Questões de Concurso Público CEB-DISTRIBUIÇÃO S/A 2010 para Psicólogo

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Q77721 Psicologia
Texto V, para responder às questões de 52 a 54.

O trabalho na sociedade capitalista contemporânea
tem assumido diversos sentidos para os trabalhadores, ora
oferecendo condições emancipadoras, ora escravizantes.
Nesse contexto, muitas vezes, o psíquico é envolvido no
jogo e na trama da dominação social, associada às leis da
racionalidade econômica, refletidas nos princípios da
produtividade, da flexibilidade e do consumo, levando os
trabalhadores a não ter saídas, prevalecendo a sujeição no
lugar da resistência e da emancipação.
A sobrevivência, a segurança, o poder, como
dimensões da condição humana, influenciam fortemente
essa sujeição. Dessa condição também faz parte a busca
pelo prazer e pelo reconhecimento, uma vez que esses
fatores se articulam com a estruturação psíquica e social
dos sujeitos. Tais fatores também são importantes para a
conquista da emancipação, experiência que tem sido
bloqueada em função das atuais condições de precariedade
oferecidas pelo mundo do trabalho flexibilizado.
Utilizando a psicodinâmica do trabalho como
abordagem teórica para explicar o prazer e o
reconhecimento, torna-se central considerar a organização
do trabalho. É a organização do trabalho que coloca em
evidência e em risco essas dimensões da condição
humana, patrocinando o jogo entre a servidão e a
emancipação do sujeito.
A organização do trabalho produz um jogo de
forças contraditórias que operam sobre o trabalhador,
levando-o às mais diversas soluções de compromissos.
Essas contradições são vivenciadas quando entram em
confronto o desejo do sujeito, expresso nas necessidades,
aspirações e interesses e a realidade de trabalho,
geralmente, marcada pelo produtivismo, desempenho e
excelência. Um exemplo de contradições muito presente
nas relações de trabalho hoje é o "fazer mais versus fazer
bem". As exigências das organizações, muitas vezes, sem
as condições necessárias à execução das tarefas, levam os
trabalhadores a negligenciar a qualidade em nome da
quantidade. Outros exemplos são "trabalhar em equipe
versus trabalhar sozinho"; "atender a normas em que não
se acredita versus perder o emprego"; "cooperar versus
sobrecarregar-se"; "denunciar práticas das quais se
discorda versus silenciar".
Essas contradições, na maioria das vezes,
favorecem a rivalidade entre os colegas, a competição e o
individualismo, tendo em vista as estratégias de gestão
utilizadas, como os sistemas individualizados de avaliação
de desempenho. Especificamente, podem ser consideradas
modos perversos de organização do trabalho, expressos
em situações provocadoras de contradições, tais como a
gestão pelo controle, medo, pressão, desconfiança,
insegurança e pela sedução e promessa do "paraíso
perdido", usando a busca pelo prazer e pelo
reconhecimento como armas para essa sedução; normas
sem limites ou muito padronizadas; poder autocrático ou
permissivo; comunicação sem visibilidade, paradoxal,
restrita; discurso de transparência, ética e responsabilidade
social, foco na produção, ideologia da excelência; metas
inatingíveis, desqualificando o sentido psíquico e social do
trabalho.
Quando a organização do trabalho é saudável,
oferecendo oportunidades para negociação, ou seja, se
existe uma margem de liberdade para o trabalhador ajustar
a realidade de trabalho aos seus desejos e necessidades e
as relações socioprofissionais são abertas, democráticas e
justas, é possível o processo de reconhecimento, prazer e
transformação do sofrimento.
Entretanto, quando impera a impossibilidade de
negociação, tornam-se mais problemáticas a superação do
sofrimento e a resistência dos trabalhadores. A evolução,
frequência e características desse sofrimento mal enfrentado, com o passar do tempo, podem traduzir-se em
comportamentos patológicos, como a violência no trabalho
e as práticas de assédio moral. Nesse sentido, é necessário
que o sofrimento provocado nos trabalhadores em
decorrência das contradições da organização do trabalho
seja desvelado, com o objetivo de identificar-se o mal que o
gerou, à medida que foi disfarçado até o momento em que
se transformou em sofrimento.

Imagem 007.jpg

O texto V permite identificar que
Alternativas
Q77722 Psicologia
Texto V, para responder às questões de 52 a 54.

O trabalho na sociedade capitalista contemporânea
tem assumido diversos sentidos para os trabalhadores, ora
oferecendo condições emancipadoras, ora escravizantes.
Nesse contexto, muitas vezes, o psíquico é envolvido no
jogo e na trama da dominação social, associada às leis da
racionalidade econômica, refletidas nos princípios da
produtividade, da flexibilidade e do consumo, levando os
trabalhadores a não ter saídas, prevalecendo a sujeição no
lugar da resistência e da emancipação.
A sobrevivência, a segurança, o poder, como
dimensões da condição humana, influenciam fortemente
essa sujeição. Dessa condição também faz parte a busca
pelo prazer e pelo reconhecimento, uma vez que esses
fatores se articulam com a estruturação psíquica e social
dos sujeitos. Tais fatores também são importantes para a
conquista da emancipação, experiência que tem sido
bloqueada em função das atuais condições de precariedade
oferecidas pelo mundo do trabalho flexibilizado.
Utilizando a psicodinâmica do trabalho como
abordagem teórica para explicar o prazer e o
reconhecimento, torna-se central considerar a organização
do trabalho. É a organização do trabalho que coloca em
evidência e em risco essas dimensões da condição
humana, patrocinando o jogo entre a servidão e a
emancipação do sujeito.
A organização do trabalho produz um jogo de
forças contraditórias que operam sobre o trabalhador,
levando-o às mais diversas soluções de compromissos.
Essas contradições são vivenciadas quando entram em
confronto o desejo do sujeito, expresso nas necessidades,
aspirações e interesses e a realidade de trabalho,
geralmente, marcada pelo produtivismo, desempenho e
excelência. Um exemplo de contradições muito presente
nas relações de trabalho hoje é o "fazer mais versus fazer
bem". As exigências das organizações, muitas vezes, sem
as condições necessárias à execução das tarefas, levam os
trabalhadores a negligenciar a qualidade em nome da
quantidade. Outros exemplos são "trabalhar em equipe
versus trabalhar sozinho"; "atender a normas em que não
se acredita versus perder o emprego"; "cooperar versus
sobrecarregar-se"; "denunciar práticas das quais se
discorda versus silenciar".
Essas contradições, na maioria das vezes,
favorecem a rivalidade entre os colegas, a competição e o
individualismo, tendo em vista as estratégias de gestão
utilizadas, como os sistemas individualizados de avaliação
de desempenho. Especificamente, podem ser consideradas
modos perversos de organização do trabalho, expressos
em situações provocadoras de contradições, tais como a
gestão pelo controle, medo, pressão, desconfiança,
insegurança e pela sedução e promessa do "paraíso
perdido", usando a busca pelo prazer e pelo
reconhecimento como armas para essa sedução; normas
sem limites ou muito padronizadas; poder autocrático ou
permissivo; comunicação sem visibilidade, paradoxal,
restrita; discurso de transparência, ética e responsabilidade
social, foco na produção, ideologia da excelência; metas
inatingíveis, desqualificando o sentido psíquico e social do
trabalho.
Quando a organização do trabalho é saudável,
oferecendo oportunidades para negociação, ou seja, se
existe uma margem de liberdade para o trabalhador ajustar
a realidade de trabalho aos seus desejos e necessidades e
as relações socioprofissionais são abertas, democráticas e
justas, é possível o processo de reconhecimento, prazer e
transformação do sofrimento.
Entretanto, quando impera a impossibilidade de
negociação, tornam-se mais problemáticas a superação do
sofrimento e a resistência dos trabalhadores. A evolução,
frequência e características desse sofrimento mal enfrentado, com o passar do tempo, podem traduzir-se em
comportamentos patológicos, como a violência no trabalho
e as práticas de assédio moral. Nesse sentido, é necessário
que o sofrimento provocado nos trabalhadores em
decorrência das contradições da organização do trabalho
seja desvelado, com o objetivo de identificar-se o mal que o
gerou, à medida que foi disfarçado até o momento em que
se transformou em sofrimento.

Imagem 007.jpg

Em relação ao sofrimento, de acordo com o texto V, é correto afirmar que
Alternativas
Q77723 Psicologia
Texto V, para responder às questões de 52 a 54.

O trabalho na sociedade capitalista contemporânea
tem assumido diversos sentidos para os trabalhadores, ora
oferecendo condições emancipadoras, ora escravizantes.
Nesse contexto, muitas vezes, o psíquico é envolvido no
jogo e na trama da dominação social, associada às leis da
racionalidade econômica, refletidas nos princípios da
produtividade, da flexibilidade e do consumo, levando os
trabalhadores a não ter saídas, prevalecendo a sujeição no
lugar da resistência e da emancipação.
A sobrevivência, a segurança, o poder, como
dimensões da condição humana, influenciam fortemente
essa sujeição. Dessa condição também faz parte a busca
pelo prazer e pelo reconhecimento, uma vez que esses
fatores se articulam com a estruturação psíquica e social
dos sujeitos. Tais fatores também são importantes para a
conquista da emancipação, experiência que tem sido
bloqueada em função das atuais condições de precariedade
oferecidas pelo mundo do trabalho flexibilizado.
Utilizando a psicodinâmica do trabalho como
abordagem teórica para explicar o prazer e o
reconhecimento, torna-se central considerar a organização
do trabalho. É a organização do trabalho que coloca em
evidência e em risco essas dimensões da condição
humana, patrocinando o jogo entre a servidão e a
emancipação do sujeito.
A organização do trabalho produz um jogo de
forças contraditórias que operam sobre o trabalhador,
levando-o às mais diversas soluções de compromissos.
Essas contradições são vivenciadas quando entram em
confronto o desejo do sujeito, expresso nas necessidades,
aspirações e interesses e a realidade de trabalho,
geralmente, marcada pelo produtivismo, desempenho e
excelência. Um exemplo de contradições muito presente
nas relações de trabalho hoje é o "fazer mais versus fazer
bem". As exigências das organizações, muitas vezes, sem
as condições necessárias à execução das tarefas, levam os
trabalhadores a negligenciar a qualidade em nome da
quantidade. Outros exemplos são "trabalhar em equipe
versus trabalhar sozinho"; "atender a normas em que não
se acredita versus perder o emprego"; "cooperar versus
sobrecarregar-se"; "denunciar práticas das quais se
discorda versus silenciar".
Essas contradições, na maioria das vezes,
favorecem a rivalidade entre os colegas, a competição e o
individualismo, tendo em vista as estratégias de gestão
utilizadas, como os sistemas individualizados de avaliação
de desempenho. Especificamente, podem ser consideradas
modos perversos de organização do trabalho, expressos
em situações provocadoras de contradições, tais como a
gestão pelo controle, medo, pressão, desconfiança,
insegurança e pela sedução e promessa do "paraíso
perdido", usando a busca pelo prazer e pelo
reconhecimento como armas para essa sedução; normas
sem limites ou muito padronizadas; poder autocrático ou
permissivo; comunicação sem visibilidade, paradoxal,
restrita; discurso de transparência, ética e responsabilidade
social, foco na produção, ideologia da excelência; metas
inatingíveis, desqualificando o sentido psíquico e social do
trabalho.
Quando a organização do trabalho é saudável,
oferecendo oportunidades para negociação, ou seja, se
existe uma margem de liberdade para o trabalhador ajustar
a realidade de trabalho aos seus desejos e necessidades e
as relações socioprofissionais são abertas, democráticas e
justas, é possível o processo de reconhecimento, prazer e
transformação do sofrimento.
Entretanto, quando impera a impossibilidade de
negociação, tornam-se mais problemáticas a superação do
sofrimento e a resistência dos trabalhadores. A evolução,
frequência e características desse sofrimento mal enfrentado, com o passar do tempo, podem traduzir-se em
comportamentos patológicos, como a violência no trabalho
e as práticas de assédio moral. Nesse sentido, é necessário
que o sofrimento provocado nos trabalhadores em
decorrência das contradições da organização do trabalho
seja desvelado, com o objetivo de identificar-se o mal que o
gerou, à medida que foi disfarçado até o momento em que
se transformou em sofrimento.

Imagem 007.jpg

De acordo com o texto V, é correto concluir que
Alternativas
Q77724 Psicologia
Assinale a alternativa que não se aplica aos processos de orientação, acompanhamento e readaptação funcional.

Alternativas
Q77725 Psicologia
A comunicação é um dos elementos fundamentais para as teorias e as técnicas psicoterápicas, razão pela qual o clínico deve ser capacitado para identificar as dificuldades na linguagem que interferem na relação com o paciente. Acerca dessa problemática, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q77726 Psicologia
Os fatores psicopatológicos das doenças mentais dependem do sofrimento psíquico. Com base nessa afirmativa, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q77727 Psicologia
Assinale a alternativa que não se aplica aos transtornos obsessivo-compulsivos e fóbicos.
Alternativas
Q77728 Psicologia
O psicólogo, em uma organização, pode deparar com diversos problemas de transtornos psicológicos ao fazer acompanhamento psicossocial. Esses transtornos podem ser provocados pela relação do trabalhador com seu trabalho. São transtornos relacionados à depressão, fobias, compulsões e outros. Manifestam-se em sintomas sociopsíquicos que interferem na realização das tarefas e nas relações com as equipes de trabalho. É papel do psicólogo prestar assistência aos casos, mas - sobretudo - desenvolver diagnósticos para intervenções preventivas. Para isso, precisa ter conhecimento técnico e clínico desses transtornos.

Em relação ao acompanhamento dos empregados que fazem uso abusivo de álcool, a primeira iniciativa para uma intervenção é realizar
Alternativas
Q77729 Psicologia
O estresse pós-traumático e os transtornos de personalidade podem acometer o empregado após vivência de situações de violência extrema, como o assédio moral, assaltos com sequestros, mortes e suicídios no local de trabalho. São inúmeros os fatores do trabalho que podem contribuir para o desencadear desses transtornos. Entre as modalidades de tais transtornos, pode(m) ser destacada(s) prioritariamente
Alternativas
Respostas
10: B
11: A
12: B
13: E
14: C
15: A
16: E
17: B
18: B