Questões de Concurso Público MPE-SC 2014 para Analista - Letras, Reaplicação

Foram encontradas 41 questões

Q793262 Português

Texto 1

Afinal, o que é a língua?

A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.

Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9. 

 

Com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, assinale a alternativa correta em relação ao texto 1.
Alternativas
Q793263 Português

Texto 1

Afinal, o que é a língua?

A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.

Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9. 

 

Assinale a alternativa correta, considerando o texto 1.
Alternativas
Q793264 Português

Texto 1

Afinal, o que é a língua?

A língua é uma das realidades mais fantásticas da nossa vida. Ela está presente em todas as nossas atividades; nós vivemos entrelaçados (às vezes soterrados!) pelas palavras; elas estabelecem todas as nossas relações e nossos limites, dizem ou tentam dizer quem somos, quem são os outros, onde estamos, o que vamos fazer, o que fizemos. Nossos sonhos são povoados de palavras; os outros se definem por palavras; todas as nossas emoções e sentimentos se revestem de palavras. O mundo inteiro é um magnífico e gigantesco bate-papo, dos chefes de Estado negociando a paz e a guerra às primeiras sílabas de uma criança em alguma favela brasileira ou numa vila africana. É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas.

Apesar dessa presença absoluta na nossa vida (ou talvez justamente por isso), ainda sabemos pouco sobre a linguagem e, em geral, temos uma relação problemática com ela, principalmente em sua forma escrita. Isto é, embora não sejamos nada sem a língua, parece que ela permanece alguma coisa estranha em nossa vida, como se ela não nos pertencesse.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Prática de texto para estudantes universitários. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 9. 

 

Analise as afirmativas abaixo, considerando o texto 1. 1. Os termos "língua" e "linguagem" são usados sem distinção pelos autores. 2. Os pronomes de primeira pessoa do plural, recorrentes no texto, fazem remissão aos interlocutores de um evento comunicativo específico: os autores e os leitores do texto. 3. O primeiro parágrafo caracteriza-se por ser mais asseverativo em relação ao segundo, que é marcado por diferentes recursos de modalização. 4. No início do segundo parágrafo do texto, os conectores "apesar de" e "por" introduzem, de modo divergente, o mesmo conteúdo pressuposto. 5. Na última frase do texto, "Isto é" funciona como um conector lógico-semântico de exemplificação. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q793265 Português
Texto 2
Dicionarização de "quando"
Nos dicionários Houaiss e Aurélio, a entrada de quando abriga as categorias advérbio e conjunção. Vejamos as acepções apresentadas para a categoria conjunção.
No Houaiss:
quando (...) • Conj. 2 conj.sub. introduz oração subord. adv., dando ideia de: 2.1 conj. temp. tempo: durante o tempo que, no tempo em que, sempre que; enquanto 2.2 conj. prop. proporção: à medida que, ao passo que 2.3 conj. cond. condição: se, acaso 2.4 conj. concs. concessão: ainda que, apesar de que <costuma convidá-la para jantar, q. sabe muito bem que ela está de regime>.

No Aurélio: 
quando (...) • Conj. 2 No tempo em que; no momento em que: "Quando chegaste, os violoncelos/Que andam no ar cantaram hinos" (A. G. Obra poética, p. 212). 3 Ainda que; mesmo que; se acaso; se: "- De maneira que te sacrificas a um desejo nosso? / Quando fosse sacrifício, fá-lo-ia de boa cara; mas não é." (M. A., Helena, p. 180). 4 Apesar de que: "Puseram-nos no almoço manteiga, rabanetes e azeitonas, quando nós só comemos azeitonas." (F. J., Folhetins, p. 288). 5 ao passo que: Eles têm todas as regalias, guando nós temos só os encargos. 
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises eparâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 110-111. [Adaptado]
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), considerando o texto 2. ( ) O Houaiss apresenta uma subclassificação seguida de algumas conjunções/locuções conjuntivas sinônimas acompanhadas de exemplo, ao passo que o Aurélio não subclassifica gramaticalmente, apresentando apenas uma listagem de acepções exemplificadas. ( ) As ideias de tempo, proporção, condição e concessão estão presentes, nessa ordem, nos dois dicionários. ( ) Há categorizações não coincidentes entre os dois dicionários no que se refere às ideias de concessão e condição, as quais podem ser interpretadas como indício de expansão polissêmica gradual, típica de certas mudanças linguísticas. ( ) Em ambos os dicionários, o registro das acep­ções parte de um valor mais abstrato (tempo), estendendo-se gradativamente para valores mais concretos. ( ) Em "Prometeu visitá-la mas não disse quando", a categoria do vocábulo sublinhado não é contemplada em nenhuma das acepções apresentadas. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
Alternativas
Q793266 Português
Texto 2
Dicionarização de "quando"
Nos dicionários Houaiss e Aurélio, a entrada de quando abriga as categorias advérbio e conjunção. Vejamos as acepções apresentadas para a categoria conjunção.
No Houaiss:
quando (...) • Conj. 2 conj.sub. introduz oração subord. adv., dando ideia de: 2.1 conj. temp. tempo: durante o tempo que, no tempo em que, sempre que; enquanto 2.2 conj. prop. proporção: à medida que, ao passo que 2.3 conj. cond. condição: se, acaso 2.4 conj. concs. concessão: ainda que, apesar de que <costuma convidá-la para jantar, q. sabe muito bem que ela está de regime>.

No Aurélio: 
quando (...) • Conj. 2 No tempo em que; no momento em que: "Quando chegaste, os violoncelos/Que andam no ar cantaram hinos" (A. G. Obra poética, p. 212). 3 Ainda que; mesmo que; se acaso; se: "- De maneira que te sacrificas a um desejo nosso? / Quando fosse sacrifício, fá-lo-ia de boa cara; mas não é." (M. A., Helena, p. 180). 4 Apesar de que: "Puseram-nos no almoço manteiga, rabanetes e azeitonas, quando nós só comemos azeitonas." (F. J., Folhetins, p. 288). 5 ao passo que: Eles têm todas as regalias, guando nós temos só os encargos. 
NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática passada a limpo: conceitos, análises eparâmetros. São Paulo: Parábola Editorial, 2012. p. 110-111. [Adaptado]
Correlacione as colunas, tendo em vista os diferentes valores atribuídos a "quando" no dicionário Houaiss, de acordo com o texto 2.  Coluna 1 1. tempo 2. proporção 3. condição 4. concessão Coluna 2 ( ) Pediu pudim de sobremesa, quando devia ter pedido uma fruta. ( ) A criança é considerada curada quando não apresenta sinais de leucemia nos cinco anos seguintes. ( ) Quando a casa tem três quartos, dá para abrigar toda a família. ( ) Quando se aproxima o verão, a cidade recebe mais turistas. ( ) Ela interrompeu a viagem quando soube da morte do avô. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo
Alternativas
Q793267 Português

Texto 3 

Do prescritivismo preconceituoso ao normativismo racional 

O que aqui defendemos é um prescritivismo funcional e ilustrado, que caracterizamos por três traços: relativismo, gradação e elasticidade. Um prescritivismo relativista, que proclama a importância pragmática e simbólica da diversidade linguística, reconhece o valor de cada uma das variedades da língua e assume a convencionalidade dos padrões. Um prescritivismo graduado, que sustenta que as prescrições têm mais força e validade para certos estilos de comunicação que para outros, e inclusive que carecem de justificação para alguns, ao mesmo tempo em que defende que as exigências de conformidade à língua normativa não devem ser as mesmas para todos os falantes em todas as situações. Um prescritivismo elástico, que postula que as normas linguísticas devem se oferecer como orientações para o comportamento linguístico e não se impor como ditames imperativos para o comum dos falantes. Resumindo, um prescritivismo atento ao uso comum, e preocupado com que os padrões linguísticos não se afastem desnecessariamente dele.

Com tais pressupostos, talvez estejamos mais bem equipados para responder aos desafios de uma melhora significativa, equitativamente compartilhada, das competências linguístico-comunicativas do conjunto dos falantes, e da imprescindível e urgente democratização dos complexos instrumentos de poder e de saber que são as línguas.

MONTEAGUDO, Henrique. Variação e norma linguística: subsídios para uma (re)visão. In: LAGARES, Xoán C.; G BAGNO, Marcos (orgs.) Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 46. [Adaptado]

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), a partir do texto 3. ( ) O texto apresenta uma valoração positiva do autor em relação ao que ele concebe como "normativismo racional". ( ) Infere-se que o "prescritivismo preconceituoso" seria dogmático, impositivo, rígido e alheio ao uso linguístico, em oposição ao "normativismo racional". ( ) O "normativismo racional" é uma forma velada de prescritivismo, pois ainda defende o ensino da norma padrão como forma de empoderamento. ( ) A compreensão de uma norma linguística contextualizada, situada e variável traria efeitos benéficos para a democratização das línguas tomadas como instrumentos de poder. ( ) Os três traços que definem o prescritivismo funcional e ilustrado são incompatíveis entre si, pois mesclam concepções pragmáticas, discursivas e sociolinguísticas de língua. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793268 Português

Texto 3 

Do prescritivismo preconceituoso ao normativismo racional 

O que aqui defendemos é um prescritivismo funcional e ilustrado, que caracterizamos por três traços: relativismo, gradação e elasticidade. Um prescritivismo relativista, que proclama a importância pragmática e simbólica da diversidade linguística, reconhece o valor de cada uma das variedades da língua e assume a convencionalidade dos padrões. Um prescritivismo graduado, que sustenta que as prescrições têm mais força e validade para certos estilos de comunicação que para outros, e inclusive que carecem de justificação para alguns, ao mesmo tempo em que defende que as exigências de conformidade à língua normativa não devem ser as mesmas para todos os falantes em todas as situações. Um prescritivismo elástico, que postula que as normas linguísticas devem se oferecer como orientações para o comportamento linguístico e não se impor como ditames imperativos para o comum dos falantes. Resumindo, um prescritivismo atento ao uso comum, e preocupado com que os padrões linguísticos não se afastem desnecessariamente dele.

Com tais pressupostos, talvez estejamos mais bem equipados para responder aos desafios de uma melhora significativa, equitativamente compartilhada, das competências linguístico-comunicativas do conjunto dos falantes, e da imprescindível e urgente democratização dos complexos instrumentos de poder e de saber que são as línguas.

MONTEAGUDO, Henrique. Variação e norma linguística: subsídios para uma (re)visão. In: LAGARES, Xoán C.; G BAGNO, Marcos (orgs.) Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. p. 46. [Adaptado]

Considere as afirmativas abaixo no que se refere a aspectos linguísticos do texto 3. 1. O texto se inicia com uma construção enfática que atribui relevo à informação "um prescritivismo funcional e ilustrado". 2. No primeiro período do texto, o segmento "relativismo, gradação e elasticidade" está funcionando como um aposto enumerativo. 3. Nos três períodos cujo início está, respectivamente, sublinhado no texto, há paralelismo estrutural entre os complementos dos verbos das orações adjetivas. 4. Ao final do primeiro parágrafo, a forma verbal "Resumindo" atua como uma espécie de operador que especifica o modo como o enunciado é formulado pelo autor. 5. No segundo parágrafo, a construção sublinhada em "majs bem equipados" é uma variante do item sublinhado em "melhor equipados": a forma analítica da construção comparativa é considerada a inovadora e a forma sintética é a clássica, em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q793269 Português
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) no que se refere à formação de palavras. ( ) De acordo com o princípio de constituintes imediatos, na análise mórfica a ordenação não é linear, mas hierárquica. ( ) A palavra "normativismo" segue as seguintes etapas de formação derivacional: norma > normal > normalizar > normativismo. ( ) A cadeia derivacional de "desnecessariamente" é: necessário > necessariamente > desnecessariamente. ( ) As palavras "prescritivismo" e "elasticidade" resultam de um mesmo processo de formação: são nomes derivados de adjetivos - o primeiro pelo acréscimo do sufixo -ismo e o último pelo acréscimo de -dade. ( ) A palavra "imprescindível" é formada por derivação parassintética. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793270 Português
Considere as afirmativas abaixo no que diz respeito à classificação de morfemas sob o ponto de vista descritivo. 1. O radical das palavras pode ser depreendido em graus, sendo que o radical primário corresponde à raiz. Considerando-se a palavra "marinho'; temos: [mar] = radical primário ou raiz; [marinh] = radical secundário. 2. O conjunto formado por radical e vogal temá­tica constitui o tema. Considerando as palavras "mesa" e "comprar', os respectivos temas são "mesa" e "compra". 3. A categoria de gênero é marcada nos substantivos e adjetivos em português pelos morfemas flexionais -a e -o, para o feminino e masculino, respectivamente. 4. A desinência verbal modo-temporal constitui­-se em morfema cumulativo em português, diferentemente da desinência número-pessoal, dada a existência de morfema zero para representar certas pessoas do discurso. 5. As palavras "invalidar', "impróprio', "ilegal', "ingerir" e "incorrer'' são formadas por derivação pelo acréscimo do prefixo de origem latina -in, com valor geral de negação. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q793271 Português
Correlacione as colunas, considerando os tipos de alomorfia indicados.  Coluna 1 1. alomorfia na raiz 2. alomorfia no sufixo 3. alomorfia na vogal temática 4. alomorfia na desinência modo-temporal 5. alomorfia na desinência número-pessoal Coluna 2 ( ) compras / compraste ( ) cabelo / capilar ( ) mar / mares ( ) partirás / partiremos ( ) descartável / descartabilidade Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793272 Português

Texto 4 

A coesão, o léxico e a gramática

A coesão do texto tem uma dupla função: a de promover e a de sinalizar as articulações de segmentos, de modo a possibilitar a sua continuidade e a sua unidade. Dessa forma, a coesão não apenas estabelece os nexos que ligam as subpartes do texto como também marca onde estão esses nexos e quais os pontos que eles articulam.

A gramática é uma condição para que aquilo que dizemos, numa determinada situação, faça sentido e possa funcionar como atividade de interação. O uso de certas categorias gramaticais promove e sinaliza a continuidade do texto e é, por isso, uma das condições de sua coerência. O vocabulário de um texto, por sua vez, não cumpre apenas uma função ligada ao significado do que se pretende dizer, mas cumpre também a função de marcar as ligações que se quer fazer no texto, para que ele tenha a necessária continuidade e unidade. São, portanto, mais do que palavras com significados.

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 164-173. [Adaptado]

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), considerando o texto 4. ( ) A coesão diz respeito à ocorrência de elementos linguísticos na superfície do texto; não tem correlação, portanto, com a coerência textual, que corresponde a relações conceituais subjacentes. ( ) Na produção de um texto, a escolha de um pronome para retomar um referente, ou a escolha de um artigo definido para introduzir um referente são estratégias de natureza gramatical. ( ) Nos textos que circulam oralmente e por escrito, a presença de um componente gramatical é secundária para que o sentido se expresse e a interação aconteça. ( ) A proximidade semântica entre as palavras de um texto, através do recurso da associação, constitui um recurso coesivo no âmbito lexical. ( ) Não se faz um texto sem gramática; mas, também, não se faz um texto apenas com gramática. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793273 Português

Texto 4 

A coesão, o léxico e a gramática

A coesão do texto tem uma dupla função: a de promover e a de sinalizar as articulações de segmentos, de modo a possibilitar a sua continuidade e a sua unidade. Dessa forma, a coesão não apenas estabelece os nexos que ligam as subpartes do texto como também marca onde estão esses nexos e quais os pontos que eles articulam.

A gramática é uma condição para que aquilo que dizemos, numa determinada situação, faça sentido e possa funcionar como atividade de interação. O uso de certas categorias gramaticais promove e sinaliza a continuidade do texto e é, por isso, uma das condições de sua coerência. O vocabulário de um texto, por sua vez, não cumpre apenas uma função ligada ao significado do que se pretende dizer, mas cumpre também a função de marcar as ligações que se quer fazer no texto, para que ele tenha a necessária continuidade e unidade. São, portanto, mais do que palavras com significados.

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 164-173. [Adaptado]

Verifique se as afirmativas abaixo estão em consonância com a concepção de gramática presente no texto 4. 1. Gramática é um compêndio descritivo-normativo cuja principal finalidade é apresentar a descrição das classes gramaticais e as regras de sua combinação, funcionando como um guia na correção de erros. 2. A gramática representa um conjunto de possibilidades que regulam o funcionamento de uma língua, para que ela se efetive socialmente. 3. A gramática tem um papel prescritivo, de natureza ideológica, funcionando como parâ­metro normatizador dos usos orais e escritos da língua. 4. A gramática está presente em qualquer atividade verbal - formal ou informal, prestigiada ou não -, tenhamos ou não consciência disso. 5. A gramática confere à língua um caráter social de mediação, e não de discriminação e exclusão. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q793274 Português
Correlacione as colunas, considerando os recursos de coesão remissiva indicados. Coluna 1 1. pronominalização 2. elipse 3. substituição lexical 4. inferência Coluna 2 ( ) A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia lembrar-se do que havia acontecido. ( ) A mãe de Paulo está hospitalizada. A senhora sofreu um acidente. ( ) João ganhou uma bicicleta. Maria quer também. ( ) Escolha um peixe fresco e prepare-o para ir ao forno. ( ) Os alunos chegaram cedo à Universidade e a biblioteca ainda estava fechada. Assinale a alternativa que indica a sequência correta,de cima para baixo.
Alternativas
Q793275 Português
Correlacione as colunas, considerando as relações semânticas e/ou discursivas estabelecidas por "mas" na articulação das orações em cada período. Coluna 1 1. oposição de dois conteúdos 2. quebra de uma expectativa 3. atenuação de um pressuposto 4. focalização de uma circunstância 5. compensação Coluna 2 ( ) Guarde a louça, mas com cuidado. ( ) Aquele foi um dia inesquecível: perdeu o vôo, mas conheceu o marido. ( ) A bola bateu com força na janela da casa, mas não quebrou o vidraça. ( ) João é aplicado, mas Pedro é muito preguiçoso. ( ) A polícia não tem pistas dos assaltantes, mas as falhas na segurança do banco são visíveis. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793276 Português
Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.
Observe as formas verbais sublinhadas no texto 5 e assinale a alternativa correta
Alternativas
Q793277 Português
Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.
Considere os trechos extraídos do texto 5. 1. "Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa." 2. "O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai 'vigiar; ou quem são '-los, ou quem é que tinha ido para a rua." Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ). ( ) Em 1, o artigo indefinido, sublinhado nas duas ocorrências, particulariza, respectivamente, um leitor e um ouvinte específico que o autor tem em mente. ( ) Em 1, a ordenação das sentenças condicionais sublinhadas relativamente às respectivas principais promove a manutenção do paralelismo estrutural entre os períodos. ( ) Em 1, "esses recursos" e "isso" são mecanismos coesivos para indicar progressão referencial, caracterizados, respectivamente, como uso de descrição definida e de forma remissiva demonstrativa. ( ) Em 2, as duas orações sublinhadas apresentam valores distintos para o auxiliar modal "poder": modalidade voltada ao eixo da conduta e modalidade voltada ao eixo da possibilidade epistêmica, respectivamente. ( ) Em 2, as duas ocorrências de "é que" sinalizam focalização do conteúdo de orações objetivas diretas. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. 
Alternativas
Q793278 Português
Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.
Considere os segmentos extraídos do texto 5. 1. "Isso não significaria, em absoluto' que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados" 2. "Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita" Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ). ( ) Em 1, a expressão "em absoluto" está funcionando como um modalizador epistêmico asseverativo, indicando que o autor demonstra comprometimento em seu argumento. ( ) Em 1, a expressão "por comodidade" está funcionando como um modalizador avaliativo, cujo escopo recai sobre todo o enunciado. ( ) Em 2, "porque" é um conector que estabelece uma relação lógico-semântica de causa e consequência relativamente ao evento representado no enunciado anterior. ( ) Em 2, o segmento "que acabam [...]diferenças gramaticais" é uma oração adjetiva explicativa, intercalada entre o sujeito e o predicado da oração principal. ( ) Em 2, o sintagma nominal "o meio empregado" estabelece uma remissão por referenciação catafórica. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793279 Português
Texto 5
Planejando seu texto: falado e escrito
Vamos supor que começássemos a escrever usando a mesma variedade da língua que se usa na fala: chamei ela, a casa que eu moro, tá bem etc. Isso não significaria, em absoluto, que os textos escritos ficariam idênticos ao que vou chamar, por comodidade, de textos falados. Acontece que há outras diferenças, que acabam sendo mais importantes do que as diferenças gramaticais, e que são impossíveis de eliminar, porque não decorrem de convenção social, mas das limitações e recursos do meio empregado: a fala ou a escrita.
Para dar um exemplo: um leitor pode diminuir a velocidade de leitura, e pode reler um trecho se achar que não entendeu direito. Mas um ouvinte não tem esses recursos: se não entendeu, precisa pedir ao falante que repita - e não pode ficar fazendo isso o tempo todo, para não perturbar a própria situação de comunicação, e acabarem os dois se confundindo na conversa. Isso tem consequências para a estruturação do texto. Um autor pode escrever de maneira muito mais sintética, sem repetições e construindo suas frases em um plano amplo, como por exemplo:
O Durval, que toma conta da escola, saiu correndo atrás dos meninos da terceira série, que tinham ido para a rua, a fim de vigiá-los.
Essa frase funciona perfeitamente na escrita. Mas se for falada desse jeito - e principalmente se as outras frases do texto forem todas estruturadas assim - vai ficar difícil de entender. O ouvinte, que não pode voltar atrás, pode não se lembrar de quem é que vai "vigiar'; ou quem são "-los" ou quem é que tinha ido para a rua. Essa passagem apareceria (e, na verdade, apareceu) em um texto falado com a seguinte forma:
aí, saiu o Durval saiu correndo atrás dos menino, né, o que toma conta lá da escola, pra poder, saiu correndo atrás dos menino, poder tomar conta dos menino. Os menino tinha ido pra rua, menino da terceira série.
PERINI, Mário A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. p. 65-67.
Considerando as versões escrita e falada do exemplo dado no texto 5, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q793280 Português
Considerando o emprego do gerúndio, identifique se são verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ) as relações sintáticas e os valores semânticos indicados a seguir. ( ) Tendo livres as mãos, poderia fugir do cativeiro. (adverbial/condição) ( ) Meu irmão, conhecendo o histórico do pai, alterou o itinerário do passeio. (adjetiva/ causalidade) ( ) Todos os dias, Maria subia o morro cantando. (adverbial/modo) ( ) Os brados de guerra começavam a soar ao longe como um trovão ribombando no vale. (adjetiva/atividade passageira) ( ) Pensando bem, tudo aquilo era muito estranho. (adverbial/concessão) Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Q793281 Português
Correlacione as colunas, considerando os tipos de construções condicionais. Coluna 1 1. factual 2. contrafactual 3. eventual Coluna 2 ( ) Se ele não responde aos teus telefonemas é porque deixaste de cumprir o compromisso assumido. ( ) Se eu estivesse de férias naquele período, teria acompanhado meus filhos em sua viagem a Paris. ( ) Se não concordarem com a decisão da assembleia, então cada um que lute por si. ( ) Se você não consegue relaxar, você não consegue dormir. ( ) Se os homens letrados eram poucos, as mulheres alfabetizadas formavam um número bem reduzido. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: C
4: B
5: E
6: A
7: C
8: E
9: A
10: D
11: C
12: E
13: A
14: E
15: B
16: D
17: C
18: D
19: A
20: A