A modernização conservadora, empreendida pelo Estado
brasileiro a partir do golpe de 1964, baseou-se em um projeto
territorial fundado no ideário da integração nacional e do Brasil
potência. A integração da Amazônia foi considerada prioridade
máxima por razões de acumulação e legitimação.
Entre as estratégias do governo federal para a integração da
Amazônia, durante o regime militar, destaca-se um modelo de
ocupação do território fundamentado no conceito de vantagens
comparativas. Com a menor disponibilidade de recursos após a
crise de 1973, a estratégia governamental se tornou mais
seletiva, atuando não mais em uma escala macrorregional e sim
sub-regional. O Estado central viu-se obrigado a escolher áreas
prioritárias para investimentos, ou seja, aquelas com maior
potencial de obtenção de benefícios imediatos. O modelo
mostrou-se o mais adequado para a organização do território
proposta pelo Estado autoritário, uma vez que os lugares
privilegiados seriam capazes de interligar os circuitos nacionais e
internacionais de fluxos financeiros e de mercadorias.
Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional
na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994 e MACHADO,
L. O. A fronteira agrícola na Amazônia brasileira. Revista Brasileira de
Geografia, v. 54, n. 2, 1992: 27-56.
A estratégia descrita no texto acima foi denominada: