“Imagine que um ser humano
foi submetido a uma cirurgia por um cientista do
mal. O cérebro da pessoa foi retirado do corpo
e colocado numa cuba com nutrientes que o
mantêm vivo. As terminações nervosas foram
conectadas a um supercomputador científico
que faz com que a pessoa tenha a ilusão de que
tudo está perfeitamente normal. Parecem existir
pessoas, objetos, o céu, etc.; mas, na verdade,
tudo o que a pessoa experimenta é resultado de
impulsos eletrônicos que viajam do computador
para as terminações nervosas”. (DUPRE, 2015). Esse experimento mental, conhecido como “o
cérebro numa cuba”, na sua versão
contemporânea foi criado pelo filósofo norte- americano Hilary Putnam. Na sua essência, o
experimento é uma versão do argumento do
gênio maligno, elaborado pelo filósofo René
Descartes no século XVII. Em ambos os casos,
podemos dizer que esse tipo de experimento
mental tem, em um primeiro momento, em
relação à existência do mundo exterior, um
resultado: