A informação e o conhecimento na saúde na região dos subúrbios da Leopoldina, no Rio de Janeiro, foi estudado pelo grupo de pesquisa Antropologia da Informação, da ECO-UFRJ, entre 2001 e 2003.
Como produto da pesquisa, foi produzido o Almanaque da Dengue, uma experiência sobre a qual os pesquisadores redigiram o trecho abaixo.
“O Almanaque da Dengue foi construído como um hipertexto popular, baseando-se também nessa associação de funções do almanaque com as novas tecnologias de comunicação e informação. A ideia que embasa sua elaboração é a de que o hipertexto – e, nesse caso, o almanaque -, como forma de organização de informações, permite representar de modo mais adequado os diálogos e as tensões entre o conhecimento científico, as informações veiculadas pelas mídias de massa, o saber técnico, o político e aquele produzido pela sociedade. Tratou-se, portanto, da construção de um experimento que busca representar a construção compartilhada do conhecimento na saúde”.
(MARTELETO, Regina Maria, GUIMARÃES, Cátia e NÓBREGA, Nanci G. Almanaque da Dengue: conhecimento, informação e narrativas de saúde. em MARTELETO, Regina Maria e STOTZ, Eduardo Navarro (orgs.). Informação, saúde e redes sociais: diálogos de conhecimento nas comunidades da Maré. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2009, p. 97)