Questões de Concurso Público Prefeitura de Florianópolis - SC 2023 para Professor de Português

Foram encontradas 37 questões

Q2625109 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 41 a 47.

A escuta nas práticas de leitura

Mesmo antes do surgimento da escrita, o homem lia o mundo com o seu olhar, com suas experiências sensoriais. Utilizando-se da linguagem oral e das imagens, trocava ideias, refletindo sobre tudo o que o cercava. E, mesmo depois da invenção da escrita, continua utilizando-se da palavra oral e das imagens para fazer observações, construir conhecimentos, partilhar suas impressões sobre a vida e discutir as questões que ocorrem a sua volta.

A produção de sentidos a partir da leitura, seja pela criança, pelo leitor jovem ou adulto, está relacionada a vários elementos, entre os quais podemos destacar: o ambiente de leitura; a formação histórico-cultural do leitor; sua disposição pessoal para a leitura; as leituras anteriores feitas pelo leitor; a forma como a leitura é mediada etc.

Na escola, especificamente, as apropriações feitas pelo aluno são múltiplas, com diversas interpretações, valorizações que estão ligadas aos elementos mencionados, como também ao trabalho desenvolvido em sala de aula, na biblioteca, na totalidade da escola ou fora dela. A leitura com envolvimento proporciona uma simbiose entre o leitor e o livro, mas quando esta não é acompanhada e orientada pode não atingir os seus objetivos. Um sujeito que tem uma história de mediação afetivamente positiva com relação a essas práticas de leitura desenvolverá a capacidade de "ouvir" nas entrelinhas dos textos.

O livro Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura, da pesquisadora argentina Cecilia Bajour, trata justamente dessas discussões sobre o papel do mediador e a qualidade de suas intervenções, tendo como propósito principal refletir sobre a escuta como vínculo pedagógico entre docentes e alunos em diversas práticas de leitura literária [...].

Para Bajour, a tarefa do professor é "escutar e se nutrir de leituras e saberes", a fim de descobrir como ocorre a construção de mundos com palavras e imagens. O mediador deve esboçar perguntas que instiguem a discussão, o pensamento sobre o lido. Para isso, entra a necessidade primeira de se conhecerem a fundo os textos que serão escolhidos. Somente assim tem-se uma escuta apurada no momento da conversa.

No primeiro capítulo do livro, a autora [...] discorre sobre a importância da escuta para o sucesso no trabalho com a leitura e enfatiza o papel do mediador como sujeito ativo na interlocução entre o texto e o leitor. Destaca, ainda, o potencial da conversação literária como possibilidade de mudança nos métodos tradicionais de leitura adotados na escola e aponta a seleção de textos como sendo um dos pilares no trabalho de formação de leitores [...].

No segundo capítulo, o texto debruça-se sobre a conversa literária como uma situação de ensino. A partir da análise de falas dos professores que participaram do curso de especialização em Literatura Infantil e Juvenil, a autora ressalta que diversas experiências relatadas mostraram a necessidade de um posicionamento crítico por parte dos professores a respeito da relação entre seleção de textos e teoria. Quanto mais esses mediadores conhecerem a respeito dos textos e das maneiras de lê-los, menos ficarão presos a receitas, esquemas, critérios fixos etc. no momento de fazer escolhas. Esses pontos de partida muitas vezes desprezam a importância do estético e propõem classificações e tipologias que deixam o literário e o artístico em segundo plano [...].

O título que introduz o terceiro capítulo traz uma indagação provocativa: "O que a promoção da leitura tem a ver com a escola?". Inicialmente, a autora tece críticas sobre algumas versões que são dadas ao conceito de "promoção", associando-o à ideia de "animação", "espetáculo", "show", que acabam deixando o livro e a leitura em segundo plano ou, em casos mais graves, nos quais eles quase não aparecem. Por outro lado, ela mostra-se a favor de muitas práticas artísticas ligadas ao campo da "promoção" que colocam a leitura e os livros como o centro das propostas. Artes como o teatro, a narração oral, o cinema e as canções podem oferecer novas possibilidades sempre que valorizam esteticamente os textos e os colocam em destaque.

Entretanto, Bajour não defende a desescolarização da leitura. De acordo com a autora, "não há motivo para que a responsabilidade da escola de propiciar aos alunos experiências culturais ricas e variadas seja concebida de forma apartada da responsabilidade de ensinar".

No quarto e último capítulo, a autora, no intuito de ampliar as discussões sobre as escolhas, trata da questão do cânone referente à literatura infantil. Ela propõe uma forma possível de mudar essa ideia de cânone, concebido como algo totalitário, sagrado, surdo e autorreferencial, que consagra os textos e define sua circulação. Bajour aponta que se deve pensar em um cânone que escute, que se ofereça ao diálogo, que se abra para a cultura que corre fora das instituições e que não se reduza a seus ditames.

A partir da leitura da obra, pode-se concluir que a literatura na escola deve se pautar em textos que possibilitem o desenvolvimento do senso crítico. Os alunos devem ser percebidos como leitores plurais e as mediações necessitam de critérios e ações capazes de levar o leitor iniciante a valorizar a leitura e a reconhecê-la como um processo de escuta que conduz a novos horizontes.

Retirado e adaptado de: Revista Presença Pedagógica. A escuta nas práticas de leitura. Editora Pulo do Gato. Disponível em: http://www.editorapulodogato.com.br/pagina.php?id=102 Acesso em: 05 nov., 2023.


Fonte: Revista Presença Pedagógica.

A partir da leitura atenta de "A escuta nas práticas de leitura", analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiras, e F, para falsas:

(__)Segundo a autora Cecilia Bajour, para além de ensinar a ler, a escola também precisa promover a leitura.

(__)Para Bajour, o professor deve atuar como mediador entre o estudante e a leitura. Dessa forma, o estudante deve ser sempre o responsável pela escolha das leituras que socializará com o professor.

(__)A autora defende que o que é considerado cânone deve ser revisto e ressignificado de forma que o cânone assuma uma postura mais dialógica, menos fixa e mais plural.

(__)Um dos papéis do mediador em leitura é ouvir o que o estudante leitor tem a dizer, dialogar sobre leituras, de modo a perceber a forma como o leitor compreendeu o que leu, como significou essa leitura e quais percepções de mundo foram possíveis a partir da leitura.

(__)No texto, a fala - e a escuta - são apresentadas como ferramentas para a promoção de leitura.

(__)O estudante-leitor é o centro do processo da educação literária. Assim o professor não deve desempenhar interferências na interação leitor e texto lido.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

Alternativas
Q2625110 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 41 a 47.

A escuta nas práticas de leitura

Mesmo antes do surgimento da escrita, o homem lia o mundo com o seu olhar, com suas experiências sensoriais. Utilizando-se da linguagem oral e das imagens, trocava ideias, refletindo sobre tudo o que o cercava. E, mesmo depois da invenção da escrita, continua utilizando-se da palavra oral e das imagens para fazer observações, construir conhecimentos, partilhar suas impressões sobre a vida e discutir as questões que ocorrem a sua volta.

A produção de sentidos a partir da leitura, seja pela criança, pelo leitor jovem ou adulto, está relacionada a vários elementos, entre os quais podemos destacar: o ambiente de leitura; a formação histórico-cultural do leitor; sua disposição pessoal para a leitura; as leituras anteriores feitas pelo leitor; a forma como a leitura é mediada etc.

Na escola, especificamente, as apropriações feitas pelo aluno são múltiplas, com diversas interpretações, valorizações que estão ligadas aos elementos mencionados, como também ao trabalho desenvolvido em sala de aula, na biblioteca, na totalidade da escola ou fora dela. A leitura com envolvimento proporciona uma simbiose entre o leitor e o livro, mas quando esta não é acompanhada e orientada pode não atingir os seus objetivos. Um sujeito que tem uma história de mediação afetivamente positiva com relação a essas práticas de leitura desenvolverá a capacidade de "ouvir" nas entrelinhas dos textos.

O livro Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura, da pesquisadora argentina Cecilia Bajour, trata justamente dessas discussões sobre o papel do mediador e a qualidade de suas intervenções, tendo como propósito principal refletir sobre a escuta como vínculo pedagógico entre docentes e alunos em diversas práticas de leitura literária [...].

Para Bajour, a tarefa do professor é "escutar e se nutrir de leituras e saberes", a fim de descobrir como ocorre a construção de mundos com palavras e imagens. O mediador deve esboçar perguntas que instiguem a discussão, o pensamento sobre o lido. Para isso, entra a necessidade primeira de se conhecerem a fundo os textos que serão escolhidos. Somente assim tem-se uma escuta apurada no momento da conversa.

No primeiro capítulo do livro, a autora [...] discorre sobre a importância da escuta para o sucesso no trabalho com a leitura e enfatiza o papel do mediador como sujeito ativo na interlocução entre o texto e o leitor. Destaca, ainda, o potencial da conversação literária como possibilidade de mudança nos métodos tradicionais de leitura adotados na escola e aponta a seleção de textos como sendo um dos pilares no trabalho de formação de leitores [...].

No segundo capítulo, o texto debruça-se sobre a conversa literária como uma situação de ensino. A partir da análise de falas dos professores que participaram do curso de especialização em Literatura Infantil e Juvenil, a autora ressalta que diversas experiências relatadas mostraram a necessidade de um posicionamento crítico por parte dos professores a respeito da relação entre seleção de textos e teoria. Quanto mais esses mediadores conhecerem a respeito dos textos e das maneiras de lê-los, menos ficarão presos a receitas, esquemas, critérios fixos etc. no momento de fazer escolhas. Esses pontos de partida muitas vezes desprezam a importância do estético e propõem classificações e tipologias que deixam o literário e o artístico em segundo plano [...].

O título que introduz o terceiro capítulo traz uma indagação provocativa: "O que a promoção da leitura tem a ver com a escola?". Inicialmente, a autora tece críticas sobre algumas versões que são dadas ao conceito de "promoção", associando-o à ideia de "animação", "espetáculo", "show", que acabam deixando o livro e a leitura em segundo plano ou, em casos mais graves, nos quais eles quase não aparecem. Por outro lado, ela mostra-se a favor de muitas práticas artísticas ligadas ao campo da "promoção" que colocam a leitura e os livros como o centro das propostas. Artes como o teatro, a narração oral, o cinema e as canções podem oferecer novas possibilidades sempre que valorizam esteticamente os textos e os colocam em destaque.

Entretanto, Bajour não defende a desescolarização da leitura. De acordo com a autora, "não há motivo para que a responsabilidade da escola de propiciar aos alunos experiências culturais ricas e variadas seja concebida de forma apartada da responsabilidade de ensinar".

No quarto e último capítulo, a autora, no intuito de ampliar as discussões sobre as escolhas, trata da questão do cânone referente à literatura infantil. Ela propõe uma forma possível de mudar essa ideia de cânone, concebido como algo totalitário, sagrado, surdo e autorreferencial, que consagra os textos e define sua circulação. Bajour aponta que se deve pensar em um cânone que escute, que se ofereça ao diálogo, que se abra para a cultura que corre fora das instituições e que não se reduza a seus ditames.

A partir da leitura da obra, pode-se concluir que a literatura na escola deve se pautar em textos que possibilitem o desenvolvimento do senso crítico. Os alunos devem ser percebidos como leitores plurais e as mediações necessitam de critérios e ações capazes de levar o leitor iniciante a valorizar a leitura e a reconhecê-la como um processo de escuta que conduz a novos horizontes.

Retirado e adaptado de: Revista Presença Pedagógica. A escuta nas práticas de leitura. Editora Pulo do Gato. Disponível em: http://www.editorapulodogato.com.br/pagina.php?id=102 Acesso em: 05 nov., 2023.


Fonte: Revista Presença Pedagógica.

Assinale a alternativa que apresenta a regência correta, segundo a norma culta da língua portuguesa:

Alternativas
Q2625111 Português

Analise a situação a seguir:


Durante o estudo da língua portuguesa, um/uma docente solicitou aos estudantes que realizassem a seguinte atividade:

"1. Leia o poema "As borboletas", de Vinícius de Moraes.

2. Responda às questões a seguir: a. O que você achou do poema? b. Circule no poema todos os adjetivos que você encontrar. c. Agora, sublinhe os substantivos aos quais estão associados os adjetivos. d. Quais outros adjetivos poderiam ser associados a esses substantivos?".

Qual é a perspectiva adotada pelo/pela docente para o trabalho em sala de aula?

Alternativas
Q2625112 Português

Leia atentamente a definição apresentada a seguir:

Trata-se de uma competência múltipla e plural, um processo complexo que precisa ser ensinado, pois não é natural ao ser humano. Essa competência guarda em si um conjunto de habilidades cognitivas complexas que demandam a execução coordenada de um conjunto de processos de percepção e compreensão (Daneman, 1991).

O excerto diz respeito à:

Alternativas
Q2625113 Português

A respeito do lugar da gramática normativa nas aulas de língua materna, analise as afirmações a seguir e a relação proposta entre elas:

I. Devemos, sempre que algum aluno falar uma palavra de forma diferente do que preconiza a gramática normativa, utilizá-lo como exemplo para a turma e dizer que as palavras devem ser faladas corretamente.

PORQUE

II. A gramática normativa tem uma importante função de descrever e, em certa medida, padronizar a escrita, que é um importante registro histórico da língua.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:

Alternativas
Q2625114 Português

Os gêneros jornalísticos são amplamente propostos ao longo do currículo da educação básica. Sobre esses gêneros, analise as afirmações a seguir:

I. ___________ é um gênero textual jornalístico que se posiciona criticamente a respeito dos assuntos mais relevantes para o momento, expressando a opinião de uma equipe (Matos, 2023).

II. __________ trata-se de um texto informativo sobre um tema atual ou algum acontecimento real, veiculado pelos principais meios de comunicação: jornais, revistas, meios televisivos, rádio, internet, dentre outros (Diana, 2023).

III. __________ é um texto pertencente ao gênero jornalístico que tem como principal função expor, opinar ou interpretar informações do cotidiano (Oliveira, 2023).

IV. __________ é um tipo de texto dissertativo-argumentativo em que o autor apresenta seu ponto de vista sobre determinado tema (Diana, 2023).

V. __________ é um tipo de correspondência veiculada geralmente em jornais e revistas em que os leitores podem apresentar suas opiniões (Diana, 2023).

Assinale a alternativa que correta e respectivamente preenche as lacunas nos excertos:

Alternativas
Q2625115 Português

Analise o excerto a seguir:

Nos anos finais do século XX e nos iniciais do século XXI, os estudos do letramento e ___ contribuições das concepções bakhtinianas para o tratamento das questões de ensino de língua ofereceram novas perspectivas para as discussões em torno da escrita produzida em contexto escolar. ___ consideração dos aspectos ideológicos inerentes ___ práticas sociais que envolvem a produção; o desenvolvimento dos estudos sobre a heterogeneidade das relações oral/escrito; e ___ discussões a respeito das possibilidades oferecidas pelos recursos digitais produziram novas possibilidades para as considerações sobre o ensino de escrita na escola. O distanciamento produzido pela textualidade eletrônica, em relação ___ ordem dos discursos constituída na cultura impressa, ao apontar para riscos de rupturas nessa ordem, possibilitou, em consequência, a consideração de aspectos da produção linguística não tematizados anteriormente ___ possibilidades oferecidas pelas tecnologias digitais (de Pietri, 2010).

Assinale a alternativa que correta e respectivamente preenche as lacunas no excerto:

Alternativas
Q2625116 Português

A respeito do trabalho com produção textual em aulas de língua materna, analise as afirmações a seguir:

I.Antes de pensar na produção propriamente dita, é importante que seja ensinado aos estudantes como planejar a sua escrita, criar um roteiro do que será redigido.

II.A reescrita é um passo importante para que os estudantes saibam quais aspectos precisam ser melhorados. É uma oportunidade formativa para qualificação dos textos.

III.A dimensão estrutural é fundamental na produção de textos. Ainda que os estudantes não conheçam muito bem o assunto do qual estão tratando, o importante é o preenchimento de estruturas.

IV.Um passo fundamental para a produção textual é a revisão. É muito importante que os estudantes aprendam a revisar seus próprios textos.

V.Uma possibilidade de avaliação somativa de escrita é a produção de gêneros que os estudantes não conhecem.

É correto o que se afirma em:

Alternativas
Q2625117 Português

Assinale a alternativa na qual todas as palavras estão corretamente grafadas:

Alternativas
Q2625118 Português

Mobilize seu conhecimento sobre literatura infantil e infanto-juvenil e, então, leia o excerto a seguir:

A coleção Os Karas, do/da escritor/escritora ____________, será adaptada em filmes, séries e videogame. O projeto está sendo comandado pelas produtoras Scriptonita Films e a Conspiração. Composta por seis livros, Os Karas mostra as aventuras de Miguel, Calú, Magri, Crânio e Chumbinho. A obra será adaptada pelos criadores Luca Paiva Mello e André Catarinacho, da Scriptonita, com produção executiva de Juliana Capelini e Renata Brandão, pela Conspiração (Omelete, 2023).

Assinale a alternativa que corretamente preenche a lacuna no excerto:

Alternativas
Q2625119 Português

A respeito dos gêneros do discurso da esfera literária, é correto afirmar que:

Alternativas
Q2625120 Português

Assinale a alternativa que apresenta uma figura fônica de linguagem:

Alternativas
Q2625121 Português

Analise a tirinha a seguir, do personagem Armandinho, criado por Alexandre Beck:

Imagem associada para resolução da questão

Fonte:

https://qualusar.files.wordpress.com/2017/11/tumblr_nyus00dnu41u1iys qo1_500.png?w=750 Acesso em: 05 nov., 2023.

A tirinha apresentada poderia ser empregada no ensino de qual fenômeno da língua portuguesa?

Alternativas
Q2625122 Português

A respeito das concepções de linguagem amplamente apresentadas na literatura de ensino de língua portuguesa, associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona concepções de linguagem à sua respectiva explicação:

Primeira coluna: concepção de linguagem

(1)Linguagem como interação

(2)Linguagem como expressão do pensamento

(3)Linguagem como comunicação

Segunda coluna: definição

(__)Esta concepção vê a língua como código (conjunto de signos que se combinam segundo regras) capaz de transmitir ao receptador uma certa mensagem. Em livros didáticos, esta é a concepção confessada nas instruções ao professor, nas introduções, nos títulos, embora em geral seja abandonada nos exercícios gramaticais (Geraldi, 1984).

(__)Mais do que possibilitar uma transmissão de informações de um emissor a um receptor, a linguagem é vista como um lugar de constituição humana: por meio dela o sujeito que fala pratica ações que não conseguiria praticar a não ser falando; com ela o falante age sobre o ouvinte, constituindo compromissos e vínculos que não preexistiam antes da fala (Geraldi, 1984).

(__)Esta concepção ilumina, basicamente, os estudos tradicionais. Se concebemos a linguagem como tal, somos levados a afirmações − correntes − de que as pessoas que não conseguem se expressar não pensam (Geraldi, 1984).

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:

Alternativas
Q2625123 Português

Uma das possibilidades para o trabalho em salas de aula de língua portuguesa é a abordagem dos gêneros discursivos ou textuais. A esse respeito, analise o excerto a seguir:


Quando nos comunicamos, adaptamo-nos à situação de comunicação. Não escrevemos da mesma maneira quando redigimos uma carta de solicitação ou um conto; não falamos da mesma maneira quando fazemos uma exposição diante de uma classe ou quando conversamos à mesa com amigos. Os textos escritos ou orais que produzimos diferenciam-se uns dos outros e isto porque são produzidos em condições diferentes. Apesar dessa diversidade, podemos constatar regularidades (...) Certos gêneros interessam mais à escola − as narrativas de aventuras, as reportagens esportivas, as mesas redondas, os seminários, as notícias do dia, as receitas de cozinha, para citar apenas alguns. A forma de ensino aqui proposta tem, precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada em uma dada situação de comunicação a partir de uma série de atividades desencadeadas com objetivo de aprendizagem das dimensões do gênero (...) Essa forma de ensino serve, portanto, para dar acesso aos alunos a práticas de linguagem novas ou dificilmente domináveis (Dolz, Noverraz, Schneuwly, 2010, adaptado).

A qual postura/forma/possibilidade de ensino se refere o texto?

Alternativas
Q2625124 Português

A respeito do ensino de língua materna sob perspectiva enunciativa, analise as afirmações a seguir. Marque V, para verdadeiras, e F, para falsas:

(__)Quando trabalhamos a língua portuguesa na perspectiva enunciativa, devemos sempre partir do texto. Assim, não se deve empreender trabalhos de análise linguística, visto que o que importa é a estrutura textual.

(__)O trabalho sob perspectiva enunciativa visa tornar o estudante um membro efetivo de práticas de linguagem nas mais diversas esferas sociais de atuação.

(__)No trabalho sob perspectiva enunciativa, é importante priorizar o diálogo entre a esfera escolar e as demais. É por isso que os gêneros jornalísticos devem ser priorizados em face aos gêneros literários.

(__)Trabalhar a língua sob perspectiva enunciativa requer que o professor pense em práticas para além do letramento escolar. Dessa forma, o docente precisa considerar sua concepção de linguagem e gramática, as atividades e avaliações propostas e a interação com o estudante em sala de aula.

(__)O trabalho com os gêneros discursivos deve priorizar a compreensão da dimensão composicional. Assim, os estudantes vão facilmente identificar o gênero com o qual estão interagindo e poderão fazer um uso consistente e socialmente situado desses textos.

Assinale a alternativa que apresenta sequência correta:

Alternativas
Q2625127 Português

Analise as afirmações a seguir sobre avaliação escolar:

I.De acordo com a BNCC (2017), é fundamental que as redes de ensino e os professores adotem a avaliação formativa de processos ou de resultados, que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o de empenho da escola, dos professores e dos alunos.

II.A avaliação formativa se baseia em três pilares: ela é contínua, cumulativa e sistemática.

III.Em relação à avaliação diagnóstica, podemos considerá-la como um tipo de avaliação em que se busca compreender os conhecimentos que os estudantes já possuem, de forma a se traçar o seu histórico de construção de saberes. Por meio de avaliações diagnósticas, é possível observar: o que o estudante já sabe; o que deveria saber, mas ainda não sabe e, inclusive, as suas expectativas em relação ao seu processo de aprendizagem.

É correto o que se afirma em:

Alternativas
Respostas
18: B
19: B
20: D
21: B
22: C
23: D
24: D
25: A
26: A
27: D
28: E
29: C
30: C
31: E
32: D
33: D
34: E