Questões de Concurso Público FUNSAÚDE - CE 2021 para Médico – Medicina Paliativa

As hipóteses emocional e espiritual são especulativas; não há comprovação que a dor possa ter estes componentes em sua etiologia ou agravamento de dor preexistente.

A dimensão espiritual da dor contempla significados, valores, eventualmente religiosidade; estabelecer conexões com estes significados para o paciente pode amenizar a percepção de dor e melhorar o resultado no controle deste sintoma.

A dimensão social da dor pode incluir o isolamento, a dependência, redes de apoio familiar e de amigos e questões econômicas.

É importante tratar a dor física incapacitante, antes de abordar outros aspectos relacionados à dor.

A abordagem da equipe multidisciplinar contribui fortemente para o controle da “dor total”.

É importante uma avaliação técnica, uma comunicação empática, uma ponderação de riscos e benefícios.

O respeito pelos valores do paciente, aspectos culturais, religiosos, o sentido biográfico para o mesmo e para os familiares do ato de comer e beber devem ser atentamente observados.

Há que se ter a compreensão de que a nutrição e a hidratação artificiais fazem parte do plano terapêutico e devem ser justificadas pelas melhores evidências dos cuidados que aliviam o sofrimento e preservam a dignidade.

É importante compreender a diferença entre pessoas que morrem porque param de comer e beber e as que param de comer e beber porque estão em processo natural do morrer.

É injustificável do ponto de vista técnico e ético a suspensão da dieta enteral em pacientes em processo ativo de morte.

Na assistência domiciliar uma das vantagens é evitar internações hospitalares desnecessárias, todavia o custo da disponibilização de equipes é muito elevado, além da sobrecarga de trabalho.

Em relação aos times hospitalares de interconsulta um grande impedimento é o custo muito elevado.

A gestão deve sempre ponderar a qualidade da assistência e os custos associados; habitualmente os custos em medicação não são elevados e o benefício social e redução da sobrecarga do sistema de saúde compensam o investimento.

A instituição de enfermarias específicas para cuidados paliativos não tem proporcionado benefício nos cuidados de doenças terminais.

A instituição de hospices no Brasil não se justifica em função do crescimento da assistência nos hospitais gerais.

Causas comuns incluem radioterapia em cabeça e pescoço, quimioterapia sistêmica, ansiedade, doenças sistêmicas que acometem glândulas salivares como síndrome de Sjögren e diabetes mellitus.

Opioides fortes contribuem muito para a xerostomia e devem ser suspensos na presença desta condição.

Antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, brometo de ipatrópio, escopolamina são medicações que podem causar xerostomia.

O tratamento da xerostomia inclui higiene bucal diária, ingerir pequenos goles de água com alguma frequência, rever os medicamentos em uso.

A utilização de saliva artificial lubrifica a mucosa e promove alívio sintomático.

Está indicada em pacientes em fase final de vida e com sofrimento de difícil controle, incluindo dor, dispneia, convulsões, sofrimento existencial.

Não é permitido pela legislação brasileira, podendo ser tipificada como eutanásia.

Está indicada em todos os casos de processo ativo de morte.

É fundamental que o paciente esteja entubado e sob ventilação mecânica.

Não é autorizada em pacientes oncológicos terminais portadores de demência avançada.

I, apenas.

I e II, apenas.

I e III, apenas.

II e III, apenas.

I, II e III.

PPS (escala funcional em cuidados paliativos) < 50, disfunção orgânica associada (principalmente síndrome cardiorrenal) e descompensações cardíacas frequentes.

Dispneia aos mínimos esforços, hipoalbuminemia, hiponatremia, uso crescente de diuréticos e necessidade de inotrópicos.

Fração de ejeção de 30%, controle adequado dos sintomas e disfunção renal crônica sem necessidade dialítica.

Internações frequentes, PPS < 50, dispneia aos mínimos esforços, uso de diuréticos e inotrópicos via parenteral.

Idoso, sintomas de difícil controle, PPS < 30 e caquexia.

Anorexia e disfagia: incapaz de manter ingesta hídrica e calórica necessária. Duas internações por infecção urinária nos últimos seis meses.

Acidente vascular cerebral no último ano.

Disfagia e incontinência esfincteriana.

Disfagia, perda da capacidade de deambulação sem ajuda, hipoacusia, insuficiência cardíaca.

Incapaz de comunicar-se verbalmente de forma eficaz, andar, vestir-se, sentar-se ou tomar banho sem auxílio, com incontinência urinária e fecal. Internações frequentes por infecções. Perda de peso > 10% em seis meses.

O paracetamol pode ser usado em dores leves, em dose não superior a 3 gramas em 24 horas.

Os antiinflamatórios não-esteroidais (AINES) podem ser usados na dor de metástases ósseas. O uso crônico pode levar a efeitos adversos no trato gastrointestinal e renal.

Os antidepressivos podem ser usados como adjuvantes no tratamento da dor em doses baixas.

A gabapentina, a carbamazepina e a pregabalina são anticonvulsivantes com indicação na dor neuropática.

Os corticosteroides não possuem um benefício analgésico na dor oncológica.