Questões de Concurso Público Prefeitura de Nilópolis - RJ 2016 para Professor III - História

a fonte de inspiração principal da ideia de cidadania se encontra na narrativa bíblica, pois ela, ao identificar nos judeus o povo escolhido, estabeleceu que entre eles a igualdade seria o diferencial em relação aos povos gentios.

a cidadania moderna se referenciou sobretudo no direito consuetudinário dos povos europeus, portadores de formas de participação direta, através de assembleias tribais, ou, em casos mais avançados, como o grego, da extensão dos direitos a todos os homens.

a cidadania moderna, em grande parte, se inspirou numa visão idealizada da cidadania vigente nas civilizações da Antiguidade Ocidental, de caráter muito restrito, pois não se estendia a mulheres e conservava a escravidão.

a cidadania moderna se forjou como uma construção identitária de uma civilização, opondo o Ocidente (democrático e cristão) ao Oriente (despótico e muçulmano ou pagão), ao longo de diversos períodos históricos.

perspectiva de uma história global que não se contrapunha à existência de histórias locais.

revisionismo da teoria positivista e da teoria marxista, que pensavam a linearidade da História sob uma perspectiva humana.

preocupação com as noções de múltiplas temporalidades baseadas nos modos de produção econômica.

estratégia de ensino de História a partir de questões pautadas nos grandes líderes sociais e políticos.

os movimentos pela emancipação das nações africanas, após a Segunda Guerra Mundial, tiveram que enfrentar não somente as potências europeias coloniais, como, também, o profundo atraso que elas deixaram como herança, após décadas de domínio.

após a conquista da independência, as nações africanas e seus povos não tinham mais razão para pôr a culpa de seus problemas na herança colonial, pois tinham o apoio decisivo das grandes potências do período da Guerra Fria para desenvolver as suas economias.

a conquista da soberania política por parte das nações africanas se deparou com obstáculos que não se limitavam ao atraso econômico e cultural, mas, também, a divisões étnicas resultantes das fronteiras artificiais impostas pelo imperialismo.

as colônias portuguesas foram as últimas a conseguirem a liberdade, em virtude da forte oposição da ditadura salazarista a concessões ou negociações que lhes permitissem a transição negociada para a independência.

a presença portuguesa no Brasil dava legitimidade ao processo de consolidação do mapa geopolítico brasileiro com vistas à sua emancipação política imediata.

possibilitou a interferência luso-brasileira na posse da Banda Oriental ao Brasil, também conhecida como Província Cisplatina e freou, naquele momento, o processo de independência do Uruguai.

dialogou no aspecto cultural com viajantes e artistas latino-americanos que tinham o objetivo de registrar e observar a vida social dos brasileiros, em especial, a do Rio de Janeiro.

fortaleceu a relação entre Brasil e Portugal, ao proibir a imigração de franceses e espanhóis que tentavam vir ao Rio de Janeiro oferecer serviços especializados e profissionais no comércio local.

A região centro-americana, nos territórios correspondentes às atuais Guatemala e península de Yucatã, sediava o Império Maia, de natureza centralizada, quando da chegada dos europeus, a quem opôs forte resistência.

O Império Asteca, por volta do século XV, era formado por um conjunto de alianças, federações e Estados tributários, aos quais o poder central era obrigado, por vezes, a impor seu poder militar, para reprimir rebeldias e ampliar o território sob seu controle.

Nas regiões não andinas da América do Sul se encontravam vários tipos de organização política, existindo desde pequenas unidades familiares com chefias até conjuntos de aldeias sob uma liderança comum.

A região andina central constituía a base territorial do Império Inca, organizado a partir de uma estrutura política centralizada e tinha como base os ayllus, ou aldeias constituídas por famílias que se dedicavam ao cultivo, sobretudo da batata.

permite conhecer as características pitorescas e específicas de povos distintos, aumentando nossa capacidade de valorizar o folclore.

dialoga com a ideia de cultura humana, em seus diferentes estágios evolutivos, estabelecendo redes de interpretação entre eles.

questiona ideias de superioridade cultural, étnica ou religiosa, na medida em que procura reconhecer os valores de cada sociedade, povo ou grupo social.

minimiza a conjuntura histórica, ao analisar as especificidades de cada cultura, eliminando um olhar preconceituoso sobre a mesma.

a Indonésia conquistou sua emancipação política ainda em 1945, com um forte movimento nacionalista que, se opondo à ocupação japonesa, não permitiu o retorno dos colonizadores ingleses ao seu território.

no Vietnã, o movimento vietcong, que pretendia separar o norte capitalista do sul socialista, teve que lutar sucessivamente contra japoneses, franceses e norte-americanos, somente se tornando vitorioso em 1970.

na Argélia, a forte presença de uma população colonial francesa e a natureza revolucionária do movimento nacionalista resultaram em violenta guerra de independência, que se encerrou em 1962, com o reconhecimento da nova nação pela França.

os movimentos de emancipação das colônias portuguesas na Ásia (Goa e Timor Leste) se beneficiaram de acordos feitos com o regime de Salazar, que admitiu a contragosto a falência do colonialismo e aceitou negociar as dependências.

movimento de Canudos teve como foco central estabelecer um lócus de embate monárquico contra o Estado republicano.

onflito conhecido como Contestado era regido pela luta por terras de trabalhadores rurais no limite entre o Paraná e Santa Catarina sem nenhuma conotação religiosa, como fora em Canudos.

movimento operário, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, apesar de muito atuante no setor produtivo, não conseguira que o Estado criasse nenhuma legislação trabalhista em defesa de seus interesses.

grupos conhecidos como tenentistas revelaram uma manifestação da classe média e urbana militar contra o Estado, sem com isso contar com o apoio do alto comando militar.

imposto sindical, criado em julho de 1940 e que correspondia a um dia de trabalho do empregado, sendo o montante dos recursos investido exclusivamente nos respectivos sindicatos.

organização das Juntas de Trabalho, em maio de 1939, cujas origens eram as Juntas de Conciliação e Julgamento, com o objetivo de estimular a conciliação entre o empregado e o patrão.

criação do salário mínimo que estabelecia uma remuneração homogênea em todo o território nacional para todos os trabalhadores com carteira assinada.

utilização do rádio e da televisão com programas de propaganda do Estado e que eram direcionados aos trabalhadores como a Hora do Brasil.

o Presidente da República ficava autorizado a enviar projetos de lei para serem apreciados pela Câmara por 30 dias e, em igual prazo, ao Senado; caso contrário, seriam aprovados.

suspendia a imunidade parlamentar e autorizava a cassação de políticos em qualquer esfera do poder federal, estadual ou municipal por um prazo de até 10 anos.

extinguia os partidos políticos existentes, transformando o sistema político partidário em bipartidarismo com a ARENA e o MDB.

a garantia de vitaliciedade dos magistrados e de estabilidade do servidor público foram suspensas por seis meses, garantindo o expurgo no serviço público.

ao estabelecer o monopólio do Estado sobre a terra, desapropriando a Igreja e a nobreza, criou condições para a chegada ao poder da burguesia inglesa e abriu caminho para o capitalismo.

pacificou a Inglaterra após a Guerra Civil, concedendo terras aos rebeldes diggers e levellers, permitindo o desenvolvimento de um amplo mercado interno rural que abriu caminho para o desenvolvimento do capitalismo.

abriu as terras recentemente ocupadas pela Inglaterra no território norte-americano, atraindo milhares de imigrantes, sobretudo membros de igrejas dissidentes, que buscavam uma vida melhor.

propiciou condições para a dissolução das antigas relações feudais no campo, transformando a terra em fonte de lucro pela produção de lã ou pelo fornecimento de alimentos às cidades.

sinaliza que esses conteúdos devem estar exclusivamente nos programas da disciplina História.

atenta que somente as disciplinas de História e Literatura trabalharão esses conteúdos.

delimita que História e Educação Artística devem liderar esse processo de reestruturação dos conteúdos programáticos.

estabelece que esses conteúdos serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial, nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História brasileiras.

a experiência da República Húngara dos Conselhos, em 1956, foi decisiva para as mudanças na União Soviética de Kruschev, ao inspirar as reformulações econômicas e democráticas que ele implantaria no socialismo soviético.

na Iugoslávia, o socialismo resultou da vitória da resistência partisan à ocupação nazista, sob a liderança do Marechal Tito, que conservou um forte sentimento de independência em relação à União Soviética e implantou um modelo econômico de autogestão.

na Polônia, os levantes de trabalhadores contra a ditadura stalinista de Gomulka, em 1953, resultaram em profundas reformas no socialismo, incluindo a liberdade religiosa, a liberalização econômica e a admissão do pluripartidarismo.

a Primavera de Praga, em 1968, pretendia resgatar o modelo socialista democrático adotado pelos tchecos na década de 1930, que fora esmagado pela ocupação nazista (1939-1945) e, posteriormente, pelo stalinismo.

não houve relação direta com a sociedade regional em questão e muito menos com o agravamento dos seus respectivos problemas sociais e econômicos.

as ideias iluministas tiveram um grau de influência na juventude elitista de Vila Rica e arredores que, por exemplo, havia ido estudar em Coimbra.

o declínio da produção mineradora não era um fator de debates políticos como se imaginava antes, tendo em vista que a economia permanecera desenvolvida com o comércio de escravos na região.

a luta contra a escravidão era um ponto que garantia a unidade no discurso dos inconfidentes que tentavam discutir uma proposta republicana contra a Coroa portuguesa.

ao desenvolvimento, principalmente em áreas da Europa centro-ocidental, da experiência do Estado de bem-estar social.

aos modelos de gestão socialista da economia nos países da Escandinávia, formando um sistema produtivo e social coletivista.

ao fortalecimento das ideias e práticas liberais nos Estados Unidos, através do Fair Deal, que desmontou o intervencionismo do New Deal após o fim da Segunda Guerra Mundial.

à estatização das indústrias na Alemanha Ocidental, como punição à colaboração da burguesia com o nazismo, permitindo o nascimento do capitalismo de Estado.

o tempo histórico se refere aos períodos em que os grupos sociais se organizam, sejam curtos ou longos e, dessa forma, passíveis de análise pelos historiadores.

a ideia de tempo histórico se refere aos grandes fatos históricos ocorridos nas sociedades.

o tempo cronológico não tem a menor importância para esses profissionais, tendo em vista que sua natureza não é social.

apesar de sua interdependência, a noção de tempo cronológico deve ser compreendida de forma totalmente separada do tempo histórico, devido à capacidade de interpretação linear desse último.

os países latino-americanos foram poupados da expansão imperialista e neocolonial em virtude das características raciais europeias de suas elites governantes, o que permitiu, apesar do atraso econômico, que fossem respeitados pelas potências europeias.

o uso de argumentação de natureza supostamente científica foi descartada pelos ideólogos europeus e norte-americanos do imperialismo, que preferiram legitimar a dominação através do uso de um discurso tradicional, de natureza religiosa.

o desenvolvimento das ciências sociais no século XIX, como a história e a antropologia, ao criticar os modelos evolucionistas, favoreceu a luta dos povos e civilizações não europeus.

os ideólogos do imperialismo buscaram legitimar a dominação sobre povos não europeus, a partir da suposição de sua inferioridade ou natureza infantil, que criavam obstáculos para a sua evolução econômica e social.

criação da Lei de Terras que estabelecia que as terras devolutas só poderiam ser adquiridas por meio de compra e não por doação.

extinção do tráfico de escravos por meio de um amplo movimento abolicionista que acarretou, inclusive, o desenvolvimento do tráfico interprovincial.

extinção do Código Comercial que vigorava naquele momento e que atrapalhava as relações mercantis brasileiras com outros países.

disputa feroz e violenta entre liberais e conservadores, causando uma instabilidade política não apenas no Gabinete, mas no Estado imperial.

eleito presidente em 1970 pela Unidade Popular (aliança de partidos de centro e de esquerda), Allende se propôs a reformas econômicas, inspiradas no modelo europeu do Estado de bem-estar social.

o governo de Unidade Popular de Allende sofreu um cerco econômico por parte dos Estados Unidos, resultando na baixa dos preços do petróleo (principal produto de exportação), na negativa de empréstimos e no apoio a movimentos patronais de sabotagem econômica.

a razão imediata do golpe foi a decisão de Allende de proibir os partidos políticos conservadores e substituir as Forças Armadas por milícias populares, implantando o socialismo de modelo soviético no Chile.

a instabilidade política do governo Allende teve, como uma de suas principais razões, o fato de que a oposição democrata-cristã e direitista constituía maioria no Congresso, além de contar com o apoio de jornais e emissoras de rádio e televisão.

em contraste com a escravidão fortemente comercial implantada na América do Norte pelas potências protestantes, a escravidão negra existente na América colonial católica conservou aspectos benignos e civilizadores.

a escravidão moderna no Novo Mundo, a partir dos séculos XVI e XVII, resulta da expansão comercial europeia promovida pelas potências capitalistas liberais, e se utilizou largamente de formas de legitimação religiosa.

implantada em larga escala no continente americano pelas potências coloniais europeias, a escravidão moderna redefiniu e potencializou as estruturas escravistas tradicionais já existentes na África.

a escravidão indígena predominou nos territórios mesoamericanos e no leste da América Colonial Inglesa, diferenciando-se da escravidão negra por seu caráter temporário e familiar e preservando as estruturas sociais pré-existentes à conquista europeia.