Questões de Concurso Público ABEPRO 2017 para Processo de Seleção - Edital 005
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Texto 1
A filosofia como forma de vida
A filosofia, ao menos desde os tempos de Sócrates (século V a.C.), tinha como principal objetivo ajudar os sujeitos a não viver uma mera vida animal, aprendendo a construir uma forma de vida própria (bios) que fosse além da mera sobrevivência imposta pela vida biológica (zoe). Cada sujeito deveria criar a forma de sua vida de acordo com as opções axiológicas e suas convicções epistêmicas.
Desse modo, o aparato conceitual desenvolvido por cada escola filosófica, episteme, tinha por finalidade auxiliar na constituição de um ethos ou modo de vida dos sujeitos. A finalidade filosófica de criar uma forma de vida é uma tarefa essencialmente ética. Só há ética no modo como o sujeito constitui sua vida. Como consequência, esse ethos influía nas formas coletivas que os sujeitos criaram nas pólis, política. Havia uma estreita relação entre a forma de vida e a forma política de governo.
A preocupação da filosofia por ajudar os sujeitos a criar uma forma de vida foi diminuindo a partir do século V d.C., com a transferência gradativa dessa tarefa para a teologia cristã, que vinha se consolidando como um saber que adaptou a mensagem bíblica e a tradição sapiencial oriental, própria da teologia semita, aos parâmetros da filosofia grega. Para uma parte significativa dos pensadores cristãos, a teologia cristã, do modo como eles a estavam construindo, era vista como a culminação da filosofia clássica. Michel Foucault considera que o momento crítico em que a filosofia se afastou da teologia, na sua originária missão de criar uma forma de vida, aconteceu no século XVII, quando a razão moderna separou definitivamente o conhecimento da ética, o saber do modo de ser. O que Foucault denominou de “momento cartesiano” representaria o declínio definitivo da filosofia moderna em sua missão de auxiliar os sujeitos a criar uma forma de vida.
Vários autores contemporâneos voltaram parte de suas pesquisas para essa problemática, identificando na filosofia um saber que tem a potencialidade de constituir formas de vida para os sujeitos. Para Foucault e Agamben, a filosofia é capaz de criar estilos de vida com autonomia efetiva dos sujeitos e, como consequência, uma prática que possibilite resistir aos dispositivos biopolíticos de sujeição e controle que dominam nossas sociedades.
RUIZ, C. B. A filosofia como forma de vida. Disponível em: <<http://
www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5965-artigo-castor-bartolome-
Texto 1
A filosofia como forma de vida
A filosofia, ao menos desde os tempos de Sócrates (século V a.C.), tinha como principal objetivo ajudar os sujeitos a não viver uma mera vida animal, aprendendo a construir uma forma de vida própria (bios) que fosse além da mera sobrevivência imposta pela vida biológica (zoe). Cada sujeito deveria criar a forma de sua vida de acordo com as opções axiológicas e suas convicções epistêmicas.
Desse modo, o aparato conceitual desenvolvido por cada escola filosófica, episteme, tinha por finalidade auxiliar na constituição de um ethos ou modo de vida dos sujeitos. A finalidade filosófica de criar uma forma de vida é uma tarefa essencialmente ética. Só há ética no modo como o sujeito constitui sua vida. Como consequência, esse ethos influía nas formas coletivas que os sujeitos criaram nas pólis, política. Havia uma estreita relação entre a forma de vida e a forma política de governo.
A preocupação da filosofia por ajudar os sujeitos a criar uma forma de vida foi diminuindo a partir do século V d.C., com a transferência gradativa dessa tarefa para a teologia cristã, que vinha se consolidando como um saber que adaptou a mensagem bíblica e a tradição sapiencial oriental, própria da teologia semita, aos parâmetros da filosofia grega. Para uma parte significativa dos pensadores cristãos, a teologia cristã, do modo como eles a estavam construindo, era vista como a culminação da filosofia clássica. Michel Foucault considera que o momento crítico em que a filosofia se afastou da teologia, na sua originária missão de criar uma forma de vida, aconteceu no século XVII, quando a razão moderna separou definitivamente o conhecimento da ética, o saber do modo de ser. O que Foucault denominou de “momento cartesiano” representaria o declínio definitivo da filosofia moderna em sua missão de auxiliar os sujeitos a criar uma forma de vida.
Vários autores contemporâneos voltaram parte de suas pesquisas para essa problemática, identificando na filosofia um saber que tem a potencialidade de constituir formas de vida para os sujeitos. Para Foucault e Agamben, a filosofia é capaz de criar estilos de vida com autonomia efetiva dos sujeitos e, como consequência, uma prática que possibilite resistir aos dispositivos biopolíticos de sujeição e controle que dominam nossas sociedades.
RUIZ, C. B. A filosofia como forma de vida. Disponível em: <<http://
www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5965-artigo-castor-bartolome-
( ) O texto diferencia dois tipos de vida: uma que visa apenas à sobrevivência biológica e outra que é construída a partir dos valores e crenças dos sujeitos. ( ) O termo “episteme” (2° parágrafo) pode ser substituído, sem prejuízo de significado, por estética, fazendo referência à construção artística de um modo de vida. ( ) Enquanto o conceito de ética se vincula à constituição de uma vida pelo sujeito, a política tem relação com o modo de vida compartilhado. ( ) A teologia cristã estabelece uma relação dialógica com outros saberes antigos, como os pensamentos grego e oriental. ( ) Segundo o filósofo Michel Foucault, a teologia foi responsável pela instauração do “momento cartesiano”, que levou ao desinteresse da filosofia pelo modo de ser.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Texto 1
A filosofia como forma de vida
A filosofia, ao menos desde os tempos de Sócrates (século V a.C.), tinha como principal objetivo ajudar os sujeitos a não viver uma mera vida animal, aprendendo a construir uma forma de vida própria (bios) que fosse além da mera sobrevivência imposta pela vida biológica (zoe). Cada sujeito deveria criar a forma de sua vida de acordo com as opções axiológicas e suas convicções epistêmicas.
Desse modo, o aparato conceitual desenvolvido por cada escola filosófica, episteme, tinha por finalidade auxiliar na constituição de um ethos ou modo de vida dos sujeitos. A finalidade filosófica de criar uma forma de vida é uma tarefa essencialmente ética. Só há ética no modo como o sujeito constitui sua vida. Como consequência, esse ethos influía nas formas coletivas que os sujeitos criaram nas pólis, política. Havia uma estreita relação entre a forma de vida e a forma política de governo.
A preocupação da filosofia por ajudar os sujeitos a criar uma forma de vida foi diminuindo a partir do século V d.C., com a transferência gradativa dessa tarefa para a teologia cristã, que vinha se consolidando como um saber que adaptou a mensagem bíblica e a tradição sapiencial oriental, própria da teologia semita, aos parâmetros da filosofia grega. Para uma parte significativa dos pensadores cristãos, a teologia cristã, do modo como eles a estavam construindo, era vista como a culminação da filosofia clássica. Michel Foucault considera que o momento crítico em que a filosofia se afastou da teologia, na sua originária missão de criar uma forma de vida, aconteceu no século XVII, quando a razão moderna separou definitivamente o conhecimento da ética, o saber do modo de ser. O que Foucault denominou de “momento cartesiano” representaria o declínio definitivo da filosofia moderna em sua missão de auxiliar os sujeitos a criar uma forma de vida.
Vários autores contemporâneos voltaram parte de suas pesquisas para essa problemática, identificando na filosofia um saber que tem a potencialidade de constituir formas de vida para os sujeitos. Para Foucault e Agamben, a filosofia é capaz de criar estilos de vida com autonomia efetiva dos sujeitos e, como consequência, uma prática que possibilite resistir aos dispositivos biopolíticos de sujeição e controle que dominam nossas sociedades.
RUIZ, C. B. A filosofia como forma de vida. Disponível em: <<http://
www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5965-artigo-castor-bartolome-
Texto 1
A filosofia como forma de vida
A filosofia, ao menos desde os tempos de Sócrates (século V a.C.), tinha como principal objetivo ajudar os sujeitos a não viver uma mera vida animal, aprendendo a construir uma forma de vida própria (bios) que fosse além da mera sobrevivência imposta pela vida biológica (zoe). Cada sujeito deveria criar a forma de sua vida de acordo com as opções axiológicas e suas convicções epistêmicas.
Desse modo, o aparato conceitual desenvolvido por cada escola filosófica, episteme, tinha por finalidade auxiliar na constituição de um ethos ou modo de vida dos sujeitos. A finalidade filosófica de criar uma forma de vida é uma tarefa essencialmente ética. Só há ética no modo como o sujeito constitui sua vida. Como consequência, esse ethos influía nas formas coletivas que os sujeitos criaram nas pólis, política. Havia uma estreita relação entre a forma de vida e a forma política de governo.
A preocupação da filosofia por ajudar os sujeitos a criar uma forma de vida foi diminuindo a partir do século V d.C., com a transferência gradativa dessa tarefa para a teologia cristã, que vinha se consolidando como um saber que adaptou a mensagem bíblica e a tradição sapiencial oriental, própria da teologia semita, aos parâmetros da filosofia grega. Para uma parte significativa dos pensadores cristãos, a teologia cristã, do modo como eles a estavam construindo, era vista como a culminação da filosofia clássica. Michel Foucault considera que o momento crítico em que a filosofia se afastou da teologia, na sua originária missão de criar uma forma de vida, aconteceu no século XVII, quando a razão moderna separou definitivamente o conhecimento da ética, o saber do modo de ser. O que Foucault denominou de “momento cartesiano” representaria o declínio definitivo da filosofia moderna em sua missão de auxiliar os sujeitos a criar uma forma de vida.
Vários autores contemporâneos voltaram parte de suas pesquisas para essa problemática, identificando na filosofia um saber que tem a potencialidade de constituir formas de vida para os sujeitos. Para Foucault e Agamben, a filosofia é capaz de criar estilos de vida com autonomia efetiva dos sujeitos e, como consequência, uma prática que possibilite resistir aos dispositivos biopolíticos de sujeição e controle que dominam nossas sociedades.
RUIZ, C. B. A filosofia como forma de vida. Disponível em: <<http://
www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5965-artigo-castor-bartolome-
Texto 1
A filosofia como forma de vida
A filosofia, ao menos desde os tempos de Sócrates (século V a.C.), tinha como principal objetivo ajudar os sujeitos a não viver uma mera vida animal, aprendendo a construir uma forma de vida própria (bios) que fosse além da mera sobrevivência imposta pela vida biológica (zoe). Cada sujeito deveria criar a forma de sua vida de acordo com as opções axiológicas e suas convicções epistêmicas.
Desse modo, o aparato conceitual desenvolvido por cada escola filosófica, episteme, tinha por finalidade auxiliar na constituição de um ethos ou modo de vida dos sujeitos. A finalidade filosófica de criar uma forma de vida é uma tarefa essencialmente ética. Só há ética no modo como o sujeito constitui sua vida. Como consequência, esse ethos influía nas formas coletivas que os sujeitos criaram nas pólis, política. Havia uma estreita relação entre a forma de vida e a forma política de governo.
A preocupação da filosofia por ajudar os sujeitos a criar uma forma de vida foi diminuindo a partir do século V d.C., com a transferência gradativa dessa tarefa para a teologia cristã, que vinha se consolidando como um saber que adaptou a mensagem bíblica e a tradição sapiencial oriental, própria da teologia semita, aos parâmetros da filosofia grega. Para uma parte significativa dos pensadores cristãos, a teologia cristã, do modo como eles a estavam construindo, era vista como a culminação da filosofia clássica. Michel Foucault considera que o momento crítico em que a filosofia se afastou da teologia, na sua originária missão de criar uma forma de vida, aconteceu no século XVII, quando a razão moderna separou definitivamente o conhecimento da ética, o saber do modo de ser. O que Foucault denominou de “momento cartesiano” representaria o declínio definitivo da filosofia moderna em sua missão de auxiliar os sujeitos a criar uma forma de vida.
Vários autores contemporâneos voltaram parte de suas pesquisas para essa problemática, identificando na filosofia um saber que tem a potencialidade de constituir formas de vida para os sujeitos. Para Foucault e Agamben, a filosofia é capaz de criar estilos de vida com autonomia efetiva dos sujeitos e, como consequência, uma prática que possibilite resistir aos dispositivos biopolíticos de sujeição e controle que dominam nossas sociedades.
RUIZ, C. B. A filosofia como forma de vida. Disponível em: <<http://
www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5965-artigo-castor-bartolome-
A filosofia, ao menos desde os tempos de Sócrates (século V a.C.), tinha como principal objetivo ajudar os sujeitos a não viver uma mera vida animal, aprendendo a construir uma forma de vida própria (bios) que fosse além da mera sobrevivência imposta pela vida biológica (zoe).
Assinale a alternativa correta em relação ao texto.