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Das conchas à restinga: impactos ambientais do
alargamento da praia de Balneário Camboriú
Obra começou há cerca de uma semana e tanto moradores quanto turistas e internautas questionam os
impactos trazidos pela obra.
O alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú deve, sim, trazer diversos impactos ambientais para
a orla. Mas, conforme a secretária de Meio Ambiente da
cidade, Maria Heloisa Lenzi, todos os impactos foram
medidos e analisados pelo IMA (Instituto do Meio
Ambiente) durante o processo de licenciamento da obra.
“Impactos existem em toda obra. Desde o barulho, ruído
sonoro, até o impacto na fauna, na qualidade do ar,
da água. As conchas, por exemplo”, explica. Segundo
Lenzi, tudo isso foi medido e, para tentar diminuir esses
impactos, projetos ambientais foram criados.
Assim que as conchas apareceram na praia, a equipe
analisou estes itens para saber se os animais que
normalmente ocupam as conchas estavam lá ou não.
Mas, segundo a secretária, esse material foi retirado de
uma camada no fundo do mar, onde os animais já não
estão mais. Portanto, não houve impacto aos moluscos e outros animais que “moram” nessas conchas.
A secretária explica que uma equipe multidisciplinar, com 50 profissionais de 14 áreas, foi contratada
para fazer o levantamento dos impactos ambientais,
estudo necessário para obtenção das licenças.
O início dos estudos para o licenciamento foi em 2012,
e, para Lenzi, foi tão rigoroso que o processo no IMA
começou apenas dois anos depois, em 2014. O processo ainda continuou lento, com uma análise minuciosa do órgão estadual, que liberou a primeira licença
apenas em 2018
SALLES, Kassia. Disponível em: < https://ndmais.com.br/infraestru
tura/das-conchas-a-restinga-impactos-ambientais-do-alargamen-
to-da-praia-de-balneario-camboriu/>. Acesso em: 21 de nov. 2022.
Publicado em 30 de ago. 2021. Adaptado.