O sol emite radiação com espectro entre 0,2 µm e 2,5 µm, conhecida por radiação
solar ou de ondas curtas, com máxima emissão, segundo a Lei de Wien, por volta de 0,5 µm. A
radiação solar, ao incidir sobre a cobertura transparente de plástico dos abrigos para cultivo
protegido, tem uma parcela refletida e outra transmitida para o interior, enquanto uma fração muito
pequena é absorvida pela cobertura. No interior do abrigo, as superfícies protegidas refletem de
volta parte da radiação solar que atravessou a cobertura, e o restante é absorvido, determinando
seu aquecimento (Papadakis et al., 2000). As superfícies aquecidas no interior do abrigo emitem
energia na forma de radiação de ondas longas, entre 2,5 µm e 25 µm (infravermelho térmico), a
qual é parcialmente interceptada pela cobertura, em percentual que depende da transparência do
material a esta faixa do espectro eletromagnético. Esse processo impede que parcela da radiação de
ondas longas, emitida pelas superfícies protegidas, seja dissipada para o espaço e, dessa maneira,
parte da energia recebida pelo abrigo é armazenada. O aquecimento do ar, por sua vez, ocorre
através de trocas de calor por convecção, após seu contato com superfícies aquecidas pela absorção
de radiação solar, tais como o solo, a cobertura, a estrutura e os equipamentos. Sendo assim, tal
efeito é conhecido como: