Em O Perigo de uma História Única, Chimamanda Ngozi
Adichie afirma que “Há pouco tempo dei uma palestra numa
universidade e um aluno me disse que era uma grande pena
que os homens nigerianos fossem agressivos como o
personagem do pai no meu romance. Eu disse a ele que tinha
acabado de ler um livro chamado O psicopata americano e
que achava uma grande pena que os jovens americanos
fossem assassinos em série. Bem, obviamente eu disse isso
num leve ataque de irritação. Mas jamais teria me ocorrido
pensar que, só porque li um romance no qual o personagem
era um assassino em série, ele de alguma maneira
representava todos os americanos. Não digo isso porque me
considero uma pessoa melhor do que esse aluno (...). Já tinha
lido Tyler, Updike, Steinbeck e Gaitskill. Não tinha uma história
única dos Estados Unidos”.¬¬
Nesse livro, como no trecho de O Estado de S. Paulo citado
na questão 43, pode-se afirmar que a versão de um fato será
tanto mais disseminada quanto