Questões de Concurso Público MPE-SC 2014 para Técnico em Atividades Administrativas

Foram encontradas 8 questões

Q429838 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


Assinale a alternativa que apresenta o título mais adequado ao Texto 1.
Alternativas
Q429839 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


No Texto 1 há o emprego de aspas, sinal de pontuação, em três ocorrências: 
1. Na primeira ocorrência, para realçar a expressão “um mistério”.
2. Na segunda ocorrência, para isolar uma citação textual retirada de uma obra.
3. Na terceira ocorrência, para destacar um estrangeirismo, ou seja, uma expressão não característica da linguagem de quem escreveu o texto. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q429840 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


Assinale a alternativa correta em relação à frase abaixo: 


“Para trazê-las à tona, empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da “palavra justa”.”

Alternativas
Q429841 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


A frase:
“O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a competência que aliou a temática da brasilidade a um extraordinário refinamento literário.” 
pode ser reescrita, de acordo com a norma culta e sem prejuízo de sentido, da seguinte forma:
Alternativas
Q429843 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere as afirmativas abaixo.
1. Não há ironia nas afirmações do autor, no segundo parágrafo do Texto 2, na referência que faz à relação antagônica entre o pastel de beira de estrada e a aparência do restaurante que o vende nem quando ele aponta como verdade universalmente aceita que o pastel está entre os 17 maiores prazeres do ser humano.
2. A leitura do último parágrafo do Texto 2 permite ao leitor descobrir que os personagens estão de fato nos Estados Unidos e não no Brasil e que nossos hábitos alimentares tradicionais, como os pastéis de beira de estrada, foram adotados por aquele país.
3. O emprego das expressões “pastelmente falando”, no segundo parágrafo, e “conveniência ar-condicionada”, no último parágrafo, acentua o caráter cômico do Texto 2.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q429844 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere as afirmativas abaixo.
1. Os tempos verbais predominantes no Texto 2 são o Pretérito Imperfeito e o Pretérito Perfeito, indicando que os fatos ocorreram no passado. No entanto, o verbo da última oração está no Presente, agregando maior comicidade à conclusão da crônica.
2. Se a frase “Alguém que se materializasse ao nosso lado e olhasse em volta não saberia em que país estava, muito menos em que estado ou cidade.” fosse reescrita segundo a norma culta substituindo-se alguém por pessoas, a redação correta seria: “Pessoas que se materializassem ao nosso lado e olhassem em volta não saberia em que país estavam, muito menos em que estado ou cidade.”
3. Na frase: “Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do Homem é pastel de beira de estrada.” (segundo parágrafo, Texto 2), o numeral cardinal um pode ser substituído pelo numeral ordinal primeiro sem prejuízo de sentido.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Q429845 Português
Texto 2

Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para  Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de  Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis.

Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do  Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo
uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do  restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um  bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local…  Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o  grau de sordidez do lugar e  a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center  que tem na estrada.

Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em  inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton  e o shopping center podia ser em qualquer lugar do  mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado  e olhasse em volta não saberia em que país estava,  muito menos em que estado ou cidade.

Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados  Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as  ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se  não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos.

VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado]
Considere a frase: 


“E nada disto doeria tanto se não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo.” (quarto parágrafo, Texto 2) 

 
Analise as afirmativas abaixo:

 
1. a palavra sublinhada inicia uma oração que exprime a condição necessária para que se deixe de realizar o que se declara na primeira oração.
2. a expressão se não é uma locução conjuntiva porque equivale a uma conjunção.
3. de acordo com a norma culta, a expressão nada disso ao invés de nada disto estaria mais adequada ao contexto linguístico, porque se refere a uma situação previamente fornecida pelo texto.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Q430687 Português

Texto 1

Embora considerasse a vocação literária “um mistério”,  o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014)  tinha uma soberba explicação para o milagre da  arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte:  não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele  na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona,  empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da  “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a  competência que aliou a temática da brasilidade a um 
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma  relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o  papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política,  Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em  1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude,  no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber  Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.

                                                       GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. 
                                                                                                                                               [Adaptado]


Considere as afirmativas abaixo:
1. Na oração: “…escreveu ele na epígrafe de sua obra mais ambiciosa…” (primeiro parágrafo, Texto 1) as palavras sublinhadas são, respectivamente, pronome pessoal e pronome possessivo.
2. No período: “Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fm.” (segundo parágrafo, Texto 1) o pronome relativo, sublinhado, exerce a função sintática de objeto indireto do verbo exercer.
3. No período: “Para trazê-las à tona, empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da “palavra justa.” (primeiro parágrafo, Texto 1) o pronome pessoal oblíquo, sublinhado, é refexivo, signifcando a si mesmo, pois a ação do verbo reverte-se à pessoa do próprio sujeito.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: B
4: C
5: D
6: A
7: C
8: D