes brilhantes vão engolindo em seus enormes ventres negros, onde esses homens e essas mulheres passam duas horas entretidos na mentira de outras vidas em outras terras. Vejo a multidão que sai de um desses cinemas, muitas dessas pessoas se comoveram com a fita, algumas choraram, há famílias enormes que chegam à calçada com um ar desorientado, meio sonâmbulas, e que de repente parecem aflitas de regressar à realidade da rua e de si mesmas, e temem se desagregar no seio da multidão apressada. 


    Desfilam por mim centenas, milhares de caras, e não conhecer ninguém me dá uma tristeza confortável, essa doçura melancólica da cidade estranha e grande. Entretanto aqui é São Paulo, onde tanto vivi. Entro em um bar ao acaso, mas também não vejo nenhum conhecido; e beber sozinho seria mais triste do que tudo. Agora não procuro mais ninguém; estou apenas vagando pelas ruas, integrado nesse fluir infindável de homens — um homem calado no meio deles, um desconhecido entre desconhecidos, apenas amparado por essa vaga solidariedade feita de alguma coisa de frágil e ao mesmo tempo de hostil, de prevenção e de identidade, que une os transeuntes da mesma rua. E reencontro assim, quase vinte anos depois, mais forte, mais populosa e imponente, a minha São Paulo da vez primeira, onde eu não conhecia ninguém e onde perambulei docemente uma noite inteira, aprendendo a rua com meus olhos e meus pés, gozando devagar o encanto da cidade que escolhera para viver exatamente porque ali não conhecia ninguém. 


     Mas ouço meu nome; é um amigo que me chama de dentro de um automóvel Subo ao seu carro, vamos encontrar outros amigos em um bar. Na calçada ficou o fantasma solitário, mas livre e lírico, do rapaz aventureiro de antigamente. 


(Adaptado de: BRAGA, Rubem. “O Aventureiro”, Rio de Janeiro: Correio da Manhã, 227/1952. Disponivel em: https:llrubl.casaruibarbosa.gov.br

Está gramalicalmente correta a redação deste livre comentário acerca do texto em: 
Alternativas
Q3281717 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





O texto de Garret Eckbo é uma condensação de palestras proferidas a convite da Secretaria dos Negócios Metropolitanos, em São Paulo. Nele, 
Alternativas
Q3281718 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas... (2º parágrafo)  
Mantendo a correção e, em linhas gerais, o sentido original, as frases acima compõem um único período com o emprego da locução conjuntiva 
Alternativas
Q3281719 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





Considere os seguintes trechos:

Primeiro, constroem as ruas... (1º parágrafo)
...da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço. (4º parágrafo)
Além das árvores e outros elementos que compõem o conjunto urbano... (Último parágrafo)

Os termos sublinhados são corretamente substituídos por pronomes em: 
Alternativas
Q3281720 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





As normas de concordância estão inteiramente respeitadas em: 
Alternativas
Q3281721 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





Acerca do uso das formas verbais no texto, considere as seguintes afirmativas:



 I.  Em Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica (2º parágrafo), o verbo têm está no presente do indicativo, em vez de seguir o futuro do pretérito do verbo faria, pois corrobora a asserção da frase imediatamente anterior.


II. A pergunta que termina o texto emprega o verbo construir no futuro do pretérito, de maneira a reforçar a ironia de uma pergunta retórica. 


III. Em questionar se eles estão fora de proporção (2º parágrafo), o verbo também pode ser empregado no presente do subjuntivo, estejam, uma vez que é antecedido de conjunção condicional. 



Está correto o que consta de 

Alternativas
Q3281722 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. 
O trecho acima pretende 
Alternativas
Q3281723 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





O elemento sublinhado está empregado corretamente em: 
Alternativas
Q3281724 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir.


       Como arquiteto e paisagista, pertenço ao grupo de estudiosos que adota o ponto de vista do ordenador, que difere do planejador, embora ambos façam parte de um mesmo processo. O enfoque do ordenador resume-se na tentativa de avaliação da cidade como uma estrutura global do meio ambiente, e não somente como uma série de elementos que fortuitamente se interligaram. É possível, por exemplo, avaliar a cidade em termos da experiência pela qual passam todas as pessoas que nela vivem. Primeiro, constroem-se as ruas, implanta-se a infraestrutura, depois erguem-se os prédios e, se sobrar espaço, colocam-se uma ou duas árvores ou um chafariz. Em torno disso, pessoas e automóveis.


     Outra forma de avaliação da cidade seria por meio da relação entre quatro elementos: edifícios, espaço para veículos, espaço para pedestres e elementos naturais. Estamos tão acostumados a viver rodeados por edifícios e automóveis que não nos ocorre a possibilidade de questionar se eles estão fora de proporção. O espaço para pedestres é o que sobrou do espaço destinado aos automóveis. Caminhamos contornando as calçadas, ao longo das ruas ou através de estacionamentos, se o automóvel nos der passagem. Nas cidades, especialmente no centro, a vegetação constitui apenas um elemento decorativo. Se as plantas fossem de plástico, não faria diferença nenhuma, já que não têm nenhuma função específica.


   Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstra que as árvores não são necessárias à ordenação urbana. Um dos sempre repetidos é que a Praça São Marcos, em Veneza, não tem árvores. Mas esse é um tipo de argumento evasivo, pois não explica como foi construída a Praça São Marcos.


     É preciso não esquecer que uma árvore tem funções comparáveis às de um prédio. Ela molda o espaço, dá abrigo, modera o clima e estabelece relacionamento entre nós e os espaços mais amplos que nos rodeiam. Como um dos principais elementos do meio ambiente, não é apenas uma peça decorativa colocada defronte a um edifício: ordena o espaço da mesma maneira que a arquitetura molda o espaço.


  Além das árvores e de outros elementos que compõem o conjunto urbano, é igualmente importante considerar o tipo de relação que existe entre edifícios, veículos, pedestres e elementos naturais. Tomemos o caso de São Paulo. Sobrevoando a cidade de helicóptero, o panorama é espantoso. Por que um povo inteligente construiria edifícios de vinte andares, com fachadas cheias de janelas, afastadas a cada quatro ou cinco metros, através das quais os moradores só podem se ver uns aos outros?


(Adaptado de: ECKBO, Garret. O Paisagismo nas Grandes Metrópoles. São Paulo: Ateliê, 2008, pp. 39-42)  





Na frase Na arquitetura, uma extensa série de argumentos históricos demonstram que as árvores não são necessárias à ordenação urbana, a oração sublinhada complementa o sentido de um 
Alternativas
Q3281725 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 



     A pobreza existe em toda parte, mas sua definição é relativa a uma determinada sociedade. Estamos lidando com uma noção historicamente determinada. É por isso que comparações entre diferentes séries temporais frequentemente levam à confusão. A combinação de variáveis, assim como sua definição, muda ao longo do tempo; a definição dos fenômenos resultantes também muda.


      De que adianta afirmar que um indivíduo é menos pobre agora, em comparação à situação de dez anos atrás, ou que é menos pobre na cidade em comparação à sua situação no campo, se esse indivíduo já não possui o mesmo padrão de valores — inclusive no que se refere aos bens materiais? A única medida válida é a atual, dada pela situação relativa do indivíduo na sociedade a que pertence.


    Segundo Bachelard, é mais importante compreender um fenômeno do que medi-lo. A medida da pobreza é dada, antes de mais nada, pelos objetivos que a sociedade determinou para si própria. É inútil procurar uma definição numérica para uma realidade cujas dimensões — agora e no futuro — serão definidas pela influência recíproca dos fatores econômicos e sociais peculiares a cada país. Além do mais, um indivíduo não é mais pobre ou menos pobre apenas porque consome um pouco menos ou um pouco mais.


    A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas, para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também — e acima de tudo — uma categoria política. Estamos lidando com um problema social.


    Há, na verdade, diferentes tipos de pobreza, tanto em nível internacional quanto dentro de cada país. Por isso, não faz sentido procurar uma definição matemática ou estática. Conforme acentuou L. Buchanan, “o termo ‘pobreza’ não só implica um estado de privação material como também um modo de vida — e um conjunto complexo e duradouro de relações e instituições sociais, econômicas, culturais e políticas criadas para encontrar segurança dentro de uma situação insegura”.


(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pobreza Urbana. 3ão Paulo: Edusp, 3.ed., 2009, pp. 18-19) 


Para a correta compreensão da pobreza urbana, conforme o texto, é necessário 
Alternativas
Q3281726 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 



     A pobreza existe em toda parte, mas sua definição é relativa a uma determinada sociedade. Estamos lidando com uma noção historicamente determinada. É por isso que comparações entre diferentes séries temporais frequentemente levam à confusão. A combinação de variáveis, assim como sua definição, muda ao longo do tempo; a definição dos fenômenos resultantes também muda.


      De que adianta afirmar que um indivíduo é menos pobre agora, em comparação à situação de dez anos atrás, ou que é menos pobre na cidade em comparação à sua situação no campo, se esse indivíduo já não possui o mesmo padrão de valores — inclusive no que se refere aos bens materiais? A única medida válida é a atual, dada pela situação relativa do indivíduo na sociedade a que pertence.


    Segundo Bachelard, é mais importante compreender um fenômeno do que medi-lo. A medida da pobreza é dada, antes de mais nada, pelos objetivos que a sociedade determinou para si própria. É inútil procurar uma definição numérica para uma realidade cujas dimensões — agora e no futuro — serão definidas pela influência recíproca dos fatores econômicos e sociais peculiares a cada país. Além do mais, um indivíduo não é mais pobre ou menos pobre apenas porque consome um pouco menos ou um pouco mais.


    A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas, para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também — e acima de tudo — uma categoria política. Estamos lidando com um problema social.


    Há, na verdade, diferentes tipos de pobreza, tanto em nível internacional quanto dentro de cada país. Por isso, não faz sentido procurar uma definição matemática ou estática. Conforme acentuou L. Buchanan, “o termo ‘pobreza’ não só implica um estado de privação material como também um modo de vida — e um conjunto complexo e duradouro de relações e instituições sociais, econômicas, culturais e políticas criadas para encontrar segurança dentro de uma situação insegura”.


(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pobreza Urbana. 3ão Paulo: Edusp, 3.ed., 2009, pp. 18-19) 


No último parágrafo do texto, 
Alternativas
Q3281727 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 



     A pobreza existe em toda parte, mas sua definição é relativa a uma determinada sociedade. Estamos lidando com uma noção historicamente determinada. É por isso que comparações entre diferentes séries temporais frequentemente levam à confusão. A combinação de variáveis, assim como sua definição, muda ao longo do tempo; a definição dos fenômenos resultantes também muda.


      De que adianta afirmar que um indivíduo é menos pobre agora, em comparação à situação de dez anos atrás, ou que é menos pobre na cidade em comparação à sua situação no campo, se esse indivíduo já não possui o mesmo padrão de valores — inclusive no que se refere aos bens materiais? A única medida válida é a atual, dada pela situação relativa do indivíduo na sociedade a que pertence.


    Segundo Bachelard, é mais importante compreender um fenômeno do que medi-lo. A medida da pobreza é dada, antes de mais nada, pelos objetivos que a sociedade determinou para si própria. É inútil procurar uma definição numérica para uma realidade cujas dimensões — agora e no futuro — serão definidas pela influência recíproca dos fatores econômicos e sociais peculiares a cada país. Além do mais, um indivíduo não é mais pobre ou menos pobre apenas porque consome um pouco menos ou um pouco mais.


    A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas, para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também — e acima de tudo — uma categoria política. Estamos lidando com um problema social.


    Há, na verdade, diferentes tipos de pobreza, tanto em nível internacional quanto dentro de cada país. Por isso, não faz sentido procurar uma definição matemática ou estática. Conforme acentuou L. Buchanan, “o termo ‘pobreza’ não só implica um estado de privação material como também um modo de vida — e um conjunto complexo e duradouro de relações e instituições sociais, econômicas, culturais e políticas criadas para encontrar segurança dentro de uma situação insegura”.


(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pobreza Urbana. 3ão Paulo: Edusp, 3.ed., 2009, pp. 18-19) 


Sem que nenhuma alteração seja feita, o verbo que pode ser grafado indiferentemente no plural ou no singular encontra-se em: 
Alternativas
Q3281728 Não definido

Atenção: Para responder à questão, considere o texto a seguir. 



     A pobreza existe em toda parte, mas sua definição é relativa a uma determinada sociedade. Estamos lidando com uma noção historicamente determinada. É por isso que comparações entre diferentes séries temporais frequentemente levam à confusão. A combinação de variáveis, assim como sua definição, muda ao longo do tempo; a definição dos fenômenos resultantes também muda.


      De que adianta afirmar que um indivíduo é menos pobre agora, em comparação à situação de dez anos atrás, ou que é menos pobre na cidade em comparação à sua situação no campo, se esse indivíduo já não possui o mesmo padrão de valores — inclusive no que se refere aos bens materiais? A única medida válida é a atual, dada pela situação relativa do indivíduo na sociedade a que pertence.


    Segundo Bachelard, é mais importante compreender um fenômeno do que medi-lo. A medida da pobreza é dada, antes de mais nada, pelos objetivos que a sociedade determinou para si própria. É inútil procurar uma definição numérica para uma realidade cujas dimensões — agora e no futuro — serão definidas pela influência recíproca dos fatores econômicos e sociais peculiares a cada país. Além do mais, um indivíduo não é mais pobre ou menos pobre apenas porque consome um pouco menos ou um pouco mais.


    A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas, para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também — e acima de tudo — uma categoria política. Estamos lidando com um problema social.


    Há, na verdade, diferentes tipos de pobreza, tanto em nível internacional quanto dentro de cada país. Por isso, não faz sentido procurar uma definição matemática ou estática. Conforme acentuou L. Buchanan, “o termo ‘pobreza’ não só implica um estado de privação material como também um modo de vida — e um conjunto complexo e duradouro de relações e instituições sociais, econômicas, culturais e políticas criadas para encontrar segurança dentro de uma situação insegura”.


(Adaptado de: SANTOS, Milton. Pobreza Urbana. 3ão Paulo: Edusp, 3.ed., 2009, pp. 18-19) 


A definição de pobreza deve ir além das pesquisas estatísticas para situar o homem na sociedade global à qual pertence, porquanto a pobreza não é apenas uma categoria econômica, mas também uma categoria política acima de tudo.
Uma nova redação para o trecho acima, em que se mantêm a correção e, em linhas gerais, o sentido original, encontra-se em:  
Alternativas
Q3281729 Não definido
Deve-se empregar o sinal indicativo de crase no termo sublinhado em: 
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: E
4: D
5: B
6: A
7: D
8: A
9: C
10: D
11: E
12: B
13: C
14: E
15: B
16: E
17: A
18: E
19: B
20: C