Um paciente de 32 anos de idade está internado na unidade
de terapia intensiva (UTI) com diagnóstico de síndrome do
desconforto respiratório agudo (SDRA). Tem histórico de
admissões no pronto-socorro por abuso de álcool e por
depressão. Na admissão, foi levado pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o qual foi chamado
pelo amigo que mora no mesmo apartamento que ele. O
paciente havia passado a noite anterior consumindo bebidas
alcoólicas e estava em estado de embriaguez ao retornar para
casa. O amigo dele retornou algumas horas depois e o
encontrou no chão do apartamento, onde aparentemente
estava com frio. Na avaliação inicial, apresentava
temperatura = 34,9 ºC, pulso = 53 bpm, PA = 75 mmHg x
40 mmHg, SatO2 = 91% em ar ambiente e
FR = 17 respirações por minuto. Estava apático, com escala
de coma de Glasgow de 7 e mucosas secas. Na ausculta,
observam-se roncos bilateralmente, não há sinais de
hipovolemia. Ele demonstrou uma progressiva taquipneia,
alteração no estado de consciência e depressão respiratória,
sendo assim submetido a uma sequência rápida de intubação.
Após a intubação, o paciente teve vômitos em moderado a
grande volume, sem características de sangrento e não
bilioso, foi colocado em manta térmica e aquecido, e
realizou-se radiografia de tórax beira leito, que mostrou
opacidades bilaterais. O exame toxicológico mostrou-se
negativo para drogas. No momento, o paciente segue
intubado, em uso de noradrenalina, com sedação e analgesia
no modo assistocontrolado, com FiO2 = 35%, PEEP = 10,
FR = 20, temperatura = 35,9 ºC, pulso = 64 bpm e
PA = 72 mmHg x 39 mmHg.
A respeito desse caso clínico e tendo em vista os
conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir.