Questões de Concurso Público SEE-AC 2019 para Professor - Língua Portuguesa
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A VIOLÊNCIA INFANTIL
Nos últimos tempos, a violência infantil vem crescendo de modo alarmante. Muitas razões têm sido apontadas como causa para um problema tão grave, entretanto acredita-se que a prática dos crimes infantis se deva ao modo como se vive nos dias atuais.
Em primeiro lugar, pode-se constatar que as crianças passam durante muitas horas assistindo, pela televisão, a uma programação baseada na violência. Os desenhos, com personagens utilizando- se de espadas, armas de fogo etc., fazem, todo o tempo, apologia da força física, da coragem mediante o uso de uma arma. Os filmes apresentam lutas, brigas, disputas, homens fortes, como Schwarzenegger, com armas possantes, destruindo tudo à sua frente. As novelas, muitas vezes, mostram o lado negativo do ser humano, através de intrigas, vícios, maldades, enfim. Na verdade, podem ser contados nos dedos os programas que não incitem a criança e o próprio adulto a sair pelas ruas cometendo desatinos. Podem ser contados nos dedos os programas que acalmem o telespectador, que direcionem para as boas ações.
Em segundo lugar, verifica-se que a maioria das mães não está dentro de casa para educar os filhos, o que tem sido, aliás, fator determinante para a sua desestruturação. Com as dificuldades financeiras por que passa grande parte das famílias, a mulher precisou sair para trabalhar e ajudar nas despesas do lar. Sua saída embora positiva por um lado, por outro foi desastrosa, pois os filhos ficaram a mercê das empregadas ou até sozinhos em grande parte dos casos. Isso significa que a educação ficou por conta de pessoas que não tem condições nem motivo para educar, ou ainda, por conta deles próprios. A criança passou a ter liberdade para fazer o que bem quer; os pais, por seu turno, com sentimento de culpa por se encontrarem somente à noite com os filhos, não lhes impõem limites, e tudo fica por isso mesmo.
Por fim, outro dado que se destaca é a separação tão frequente dos casais hoje em dia. Marido e mulher já não estão tendo paciência para enfrentar os problemas, os desentendimentos, o dia-a-dia complicado que é viver em família; por qualquer coisa um pouco mais grave estão desfazendo o compromisso e indo cada um para o seu lado. Com isso, ficam os filhos normalmente com a mãe e vendo o pai apenas uma vez por semana. A mãe, como já se comentou, passa a maior parte do tempo trabalhando, o que faz com que a convivência seja mínima. Mais uma vez está a criança sozinha, agora encontrando somente um dos pais, no final do dia, a atenção, se for o caso.
Em vista de tudo isso, pergunta-se o que pensa essa criança durante o dia inteiro, como ela encara a vida, que noção tem de certo e de errado, que sentimentos tem no coração. A mãe não está em casa; não pode, portanto, ensiná-la, orientá-la. O pai só a vê no fim de semana, o que o fará sentir-se culpado e o impedirá de ministrar qualquer ensinamento. Sobra-lhe a TV amiga das horas de solidão, a passar mensagens de violência e mais violência. Com essa vida, é difícil seguir outro caminho.
(Lucia Helena Gouvêa, 2004)
“Isso significa que a educação ficou por conta de pessoas que não têm condições nem motivos para educar, ou ainda, por conta DELES PRÓPRIOS.”
O termo em destaque se refere:
Texto I
O VIAJANTE CLANDESTINO
- Não é arvião. Diz-se: avião.
O menino estranhou a emenda de sua mãe. Não mencionava ele uma criatura do ar? A criança tem a vantagem de estrear o mundo, iniciando outro matrimônio entre as coisas e os nomes. Outros a elas se semelham, à vida sempre recém-chegando. São os homens em estado de poesia, essa infância autorizada pelo brilho da palavra.
- Mãe: avioneta é a neta do avião?
Vamos para a sala de espera, ordenou a mãe. Sala de esperas? Que o miúdo acreditava que todas as salas fossem iguais, na viscosa espera de nascer sempre menos. Ela lhe admoestou, prescrevendo juízo. Aquilo era um aeroporto, lugar de respeito. A senhora apontou os passageiros, seus ares graves, sotúrnicos. O menino mediu-se com aquele luto, aceitando os deveres do seu tamanho. Depois, se desenrolou do colo materno, fez sua a sua mão e foi à vidraça. Espreitou os imponentes ruídos, alertou a mãe para um qualquer espanto. Mas a sua voz se arfogou no tropel dos motores.
Eu assistia a criança. Procurava naquele aprendiz de criatura a ingenuidade que nos autoriza a sermos estranhos num mundo que nos estranha. Frágeis onde a mentira credencia os fortes.
Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade? No aeroporto eu me salvava da angústia através de um exemplar da infância. Valha-nos nós.
O menino agora contemplava as traseiras do céu, seguindo as fumagens, lentas pegadas dos instantâneos aviões. Ele então se fingiu um aeroplano, braços estendidos em asas. Descolava do chão, o mundo sendo seu enorme brinquedo. E viajava por seus infinitos, roçando as malas e as pernas dos passageiros entediados. Até que a mãe debitou suas ordens. Ele que recolhesse a fantasia, aquele lugar era pertença exclusiva dos adultos.
-Arranja-te. Estamos quase a partir.
- Então vou despedir do passaporteiro.
A mãe corrigiu em dupla dose. Primeiro, não ia a nenhuma parte. Segundo, não se chamava assim ao senhor dos passaportes. Mas só no presente o menino se subditava. Porque, em seu sonho, mais adiante, ele se proclama:
-Quando for grande quero ser passaporteiro.
E ele já se antefruía, de farda, dentro do vidro. Ele é que autorizava a subida aos céus.
-Vou estudar para migraceiro.
- És doido, filho. Fica quieto.
O miúdo guardou seus jogos, constreito. Que criança, neste mundo, tem vocação para adulto?
Saímos da sala para o avião. Chuviscava. O menino seguia seus passos quando, na lisura do alcatrão, ele viu o sapo. Encharcado, o bicho saltiritava. Sua boca, maior que o corpo, traduzia o espanto das diferenças. Que fazia ali aquele representante dos primórdios, naquele lugar de futuros apressados?
O menino parou, observente, cuidando os perigos do batráquio. Na imensa incompreensão do asfalto, o bicho seria esmagado por cega e certeira roda
- Mãe, eu posso levar o sapo?
A senhora estremeceu de horror. Olhou vergonhada, pedindo desculpas aos passantes. Então, começou a disputa. A senhora obrigava o braço do filho, os dois se teimavam. Venceu a secular maternidade. O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto. Do meu assento eu podia ver a tristeza desembrulhando líquidas missangas no seu rosto. Fiz-lhe sinal, ele me encarou de soslado. Então, em seu rosto se acendeu a mais grata bandeira de felicidade. Porque do côncavo de minhas mãos espreitou o focinho do mais clandestino de todos os passageiros.
COUTO, Mia. “O viajante clandestino". In:______ . Cronicando. Espanha : Txalaparta , 2011. D i s p o n í v e l em: <www.contioutra.com/o-viajante-clandestino-mia-couto/>. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).
Texto I
O VIAJANTE CLANDESTINO
- Não é arvião. Diz-se: avião.
O menino estranhou a emenda de sua mãe. Não mencionava ele uma criatura do ar? A criança tem a vantagem de estrear o mundo, iniciando outro matrimônio entre as coisas e os nomes. Outros a elas se semelham, à vida sempre recém-chegando. São os homens em estado de poesia, essa infância autorizada pelo brilho da palavra.
- Mãe: avioneta é a neta do avião?
Vamos para a sala de espera, ordenou a mãe. Sala de esperas? Que o miúdo acreditava que todas as salas fossem iguais, na viscosa espera de nascer sempre menos. Ela lhe admoestou, prescrevendo juízo. Aquilo era um aeroporto, lugar de respeito. A senhora apontou os passageiros, seus ares graves, sotúrnicos. O menino mediu-se com aquele luto, aceitando os deveres do seu tamanho. Depois, se desenrolou do colo materno, fez sua a sua mão e foi à vidraça. Espreitou os imponentes ruídos, alertou a mãe para um qualquer espanto. Mas a sua voz se arfogou no tropel dos motores.
Eu assistia a criança. Procurava naquele aprendiz de criatura a ingenuidade que nos autoriza a sermos estranhos num mundo que nos estranha. Frágeis onde a mentira credencia os fortes.
Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade? No aeroporto eu me salvava da angústia através de um exemplar da infância. Valha-nos nós.
O menino agora contemplava as traseiras do céu, seguindo as fumagens, lentas pegadas dos instantâneos aviões. Ele então se fingiu um aeroplano, braços estendidos em asas. Descolava do chão, o mundo sendo seu enorme brinquedo. E viajava por seus infinitos, roçando as malas e as pernas dos passageiros entediados. Até que a mãe debitou suas ordens. Ele que recolhesse a fantasia, aquele lugar era pertença exclusiva dos adultos.
-Arranja-te. Estamos quase a partir.
- Então vou despedir do passaporteiro.
A mãe corrigiu em dupla dose. Primeiro, não ia a nenhuma parte. Segundo, não se chamava assim ao senhor dos passaportes. Mas só no presente o menino se subditava. Porque, em seu sonho, mais adiante, ele se proclama:
-Quando for grande quero ser passaporteiro.
E ele já se antefruía, de farda, dentro do vidro. Ele é que autorizava a subida aos céus.
-Vou estudar para migraceiro.
- És doido, filho. Fica quieto.
O miúdo guardou seus jogos, constreito. Que criança, neste mundo, tem vocação para adulto?
Saímos da sala para o avião. Chuviscava. O menino seguia seus passos quando, na lisura do alcatrão, ele viu o sapo. Encharcado, o bicho saltiritava. Sua boca, maior que o corpo, traduzia o espanto das diferenças. Que fazia ali aquele representante dos primórdios, naquele lugar de futuros apressados?
O menino parou, observente, cuidando os perigos do batráquio. Na imensa incompreensão do asfalto, o bicho seria esmagado por cega e certeira roda
- Mãe, eu posso levar o sapo?
A senhora estremeceu de horror. Olhou vergonhada, pedindo desculpas aos passantes. Então, começou a disputa. A senhora obrigava o braço do filho, os dois se teimavam. Venceu a secular maternidade. O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto. Do meu assento eu podia ver a tristeza desembrulhando líquidas missangas no seu rosto. Fiz-lhe sinal, ele me encarou de soslado. Então, em seu rosto se acendeu a mais grata bandeira de felicidade. Porque do côncavo de minhas mãos espreitou o focinho do mais clandestino de todos os passageiros.
COUTO, Mia. “O viajante clandestino". In:______ . Cronicando. Espanha : Txalaparta , 2011. D i s p o n í v e l em: <www.contioutra.com/o-viajante-clandestino-mia-couto/>. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).
Texto I
O VIAJANTE CLANDESTINO
- Não é arvião. Diz-se: avião.
O menino estranhou a emenda de sua mãe. Não mencionava ele uma criatura do ar? A criança tem a vantagem de estrear o mundo, iniciando outro matrimônio entre as coisas e os nomes. Outros a elas se semelham, à vida sempre recém-chegando. São os homens em estado de poesia, essa infância autorizada pelo brilho da palavra.
- Mãe: avioneta é a neta do avião?
Vamos para a sala de espera, ordenou a mãe. Sala de esperas? Que o miúdo acreditava que todas as salas fossem iguais, na viscosa espera de nascer sempre menos. Ela lhe admoestou, prescrevendo juízo. Aquilo era um aeroporto, lugar de respeito. A senhora apontou os passageiros, seus ares graves, sotúrnicos. O menino mediu-se com aquele luto, aceitando os deveres do seu tamanho. Depois, se desenrolou do colo materno, fez sua a sua mão e foi à vidraça. Espreitou os imponentes ruídos, alertou a mãe para um qualquer espanto. Mas a sua voz se arfogou no tropel dos motores.
Eu assistia a criança. Procurava naquele aprendiz de criatura a ingenuidade que nos autoriza a sermos estranhos num mundo que nos estranha. Frágeis onde a mentira credencia os fortes.
Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade? No aeroporto eu me salvava da angústia através de um exemplar da infância. Valha-nos nós.
O menino agora contemplava as traseiras do céu, seguindo as fumagens, lentas pegadas dos instantâneos aviões. Ele então se fingiu um aeroplano, braços estendidos em asas. Descolava do chão, o mundo sendo seu enorme brinquedo. E viajava por seus infinitos, roçando as malas e as pernas dos passageiros entediados. Até que a mãe debitou suas ordens. Ele que recolhesse a fantasia, aquele lugar era pertença exclusiva dos adultos.
-Arranja-te. Estamos quase a partir.
- Então vou despedir do passaporteiro.
A mãe corrigiu em dupla dose. Primeiro, não ia a nenhuma parte. Segundo, não se chamava assim ao senhor dos passaportes. Mas só no presente o menino se subditava. Porque, em seu sonho, mais adiante, ele se proclama:
-Quando for grande quero ser passaporteiro.
E ele já se antefruía, de farda, dentro do vidro. Ele é que autorizava a subida aos céus.
-Vou estudar para migraceiro.
- És doido, filho. Fica quieto.
O miúdo guardou seus jogos, constreito. Que criança, neste mundo, tem vocação para adulto?
Saímos da sala para o avião. Chuviscava. O menino seguia seus passos quando, na lisura do alcatrão, ele viu o sapo. Encharcado, o bicho saltiritava. Sua boca, maior que o corpo, traduzia o espanto das diferenças. Que fazia ali aquele representante dos primórdios, naquele lugar de futuros apressados?
O menino parou, observente, cuidando os perigos do batráquio. Na imensa incompreensão do asfalto, o bicho seria esmagado por cega e certeira roda
- Mãe, eu posso levar o sapo?
A senhora estremeceu de horror. Olhou vergonhada, pedindo desculpas aos passantes. Então, começou a disputa. A senhora obrigava o braço do filho, os dois se teimavam. Venceu a secular maternidade. O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto. Do meu assento eu podia ver a tristeza desembrulhando líquidas missangas no seu rosto. Fiz-lhe sinal, ele me encarou de soslado. Então, em seu rosto se acendeu a mais grata bandeira de felicidade. Porque do côncavo de minhas mãos espreitou o focinho do mais clandestino de todos os passageiros.
COUTO, Mia. “O viajante clandestino". In:______ . Cronicando. Espanha : Txalaparta , 2011. D i s p o n í v e l em: <www.contioutra.com/o-viajante-clandestino-mia-couto/>. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).
Texto I
O VIAJANTE CLANDESTINO
- Não é arvião. Diz-se: avião.
O menino estranhou a emenda de sua mãe. Não mencionava ele uma criatura do ar? A criança tem a vantagem de estrear o mundo, iniciando outro matrimônio entre as coisas e os nomes. Outros a elas se semelham, à vida sempre recém-chegando. São os homens em estado de poesia, essa infância autorizada pelo brilho da palavra.
- Mãe: avioneta é a neta do avião?
Vamos para a sala de espera, ordenou a mãe. Sala de esperas? Que o miúdo acreditava que todas as salas fossem iguais, na viscosa espera de nascer sempre menos. Ela lhe admoestou, prescrevendo juízo. Aquilo era um aeroporto, lugar de respeito. A senhora apontou os passageiros, seus ares graves, sotúrnicos. O menino mediu-se com aquele luto, aceitando os deveres do seu tamanho. Depois, se desenrolou do colo materno, fez sua a sua mão e foi à vidraça. Espreitou os imponentes ruídos, alertou a mãe para um qualquer espanto. Mas a sua voz se arfogou no tropel dos motores.
Eu assistia a criança. Procurava naquele aprendiz de criatura a ingenuidade que nos autoriza a sermos estranhos num mundo que nos estranha. Frágeis onde a mentira credencia os fortes.
Seria aquele menino a fractura por onde, naquela toda frieza, espreitava a humanidade? No aeroporto eu me salvava da angústia através de um exemplar da infância. Valha-nos nós.
O menino agora contemplava as traseiras do céu, seguindo as fumagens, lentas pegadas dos instantâneos aviões. Ele então se fingiu um aeroplano, braços estendidos em asas. Descolava do chão, o mundo sendo seu enorme brinquedo. E viajava por seus infinitos, roçando as malas e as pernas dos passageiros entediados. Até que a mãe debitou suas ordens. Ele que recolhesse a fantasia, aquele lugar era pertença exclusiva dos adultos.
-Arranja-te. Estamos quase a partir.
- Então vou despedir do passaporteiro.
A mãe corrigiu em dupla dose. Primeiro, não ia a nenhuma parte. Segundo, não se chamava assim ao senhor dos passaportes. Mas só no presente o menino se subditava. Porque, em seu sonho, mais adiante, ele se proclama:
-Quando for grande quero ser passaporteiro.
E ele já se antefruía, de farda, dentro do vidro. Ele é que autorizava a subida aos céus.
-Vou estudar para migraceiro.
- És doido, filho. Fica quieto.
O miúdo guardou seus jogos, constreito. Que criança, neste mundo, tem vocação para adulto?
Saímos da sala para o avião. Chuviscava. O menino seguia seus passos quando, na lisura do alcatrão, ele viu o sapo. Encharcado, o bicho saltiritava. Sua boca, maior que o corpo, traduzia o espanto das diferenças. Que fazia ali aquele representante dos primórdios, naquele lugar de futuros apressados?
O menino parou, observente, cuidando os perigos do batráquio. Na imensa incompreensão do asfalto, o bicho seria esmagado por cega e certeira roda
- Mãe, eu posso levar o sapo?
A senhora estremeceu de horror. Olhou vergonhada, pedindo desculpas aos passantes. Então, começou a disputa. A senhora obrigava o braço do filho, os dois se teimavam. Venceu a secular maternidade. O menino, murcho como acento circunflexo, subiu as escadas, ocupou seu lugar, ajeitou o cinto. Do meu assento eu podia ver a tristeza desembrulhando líquidas missangas no seu rosto. Fiz-lhe sinal, ele me encarou de soslado. Então, em seu rosto se acendeu a mais grata bandeira de felicidade. Porque do côncavo de minhas mãos espreitou o focinho do mais clandestino de todos os passageiros.
COUTO, Mia. “O viajante clandestino". In:______ . Cronicando. Espanha : Txalaparta , 2011. D i s p o n í v e l em: <www.contioutra.com/o-viajante-clandestino-mia-couto/>. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).