Questões de Concurso Público Prefeitura de Pará de Minas - MG 2018 para Guarda Municipal
Foram encontradas 9 questões
TEXTO I
Um time de cientistas da University College London desenvolveu um teste para detectar o Mal de Alzheimer sete anos antes de os primeiros sintomas aparecerem.
Alzheimer é a causa mais comum de demência, responsável por 70% dos casos. A doença não tem cura e a maioria dos medicamentos para conter a diminuição da capacidade cognitiva dos pacientes não surte efeito – 99% dos remédios testados nos Estados Unidos entre 2002 e 2012 falharam, de acordo com a Clínica Cleveland.
Apesar de a única maneira de controlar o avanço da doença ser por meio do diagnóstico precoce, a grande maioria dos pacientes descobre que tem Alzheimer quando os sintomas já estão agravados e alteraram estruturas do cérebro, o que dificulta os tratamentos para barrar seu avanço. O novo estudo, publicado no periódico científico The Lancet Neurology, mostrou que um simples teste de memória consegue detectar os primeiros indícios de demência, mesmo que outros sinais de Alzheimer ainda não tenham se manifestado.
Segundo o novo método proposto pelos pesquisadores, é necessário ficar atento à capacidade de guardar informações depois de uma semana para detectar as primeiras mudanças cognitivas dos possíveis pacientes.
Para chegar a essa conclusão, eles pediram para que 35 pessoas memorizassem uma lista de palavras, detalhes de um diagrama e de uma história. Meia hora depois, os participantes precisaram contar as informações que lembravam. Na semana seguinte, os cientistas perguntaram o que os mesmos voluntários lembravam do teste de sete dias antes.
O detalhe é que 21 integrantes do grupo carregavam uma mutação genética que os tornava mais vulneráveis a desenvolver Alzheimer a partir dos 40 anos. Apesar de saudáveis, os pesquisadores acreditam que a maioria deles poderia apresentar algum sintoma de dano cognitivo dentro de sete anos. Os outros 14 voluntários participaram do experimento como um grupo de controle para comparar com os que tinham mais chances de acabar tendo a doença.
Os autores do estudo perceberam que os 21 “marcados geneticamente” conseguiram responder o teste de memória depois de meia hora, mas passado uma semana não lembravam mais das informações. No grupo dos 14, o desempenho não mudou tanto. Os pesquisadores acreditam que o tipo de teste utilizado no experimento pode ser a primeira forma de descobrir as mudanças cognitivas que desencadeiam o Alzheimer. Além disso, também pode ajudar a identificar a doença com antecedência e a monitorar se o tratamento para controlar a demência está tendo resultados.
“É realmente um caso de perda de memória acelerada. Muitas pessoas têm a impressão de que alguma coisa está errada com a sua memória, mas quando fazem o teste de 30 minutos não mostra nada, porque não é tempo suficiente.As pessoas com a mutação e que estão em estágio inicial da doença, por exemplo, não tiveram resultados ruins depois de 30 minutos, mas depois de sete dias o desempenho delas foi consideravelmente pior. A diferença foi notável”, disse o autor do estudo, Nick Fox, professor do Instituto de Neurologia da UCL, em entrevista ao site The Guardian.
Estima-se que 35,6 milhões de pessoas sofram com a doença no mundo. A Organização Mundial da Saúde acredita que, devido ao envelhecimento da população global, o número de pacientes com esse tipo de demência possa dobrar dentro de 12 anos e triplicar até 2050. A Associação Internacional de Alzheimer defende a possibilidade de que a cada segundo um novo caso seja diagnosticado até a metade do século. No Brasil, a Associação Brasileira de Alzheimer calcula que 1,2 milhão de pacientes tenham a doença.
CARBONARI, Pâmela. SuperInteressante. Disponível em:
<http://abr.ai/2BJ94EX>. Acesso em: 7 fev. 2018 (Adaptação).
Releia o trecho a seguir.
“A Organização Mundial da Saúde acredita que, devido ao envelhecimento da população global, o número de pacientes com esse tipo de demência possa dobrar [...]”
O excerto destacado indica uma:
TEXTO I
Um time de cientistas da University College London desenvolveu um teste para detectar o Mal de Alzheimer sete anos antes de os primeiros sintomas aparecerem.
Alzheimer é a causa mais comum de demência, responsável por 70% dos casos. A doença não tem cura e a maioria dos medicamentos para conter a diminuição da capacidade cognitiva dos pacientes não surte efeito – 99% dos remédios testados nos Estados Unidos entre 2002 e 2012 falharam, de acordo com a Clínica Cleveland.
Apesar de a única maneira de controlar o avanço da doença ser por meio do diagnóstico precoce, a grande maioria dos pacientes descobre que tem Alzheimer quando os sintomas já estão agravados e alteraram estruturas do cérebro, o que dificulta os tratamentos para barrar seu avanço. O novo estudo, publicado no periódico científico The Lancet Neurology, mostrou que um simples teste de memória consegue detectar os primeiros indícios de demência, mesmo que outros sinais de Alzheimer ainda não tenham se manifestado.
Segundo o novo método proposto pelos pesquisadores, é necessário ficar atento à capacidade de guardar informações depois de uma semana para detectar as primeiras mudanças cognitivas dos possíveis pacientes.
Para chegar a essa conclusão, eles pediram para que 35 pessoas memorizassem uma lista de palavras, detalhes de um diagrama e de uma história. Meia hora depois, os participantes precisaram contar as informações que lembravam. Na semana seguinte, os cientistas perguntaram o que os mesmos voluntários lembravam do teste de sete dias antes.
O detalhe é que 21 integrantes do grupo carregavam uma mutação genética que os tornava mais vulneráveis a desenvolver Alzheimer a partir dos 40 anos. Apesar de saudáveis, os pesquisadores acreditam que a maioria deles poderia apresentar algum sintoma de dano cognitivo dentro de sete anos. Os outros 14 voluntários participaram do experimento como um grupo de controle para comparar com os que tinham mais chances de acabar tendo a doença.
Os autores do estudo perceberam que os 21 “marcados geneticamente” conseguiram responder o teste de memória depois de meia hora, mas passado uma semana não lembravam mais das informações. No grupo dos 14, o desempenho não mudou tanto. Os pesquisadores acreditam que o tipo de teste utilizado no experimento pode ser a primeira forma de descobrir as mudanças cognitivas que desencadeiam o Alzheimer. Além disso, também pode ajudar a identificar a doença com antecedência e a monitorar se o tratamento para controlar a demência está tendo resultados.
“É realmente um caso de perda de memória acelerada. Muitas pessoas têm a impressão de que alguma coisa está errada com a sua memória, mas quando fazem o teste de 30 minutos não mostra nada, porque não é tempo suficiente.As pessoas com a mutação e que estão em estágio inicial da doença, por exemplo, não tiveram resultados ruins depois de 30 minutos, mas depois de sete dias o desempenho delas foi consideravelmente pior. A diferença foi notável”, disse o autor do estudo, Nick Fox, professor do Instituto de Neurologia da UCL, em entrevista ao site The Guardian.
Estima-se que 35,6 milhões de pessoas sofram com a doença no mundo. A Organização Mundial da Saúde acredita que, devido ao envelhecimento da população global, o número de pacientes com esse tipo de demência possa dobrar dentro de 12 anos e triplicar até 2050. A Associação Internacional de Alzheimer defende a possibilidade de que a cada segundo um novo caso seja diagnosticado até a metade do século. No Brasil, a Associação Brasileira de Alzheimer calcula que 1,2 milhão de pacientes tenham a doença.
CARBONARI, Pâmela. SuperInteressante. Disponível em:
<http://abr.ai/2BJ94EX>. Acesso em: 7 fev. 2018 (Adaptação).
INSTRUÇÃO: Leia o texto II, a seguir, para responder à questão.
TEXTO II
Japão descobre coquetel para combater Alzheimer: 3 remédios
Cientistas japoneses descobriram que a combinação de três medicamentos, já conhecidos, pode ser crucial para o tratamento do Mal de Alzheimer.
A pesquisa com células-tronco, divulgada na última terça-feira (21) pela Universidade de Kyoto, diz ter encontrado um coquetel que reduz as Beta-amiloide. A alta produção dessas proteínas no cérebro é tida como um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença.
O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide foi um coquetel de três medicações existentes:
• bromocriptina, usada para tratar o Mal de Parkinson;
• cromoglicato, usada para asma; e
• topiramato, usada no tratamento de epilepsia.
Ao usar as três medicações simultaneamente, o experimento mostrou que a acumulação de Beta-amiloide reduziu em mais de 30%.
No relatório, os pesquisadores explicam que “o coquetel mostrou um efeito significativo e potente e promete ser útil” no desenvolvimento de drogas para tratar a doença.
A pesquisa
A experiência foi publicada no jornal on-line Cell Reports.
Nela o grupo de pesquisadores criou células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS, na sigla em inglês) de pessoas, incluindo pacientes com Alzheimer, e as cultivou in vitro para replicar tecidos cerebrais doentes.
Depois, os cientistas criaram neurônios derivados dessas células iPS para cinco pacientes com histórico de Alzheimer na família; para quatro sem histórico na família, mas na área de risco considerada “Alzheimer esporádico”; e para quatro perfeitamente saudáveis.
“Houve um efeito a nível celular, mas ainda não temos certeza de como pode afetar um ser humano”, afirmou Haruhisa Inoue, professor da Universidade de Kyoto e membro da equipe, à imprensa japonesa.
Segundo o centro de pesquisas, esta é a primeira vez na história em que uma combinação de medicamentos consegue reduzir as proteínas Beta-amiloide.
Alzheimer é o mais comum tipo de demência no planeta. De acordo com a organização internacional que acompanha a doença, ADI, há 46,8 milhões de pessoas com o Mal no mundo.
INSTRUÇÃO: Leia o texto II, a seguir, para responder à questão.
TEXTO II
Japão descobre coquetel para combater Alzheimer: 3 remédios
Cientistas japoneses descobriram que a combinação de três medicamentos, já conhecidos, pode ser crucial para o tratamento do Mal de Alzheimer.
A pesquisa com células-tronco, divulgada na última terça-feira (21) pela Universidade de Kyoto, diz ter encontrado um coquetel que reduz as Beta-amiloide. A alta produção dessas proteínas no cérebro é tida como um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença.
O grupo testou 1.258 drogas nos tecidos e identificou que a combinação mais eficiente para reduzir as proteínas Beta-amiloide foi um coquetel de três medicações existentes:
• bromocriptina, usada para tratar o Mal de Parkinson;
• cromoglicato, usada para asma; e
• topiramato, usada no tratamento de epilepsia.
Ao usar as três medicações simultaneamente, o experimento mostrou que a acumulação de Beta-amiloide reduziu em mais de 30%.
No relatório, os pesquisadores explicam que “o coquetel mostrou um efeito significativo e potente e promete ser útil” no desenvolvimento de drogas para tratar a doença.
A pesquisa
A experiência foi publicada no jornal on-line Cell Reports.
Nela o grupo de pesquisadores criou células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS, na sigla em inglês) de pessoas, incluindo pacientes com Alzheimer, e as cultivou in vitro para replicar tecidos cerebrais doentes.
Depois, os cientistas criaram neurônios derivados dessas células iPS para cinco pacientes com histórico de Alzheimer na família; para quatro sem histórico na família, mas na área de risco considerada “Alzheimer esporádico”; e para quatro perfeitamente saudáveis.
“Houve um efeito a nível celular, mas ainda não temos certeza de como pode afetar um ser humano”, afirmou Haruhisa Inoue, professor da Universidade de Kyoto e membro da equipe, à imprensa japonesa.
Segundo o centro de pesquisas, esta é a primeira vez na história em que uma combinação de medicamentos consegue reduzir as proteínas Beta-amiloide.
Alzheimer é o mais comum tipo de demência no planeta. De acordo com a organização internacional que acompanha a doença, ADI, há 46,8 milhões de pessoas com o Mal no mundo.