Questões de Concurso Público Prefeitura de Florianópolis - SC 2018 para Professor - Português
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Dieta do homem
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição: pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida.
Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes da própria substância humana; o homem é o alimento que ele come.
Mas não me disseram que existem homens aos quais faltam os elementos que constituem o homem. Homens incompletos, homens mutilados em sua substância, homens deduzidos de certas propriedades humanas fundamentais; homens vivendo o processo de morte.
Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria.
Mas não me disseram que, depressa, por toda a parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo.
Me ensinaram que o oxigênio é o primeiro elemento indispensável.
Mas não me disseram que só o oxigênio é um bem comum de toda a humanidade, salvo em minas e galerias, onde é escasso.
Me ensinaram que o carbono, o hidrogênio, o azoto, o fósforo e outros minerais são decisivos à vitalidade da célula.
Mas não me disseram (por óbvio, mas eu era um estudante tão distraído) que aqueles elementos não se encontram no ar que respiramos. E ainda que se encontrem na terra, acaso digerida por uma criança, seu poder de assimilação é nenhum.
Me ensinaram que há alimentos orgânicos ternários e quaternários.
Mas não me disseram que dois terços de nossos irmãos no mundo sofrem de fome.
Me ensinaram que os alimentos ternários, constituídos pelas gorduras e pelos hidratos de carbono, são, superlativamente, importantíssimos.
Mas não me disseram que, em cem, dez homens estão, a qualquer hora, às portas da inanição.
Me ensinaram que o ovo, o leite e a carne são alimentos extraordinários.
Mas não me disseram que, em certas regiões do mundo, há homens que consomem ovos, leite e carne acima das exigências da máquina humana.
Me ensinaram que a sensação de fome é acompanhada de contrações gástricas, uma espécie de cãibra no estômago; mas me disseram isso de maneira impessoal, como se fosse apenas a dedução teórica de um acidente possível.
Me ensinaram que as vitaminas são substâncias influentes no crescimento e na saúde; quando elas faltam, comparecem o escorbuto, o beribéri, a pelagra e outras doenças.
Mas não me disseram nem onde, nem quantos padecem de avitaminoses.
Nas carteiras da escola me ensinaram muitas coisas.
Mas não me disseram coisas essenciais à condição de homem.
O homem não fazia parte do programa.
Paulo Mendes Campos
Analise as afirmativas abaixo:
1. Ao longo do texto, vão sendo tecidos paralelos cujas estruturas sintáticas são sempre idênticas: uma afirmação em um parágrafo e uma negação em outro parágrafo.
2. A escola ensinou ao autor as propriedades da alimentação dos homens.
3. O autor revela que a escola lhe omitiu a informação que muitos homens estão privados dos elementos essenciais à vida.
4. O texto deixa clara a distância entre os conhecimentos científicos sobre nutrição e as reais condições de nutrição no mundo.
5. O texto nos leva a inferir que a escola apresentou uma visão parcial da realidade humana.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Dieta do homem
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição: pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida.
Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes da própria substância humana; o homem é o alimento que ele come.
Mas não me disseram que existem homens aos quais faltam os elementos que constituem o homem. Homens incompletos, homens mutilados em sua substância, homens deduzidos de certas propriedades humanas fundamentais; homens vivendo o processo de morte.
Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria.
Mas não me disseram que, depressa, por toda a parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo.
Me ensinaram que o oxigênio é o primeiro elemento indispensável.
Mas não me disseram que só o oxigênio é um bem comum de toda a humanidade, salvo em minas e galerias, onde é escasso.
Me ensinaram que o carbono, o hidrogênio, o azoto, o fósforo e outros minerais são decisivos à vitalidade da célula.
Mas não me disseram (por óbvio, mas eu era um estudante tão distraído) que aqueles elementos não se encontram no ar que respiramos. E ainda que se encontrem na terra, acaso digerida por uma criança, seu poder de assimilação é nenhum.
Me ensinaram que há alimentos orgânicos ternários e quaternários.
Mas não me disseram que dois terços de nossos irmãos no mundo sofrem de fome.
