Questões de Concurso Público IFN-MG 2017 para Pedagogo

Foram encontradas 10 questões

Q1112453 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Segundo o texto, é correto afirmar:
Alternativas
Q1112454 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Analise as afirmativas a seguir.
I. A normalidade impõe ao indivíduo limite(s) que ele e os outros devem ser capazes de reconhecer. II. O uso de normalidades em detrimento de normalidade deve-se ao fato de esta ser regulada por campos distintos. III. No caso relatado pelo texto, Camille sofre a ação desse mecanismo do poder.
De acordo com o texto, estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Q1112455 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Releia o trecho a seguir.
“Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!”
Em relação à palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Considerando o contexto em que aparece, são sinônimos “desatino” e “absurdo”. II. É uma palavra que pode variar em número. III. Trata-se de um adjetivo.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Q1112456 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Releia o trecho a seguir.
“Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram ‘corrigir’ violentamente sua ‘anormalidade’.”
Em relação à palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Confere à segunda frase uma ideia de concessão em relação à primeira. II. Pode ser substituída, sem alteração do sentido original, por “logo”. III. Morfologicamente é classificada como conjunção.
Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Q1112457 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.

Quem vigia as fronteiras da normalidade?

Uma menina com os cabelos desgrenhados, vestido sujo, andando com pesados baldes de barro vermelho no meio do capim cerrado: – Era uma bruxa! Uma bruxa que conseguia transformar o barro em corpo humano.
Quando Camille carregava, cambaleante, baldes de barro para fazer as primeiras esculturas, em Villeneuve, já ouvia de sua mãe que estava louca. Esta demarcação das fronteiras da normalidade é usada para limitar quais são as experiências possíveis para mulheres. A questão da normalidade (ou de como ela se transforma em mecanismo do poder) não é puramente teórica: é parte da nossa experiência.
Aliás, seria mais adequado falar de normalidades e não de normalidade. Normalidade não é uma categoria estável. Depende de critérios sociais, culturais, ideológicos e até religiosos arbitrários. Já foi considerado normal ver duas pessoas lutando até a morte como forma de entretenimento, escravizar populações inteiras, trancar mulheres para o resto da vida em manicômios para tentar normalizá-las. A relação normalidade/loucura é um dos instrumentos divisores do poder. Funciona sob o princípio da porta giratória, que trava de acordo com um comando arbitrário e estabelece demarcações dicotômicas: normais e loucos, pessoas de bem e bandidos, sadio e doente. O sujeito é dividido no seu interior e em relação aos outros.
Esta forma de poder aplica-se à vida cotidiana imediata que categoriza o indivíduo, marca-o com sua própria individualidade, liga-o à sua própria identidade, impõe-lhe uma lei de verdade, que devemos reconhecer e que os outros têm que reconhecer nele. (FOUCAULT, 2009, p. 236)
Quando Camille transgrediu os estereótipos de gênero de sua época, revelou mecanismos de poder que fabricam esses estereótipos. Era um exemplo perigoso para outras mulheres. Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”. O que define o anormal é que ele constitui, em sua existência mesma, a transgressão de leis invisíveis da sociedade, leis que são naturalizadas. O anormal desafia aquilo que é demarcado como impossível e proibido. Imaginem que disparate: uma mulher esculpindo pedras!
Quando se diz “mecanismo de poder”, não se trata de uma abstração, mas de um modo de ação de uns sobre os outros. É uma ação sobre a ação dos outros. É a violência sobre uma vida, que é forçada, dobrada, reduzida, partida: esculpida com martelos e espátulas.
LIMA, Daniela. Blog da Boitempo.
Disponível em: <https://goo.gl/xZbHNQ>.
Acesso em: 17 out. 2017 [Fragmento adaptado].
Releia o trecho a seguir.
Portanto, tentaram “corrigir” violentamente sua “anormalidade”.
Em relação ao uso das aspas, analise as afirmativas a seguir.
I. Foram utilizadas para relativizar os conceitos das palavras aspeadas. II. Servem para, em outros contextos, marcar ironia por parte do autor. III. Poderiam ser substituídas por parênteses.
De acordo com o contexto em que aparecem e considerando a norma padrão, estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: A
4: C
5: A