Questões de Concurso Público Prefeitura de Cruz das Almas - BA 2019 para Professor - Língua Portuguesa
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Fragmento 1 - No português brasileiro, observam-se mudanças no uso da língua pelos falantes de pelo menos cinco ordens: fonética, morfológica, sintática, léxica e semântica [...].
Muitos autores apontam então para a existência- no português brasileiro- de registros ou níveis de linguagem, ou seja, mudanças no uso da língua pelos falantes.
Em suma, seja na fala ou na escrita, cada usuário da língua utiliza vários registros de linguagem, em conformidade com seu nível social, a situação sociocomunicativa e as circunstâncias, e também em conformidade com a necessidade de imprimir a seu texto maior ou menor formalidade [...].
DIDIO, Lucie. Leitura e produção de textos: comunicar melhor, pensar melhor, ler melhor, escrever melhor. São Paulo: Ed Atlas, 2013. p. 33 -35.
Fragmento 2 - A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Ela sempre existiu e sempre existiráꞏ, independentemente de qualquer ação normativa. Assim, quando se fala em Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades. Embora no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma língua nacional, notam-se diferenças de pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de construções sintáticas, as quais não somente identificam os falantes de comunidades linguísticas em diferentes regiões, como ainda se multiplicam em uma mesma comunidade de fala. Não existem, portanto, variedades fixas: em um mesmo espaço social convivem mescladas diferentes variedades linguísticas, geralmente associadas a diferentes valores sociais. Mais ainda, em uma sociedade como a brasileira, marcada por intensa movimentação de pessoas e intercâmbio cultural constante, o que se identifica é um intenso fenômeno de mescla linguística, isto é, em um mesmo espaço social convivem mescladas diferentes variedades linguísticas, geralmente associadas a diferentes valores sociais.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental - Brasília:MEC/SEF, 1998. p. 29.
No primeiro parágrafo do fragmento 1 encontram-se descritos alguns usos da língua que sofrem variações pelos falantes. Considerando os registros citados, numere a segunda coluna de acordo com a primeira.
(1) Variação lexical
(2) Variação sintática
(3) Variação fonética
(4) Variação semântica
(5) Variação morfológica
( ) Indica a aplicação de contextos muito diferentes para uma mesma palavra a exemplo da palavra estância que significa pequena hospedaria no Sul do País e recebe a significação de cortiço no norte do país ou ainda bacia na acepção de utensílio de cozinha ou significando parte do esqueleto humano.
( ) Percebe-se em situações nas quais os falantes deixam de pronunciar o S nos plurais, determinando a flexão apenas pelo artigo: “os prato”, “as garota” ou registros como aldeãos/aldeães, verãos/verões.
( ) Ocorre em mudanças no timbre e intensidade da fala e modulações da voz. Essas inflexões podem determinar a origem dos falantes no que tange à cultura, localização.
( ) Compreende-se quando a mesma realidade é designada por vocábulos diferentes: a exemplo de aipim, macaxeira, ou mandioca, marmitex ou quentinha dependendo da região do falante ou sua condição social.
( ) Há modificações na estrutura oracional com mudanças na posição dos objetos diretos, adjuntos adnominais, inversão de termos frásicos, isto é, quando varia a construção frásica ou a regência de um verbo ou a concordância.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é
Texto 4
Os gêneros textuais, segundo Bakhtin (1972, p. 279), apresentam-se como gêneros do discurso, e são tipos relativamente estáveis de enunciados produzidos pelas mais diversas esferas da atividade humana. Afirma-se serem relativamente estáveis, pois podem sofrer modificações de acordo com a situação comunicativa na qual são empregados. [...]
[...] Segundo Marcuschi (2002, p.19-34), os gêneros surgem emparelhados a necessidades e atividades socioculturais e na relação com as inovações tecnológicas a intensidade do uso das novas tecnologias e sua interferência nas atividades comunicativas diárias motivam a explosão de novos gêneros e novas forma de comunicação, quer na oralidade, quer na escrita. [...]
Schneuwly, Dolz e colaboradores (2004, p. 60-61) agrupam os gêneros textuais a partir das capacidades de linguagem dominantes dos sujeitos nas seguintes ordens: relatar, narrar, argumentar, expor e descrever ações ou instruir/prescrever ações.
KÖCHE, Vanilda Salton e outros. Leitura e produção textual: gêneros textuais do argumentar e expor. Petrópolis: Vozes, 2013. (Adaptado).
Conforme o texto 4, os gêneros textuais foram agrupados pelos autores Schneuwly e Dolz a partir das capacidades de linguagem na seguinte ordem: relatar, narrar, argumentar, expor e descrever ações ou instruir/prescrever ações.
A alternativa que agrupa os gêneros textuais de acordo com a classificação de Schneuwly e Dolz e na ordem em que aparecem, respectivamente, é