Me ensinaram que os alimentos ternários, constituídos pelas gorduras e pelos hidratos de carbono, são, superlativamente, importantíssimos.
Mas não me disseram que, em cem, dez homens estão, a qualquer hora, às portas da inanição.
Me ensinaram que o ovo, o leite e a carne são alimentos extraordinários.
Mas não me disseram que, em certas regiões do mundo, há homens que consomem ovos, leite e carne acima das exigências da máquina humana.
Me ensinaram que a sensação de fome é acompanhada de contrações gástricas, uma espécie de cãibra no estômago; mas me disseram isso de maneira impessoal, como se fosse apenas a dedução teórica de um acidente possível.
Me ensinaram que as vitaminas são substâncias influentes no crescimento e na saúde; quando elas faltam, comparecem o escorbuto, o beribéri, a pelagra e outras doenças.
Mas não me disseram nem onde, nem quantos padecem de avitaminoses.
Nas carteiras da escola me ensinaram muitas coisas.
Mas não me disseram coisas essenciais à condição de homem.
O homem não fazia parte do programa.
Paulo Mendes Campos
Dieta do homem
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição: pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida.
Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes da própria substância humana; o homem é o alimento que ele come.
Mas não me disseram que existem homens aos quais faltam os elementos que constituem o homem. Homens incompletos, homens mutilados em sua substância, homens deduzidos de certas propriedades humanas fundamentais; homens vivendo o processo de morte.
Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria.
Mas não me disseram que, depressa, por toda a parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo.
Me ensinaram que o oxigênio é o primeiro elemento indispensável.
Mas não me disseram que só o oxigênio é um bem comum de toda a humanidade, salvo em minas e galerias, onde é escasso.
Me ensinaram que o carbono, o hidrogênio, o azoto, o fósforo e outros minerais são decisivos à vitalidade da célula.
Mas não me disseram (por óbvio, mas eu era um estudante tão distraído) que aqueles elementos não se encontram no ar que respiramos. E ainda que se encontrem na terra, acaso digerida por uma criança, seu poder de assimilação é nenhum.
Me ensinaram que há alimentos orgânicos ternários e quaternários.
Mas não me disseram que dois terços de nossos irmãos no mundo sofrem de fome.
Me ensinaram que os alimentos ternários, constituídos pelas gorduras e pelos hidratos de carbono, são, superlativamente, importantíssimos.
Mas não me disseram que, em cem, dez homens estão, a qualquer hora, às portas da inanição.
Me ensinaram que o ovo, o leite e a carne são alimentos extraordinários.
Mas não me disseram que, em certas regiões do mundo, há homens que consomem ovos, leite e carne acima das exigências da máquina humana.
Me ensinaram que a sensação de fome é acompanhada de contrações gástricas, uma espécie de cãibra no estômago; mas me disseram isso de maneira impessoal, como se fosse apenas a dedução teórica de um acidente possível.
Me ensinaram que as vitaminas são substâncias influentes no crescimento e na saúde; quando elas faltam, comparecem o escorbuto, o beribéri, a pelagra e outras doenças.
Mas não me disseram nem onde, nem quantos padecem de avitaminoses.
Nas carteiras da escola me ensinaram muitas coisas.
Mas não me disseram coisas essenciais à condição de homem.
O homem não fazia parte do programa.
Paulo Mendes Campos
Considere o trecho:
“… Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria.
Mas “não me disseram que, depressa, por toda a parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo.”
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao trecho.
( ) A frase: “A vida na terra se extinguirá com a ausência de certos alimentos orgânicos” contrapõe o “modo condicional” dito no texto.
( ) Modo condicional e modo indicativo, no contexto, apresentam ideias contrárias; este apresenta uma possibilidade e aquele, uma realidade.
( ) Passada a frase para o modo indicativo teríamos: “Se certos alimentos minerais e orgânicos deixarem de existir, depressa a vida na terra se extinguirá”.
( ) O modo imperativo é, essencialmente, usado em contextos de interlocução, o que justifica a não existência da primeira pessoa do singular.
( ) O pronome oblíquo “me” está sendo usado de maneira incorreta, nesse trecho e ao longo do texto, se considerada a linguagem formal.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Dieta do homem
Nas carteiras da escola me ensinaram, segundo o sábio Claude Bernard, que o caráter absoluto da vitalidade é a nutrição: pois, onde ela existe, há vida; onde se interrompe, há morte.
Mas não me disseram que, entre os animais humanos, o lado que pende para a morte, por falta de nutrição, é mais numeroso que o lado erguido para a vida.
Me ensinaram que os alimentos fornecem ao homem os elementos constituintes da própria substância humana; o homem é o alimento que ele come.
Mas não me disseram que existem homens aos quais faltam os elementos que constituem o homem. Homens incompletos, homens mutilados em sua substância, homens deduzidos de certas propriedades humanas fundamentais; homens vivendo o processo de morte.
Me ensinaram, no delicado modo condicional, que, sem o concurso de certos alimentos minerais e orgânicos, depressa a vida sobre a terra se extinguiria.
Mas não me disseram que, depressa, por toda a parte, a vida se extingue, no duro modo indicativo.
Me ensinaram que o oxigênio é o primeiro elemento indispensável.
Mas não me disseram que só o oxigênio é um bem comum de toda a humanidade, salvo em minas e galerias, onde é escasso.
Me ensinaram que o carbono, o hidrogênio, o azoto, o fósforo e outros minerais são decisivos à vitalidade da célula.
Mas não me disseram (por óbvio, mas eu era um estudante tão distraído) que aqueles elementos não se encontram no ar que respiramos. E ainda que se encontrem na terra, acaso digerida por uma criança, seu poder de assimilação é nenhum.
Me ensinaram que há alimentos orgânicos ternários e quaternários.
Mas não me disseram que dois terços de nossos irmãos no mundo sofrem de fome.
Me ensinaram que os alimentos ternários, constituídos pelas gorduras e pelos hidratos de carbono, são, superlativamente, importantíssimos.
Mas não me disseram que, em cem, dez homens estão, a qualquer hora, às portas da inanição.
Me ensinaram que o ovo, o leite e a carne são alimentos extraordinários.
Mas não me disseram que, em certas regiões do mundo, há homens que consomem ovos, leite e carne acima das exigências da máquina humana.
Me ensinaram que a sensação de fome é acompanhada de contrações gástricas, uma espécie de cãibra no estômago; mas me disseram isso de maneira impessoal, como se fosse apenas a dedução teórica de um acidente possível.
Me ensinaram que as vitaminas são substâncias influentes no crescimento e na saúde; quando elas faltam, comparecem o escorbuto, o beribéri, a pelagra e outras doenças.
Mas não me disseram nem onde, nem quantos padecem de avitaminoses.
Nas carteiras da escola me ensinaram muitas coisas.
Mas não me disseram coisas essenciais à condição de homem.
O homem não fazia parte do programa.
Paulo Mendes Campos
Analise as afirmativas abaixo:
1. As palavras sublinhadas nos dois últimos períodos do texto denotam a ideia implícita no texto sobre a diferença entre “apenas ser um elemento da espécie humana” e “a situação de vida própria desse ser em termos de situação econômica e social”.
2. Embora o texto apresente paralelos em contraposição, autor e escola comungam da mesma ideia sobre o homem.
3. Segundo o autor, a escola tem capacidade de planejamento e inserção social ao afirmar, implicitamente, que ela tem “programa” a seguir.
4. Na frase: “Mas não me disseram que existem homens…”, se trocarmos o verbo sublinhado por “haver” no pretérito imperfeito, ele deverá ser usado no singular.
5. O homem, na sua condição de ser social e sua realidade nutricional, não fazia parte do programa da escola.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) sobre pronomes e seu emprego.
( ) Na linguagem formal, o interlocutor pode se valer de certos pronomes retos com o “plural de modéstia”, para evitar o tom impositivo ou muito pessoal em sua opinião. Um exemplo dessa linguagem tem-se em: “O cargo em que nos achamos desde o ano passado, ofereceu- -nos oportunidade para pensar soluções adequadas ao problema para a desnutrição”.
( ) Na frase: “Ana disse a Vera que ela chegaria primeiro” o emprego inadequado do pronome pessoal compromete a clareza do texto.
( ) Na frase: “Maria gosta de falar consigo”, o pronome sublinhado indica que Maria possui um interlocutor e quer com ele falar.
( ) Em: “Ele contava com nós três” o emprego do pronome sublinhado obedece à linguagem formal.
( ) Um emprego coloquial de pronome pessoal, vê-se na frase “Entre eu e minha mãe existe o mar”. Considerando o contexto de fala, a expressão pode estar certa de acordo com a linguagem informal.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Leia o poema.
Madrigal
Meu amor é simples, Dora.
Como a água e o pão.
Como o céu refletido
Nas pupilas de um cão.
José Paulo Paes
Considere as afirmativas abaixo em relação ao poema.
1. Se no poema, o autor dissesse: “meu amor é água e pão”, usaria uma metáfora e o sentido permaneceria o mesmo.
2. Em ”meu amor é simples como a água e o pão são simples”, a expressão sublinhada é o termo omitido na comparação feita por conectivo entre o amor, a água e o pão.
3. Na segunda estrofe já não acontece omissão de termos, então a comparação passa a ser implícita.
4. No provérbio “Depois da tempestade, a bonança”, ocorre a figura de linguagem chamada elipse.
5. Em “Bebi um litro de leite” há um recurso estilístico que troca o continente (litro) pelo conteúdo (leite). Um recurso muito comum na linguagem coloquial, chamado catacrese. Usa-se o recurso, independente de seu nome!
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Leia a anedota.
O menino abriu o armário, viu uma caixa de bombons e devorou todos eles em um minuto. A irmã dele chegou quando ele colocava o último na boca:
— Você comeu todos os bombons e nem se lembrou de mim?
— Claro que lembrei. Por que você acha que eu comi tudo depressa?
Paulo Tadeu
Assinale a alternativa correta.
Leia a tirinha.
Avalie as afirmativas abaixo em relação a tirinha.
1. A denotação e a conotação foram responsáveis pelo humor produzido na tirinha.
2. Temos denotação no segundo quadrinho e conotação no primeiro.
3. O primeiro verbo dito pelo personagem masculino carrega a autoridade de quem o profere, por isso está no imperativo afirmativo.
4. Em “Siga essa receita que eu lhe garanto”, a palavra sublinhada é um pronome oblíquo e está sendo empregado como objeto direto, já que completa o sentido do verbo “garantir”.
5. Olhado sobre o ponto de vista referencial, o pronome “essa” usado pelo personagem masculino desobedece à linguagem formal.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
1. Partindo-se da premissa que a capacidade comunicativa já se acha muito bem desenvolvida no aluno quando ele chega à escola, esta não deve ensinar o que ele já sabe. Isso implica dizer que a escola não ensina a língua, mas usos da língua e formas não corriqueiras de comunicação oral e escrita.
2. As pessoas falam para serem “ouvidas”, às vezes para serem respeitadas e também para exercer uma influência no ambiente em que realizam os atos linguísticos. O poder da palavra é o poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato linguístico.
3. O que o indivíduo faz ao usar a língua é traduzir, exteriorizar um pensamento, ou transmitir informações a outrem, seu interlocutor. Isso precisa ser feito com ideias claras que devem ser expressas de forma lógica, precisa, sem equívocos e sem ambiguidades, buscando a perfeição.
4. O texto é um produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo seu interlocutor que deve já conhecer o código usado. O papel do interlocutor passa a ser passivo, uma vez que a informação deve ser recebida tal qual havia na mente do emissor.
5. Um texto não se esclarece em seu pleno funcionamento apenas no âmbito da língua, mas exige aspectos sociais e cognitivos.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Produzimos textos por processos de textualização inadequados quando não conseguimos oferecer condições de acesso a algum sentido, seja por ausência de informações necessárias, ou por ausência de contextualização de dados ou, então, simplesmente por inobservância de restrições na linearização e violação de relações lógicas ou incompatibilidades informativas. Luiz Antônio Marcushi
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) sobre critérios de textualização.
( ) O segmento linguístico a seguir , em princípio, não é um texto, apesar de apresentar um dos critérios de textualidade, ou seja, uma coesão forte no encadeamento das frases: “José vai à padaria. A padaria é feita de tijolos. Os tijolos são caríssimos. Também os mísseis são caríssimos. Os mísseis são lançados no espaço. Segundo a Teoria da Relatividade, o espaço é curvo. A geometria rimaniana dá conta desse fenômeno”.
( ) Se coerência é a continuidade baseada na forma, a coesão é a continuidade baseada no sentido. Trata-se de duas formas de observar a textualidade.
( ) A coerência textual não é observável como fenômeno empírico, mas se dá por razões conceituais, cognitivas, pragmáticas dentre outras.
( ) A intencionalidade e a aceitabilidade são dois critérios para a textualidade. Esta diz respeito ao que o produtor do texto pretende; aquela diz respeito a como o leitor reage, aceita, considera o que está posto.
( ) Intertextualidade, como critério de textualidade, é uma propriedade constitutiva de qualquer texto, é o conjunto das relações explícitas ou implícitas que um texto mantém com outros textos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
1. Os gêneros primários são formados em situações de comunicação verbal espontânea e servem de componentes aos gêneros secundários que os absorvem e os modificam.
2. “Em casa de ferreiro, espeto de pau”. Esse é um exemplo de gênero primário, assim como a crônica. Ambos retratam situações comunicativas mais intrinsecamente voltadas ao cotidiano.
3. Os gêneros têm uma identidade e eles são entidades poderosas que, na produção textual, condicionam-nos a escolhas que não podem ser totalmente livres nem aleatórias, seja sob o ponto de vista do léxico, grau de formalidade ou natureza dos temas. Os gêneros limitam nossa ação na escrita.
4. Os gêneros secundários caracterizam-se pela escrita, pelas formas padronizadas de organização da linguagem e pelo fato de desempenharem funções mais ou menos formalizadas no processo de construção da cultura do povo; por outro lado, sabe-se que os modos de expressão oral e escrito por si só não são suficientes para a classificação de um gênero como primário ou secundário.
5. O professor deve ensinar ao aluno a “fórmula” dos gêneros primários e secundários; por exemplo, a estrutura de um artigo de opinião ou de uma crônica. Assim, poderá ajudar a compreensão dos efeitos de sentido causados pelo uso de um gênero discursivo em detrimento de outro, na sua dimensão verbal.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
( ) A prática da análise linguística requer ações metalinguísticas e epilinguísticas. Estas constituem uma reflexão sobre os recursos expressivos que levam à construção de noções que categorizam tais recursos; aquelas abarcam toda espécie de reflexão sobre diferentes formas de dizer.
( ) A prática docente, ainda muito comum, de partir de noções prontas, exemplificá-las e, por meio de exercícios, fixar uma reflexão reverbera em uma mera fixação da metalinguagem utilizada. É preciso enfatizar as atividades de conhecimento em detrimento das inócuas práticas de reconhecimento.
( ) Mostrar ao aluno, em suas produções textuais, um problema detectado em determinado trecho é oportunizar a ele uma reflexão necessária à reelaboração do texto. Assim, atitudes como anotações, ao lado da folha de redação, do tipo “problemas de coesão”, são indicadores para uma reflexão por parte do aluno e, também, constituem-se em importante oportunidade para aprender.
( ) As atividades de análise linguística, seja em caráter prospectivo, quando ocorrem antes da produção; seja em caráter retrospectivo, após o texto ter sido elaborado e avaliado ou durante a produção, podem ser de grande importância para ampliar a apropriação, por parte dos alunos, das habilidades e dos conhecimentos necessários para rever e aprimorar as suas produções.
( ) Ao trabalhar na perspectiva da análise linguística, o professor reporta-se ao estudo da gramática tradicional e a questões relacionadas ao propósito do texto, como adequação do texto aos objetivos pretendidos e análise dos recursos expressivos utilizados, entre outros elementos.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.