“Não há dúvida de que a psicose se manifesta durante a infância. Porém ela não tem, como a neurose, uma
pré-história na neurose infantil. No ponto em que, para o neurótico, se inscreve o trauma, para o psicótico, nada
se inscreve, tudo permanece em branco. Em algum momento, algo emerge no real, permanecendo excluído do
compromisso simbolizante da neurose. Sabe-se que, em função dessa exclusão, o sujeito não pode reestabelecer, de maneira alguma, seu pacto com o Outro simbólico. É exatamente na ausência desse elemento préhistórico do recalque originário nas psicoses que a clínica psicanalítica tem como horizonte, para o tratamento
desses casos, a produção de um sintoma” (SANTIAGO, 2011, p. 5). A partir de uma visão psicanalítica freudiana
sobre o sintoma, analise as afirmativas abaixo e responda ao que se pede:
I- Deve-se tomar os atrasos no desenvolvimento como déficits, ou seja, como o que se apresenta aquém dos
parâmetros da normalidade. É isso que contribui para se identificar o paciente a um “portador de deficiência”.
II- Tratando-se de neurose ou de psicose, os distúrbios no desenvolvimento da criança ou de adolescente são,
antes de tudo, produções. Por produções, entende-se, precisamente, um dado positivo — seja uma formação do inconsciente, seja uma criação, a invenção de um fenômeno como produto ou a fabricação de uma
suplência.
III- Tanto o sintoma como o delírio são consideradas produções psíquicas.
IV- A anorexia, a fobia ou mesmo um distúrbio de comportamento devem ser tomado como transtornos psicopatológicos.
Assinale a alternativa que traz sentenças com o entendimento psicanalítico sobre o sintoma: