Questões de Concurso Público Instituto Rio Branco 2022 para Diplomata - Tarde
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A respeito da política externa brasileira na Primeira República, julgue (C ou E) o item a seguir.
Ao longo da chancelaria de José Maria da Silva
Paranhos Júnior, entre 1902 e 1912, a diplomacia
brasileira foi marcada por forte pragmatismo e pela
implantação de uma ativa política externa. Entre seus
objetivos preferenciais, estavam a busca da estabilidade
e do equilíbrio geopolítico no rio da Prata e o
estabelecimento de relações próximas com a potência
em ascensão no período, os Estados Unidos da América
(EUA), já que as principais ameaças externas vinham
dos franceses e dos ingleses na Amazônia.
A respeito da política externa brasileira na Primeira República, julgue (C ou E) o item a seguir.
Rio Branco negociou o Acre com a Bolívia e com o
Peru, recorrendo ao princípio do utis possidetis, extraído
do direito internacional. O Tratado de Petrópolis, de
1903, assinado pelos três países, resultou no pagamento
de indenização por parte do Brasil e na construção da
ferrovia Madeira-Mamoré. Por outro lado, afastou
completamente a possibilidade de um conflito armado
com o Peru, que não tinha condições econômicas para
explorar, nem interesse geopolítico nos territórios do
Alto Juruá e do Alto Purus.
A respeito da política externa brasileira na Primeira República, julgue (C ou E) o item a seguir.
As ótimas relações entre Brasil e EUA na Primeira
República, especialmente durante a chancelaria do barão
do Rio Branco, resultaram no apoio de Washington para
a candidatura do Brasil a um assento permanente na
Corte Internacional de Justiça, o que se concretizou na II
Conferência de Paz de 1907, realizada em Haia.
A respeito da política externa brasileira na Primeira República, julgue (C ou E) o item a seguir.
Para a região platina, o barão do Rio Branco, convicto
monarquista, retomou a política de contenção da
Argentina, aplicada pelo Império do Brasil. Seu objetivo
era recuperar a posição hegemônica do Brasil no Cone
Sul e, para tanto, abandonou a diplomacia baseada na
ideia de “paciência estratégica” para com o vizinho.
Uma relativa estabilidade permite que chegue ao fim o governo de Prudente de Morais e que se faça, sem maiores dificuldades, a eleição de seu sucessor. O escolhido é Manuel Ferraz de Campos Sales, republicano histórico, membro do PRP, ministro de Deodoro, presidente de São Paulo e político experimentado, capaz de conciliar posições firmes em questões importantes, agir com equilíbrio e manter uma imagem de neutralidade. Sales garante, na verdade, em meio ao tumultuado processo republicano, a presença de São Paulo nas decisões mais importantes da política da República.
RESENDE, Maria Efigênia Lage de. O processo político na Primeira República e o liberalismo oligárquico. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (orgs.). O Brasil republicano: o tempo do liberalismo oligárquico – da Proclamação da República à Revolução de 1930. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018, p. 101-102.
Considerando o texto apresentado, quanto ao regime oligárquico da Primeira República e às suas dinâmicas políticas, julgue (C ou E) o item a seguir.
Com a chamada “política dos estados”, Campos Sales
buscou estabelecer relações de compromisso entre o
executivo federal e os executivos estaduais,
possibilitando a formação de um legislativo
minimamente coeso no plano federal, capaz de dar
sustentação às políticas a serem implementadas.