Questões de Concurso Público FUNSAÚDE - CE 2021 para Médico - Cardiologia (24H/40H)
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Relacione os variados tipos de Bloqueios Átrioventriculares (BAVs) às suas respectivas definições.
1. BAV 1º grau
2. BAV 2º grau Mobitz tipo I
3. BAV 2º grau Mobitz tipo II
4. BAV completo
( ) O intervalo PR é constante, com a mesma duração, antes e depois da onda P bloqueada.
( ) Caracteriza-se por prolongamento do intervalo PR (> 0,20 s), mas toda onda P é conduzida. Tem relação 1:1 para o QRS.
( ) Ausência de onda P conduzida. Sem relação entre onda P e o QRS (dissociação atrioventricular). Frequência atrial é maior do que a ventricular.
( ) Aumento do intervalo PR progressivamente, até que uma onda P é bloqueada. Apresenta o fenômeno de Wenchebach.
Assinale a opção que indica, segundo a ordem apresentada, a relação correta.
Homem, 55 anos, sem história de eventos cardiovasculares prévios, realiza exames a pedido do seu cardiologista. Apresenta placas ateroscleróticas não obstrutivas em angiotomografia de coronárias e Ultrassonografia com Doppler de carótidas com presença de placa (< 50% de obstrução).
O risco cardiovascular, a meta de colesterol LDL e o hipolipemiante a ser utilizado nesse paciente, são, respectivamente,
Paciente mulher, 68 anos, sem comorbidades conhecidas, vai à consulta em seu ambulatório com queixa de “cansaço” aos pequenos esforços. Ao exame, apresenta pulso parvus tardus, hipofonese de B2, sopro telessistólico, melhor auscultado em focos da base do coração, irradiando para o pescoço. Ausculta-se também componente de alta frequência que se irradia para o ápex cardíaco.
Ecocardiograma transtorácico em repouso demonstrava FEVE 77%; valva aórtica tricúspide, calcificada, com gradiente médio de 45 mmHg; velocidade máxima do jato aórtico de 4,0 m/s e área valvar aórtica de 0,4 cm². Euroscore II calculado em 2,0% e STS (Society of Thoracic Surgeons) de 1,26%.
Levando em consideração as últimas diretrizes e o que recomenda a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a conduta mais adequada para esse caso, seria
As sequelas da fase aguda da febre reumática constituem relevante problema de saúde pública em diversas regiões do mundo e, no Brasil, não é diferente.
Para o caso clínico a seguir:
paciente homem, 23 anos, diagnóstico prévio de febre reumática com cardite, último surto há 3 anos, sem sequelas no momento, indique a melhor profilaxia secundária para febre reumática.
Paciente homem, 56 anos, obeso, diabético, chega ao prontossocorro com quadro de angina típica, sudorese profusa, iniciado há 40 minutos.
O eletrocardiograma de admissão demonstra:
Araujo et al. Rev Bras Cardiol. 2010;23(6):365-368 novembro/dezembro
Para o caso, assinale a opção que indica o padrão
eletrocardiográfico; a anatomia provável e a melhor conduta,
respectivamente.
Paciente homem, 52 anos, com história de febre vespertina há “algumas semanas”, além de mal-estar, anorexia e emagrecimento.
Ao ser perguntado ativamente, refere que em algum momento da vida ouviu dizer que “tinha sopro no coração”.
Ao exame físico, apresentava sopro sistólico em foco mitral, irradiando para linha axilar anterior, algumas petéquias em quirodáctilos, hemorragia conjuntival, além da lesão a seguir:
Livro-texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 3ª Ed. – 67-605
O exame a ser solicitado para confirmar o diagnóstico e o nome
da lesão destacada são, respectivamente,
Relacione os tipos de dissincronia cardíaca às suas respectivas definições.
1. Dissincronia interatrial.
2. Dissincronia atrioventricular.
3. Dissincronia interventricular.
4. Dissincronia intraventricular.
( ) Causada pelos diferentes bloqueios atrioventriculares, pode ser corrigida por meio de marcapassos de dupla câmara, contornando o atraso ou o bloqueio instalado no nó AV ou abaixo deste.
( ) Causada pelos bloqueios de ramo direito e esquerdo, sendo este último o mais relevante. O bloqueio de ramo esquerdo leva à contração tardia da parede lateral basal do ventrículo esquerdo (VE) quando a porção septal já se encontra no momento de relaxamento, tornando a sístole menos eficiente.
( ) Causada por atraso de condução pelo feixe de Bachmann.
( ) Causadas pelos bloqueios de ramos direito ou esquerdo. A condução normal por um dos ramos faz com que os ventrículos sejam ativados em tempos e velocidades diferentes, fazendo o fluxo pela aorta e a artéria pulmonar ocorrer de forma dissincrônica.
Assinale a opção que indica a relação correta, segundo a ordem apresentada.
Sobre possíveis disfunções e/ou pseudodisfunções dos marcapassos cardíacos, relacione cada tipo à sua respectiva definição.
1. Oversensing.
2. Undersensing.
3. Perda de captura.
4. Batimentos de fusão.
5. Batimentos de pseudofusão.
( ) Incapacidade de reconhecimento da despolarização espontânea. Pode ocorrer por programação inadequada ou por modificações da captação do sinal intrínseco.
( ) Incapacidade do marcapasso em provocar despolarização tecidual (átrio ou ventrículo). Pode ocorrer por aumento do limiar de estimulação, disfunção do eletrodo, disfunção do gerador, e erro de programação.
( ) Identificação equivocada de um sinal elétrico que não corresponde à despolarização da câmara relacionada.
( ) Ativação artificial do tecido cardíaco de forma simultânea à despolarização espontânea, provocando complexos híbridos.
( ) Ativação espontânea do tecido cardíaco, simultânea à emissão de espícula que não tem efeito sobre o QRS ou a onda P.
Assinale a opção que mostra a relação correta, segundo a ordem apresentada.
Chega ao seu ambulatório, em consulta de primeira vez, um paciente de 46 anos, com história de implante de marcapasso definitivo (MPD) por BAVT.
Ele traz um eletrocardiograma com data anterior ao do implante do MPD, que demonstrava um bloqueio de ramo direito (BRD).
O ecocardiograma transtorácico do paciente demonstra afilamento anterobasal do septo com ecogenicidade aumentada, além de disfunção diastólica grau III.
As principais queixas do paciente são “sensação de desmaio” e dispneia aos pequenos esforços. O diagnóstico mais provável é
Paciente homem, 23 anos, foi submetido à troca valvar mitral metálica devido à estenose mitral grave de etiologia reumática.
Após 6 meses da intervenção, evolui com quadro de dispneia aos pequenos esforços e dispneia paroxística noturna. Nega edema de membros inferiores, febre, hemoptise ou qualquer outro sinal ou sintoma. Relata uso irregular de cumarínicos.
Na ausculta cardiovascular, nota-se click metálico inaudível, P2>A2, sem sopros. Eletrocardiograma de admissão demonstrando duração aumentada da onda P.
Ecocardiograma com reconstrução 3D demonstra imagem de densidade aumentada, em face atrial da valva mitral, medindo 0,8 x 0,5 cm, com regurgitação mitral moderada a grave.
Optado por internação do paciente e, durante investigação, hemoculturas se encontram negativas em andamento.
Sobre o caso descrito, a suspeita diagnóstica mais provável é