Questões de Concurso Público IFC-SC 2023 para Engenheiro Civil
Foram encontradas 10 questões
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
(Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.scielo.br/j/sausoc/a/mKFs9J9rSbZZ5hr65TFSs5H/?format=pdf&lang=pt – texto adaptado especialmente para esta prova).
A palavra “vertentes” (l. 01) pode ser substituída, sem que se altere o sentido original da mensagem, por:
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A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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Qual das seguintes palavras extraídas do texto possui um único afixo?
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A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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Assinale a alternativa em que a palavra retirada do texto possui o menor número de dígrafos.
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A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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Considerando-se a oração “o pensador John Thompson distingue quatro tipos básicos de concepção” (l. 15-16), o termo sublinhado representa um:
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A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
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- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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A palavra “interagentes” (l. 04) está escrita corretamente, assim como pode ser verificado na grafia de:
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A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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Com o intuito de preservar a mensagem original do texto, a locução conjuntiva em destaque na linha 12 NÃO pode ser substituída por:
I. ao passo que.
II. uma vez que.
III. pois.
Quais estão corretas?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
(Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.scielo.br/j/sausoc/a/mKFs9J9rSbZZ5hr65TFSs5H/?format=pdf&lang=pt – texto adaptado especialmente para esta prova).
Qual das seguintes palavras corresponde a um substantivo uniforme?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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Na frase ”As interações significativas ocorridas em contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental” (l. 27-28), se a palavra “interações” fosse flexionada no singular, quantas outras palavras precisariam ter obrigatoriamente a grafia modificada para garantir a correta concordância verbo-nominal?
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
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A lacuna da primeira linha do texto é preenchida corretamente pelo termo:
Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
A construção da cultura pelas dimensões ideológica e comportamental
Por Marcos José da Silveira Mazzotta e Maria Eloísa Famá D’Antino
- Numerosas são as concepções de cultura, consoantes ____ variadas vertentes teóricas. De
- início, é importante destacar que Sorokin, um dos clássicos autores da sociologia, ao abordar a
- estrutura do universo cultural, ressalta que a “cultura ideológica” consiste na totalidade dos
- valores e normas adotados por indivíduos e grupos interagentes, o que consolida o aspecto
- cultural da interação significativa. As ações e reações significativas, por meio das quais os
- conteúdos da “cultura ideológica” são objetivados e socializados, constituem sua “cultura
- comportamental” e, num terceiro nível, a “cultura material”, significando todos os demais
- objetos, veículos e energias materiais por meio dos quais a “cultura ideológica” se manifesta,
- socializa-se e se consolida. Assim, o sociólogo Sorokin salienta que “a cultura empírica total de
- uma pessoa ou grupo é constituída por esses três níveis de cultura: ideológico, comportamental
- e material”. Portanto, o universo cultural abarcando esses três níveis caracteriza a vida social
- que não se limita a objetos e fatos de um mundo natural, já que se constitui pelas ações,
- manifestações verbais, símbolos, textos, construções materiais de grande variedade e de sujeitos
- que se expressam por meio desses artefatos procurando entender aos outros e a si mesmos.
- Na evolução histórica do conceito de cultura, o pensador John Thompson distingue quatro
- tipos básicos de concepção, classificando-as como: clássica, descritiva, simbólica e estrutural. A
- primeira remonta aos séculos XVIII e XIX, quando o termo “cultura”, diferindo em certa medida
- do processo de “civilização”, era usado em referência a um processo de desenvolvimento
- intelectual ou espiritual. A segunda envolve um conjunto de valores, crenças, costumes,
- convenções, hábitos e práticas característicos de uma sociedade específica ou de um
- determinado período histórico. A terceira entende os fenômenos culturais como simbólicos e o
- estudo da cultura voltado basicamente para a interpretação dos símbolos e da ação simbólica.
- Considerando restritivas tais concepções, aquele teórico formula, então, a que chama de
- “concepção estrutural de cultura”, propondo que “os fenômenos culturais podem ser entendidos
- como formas simbólicas em contextos estruturados, e a análise cultural pode ser pensada como
- o estudo da constituição significativa e da contextualização social das formas simbólicas”.
- Numa breve interpretação, podemos entender que as interações significativas ocorridas em
- contextos estruturados constroem a cultura pelas dimensões ideológica e comportamental.
- Nesse sentido, cabe ressaltar a construção e sedimentação de estigmas, estereótipos, padrões
- de beleza, dentre outras formas simbólicas acompanhadas de atitudes e ações em relação a
- pessoas que se encontram em determinadas condições individuais e sociais e que em contextos
- específicos passam a ser discriminadas negativa ou positivamente, tendo favorecida a
- concretização de situações de inclusão ou exclusão nos variados espaços da vida social. Situações
- de segregação, marginalização ou exclusão, de quem quer que seja, concretizam atitudes que
- se configuram como violência simbólica. E, como bem observa Habermas, a violência simbólica
- se dá sempre que uma pessoa é impedida de defender os seus próprios interesses.
- Historicamente, as pessoas que apresentam diferenças muito acentuadas em relação à
- maioria das pessoas constituem-se alvo das mais diversas estratégias de violência simbólica. Um
- dos segmentos populacionais reiteradamente colocados nessa posição tem sido o composto de
- pessoas com deficiências físicas, mentais, sensoriais ou múltiplas, além daquelas que
- apresentam outros transtornos de desenvolvimento. Elementos como funcionalidade e
- incapacidade, bem como fatores contextuais de ordem pessoal e ambiental, são fundamentais
- para a melhor compreensão das implicações individuais e sociais das deficiências. Fatores
- contextuais, portanto, concretizam-se, muitas vezes, em situações limitadoras impostas pelo
- ambiente físico e social que, defrontadas com as condições individuais, ampliam as desvantagens
- sociais da pessoa com deficiência.
(Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.scielo.br/j/sausoc/a/mKFs9J9rSbZZ5hr65TFSs5H/?format=pdf&lang=pt – texto adaptado especialmente para esta prova).
Levando-se em consideração exclusivamente o que é explicitado pelo texto, é correto afirmar que: