Questões de Concurso Público Prefeitura de Linhares - ES 2020 para Professor de Educação Básica II - Geografia
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Segundo Kaercher: “Os conceitos e vivências espaciais (geográficas) são importantes, fazem parte de nossa vida a toda instante. Em outras palavras: Geografia não é só o que está no livro ou o que o professor fala. Você a faz diariamente. Ao vir para a escola a pé, de carro ou de ônibus, por exemplo, você mapeou, na sua cabeça, o trajeto. Em outras palavras: o homem faz Geografia desde sempre”. (KAERCHER, N. A. A geografia é o nosso dia a dia. In: CASTROGIOVANNI, A.C. et al. Geografia em sala de aula, práticas e reflexões. Porto Alegre: Associação dos Geógrafos Brasileiros. 1998).
A respeito do ensino de Geografia, analise as afirmativas a seguir:
I. Em suas atividades diárias, alunos e professores constroem geografia, pois, ao circularem, brincarem, trabalharem pela cidade e pelos bairros, eles constroem lugares, produzem espaço, delimitam seus territórios.
II. Entre as recomendações presentes nos textos sobre ensino de geografia está a de não considerar os conhecimentos que os alunos trazem para a sala de aula, sob o risco de estabelecer diferenciações entre as turmas a respeito do ensino de um mesmo tema de aula.
III. A prática cotidiana dos alunos é plena de espacialidade e de conhecimento, cabendo à escola trabalhar discutindo, ampliando e alterando a qualidade das práticas dos alunos, no sentido de uma prática reflexiva e crítica, necessária ao exercício conquistado de cidadania.
IV. As percepções, as vivências e a memória dos indivíduos e dos grupos sociais são considerados fatores emocionais e, portanto, não são aceitos como elementos importantes na constituição do saber geográfico.
Entre as afirmativas destacadas, são verdadeiras apenas:
(TEIXEIRA, C. C.; CASTROGIOVANNI, A. C. Orientação e lateralidade: uma proposta à luz da epistemologia genética. In: ENCONTRO DE PRÁTICAS DE ENSINO DE GEOGRAFIA DA REGIÃO SUL, Florianópolis: UFSC, 2014).
Com base nesta reflexão e em seus conhecimentos sobre os fundamentos da alfabetização geográfica no Ensino Fundamental, identifique os itens certos e os itens errados.
( ) As brincadeiras de infância destacadas desenvolvem a noção de lateralidade e, portanto, as escolas não precisam trabalhar esse conceito que já vem nivelado da infância das crianças.
( ) Atividades que envolvem o corpo, mais precisamente a noção corporal de direita e esquerda ou hemisferização corporal, desenvolvem domínios necessários para a leitura de mapas.
( ) No estudo da orientação, o aluno precisa da lateralidade para construir referências aos astros, como o Sol por exemplo, e relacionar o sentido (Norte, Sul, Leste e Oeste) à sua direita ou esquerda.
( ) Para entender a visão do mapa como sendo uma representação plana, geralmente vista de frente, a questão da lateralidade se torna espelhada: à esquerda ou à direita de quem observa o mapa é o contrário da lateralidade dos continentes.
A alternativa que apresenta a sequência correta é:
“Quando se evita, no ensino de Geografia para o primeiro ciclo do Ensino Fundamental, estabelecer a conexão entre o lugar (próximo) e o global (longínquo) está fazendo um desserviço para o ensino, pois ao invés de trazer a realidade dos e aos alunos, está, na verdade, distanciando-os cada vez mais”. (STRAFORINI, R. A totalidade mundo nas primeiras séries do ensino fundamental: um desafio a ser enfrentado. Terra Livre: São Paulo, Ano 18, vol. I, n. 18, p. 95-114, jan-jun, 2002.)
Sabemos que no Ensino de Geografia o estudo do meio a partir da realidade e conhecimentos prévios dos alunos é importante. No entanto, autores como Callai (2005) e Straforini (2002) apresentam críticas ao ensino restrito a essa forma de pensamento que vem sendo realizado nas escolas. Sendo assim, utilizando-se de seus conhecimentos sobre o Ensino de Geografia e partindo das reflexões dos autores, a alternativa que traduz uma explicação razoável para as críticas dos estudiosos do tema é a seguinte:
Número de comunidades remanescentes de quilombos por Estado
![Imagem associada para resolução da questão](https://arquivos.qconcursos.com/images/provas/69278/39980752ff68e5a2b6fe.png)
Alguns motivos ajudam a explicar esse relativo abandono em relação às políticas afirmativas de raça:
(CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de geografia. Geografia, Linguagem, Psicologia. Cadernos CEDES.v.25n.66 Campinas maio/ago.2005)
A respeito do ensino de Geografia, analise as afirmativas:
I. Na relação cognitiva de crianças, jovens e adultos com o mundo, o raciocínio espacial é necessário, pois as práticas sociais cotidianas têm uma dimensão espacial; assim, os alunos já possuem conhecimentos geográficos oriundos de sua relação direta e cotidiana com o espaço vivido e, portanto, o desenvolvimento de um raciocínio espacial depende apenas da relação intersubjetiva no contexto familiar.
II. Como sujeito ativo de seu processo de formação e de desenvolvimento intelectual, afetivo e social, o aluno é o grande responsável por seu aprendizado; o professor fica com o papel secundário de mediador do processo de formação do aluno, ajudando o aluno a adquirir seus conhecimentos exclusivamente a partir dos conhecimentos já trazidos por ele.
III. Os professores, ao ensinarem Geografia, necessitam despertar nos seus alunos a perspectiva da construção de uma Linguagem Geográfica que deve ser apreendida pelos educandos em uma perspectiva dialógica. A formação da consciência, das funções psicológicas superiores, ocorre, então, a partir da atividade do sujeito, com a ajuda de instrumentos socioculturais, que são os conteúdos externos, da realidade objetiva.
IV. O estudo da História e da Geografia deveria ser tratado nas series iniciais de forma mais integrada que já apontasse para as séries seguintes alguns conceitos, que serão depois aprofundados, como no caso da temporalidade. Sem um diálogo adequado, a transição dos educandos desses anos iniciais para os seguintes é bastante problemática.
Entre as afirmativas mencionadas, são verdadeiras apenas: