“Nota-se que a desigualdade, expressa pela razão entre os
rendimentos de uma pessoa localizada no 90º percentil da
distribuição de renda e outra situada no 10º percentil, era
de 11 vezes em 1970, passou para mais de 12 em 1980 e
atingiu seu ápice em 2000, chegando a 14. Entretanto, essa
razão caiu abruptamente entre os anos 2000 e 2010,
atingindo um patamar inferior àquele observado no início
dos anos 1970. A mesma tendência, de forma mais
atenuada, pode ser observada na curva que expressa a
razão entre os rendimentos do indivíduo mediano e daquele
pertencente ao 10º percentil, que passou de 3 para 2,6
vezes entre 2000 e 2010, depois de um período de
crescimento contínuo entre 1970 e 2000. Algo parecido
ocorreu com a razão entre o 90º e o 50º percentis, que
declinou de 4,8 para 3,75 na década de 2000.” (Menezes
Filho e Kirschbaum, 2015, p. 114). Segundo os dados
apresentados nesse extrato do texto, podemos afirmar que