Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2022 para Diplomata - Tarde
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No que se refere às revoltas ocorridas no Período Regencial, julgue (C ou E) o item a seguir.
Uma exceção às revoltas urbanas de tropa e povo do
primeiro momento regencial foi a Cabanada
(1831-1832), que atingiu as zonas rurais e teve a
participação de expressivo contingente indígena do
vale do rio Jacuípe, entre Alagoas (norte) e
Pernambuco (mata sul). Com um histórico antigo de
relações com os poderes central e provincial e tendo
lutado, em troca de proteção, ao lado das tropas régias
que debelaram entre 1817 e 1824, os indígenas temiam
que a abdicação de D. Pedro I fomentasse o assalto de
seus territórios nativos por parte de caudilhos e
fazendeiros alinhados com os moderados e federalistas
locais.
No que se refere às revoltas ocorridas no Período Regencial, julgue (C ou E) o item a seguir.
Logo após a aprovação do Ato Adicional de 1834, uma
segunda onda de revoltas regenciais eclodiu, dessa
feita, com movimentos de grande porte e com
significativa variedade regional. Ocorreu no Pará a
mais notável, popular e sangrenta das revoltas do
Império – a Cabanagem (1835-40). Ela reuniu
membros das camadas mais baixas da sociedade
amazônica (como indígenas, caboclos, lavradores e
seringueiros) e tomou o governo provincial por cerca
de nove meses. Sua pauta era extensa e difusa, indo do
ódio aos estrangeiros à defesa da autonomia
provincial, da religião católica e de D. Pedro II. A
Cabanagem chegou até as fronteiras do Brasil central,
aproximou-se do litoral norte e nordeste e gerou
distúrbios internacionais na América caribenha.
No que se refere às revoltas ocorridas no Período Regencial, julgue (C ou E) o item a seguir.
Também liderada por segmentos populares e de baixa
extração social do sul do Brasil, a Revolução
Farroupilha foi o mais longo conflito interno do
Império. Ao contrário da Cabanagem, a agenda dos
farroupilhas centrava-se exclusivamente na libertação
dos escravizados e na implantação de uma República
na região platina.
Também o exercício da política parecia ser prática para uma minoria. Isto é, desde a abdicação de D. Pedro I, em 1831, dois grandes partidos – que determinaram a passagem da maioria de seus partidários para as fileiras dos monarquistas, chamados então de “conservadores” – revezavam-se no poder. Os conservadores triunfaram nas eleições de 1836, governando de 1837 a 1840. Nesse ano, a oposição liberal – que, aliada a alguns conservadores, tomou a frente pela maioridade – tornou-se vitoriosa e permaneceu no poder até 1841. Mais uma vez, os conservadores, de 1841 a 1844; os liberais, de 1844 a 1848; os conservadores, de 1848 a 1853; e foi em 1853 que se inaugurou a “conciliação”, misturando-se representantes dos dois partidos nacionais.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 281, com adaptações.
No que tange às primeiras décadas da conformação política do Segundo Reinado, julgue (C ou E) o item a seguir.
Apesar da grande vitória militar conquistada em Santa
Luzia em 1842, as forças liberais comandadas por
Teófilo Benedito Otoni acabaram derrotadas em seu
intento geral. Tal derrota evidencia-se pela insistente
recusa do imperador em nomear o líder liberal para o
Senado, mesmo seu nome tendo aparecido cinco vezes
na lista tríplice.
Também o exercício da política parecia ser prática para uma minoria. Isto é, desde a abdicação de D. Pedro I, em 1831, dois grandes partidos – que determinaram a passagem da maioria de seus partidários para as fileiras dos monarquistas, chamados então de “conservadores” – revezavam-se no poder. Os conservadores triunfaram nas eleições de 1836, governando de 1837 a 1840. Nesse ano, a oposição liberal – que, aliada a alguns conservadores, tomou a frente pela maioridade – tornou-se vitoriosa e permaneceu no poder até 1841. Mais uma vez, os conservadores, de 1841 a 1844; os liberais, de 1844 a 1848; os conservadores, de 1848 a 1853; e foi em 1853 que se inaugurou a “conciliação”, misturando-se representantes dos dois partidos nacionais.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 281, com adaptações.
No que tange às primeiras décadas da conformação política do Segundo Reinado, julgue (C ou E) o item a seguir.
Mesmo havendo o revezamento entre liberais e
conservadores, é possível notar, nas décadas que se
seguiram, uma maior centralização do Estado, que
passou a concentrar, em suas mãos, importantes
decisões de amplos setores da nação. Protagonista
desse movimento, o imperador D. Pedro II, valendo-se
de seu poder moderador, reinava e governava.