Questões de Concurso Público Prefeitura de Estância Velha - RS 2018 para Médico - Obstetrícia - Ginecologia
Foram encontradas 7 questões
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Famílias postiças contra a sigilosa epidemia da solidão
- Rosa enviuvou em agosto e desde então carrega nos ombros um pesado silêncio. Só o
- telefonema de uma amiga todos os dias ___ nove da noite diminui um pouco o seu vazio. Rosa
- vive na Galícia, uma região chuvosa no norte da Espanha, onde impera o caráter introspectivo
- e estoico. Além disso, ela mora em uma aldeia, em Betanzos (província de A Coruña) que há
- anos não para de perder população. Esse telefonema é praticamente o único momento em que
- se comunica com alguém. “Conversamos durante meia hora. Não criticamos ninguém, mas
- comentamos coisas e a faço rir”, conta Pilar, a voz amiga de Rosa e uma das colaboradoras do
- projeto de iniciativa da ordem religiosa dos franciscanos na Galícia para combater a epidemia
- silenciosa da solidão, que se estende sem freio nos lares ocidentais.
- Enquanto no Reino Unido o Governo acaba de criar uma Secretaria de Estado contra a
- Solidão, em Betanzos foi colocado ___ disposição o convento de San Francisco de Betanzos –
- sem vida desde que ...... dois anos as últimas freiras residentes cruzaram a porta – para criar
- uma família com pessoas “que estejam ou se sintam sozinhas”. Os participantes passariam o
- dia nas instalações, tomando café da manhã, almoçando e jantando, compartilhando a
- lavanderia e os gastos, fazendo companhia uns aos outros.
- “Não se trata de uma unidade de atendimento ___ terceira idade nem de beneficência,
- nem de um local social, mas de um espaço de autogestão que não se financia com subvenções
- e no qual queremos imitar o ambiente de uma família qualquer, com liberdade para entrar e
- sair sem compromisso e sem exigências de vínculo religioso”, explica o frei Enrique Roberto
- Lista sobre um projeto aberto ___ moradores de qualquer prefeitura e cujos responsáveis
- gostariam de estender no futuro a outros edifícios eclesiásticos vazios, como as casas
- sacerdotais das paróquias.
- Se no Brasil o número de pessoas que vivem sós duplicou entre 2005 e 2015, sobretudo
- entre as com mais de 60 anos, segundo o IBGE, na Espanha a situação não é melhor. Ali vivem
- sozinhas cerca de 4,5 milhões de pessoas, segundo os dados apresentados pelos franciscanos.
- Mais de 70% das almas que habitam esses lares sofrem de solidão, um problema que afeta
- igualmente mais da metade de quem tem companhia em suas casas.
- O projeto começou a ser posto em prática em Betanzos com nove mulheres e, conforme
- explica a trabalhadora social Antía Leira, vem enfrentando dificuldades para superar “o estigma
- da solidão, a vergonha”. “É difícil para as pessoas que a sofrem reconhecer a situação e até
- mesmo identificá-la porque muitas vezes convivem com alguém”, afirma Leira. “É uma
- necessidade oculta: todo mundo admite o problema, e as notícias de idosos que morrem sem
- que ninguém fique sabendo se multiplicam, mas custa dar o passo para combatê-la.”
- Uma solidão mais uma solidão é companhia, o remédio para o problema está nas pessoas
- que sofrem esse ......”, observa o frei Lista, criador do projeto, enquanto no refeitório deste
- convento do século XIV os primeiros membros passam um ao outro a cafeteira e as bandejas
- de biscoitos e bolos. A amiga de Pilar que se sente tão sozinha ainda não deu o passo para se
- integrar ___ essa família postiça: “É desconfiada e retraída, e isso lhe custa, mas eu digo que
- isto seria fantástico para ela se oxigenar.”
- A tristeza pelo isolamento social não é um achaque só da idade. “Há pessoas muito jovens
- que também estão sós”, diz Adriana García, colaboradora do projeto. “Esta sociedade te
- empurra para a solidão. Há menos filhos, a família se dispersa, por um lado as tecnologias te
- conectam, mas por outro te levam a se fechar. E ...... jornadas de trabalho que não te deixam
- tempo para a amizade e a família. Racionalizar os horários seria uma grande contribuição para
- combater isso.”
(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/internacional/1517571336_119656.html – Texto adaptado)
Analise as seguintes assertivas sobre a acentuação de palavras do texto:
I. Com a reforma ortográfica, o verbo ‘para’ (l.05) não é mais grafado com acento, assim como as formais verbais ‘por’ e ‘pode’, não havendo mais distinção com suas homógrafas.
II. As palavras ‘silêncio’ e ‘últimas’ continuariam existindo na língua portuguesa mesmo sem a presença do acento, mas assumiriam outra classe gramatical.
III. As palavras ‘café’ e ‘sós’ são acentuadas em função da mesma regra gramatical.
Quais estão INCORRETAS?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Famílias postiças contra a sigilosa epidemia da solidão
- Rosa enviuvou em agosto e desde então carrega nos ombros um pesado silêncio. Só o
- telefonema de uma amiga todos os dias ___ nove da noite diminui um pouco o seu vazio. Rosa
- vive na Galícia, uma região chuvosa no norte da Espanha, onde impera o caráter introspectivo
- e estoico. Além disso, ela mora em uma aldeia, em Betanzos (província de A Coruña) que há
- anos não para de perder população. Esse telefonema é praticamente o único momento em que
- se comunica com alguém. “Conversamos durante meia hora. Não criticamos ninguém, mas
- comentamos coisas e a faço rir”, conta Pilar, a voz amiga de Rosa e uma das colaboradoras do
- projeto de iniciativa da ordem religiosa dos franciscanos na Galícia para combater a epidemia
- silenciosa da solidão, que se estende sem freio nos lares ocidentais.
- Enquanto no Reino Unido o Governo acaba de criar uma Secretaria de Estado contra a
- Solidão, em Betanzos foi colocado ___ disposição o convento de San Francisco de Betanzos –
- sem vida desde que ...... dois anos as últimas freiras residentes cruzaram a porta – para criar
- uma família com pessoas “que estejam ou se sintam sozinhas”. Os participantes passariam o
- dia nas instalações, tomando café da manhã, almoçando e jantando, compartilhando a
- lavanderia e os gastos, fazendo companhia uns aos outros.
- “Não se trata de uma unidade de atendimento ___ terceira idade nem de beneficência,
- nem de um local social, mas de um espaço de autogestão que não se financia com subvenções
- e no qual queremos imitar o ambiente de uma família qualquer, com liberdade para entrar e
- sair sem compromisso e sem exigências de vínculo religioso”, explica o frei Enrique Roberto
- Lista sobre um projeto aberto ___ moradores de qualquer prefeitura e cujos responsáveis
- gostariam de estender no futuro a outros edifícios eclesiásticos vazios, como as casas
- sacerdotais das paróquias.
- Se no Brasil o número de pessoas que vivem sós duplicou entre 2005 e 2015, sobretudo
- entre as com mais de 60 anos, segundo o IBGE, na Espanha a situação não é melhor. Ali vivem
- sozinhas cerca de 4,5 milhões de pessoas, segundo os dados apresentados pelos franciscanos.
- Mais de 70% das almas que habitam esses lares sofrem de solidão, um problema que afeta
- igualmente mais da metade de quem tem companhia em suas casas.
- O projeto começou a ser posto em prática em Betanzos com nove mulheres e, conforme
- explica a trabalhadora social Antía Leira, vem enfrentando dificuldades para superar “o estigma
- da solidão, a vergonha”. “É difícil para as pessoas que a sofrem reconhecer a situação e até
- mesmo identificá-la porque muitas vezes convivem com alguém”, afirma Leira. “É uma
- necessidade oculta: todo mundo admite o problema, e as notícias de idosos que morrem sem
- que ninguém fique sabendo se multiplicam, mas custa dar o passo para combatê-la.”
- Uma solidão mais uma solidão é companhia, o remédio para o problema está nas pessoas
- que sofrem esse ......”, observa o frei Lista, criador do projeto, enquanto no refeitório deste
- convento do século XIV os primeiros membros passam um ao outro a cafeteira e as bandejas
- de biscoitos e bolos. A amiga de Pilar que se sente tão sozinha ainda não deu o passo para se
- integrar ___ essa família postiça: “É desconfiada e retraída, e isso lhe custa, mas eu digo que
- isto seria fantástico para ela se oxigenar.”
- A tristeza pelo isolamento social não é um achaque só da idade. “Há pessoas muito jovens
- que também estão sós”, diz Adriana García, colaboradora do projeto. “Esta sociedade te
- empurra para a solidão. Há menos filhos, a família se dispersa, por um lado as tecnologias te
- conectam, mas por outro te levam a se fechar. E ...... jornadas de trabalho que não te deixam
- tempo para a amizade e a família. Racionalizar os horários seria uma grande contribuição para
- combater isso.”
(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/02/internacional/1517571336_119656.html – Texto adaptado)
A respeito das ideias presentes no texto, analise as seguintes assertivas:
I. Entende-se, pelo texto, que uma das causas da solidão na população jovem atual é o paradoxo da tecnologia, que, ao mesmo tempo em que te possibilita a conexão fácil com pessoas, te isola de alguma forma.
II. O projeto das “famílias postiças” exposto pelo texto tem como objetivo fornecer companhia às pessoas sozinhas e tentar, dessa forma, combater a solidão, a qual é difícil de ser reconhecida pelas pessoas que a sofrem.
III. A partir do texto, infere-se que é possível combater a solidão da população em geral dedicando menos tempo à vida profissional e às tecnologias.
Quais estão corretas?