Questões de Concurso Público CRM - MG 2017 para Contador
Foram encontradas 20 questões
TEXTO I
Que medicina nos espera amanhã?
Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.
Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?
Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.
A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.
A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.
Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.
Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.
[...]
MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão.
5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW>
TEXTO I
Que medicina nos espera amanhã?
Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.
Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?
Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.
A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.
A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.
Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.
Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.
[...]
MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão.
5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW>
TEXTO I
Que medicina nos espera amanhã?
Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.
Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?
Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.
A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.
A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.
Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.
Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.
[...]
MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão.
5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW>
Releia o trecho a seguir.
“O indivíduo transformou-se em algo secundário [...], pois a medicina se transformou num grande negócio [...]”
Em relação aos períodos separados pela conjunção destacada, assinale a alternativa CORRETA.
TEXTO I
Que medicina nos espera amanhã?
Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.
Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?
Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.
A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.
A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.
Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.
Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.
[...]
MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão.
5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW>
Analise as afirmativas a seguir.
I. Os recursos materiais tornam-se destrutivos quando não contrabalançados pelo poder intelectual.
II. O autor compara um dos problemas na área da medicina a uma doença.
III. Há muita tecnologia produzida que se torna inutilizada rapidamente.
Estão corretas as afirmativas:
TEXTO I
Que medicina nos espera amanhã?
Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.
Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?
Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.
A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.
A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.
Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.
Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.
[...]
MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão.
5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW>
Releia o trecho a seguir.
“A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, com equilíbrio de interesses e necessidades.”
A respeito da palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “dominadora”.
II. Possui o mesmo significado que “imoral” em qualquer contexto.
III. É formada por uma derivação sufixal.
De acordo com a norma padrão, estão incorretas as afirmativas:
TEXTO I
Que medicina nos espera amanhã?
Temos medicina primária que não necessita de minhas críticas. Basta consultar a imprensa diariamente. Essa endemia na saúde, que persiste há décadas, mata milhares de vezes mais que as epidemias virais que hoje nos acometem. Os órgãos oficiais fazem campanhas, muitas vezes demagogicamente, apenas na hora da desgraça, não entendendo, ou não querendo entender, o significado da palavra prevenção, que é o pilar fundamental de qualquer sistema de saúde.
Metade da população não é servida por saneamento básico. Em compensação, a medicina terciária, da qual nos orgulhamos pela qualidade atingida, deveria estar em centros especializados devidamente localizados, espalhados pelo país, de preferência perto de centros universitários, de acordo com as necessidades regionais. Os gastos com tecnologia se reduziriam muito e equipamentos caríssimos não ficariam encaixotados, deteriorando-se, ou em mãos inexperientes, sem condições de ser utilizados. Por que, então, foram encaminhados a esses locais?
Para agravar, a maioria das escolas forma profissionais especializados, geralmente mais interessados em técnicas e métodos, e não em clínica. O contato com o paciente, o ouvir, o olhar, o palpar, o auscultar foram substituídos pelos exames complementares. O indivíduo transformou-se em algo secundário, meio de fazer funcionar uma máquina de produzir dinheiro, pois a medicina se transformou num grande negócio, nas mãos de empresários com enorme poder econômico. Julgo precisarmos mais de ética que de técnica. Mas ética “não dá dinheiro”.
A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, comequilíbriodeinteressesenecessidades.Ela nos dá poder material que, quando não contrabalançado por um poder intelectual, pode tornar-se destrutiva.
A ciência também é amoral e deve ser digerida pela moral social. Quanto de tecnologia inútil se produz e se utiliza diariamente e quanto de ciência se publica para apenas engrossar currículos, sendo colocadas logo após na biblioteca do esquecimento, das inutilidades, sem colaborar em nada para uma saudável evolução? Quantos artigos médicos, além de aulas e conferências, são fraudados para convencer os menos informados a assumir determinadas condutas? Essa cultura já impregnou as academias médicas e as piores consequências se fazem sentir na qualidade do ensino e da assistência.
Como dizia Karl Marx, os setores que dominam o sistema financeiro, “ao fundarem a produção econômica na exploração da ciência aplicada, e ao monopolizarem em seu proveito as invenções tecnológicas”, caminhariam a passos largos para um domínio sem escrúpulos, amoral, das ciências. O paciente tornou-se um meio, e não um fim. Mesmo não sendo marxista, admiro a antevisão que teve esse pensador.
Demorará para sairmos desse padrão, em direção a uma situação eticamente aceitável, pois a mudança depende dos responsáveis por essa situação.
[...]
MADY, Charles. Que medicina nos espera amanhã? Estadão.
5 abr. 2016. Disponível em:<https://goo.gl/OFL5vW>
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
Releia o trecho a seguir.
“[...] com respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.”
Sobre o uso dos acentos indicativos de crase nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.
I. Seu uso é obrigatório.
II. Ocorrem em virtude da determinação dos substantivos femininos “legislação” e “ética”.
III. São regidos pelo substantivo masculino “respeito”.
De acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
Releia o trecho a seguir.
“Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).”
O segundo período:
TEXTO II
A política de bom senso e o Mais Médicos
Nos recentes editais de convocação para o programa Mais Médicos, a presença de brasileiros tem sido dominante. No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, se destacam os que têm até cinco anos de formado (86,2%), graduados em instituições privadas brasileiras (53,9%), jovens – na faixa etária de 26 a 30 anos – (44,4%) e do sexo feminino (54%).
Esse comportamento registrado desde 2015 torna evidente que o Governo pode substituir, sem sobressaltos, os vínculos estabelecidos no programa Mais Médicos pela contratação de profissionais aprovados em concursos públicos nos moldes de uma carreira de Estado para o médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), para a absoluta maioria dos médicos brasileiros (acima de 95%), a fixação dos profissionais em determinado vínculo empregatício ou localidade depende não apenas de um, mas de vários fatores, que, articulados, podem ser resumidos em uma expressão: condições de trabalho.
Na percepção dos médicos, a permanência por longos períodos num município ou no serviço público se relaciona, entre outros pontos, à existência de infraestrutura de atendimento, ao acesso a aperfeiçoamento contínuo, à oferta de remuneração adequada e à garantia de progressão funcional.
Todos esses aspectos estão incluídos na proposta de criação de uma carreira de Estado para a categoria no âmbito do SUS, tema tratado em diferentes propostas em tramitação no Congresso Nacional, sendo que uma delas – a PEC 454/2009 – está pronta para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A manifestação expressa na referida Demografia Médica indica o efeito positivo que a aprovação dessa PEC trará para o país ao assegurar aos médicos condições de um ético desempenho da medicina, sendo decisiva para eliminar de forma permanente os vazios assistenciais. A criação de uma carreira de Estado para o médico no SUS é a única solução viável para se fazer a interiorização da medicina no Brasil de forma consequente e estruturada. Ao contrário de outras ações [...] não visa o resultado imediato, fugaz e duvidoso, mas prepara o terreno para mudanças com ganhos de longo prazo, com [...] respeito à legislação, à ética e aos princípios da gestão eficiente.
No passado, algo semelhante aconteceu no âmbito do Judiciário e do Ministério Público que, apenas após a criação de carreiras estatais específicas, conseguiram ampliar seu espectro de ação pelo país. Esse foi o caminho para consolidar a presença da Justiça em municípios pequenos e distantes.
Deste modo, a carreira de Estado para o médico do SUS beneficiará a Nação como um todo, sendo que a adesão a esse chamado, dentro do escopo definido pela PEC em tramitação, sem sombra de dúvidas será significativa. Afinal, historicamente, o médico brasileiro vem cumprindo seu papel, garantindo assistência aos pacientes e familiares, mesmo quando as condições de trabalho estão longe do ideal.
[...]
Além de o País poder contar com recursos humanos, nos postos de saúde, com formação reconhecida, entre os ganhos concretos estaria a permanência no território nacional de bilhões de reais, que desde 2013 têm sido enviados ao exterior, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), para custear o pagamento de intercambistas cubanos. Num momento de crise econômica, como o atual, seria uma sábia decisão no sentido de controle e recuperação das finanças do País.
[...]
VITAL, Carlos. A política de bom senso e o Mais Médicos.
Saúde Jur. 6 fev. 2017. Disponível em: <https://goo.gl/9XRIZE>
Releia o trecho a seguir.
“No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642 municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).”
Assinale a palavra que não é acentuada graficamente pelo mesmo motivo das demais.
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>
Releia o trecho a seguir.
“Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada.”
A parte destacada indica uma:
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>
Releia o trecho a seguir.
“Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.”
Em relação ao uso dos travessões nesse trecho, analise as afirmativas a seguir.
I. Podem ser substituídos por vírgulas.
II. Isolam um aposto oracional.
III. Separam uma oração explicativa.
De acordo com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>
Releia o trecho a seguir.
“Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.”
Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho altera seu sentido original.
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>
Releia o trecho a seguir.
“Os tsinames obtêm 72%de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
A expressão destacada indica que:
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>
TEXTO III
Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado indígena da Bolívia, indica estudo
Segundo a pesquisa, publicada na revista científica Lancet, praticamente nenhum tsimane tinha sinais de artérias entupidas ─ inclusive aqueles com idade avançada. “É uma população incrível” com dietas e estilos de vida radicalmente diferentes, dizem os pesquisadores.
Os tsimanes caçam a própria comida e comem o que plantam. Os responsáveis pelo estudo afirmam que, apesar de o restante do mundo não poder fazer o mesmo, há lições a serem aprendidas.
Atualmente, a população dos tsimanes está estimada em 16 mil. Eles caçam, pescam e cultivam alimentos ao longo do Rio Raniqui, na floresta amazônica da Bolívia. O estilo de vida deles guarda semelhanças com o da civilização humana de milhares de anos atrás. O povoado isolado exigiu esforço dos cientistas, que tiveram de pegar vários voos e até uma canoa para chegar ao local.
Como é a dieta tsimane – e no que ela difere da nossa?
• 17% da dieta dos tsimanes é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara.
• 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre.
• O restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra.
• Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.
Ou seja...
• 72% das calorias diárias dos tsimanes vêm de carboidratos, comparado a 52% nos Estados Unidos.
• 14% vêm de gorduras, comparado com 34% nos Estados Unidos (eles também consomem muito menos gordura saturada).
• Tanto os tsimanes quanto os americanos consomem o mesmo porcentual de proteínas (14%), mas o povo indígena come mais carne magra.
Atividade física
Os tsimanes também são mais bem mais ativos – os homens dão 17 mil passos por dia, e as mulheres, 16 mil. Até os maiores de 60 anos têm um desempenho bem acima do recomendado: 15 mil. Especialistas aconselham que as pessoas deem pelo menos 10 mil passos diários para manter um estilo de vida saudável.
Quão saudável é o coração dos tsimanes?
Para chegar às conclusões, os cientistas observaram o nível de cálcio nas artérias dos tsimanes – que indica o sinal de entupimento dos vasos sanguíneos e o risco de parada cardíaca. Eles examinaram o coração de 705 integrantes do povoado indígena por meio de tomografia computadorizada – e também receberam a ajuda de um grupo de pesquisa com experiência na análise de corpos mumificados.
Aos 45 anos, quase nenhum tsimane tinha CAC nas suas artérias, comparado a 25% dos americanos. E quando atingiram a idade de 75 anos, dois terços dos tsimanes não apresentavam nenhuma formação de cálcio no coração, comparado a 80% dos americanos. Os pesquisadores vêm estudando o povo há muito tempo. Dessa forma, eliminaram a possibilidade de que os resultados do estudo pudessem ter sido afetados pela morte precoce de alguns dos integrantes da comunidade.
Um dos pesquisadores, Michael Gurven, professor de antropologia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, disse à BBC que o nível de cálcio no coração dos tsimanes «é muito menor do que em qualquer outra população do mundo para a qual existem dados». “As mulheres japonesas são as que chegam mais perto (dos tsimanes), mas mesmo assim há um oceano de distância”, acrescentou.
Os tsimanes também fumam menos, mas contraem mais infecções, o que potencialmente aumenta o risco de problemas cardíacos por causa da inflamação no corpo. Os pesquisadores acreditam, contudo, que vermes intestinais – que atenuam as reações do sistema imunológico – podem ser mais comuns nos organismos dos integrantes do povo indígena, ajudando, assim, a proteger seus corações.
O que os tsimanes podem nos ensinar?
“Diria que precisamos de uma abordagem mais holística em relação ao exercício físico do que simplesmente praticá-los no fim de semana”, diz Gurven. Para Gregory Thomas, do centro médico Long Beach Memorial na Califórnia, que também participou do estudo, “para manter a nossa saúde em dia, devemos nos exercitar muito mais do que nos exercitamos”. “O mundo moderno está nos mantendo vivos, mas a urbanização e a especialização da força de trabalho podem ser novos fatores de risco (para o coração)”, acrescentou o especialista. “Os tsimanes também vivem em pequenas comunidades, socializam bastante e mantêm uma perspectiva otimista para a vida”, completou.
Reações
Gavin Sandercock, professor de fisiologia clínica na Universidade de Essex, no Reino Unido, que não participou do estudo, elogiou as descobertas da pesquisa. “É uma excelente pesquisa com descobertas únicas”, afirmou. “Os tsinames obtêm 72% de sua energia dos carboidratos. E o fato de eles terem os melhores indicadores de saúde cardiovascular já registrados vai de encontro à suposição de que os carboidratos não são saudáveis.”
Já o professor Naveed Sattar, da Universidade de Glasgow, disse se tratar de “um maravilhoso estudo da vida real que reafirma tudo o que entendemos sobre como prevenir doenças coronarianas”. “Em outras palavras, ter uma dieta saudável pobre em gorduras saturadas e repleta de produtos não processados, não fumar e ser ativo ao longo da vida está associado a um risco menor de entupimento de vasos sanguíneos”, conclui.
As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são a maior causa de mortes no Brasil – são mais de 700 paradas cardíacas por dia e 300 mil mortes por ano (um terço do total geral). A alta frequência do problema posiciona o Brasil entre os dez países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.
GALLAGHER, James. Corações mais saudáveis do mundo estão em
povoado da Bolívia, indica estudo. BBC Brasil. 20 mar. 2017.
Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/geral-39308331>