Questões de Concurso Público IBGE 2016 para Tecnologista - Geografia

Foram encontradas 70 questões

Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: IBGE Prova: FGV - 2016 - IBGE - Tecnologista - Geografia |
Q629187 Geografia
Na década de 1990, a abertura da economia brasileira à concorrência internacional e as estratégias de atração de investimentos voltados para a competição globalizada impuseram a adoção de novas formas de intervenção na região Nordeste. Entre as novas formas de intervenção na região, destaca-se:
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Q629188 Geografia
A modernização conservadora, empreendida pelo Estado brasileiro a partir do golpe de 1964, baseou-se em um projeto territorial fundado no ideário da integração nacional e do Brasil potência. A integração da Amazônia foi considerada prioridade máxima por razões de acumulação e legitimação. Entre as estratégias do governo federal para a integração da Amazônia, durante o regime militar, destaca-se um modelo de ocupação do território fundamentado no conceito de vantagens comparativas. Com a menor disponibilidade de recursos após a crise de 1973, a estratégia governamental se tornou mais seletiva, atuando não mais em uma escala macrorregional e sim sub-regional. O Estado central viu-se obrigado a escolher áreas prioritárias para investimentos, ou seja, aquelas com maior potencial de obtenção de benefícios imediatos. O modelo mostrou-se o mais adequado para a organização do território proposta pelo Estado autoritário, uma vez que os lugares privilegiados seriam capazes de interligar os circuitos nacionais e internacionais de fluxos financeiros e de mercadorias. Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994 e MACHADO, L. O. A fronteira agrícola na Amazônia brasileira. Revista Brasileira de Geografia, v. 54, n. 2, 1992: 27-56. A estratégia descrita no texto acima foi denominada:
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Q629189 Geografia
A partir dos anos 1990, geógrafos e outros cientistas sociais promoveram um amplo debate acerca da escala. Desse debate decorrem duas grandes visões sobre o conceito. A primeira considera cada escala como o limite que encerra um espaço absoluto particular, a região ou o estado-nação, por exemplo. A segunda visão não supõe o fechamento de espaços, mas descreve como as redes são estruturadas, geralmente em termos de linhas e nós. Nessa abordagem, as escalas são representadas pelo comprimento relativo das linhas que conectam vários nós – linhas mais longas são normalmente usadas para representar a escala global, enquanto linhas mais curtas representam escalas nacionais ou regionais. Adaptado de: HEROD, Andrew. Scale. Nova Iorque: Routledge, 2011 A segunda visão acerca do conceito de escala, destacada no texto acima, corresponde a uma abordagem:
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Q629190 Geografia

A abordagem neopositivista na Geografia vinculou a noção de região ao funcionalismo, vendo o espaço como um sistema de fluxos em que cada parcela ou subsistema desempenha um conjunto específico de funções. Funda-se, então, a distinção entre as regiões homogêneas ou uniformes e as regiões funcionais ou polarizadas. Adaptado de: HAESBAERT, R. Regional-global: dilemas da região e da regionalização na geografia contemporânea. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010

Diferentemente das regiões funcionais, as regiões homogêneas:

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Q629191 Geografia

Na organização do espaço urbano brasileiro na contemporaneidade, observa-se uma expansão impulsionada por duas lógicas, a da localização dos empregos nos núcleos das aglomerações e a da localização das moradias nas áreas periféricas. A incorporação de novas áreas residenciais, o aumento da mobilidade e a oferta de transporte eficiente favorecem a formação de arranjos populacionais de diferentes magnitudes que aglutinam diferentes unidades espaciais. Adaptado de: IBGE. Arranjos populacionais e concentrações urbanas no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou 294 arranjos populacionais no País, formados por 938 municípios e que representam 55,9% da população residente no Brasil em 2010.

Os critérios utilizados na identificação dos arranjos populacionais empregam a noção de integração, medida:

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Q629192 Geografia

A rede urbana brasileira convive atualmente com um padrão espacial do tipo clássico, em que a hierarquia entre as cidades é bem definida, e um padrão urbano em que algumas cidades, de maior dinamismo, graças à maior eficiência das comunicações, subvertem as noções de hierarquia e de proximidade entre cidades. Cidades com redes técnicas avançadas estão “próximas” a cidades muito distantes, enquanto que cidades vizinhas, em que as redes técnicas são deficientes, mantêm fracas relações entre si. A revolução tecnológica torna as redes urbanas cada vez mais diferenciadas e complexas.

O padrão dominantemente não hierarquizado pode ser observado:

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Q629193 Geografia

O mapa abaixo mostra a dispersão das cidades de porte médio no Brasil, em 2010.

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Fonte: STAMM, C. et al. “A população urbana e a difusão das cidades de porte médio no Brasil”. Interações, Campo Grande, 14 (2), 2013, p. 251- 265. De acordo com a classificação adotada para a elaboração do mapa acima, as cidades de porte médio correspondem às sedes dos municípios cuja população urbana se situa entre 100 mil a 500 mil habitantes. Um dos fenômenos indutores da difusão de cidades de porte médio no Brasil a partir da década de 1970 foi:
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Q629194 Geografia

Considerando a repartição espacial dos diferentes tipos de tecnologia de acesso fixo à internet no Brasil, observa-se que:

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Q629195 Geografia

Em 2014, o IBGE publicou um estudo sobre as ligações aéreas no Brasil, com dados de 2010. Entre as conclusões do estudo, destaca-se que:


• Existem ligações entre a maioria das cidades brasileiras que possuem aeroportos. A princípio, de qualquer cidade com aeroporto é possível acessar a outra, já que são poucos os centros que necessitam de mais de um passo para se ligar com as demais cidades da rede.

• A ligação das seis metrópoles mais populosas do país com São Paulo era responsável por mais de 25% do total de passageiros transportados.

• Em geral, as viagens para cidades menores e mais periféricas tendem a ser mais longas e apresentar custo mais elevado.

As conclusões acima descrevem três aspectos da estrutura da rede de transporte aéreo brasileira. Esses aspectos são, respectivamente:

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Q629196 Geografia

A partir da década de 1970, o aprofundamento da globalização reestrutura o espaço econômico mundial, dando a ele uma feição de arquipélago cujos centros produtivos mais competitivos são interconectados por redes logísticas multiescalares. Nesse processo, as atividades portuárias são submetidas à adoção de novos padrões de organização e localização. A sincronização da produção, do transporte e da distribuição insere os portos em arquiteturas logísticas organizadas segundo princípios de flexibilidade operacional e de minimização das rugosidades espaciais e funcionais.


Adaptado de: MONIÉ, F. e VASCONCELOS, F. “Evolução das relações entre cidades e portos: entre lógicas homogeneizantes e dinâmicas de diferenciação”, Confins [Online], n. 15, 2012


Entre as mudanças observadas nos padrões de organização e localização das atividades portuárias nas últimas décadas, com reflexos no território brasileiro, destaca-se uma tendência à:

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Q629197 Geografia

A navegação interior é aquela realizada em hidrovias de percurso nacional (estadual ou interestadual) ou internacional. A tabela abaixo apresenta as quantidades transportadas, em toneladas, nos principais corredores hidroviários do país, para o ano de 2014.


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Dentre os perfis de carga transportados na navegação interior brasileira, há uma predominância de:

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Q629198 Geografia

A tabela abaixo apresenta a população residente autodeclarada indígena e sua variação relativa, segundo as grandes regiões brasileiras, de acordo com os Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010: 

                



Na década 1991/2000, o Censo registrou um aumento expressivo, de cerca de 150%, da população autodeclarada indígena. No período seguinte, entre 2000 e 2010, houve uma retração desse contingente nas regiões Sudeste e Sul, mas as demais regiões continuaram a apresentar acréscimos. 

Para muitos estudiosos, o crescimento da população autodeclarada indígena registrado nas últimas décadas se deve, em grande medida, ao fenômeno da etnogênese, que consiste:
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Q629199 Geografia

A estrutura etária da população brasileira tem passado por transformações profundas, sobretudo a partir da década de 1980, como se pode observar nos gráficos a seguir:


      


Um dos fenômenos resultantes das alterações acima ilustradas é o chamado bônus demográfico, período no qual se observa a diminuição substancial do peso da população considerada inativa sobre a população potencialmente ativa, ou disponível para as atividades produtivas. No caso brasileiro, o bônus demográfico, que deve ocorrer ao longo das primeiras décadas do século XXI, está associado:
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Q629200 Geografia

Observe a figura a seguir:


         



Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Santos estão contidas dentro de um raio inferior a 100 km, tomada a cidade de São Paulo como centro. Considerada a qualidade da malha viária, é possível aceitar a viabilidade de comutação diária de pessoas entre cada uma dessas cidades e a cidade primaz, entre alguns de seus pares, ou entre todos eles após a finalização do Rodoanel. Além do município de São Paulo, os municípios de Campinas e São José dos Campos possuem uma das mais avançadas infraestruturas de ciência e tecnologia do país. Contam, também, com uma importante base industrial. Possuem, portanto, condições favoráveis para o desenvolvimento industrial e do setor de serviços nos segmentos tecnologicamente mais complexos e sofisticados. Nesse sentido, configuram, juntamente com São Paulo, um novo padrão e novas funções no contexto da economia brasileira e internacional.

Adaptado de DINIZ, C. e CAMPOLINA, B. A região metropolitana de São Paulo: reestruturação, re-espacialização e novas funções. Eure, 33 (98), 2007, p. 27-43.

A figura e o texto acima tratam das mudanças recentes na dinâmica de integração física e produtiva no entorno da região metropolitana de São Paulo. O deslocamento de instalações industriais para o interior do estado de São Paulo, assim como a intensificação das interações e das trocas econômicas entre as cidades, podem ser mais bem compreendidas pelo conceito de:

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Q629201 Geografia
Apenas os países que sustentam vantagens competitivas relevantes nas etapas de criação, design, marketing e coordenação da cadeia de produção e distribuição da indústria calçadista conseguem manter um papel ativo na cadeia de valor, enquanto os países que produzem calçados com base em custos de produção baixos (principalmente mão de obra) tendem a perder competitividade.
O deslocamento geográfico da indústria de calçados no mundo é coerente com a dinâmica da concorrência nas cadeias produtivas, cuja competitividade depende de esforços no desenvolvimento dos canais de marketing, dado que a esfera da comercialização é o principal espaço de agregação de valor. 


Adaptado de: GUIDOLIN, S. et al. Indústria calçadista e estratégias de fortalecimento da competitividade. BNDES Setorial 31, 2010.


A indústria calçadista vem passando por transformações significativas no seu padrão de concorrência. Nas últimas décadas, registrou-se uma perda relativa da importância do baixo custo salarial como determinante da competitividade do setor, em favor de fatores como qualidade, design e prazos de entrega. 
As mudanças tecnológicas são incrementais. O setor se moderniza por etapas, dada a característica descontínua do processo de produção. As fases de costura e montagem ainda são muito artesanais, demandando muita habilidade da mão de obra e com isso, limitando o processo de automação, facilitando a entrada de microempresas. Devido ao forte conteúdo artesanal e fragmentação no processo produtivo, mundialmente a indústria de calçados tem características de produção localizada, estimulando, com isso, as aglomerações geográficas.


Adaptado de: GORINI, A. et al. A indústria calçadista de Franca. BNDES – Setor de calçados. 2000.

Os textos acima apontam para mudanças no setor industrial calçadista, no qual o Brasil possui uma posição de destaque, sendo o terceiro maior produtor mundial. Apresentam também diferentes aspectos de sua organização espacial. A principal mudança no sistema de produção do setor calçadista e os aspectos de sua organização espacial destacados nos textos são, respectivamente: 

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Q629202 Geografia

A extensa faixa localizada no nordeste de São Paulo e no oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, constitui uma das mais significativas áreas de especialização, domínio e predomínio agrícola no País, destacando-se cultivares de soja e milho, além de feijão, laranja, amendoim, trigo, girassol e cana-de-açúcar. Entre os anos de 1996 e 2006, datas de realização dos dois últimos censos agropecuários, foi registrada uma intensificação da ocupação agrícola em toda esta área. Em conjunto, os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul registraram um acréscimo de cerca de 3,2 milhões de hectares em áreas de lavoura.

Adaptado de: IBGE. Censo Agropecuário 2006 – segunda apuração. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.


O aumento nas áreas de lavouras verificado nesses estados no período intercensitário foi acompanhado pelo decréscimo das áreas de:

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Q629203 Geografia

A partir de 2008, o boom dos preços das commodities iniciou um processo que tem ganhado força no cenário global: a aquisição de terras por grandes empresas transnacionais. No Brasil, o fenômeno foi discreto e espacialmente concentrado. Em 2011, estimava-se que apenas quatro milhões de hectares, ou 0,5% do território nacional, fosse propriedade de estrangeiros, como pode ser observado no mapa abaixo:

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A aquisição de terras por estrangeiros no Brasil tende a se concentrar em regiões que se caracterizam pelo(a):

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Q629204 Geografia

O gráfico 1 apresenta a dispersão geográfica das multinacionais brasileiras no mundo. O gráfico 2 apresenta a década da primeira internacionalização das empresas brasileiras.


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Entre os fatores que explicam a dinâmica de internacionalização das empresas brasileiras nas últimas décadas, está:

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Q629205 Geografia

A estrutura regional que caracterizava o Brasil nos anos 1960, resultante da industrialização, era constituída por três grandes unidades: a área core e sua periferia integrada, as periferias deprimidas e a fronteira de recursos. A diferenciação interna da região Centro-Sul em área core e periferia indicava a tendência de especialização regional no quadro de uma sociedade industrial.

Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.


Considerando a área core e sua periferia integrada no final da década de 1960, observa-se que: 

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Q629206 Geografia

Dois importantes fenômenos têm chamado atenção no setor financeiro nos anos recentes. O primeiro corresponde ao desenvolvimento dos mercados de microfinanças e ao crescente número de operações de microcrédito. O segundo está relacionado ao enorme crescimento verificado no uso dos correspondentes bancários como canal de atendimento dos bancos.

Adaptado de: DINIZ, E. Correspondentes bancários e microcrédito no Brasil: tecnologia bancária e ampliação dos serviços financeiros para a população de baixa renda. Relatório FGV Pesquisa. 2010.


O crescimento das operações de microcrédito e dos correspondentes bancários no Brasil são explicadas, respectivamente, pelo(a): 

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Respostas
41: C
42: D
43: B
44: E
45: A
46: C
47: A
48: B
49: E
50: E
51: C
52: D
53: A
54: D
55: B
56: A
57: C
58: E
59: C
60: A