Questões de Concurso Público IPM - JP 2018 para Arquivista
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Segundo a Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE), são considerados elementos obrigatórios à descrição de qualquer documento:
I Incorporações e sistema de arranjo.
II Título e código de referência.
III. Data e nível de descrição.
Está correto apenas o que se apresenta em:
De acordo com a terminologia arquivística, relacione o termo à sua definição, assinalando a alternativa que contenha a ordem correta, de cima para baixo.
Coluna I
1 Acervo
2 Coleção
3 Depósito
4 Unidade de arquivamento
Coluna II
( ) menor conjunto de documentos, reunido de acordo com um critério de arranjo preestabelecido.
( )conjunto de documentos, sem relação orgânica, aleatoriamente acumulados.
( ) ato pelo qual arquivos são colocados, fisicamente, sob custódia de terceiros, sem que haja transferência da posse ou propriedade.
( ) conjunto de documentos de um arquivo.
No que se refere aos procedimentos protocolares atinentes ao tratamento de processos administrativos e judiciais, considere as afirmativas a seguir.
I A juntada de processos por anexação possui caráter temporário.
II A apensação de documentos possui caráter definitivo e irreversível.
III. Folha de processo são as duas faces de uma página do processo.
Está correto apenas o que se afirmativa em:
Assinale a alternativa que indica a ordem correta dos nomes dos servidores da Prefeitura Municipal correspondente aos números dos dossiês, conforme a tabela abaixo, segundo o método dígito-terminal de arquivamento.
O setor de um arquivo precisa organizar os documentos das seguintes pessoas:
1 João Monte Verde
2 Marcos São Pedro
3 Cho Yutang
4 Fábio d'Andrade
5 Joaquim Matos Neto
Considerando as regras de alfabetação, como ficam arquivados tais documentos?
O gato preto
Não espero nem peço que acreditem na narrativa tão estranha e ainda assim tão doméstica que estou começando a escrever. Louco, de fato, eu seria se esperasse por isso, num caso em que até os meus sentidos rejeitam seu próprio testemunho. No entanto, louco eu não sou - e com toda certeza eu não estou sonhando. Mas se morro amanhã, hoje alivio minha alma. O meu objetivo imediato é apresentar ao mundo, sucintamente e sem comentários, uma série de eventos meramente domésticos. Em suas consequências, tais fatos aterrorizaram - torturaram – destruíram minha pessoa. No entanto, não vou tentar explicá-los. Para mim representam apenas horror – para muitos vão parecer menos terríveis do que barrocos. No futuro, talvez, algum intelecto será capaz de reduzir meu fantasma ao lugar-comum – algum intelecto mais calmo, mais lógico, e muito menos excitável que o meu, que vai perceber, nas circunstâncias que detalho com pasmo, nada mais que uma habitual de causas e efeitos muito naturais.
Desde criança que eu era conhecido pela docilidade e humanidade do meu caráter. O meu coração era tão terno que fez de mim um objeto de escárnio dos meus camaradas. Gostava particularmente de animais e os meus pais autorizavam-me a ter uma grande variedade de bichos de estimação. Com eles passava a maior parte do tempo e nunca me sentia tão feliz como quando os alimentava e acarinhava. Esta peculiaridade do meu caráter cresceu comigo e em adulto derivava daí uma das minhas principais fontes de prazer. Para quem já alguma vez amou um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou intensidade da satisfação daí emanada. Algo existe no amor desinteressado e generoso de uma besta que vai direito ao coração daquele que teve frequentemente a ocasião de avaliar a fraca amizade e a evanescente fidelidade do homem vulgar.
POE, Edgar Allan (1978) . “O gato preto " In _____. Histórias extraordinárias .Trad. Breno da Silveira e outros. São Paulo: Abril Cultural, p.39-51.
Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.
I. O texto apresenta um personagem narrador que vive seu presente, mas conta algo que ocorreu no passado.
II. O personagem narrador conta algo que se passa em seu momento presente.
III. A estratégia utilizada na construção do tempo narrativo intenciona a percepção de que os fatos passados têm muita importância e afetam o presente.
Está correto apenas o que se afirma em:
O gato preto
Não espero nem peço que acreditem na narrativa tão estranha e ainda assim tão doméstica que estou começando a escrever. Louco, de fato, eu seria se esperasse por isso, num caso em que até os meus sentidos rejeitam seu próprio testemunho. No entanto, louco eu não sou - e com toda certeza eu não estou sonhando. Mas se morro amanhã, hoje alivio minha alma. O meu objetivo imediato é apresentar ao mundo, sucintamente e sem comentários, uma série de eventos meramente domésticos. Em suas consequências, tais fatos aterrorizaram - torturaram – destruíram minha pessoa. No entanto, não vou tentar explicá-los. Para mim representam apenas horror – para muitos vão parecer menos terríveis do que barrocos. No futuro, talvez, algum intelecto será capaz de reduzir meu fantasma ao lugar-comum – algum intelecto mais calmo, mais lógico, e muito menos excitável que o meu, que vai perceber, nas circunstâncias que detalho com pasmo, nada mais que uma habitual de causas e efeitos muito naturais.
Desde criança que eu era conhecido pela docilidade e humanidade do meu caráter. O meu coração era tão terno que fez de mim um objeto de escárnio dos meus camaradas. Gostava particularmente de animais e os meus pais autorizavam-me a ter uma grande variedade de bichos de estimação. Com eles passava a maior parte do tempo e nunca me sentia tão feliz como quando os alimentava e acarinhava. Esta peculiaridade do meu caráter cresceu comigo e em adulto derivava daí uma das minhas principais fontes de prazer. Para quem já alguma vez amou um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou intensidade da satisfação daí emanada. Algo existe no amor desinteressado e generoso de uma besta que vai direito ao coração daquele que teve frequentemente a ocasião de avaliar a fraca amizade e a evanescente fidelidade do homem vulgar.
POE, Edgar Allan (1978) . “O gato preto " In _____. Histórias extraordinárias .Trad. Breno da Silveira e outros. São Paulo: Abril Cultural, p.39-51.
O gato preto
Não espero nem peço que acreditem na narrativa tão estranha e ainda assim tão doméstica que estou começando a escrever. Louco, de fato, eu seria se esperasse por isso, num caso em que até os meus sentidos rejeitam seu próprio testemunho. No entanto, louco eu não sou - e com toda certeza eu não estou sonhando. Mas se morro amanhã, hoje alivio minha alma. O meu objetivo imediato é apresentar ao mundo, sucintamente e sem comentários, uma série de eventos meramente domésticos. Em suas consequências, tais fatos aterrorizaram - torturaram – destruíram minha pessoa. No entanto, não vou tentar explicá-los. Para mim representam apenas horror – para muitos vão parecer menos terríveis do que barrocos. No futuro, talvez, algum intelecto será capaz de reduzir meu fantasma ao lugar-comum – algum intelecto mais calmo, mais lógico, e muito menos excitável que o meu, que vai perceber, nas circunstâncias que detalho com pasmo, nada mais que uma habitual de causas e efeitos muito naturais.
Desde criança que eu era conhecido pela docilidade e humanidade do meu caráter. O meu coração era tão terno que fez de mim um objeto de escárnio dos meus camaradas. Gostava particularmente de animais e os meus pais autorizavam-me a ter uma grande variedade de bichos de estimação. Com eles passava a maior parte do tempo e nunca me sentia tão feliz como quando os alimentava e acarinhava. Esta peculiaridade do meu caráter cresceu comigo e em adulto derivava daí uma das minhas principais fontes de prazer. Para quem já alguma vez amou um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou intensidade da satisfação daí emanada. Algo existe no amor desinteressado e generoso de uma besta que vai direito ao coração daquele que teve frequentemente a ocasião de avaliar a fraca amizade e a evanescente fidelidade do homem vulgar.
POE, Edgar Allan (1978) . “O gato preto " In _____. Histórias extraordinárias .Trad. Breno da Silveira e outros. São Paulo: Abril Cultural, p.39-51.