Questões de Concurso Público Prefeitura de Recife - PE 2024 para Técnico de Enfermagem - 30H

Filtrar por:
Os seus filtros aparecerão aqui.

Foram encontradas 50 questões

Q3200658 Português

Escorrendo


Aos 5 anos de idade o mundo é esmagadoramente mais forte do que a gente. (Aos 30 também, mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.)

A ignorância não é uma bênção, é uma condenação: compreender a origem dos nossos incômodos faz uma grande diferença. Mas como, com tão poucas palavras ao nosso dispor? Palavras são ferramentas que usamos para desmontar o mundo e remontá-lo dentro da nossa cabeça. Sem as ferramentas precisas, ficamos a espanar parafusos com pontas de facas, a destruir porcas com alicates.

Com 2 anos, meu nariz escorria sem parar na sala de aula. Eu não sabia assoar, nem sequer sabia que existia isto: assoar. Apenas enxugava o que descia na manga do uniforme, conformado, até ficar com o nariz assado.

Lembro-me bem da sensação da meia sendo comida pela galocha enquanto eu andava. A cada passo, ela ia se engorovinhando mais e mais na frente do pé, faltando no calcanhar, e eu aceitava o infortúnio como se fosse uma praga rogada pelos deuses, uma sina. Não passava pela minha cabeça trocar de meia, desistir da galocha, pedir ajuda aos adultos: a vida era assim, não havia o que fazer.

Numas férias, meu pai apareceu antes do combinado para pegar minha irmã e eu na casa dos meus avós. Durante 400 quilômetros, falou que existiam pessoas boas e pessoas más, que aconteciam coisas que a gente não conseguia entender, que mesmo as pessoas más podiam fazer coisas boas e as pessoas boas, coisas más. Já quase chegando a São Paulo, contou que nosso vizinho, de 6 anos, tinha levado um tiro. Naquela noite, enquanto as crianças da rua brincavam – mais quietas do que o habitual, sob um véu inominável –, um dos garotos disse: “Bem feito! Ele é muito chato”.

Hoje, penso que pode ter sido sua maneira de lidar com uma realidade esmagadoramente mais forte do que ele. Meu vizinho, felizmente, sobreviveu. Nossa ingenuidade é que não: ficou ali, estirada entre amendoeiras e paralelepípedos, sendo iluminada pela lâmpada intermitente de mercúrio, depois que todas as crianças voltaram para suas casas.



Fonte: Crônica de Antônio Prata. Escorrendo. Disponível em: https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-teconto/pdf/escorrendo.pdf



A caracterização do texto “Escorrendo” como crônica ocorre porque: 
Alternativas
Q3200659 Português

Escorrendo


Aos 5 anos de idade o mundo é esmagadoramente mais forte do que a gente. (Aos 30 também, mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.)

A ignorância não é uma bênção, é uma condenação: compreender a origem dos nossos incômodos faz uma grande diferença. Mas como, com tão poucas palavras ao nosso dispor? Palavras são ferramentas que usamos para desmontar o mundo e remontá-lo dentro da nossa cabeça. Sem as ferramentas precisas, ficamos a espanar parafusos com pontas de facas, a destruir porcas com alicates.

Com 2 anos, meu nariz escorria sem parar na sala de aula. Eu não sabia assoar, nem sequer sabia que existia isto: assoar. Apenas enxugava o que descia na manga do uniforme, conformado, até ficar com o nariz assado.

Lembro-me bem da sensação da meia sendo comida pela galocha enquanto eu andava. A cada passo, ela ia se engorovinhando mais e mais na frente do pé, faltando no calcanhar, e eu aceitava o infortúnio como se fosse uma praga rogada pelos deuses, uma sina. Não passava pela minha cabeça trocar de meia, desistir da galocha, pedir ajuda aos adultos: a vida era assim, não havia o que fazer.

Numas férias, meu pai apareceu antes do combinado para pegar minha irmã e eu na casa dos meus avós. Durante 400 quilômetros, falou que existiam pessoas boas e pessoas más, que aconteciam coisas que a gente não conseguia entender, que mesmo as pessoas más podiam fazer coisas boas e as pessoas boas, coisas más. Já quase chegando a São Paulo, contou que nosso vizinho, de 6 anos, tinha levado um tiro. Naquela noite, enquanto as crianças da rua brincavam – mais quietas do que o habitual, sob um véu inominável –, um dos garotos disse: “Bem feito! Ele é muito chato”.

Hoje, penso que pode ter sido sua maneira de lidar com uma realidade esmagadoramente mais forte do que ele. Meu vizinho, felizmente, sobreviveu. Nossa ingenuidade é que não: ficou ali, estirada entre amendoeiras e paralelepípedos, sendo iluminada pela lâmpada intermitente de mercúrio, depois que todas as crianças voltaram para suas casas.



Fonte: Crônica de Antônio Prata. Escorrendo. Disponível em: https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-teconto/pdf/escorrendo.pdf



Há, no texto, termos utilizados em um sentido claramente conotativo, figurado, também chamado de sentido metafórico ou simbólico. Qual termo não possui esse sentido?
Alternativas
Q3200660 Português

Escorrendo


Aos 5 anos de idade o mundo é esmagadoramente mais forte do que a gente. (Aos 30 também, mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.)

A ignorância não é uma bênção, é uma condenação: compreender a origem dos nossos incômodos faz uma grande diferença. Mas como, com tão poucas palavras ao nosso dispor? Palavras são ferramentas que usamos para desmontar o mundo e remontá-lo dentro da nossa cabeça. Sem as ferramentas precisas, ficamos a espanar parafusos com pontas de facas, a destruir porcas com alicates.

Com 2 anos, meu nariz escorria sem parar na sala de aula. Eu não sabia assoar, nem sequer sabia que existia isto: assoar. Apenas enxugava o que descia na manga do uniforme, conformado, até ficar com o nariz assado.

Lembro-me bem da sensação da meia sendo comida pela galocha enquanto eu andava. A cada passo, ela ia se engorovinhando mais e mais na frente do pé, faltando no calcanhar, e eu aceitava o infortúnio como se fosse uma praga rogada pelos deuses, uma sina. Não passava pela minha cabeça trocar de meia, desistir da galocha, pedir ajuda aos adultos: a vida era assim, não havia o que fazer.

Numas férias, meu pai apareceu antes do combinado para pegar minha irmã e eu na casa dos meus avós. Durante 400 quilômetros, falou que existiam pessoas boas e pessoas más, que aconteciam coisas que a gente não conseguia entender, que mesmo as pessoas más podiam fazer coisas boas e as pessoas boas, coisas más. Já quase chegando a São Paulo, contou que nosso vizinho, de 6 anos, tinha levado um tiro. Naquela noite, enquanto as crianças da rua brincavam – mais quietas do que o habitual, sob um véu inominável –, um dos garotos disse: “Bem feito! Ele é muito chato”.

Hoje, penso que pode ter sido sua maneira de lidar com uma realidade esmagadoramente mais forte do que ele. Meu vizinho, felizmente, sobreviveu. Nossa ingenuidade é que não: ficou ali, estirada entre amendoeiras e paralelepípedos, sendo iluminada pela lâmpada intermitente de mercúrio, depois que todas as crianças voltaram para suas casas.



Fonte: Crônica de Antônio Prata. Escorrendo. Disponível em: https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-teconto/pdf/escorrendo.pdf



Assinale a alternativa em que há incorreção quanto ao que se diz sobre a morfologia de palavras do texto.
Alternativas
Q3200661 Português

Escorrendo


Aos 5 anos de idade o mundo é esmagadoramente mais forte do que a gente. (Aos 30 também, mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.)

A ignorância não é uma bênção, é uma condenação: compreender a origem dos nossos incômodos faz uma grande diferença. Mas como, com tão poucas palavras ao nosso dispor? Palavras são ferramentas que usamos para desmontar o mundo e remontá-lo dentro da nossa cabeça. Sem as ferramentas precisas, ficamos a espanar parafusos com pontas de facas, a destruir porcas com alicates.

Com 2 anos, meu nariz escorria sem parar na sala de aula. Eu não sabia assoar, nem sequer sabia que existia isto: assoar. Apenas enxugava o que descia na manga do uniforme, conformado, até ficar com o nariz assado.

Lembro-me bem da sensação da meia sendo comida pela galocha enquanto eu andava. A cada passo, ela ia se engorovinhando mais e mais na frente do pé, faltando no calcanhar, e eu aceitava o infortúnio como se fosse uma praga rogada pelos deuses, uma sina. Não passava pela minha cabeça trocar de meia, desistir da galocha, pedir ajuda aos adultos: a vida era assim, não havia o que fazer.

Numas férias, meu pai apareceu antes do combinado para pegar minha irmã e eu na casa dos meus avós. Durante 400 quilômetros, falou que existiam pessoas boas e pessoas más, que aconteciam coisas que a gente não conseguia entender, que mesmo as pessoas más podiam fazer coisas boas e as pessoas boas, coisas más. Já quase chegando a São Paulo, contou que nosso vizinho, de 6 anos, tinha levado um tiro. Naquela noite, enquanto as crianças da rua brincavam – mais quietas do que o habitual, sob um véu inominável –, um dos garotos disse: “Bem feito! Ele é muito chato”.

Hoje, penso que pode ter sido sua maneira de lidar com uma realidade esmagadoramente mais forte do que ele. Meu vizinho, felizmente, sobreviveu. Nossa ingenuidade é que não: ficou ali, estirada entre amendoeiras e paralelepípedos, sendo iluminada pela lâmpada intermitente de mercúrio, depois que todas as crianças voltaram para suas casas.



Fonte: Crônica de Antônio Prata. Escorrendo. Disponível em: https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-teconto/pdf/escorrendo.pdf



Observando-se o vocábulo “pequenez”, constata-se que é formado por acréscimo do “-ez” à palavra pequeno. A opção em que não se enquadra nesse modelo de formação, sendo escrito com S, e não com Z, é:
Alternativas
Q3200662 Português

Escorrendo


Aos 5 anos de idade o mundo é esmagadoramente mais forte do que a gente. (Aos 30 também, mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.)

A ignorância não é uma bênção, é uma condenação: compreender a origem dos nossos incômodos faz uma grande diferença. Mas como, com tão poucas palavras ao nosso dispor? Palavras são ferramentas que usamos para desmontar o mundo e remontá-lo dentro da nossa cabeça. Sem as ferramentas precisas, ficamos a espanar parafusos com pontas de facas, a destruir porcas com alicates.

Com 2 anos, meu nariz escorria sem parar na sala de aula. Eu não sabia assoar, nem sequer sabia que existia isto: assoar. Apenas enxugava o que descia na manga do uniforme, conformado, até ficar com o nariz assado.

Lembro-me bem da sensação da meia sendo comida pela galocha enquanto eu andava. A cada passo, ela ia se engorovinhando mais e mais na frente do pé, faltando no calcanhar, e eu aceitava o infortúnio como se fosse uma praga rogada pelos deuses, uma sina. Não passava pela minha cabeça trocar de meia, desistir da galocha, pedir ajuda aos adultos: a vida era assim, não havia o que fazer.

Numas férias, meu pai apareceu antes do combinado para pegar minha irmã e eu na casa dos meus avós. Durante 400 quilômetros, falou que existiam pessoas boas e pessoas más, que aconteciam coisas que a gente não conseguia entender, que mesmo as pessoas más podiam fazer coisas boas e as pessoas boas, coisas más. Já quase chegando a São Paulo, contou que nosso vizinho, de 6 anos, tinha levado um tiro. Naquela noite, enquanto as crianças da rua brincavam – mais quietas do que o habitual, sob um véu inominável –, um dos garotos disse: “Bem feito! Ele é muito chato”.

Hoje, penso que pode ter sido sua maneira de lidar com uma realidade esmagadoramente mais forte do que ele. Meu vizinho, felizmente, sobreviveu. Nossa ingenuidade é que não: ficou ali, estirada entre amendoeiras e paralelepípedos, sendo iluminada pela lâmpada intermitente de mercúrio, depois que todas as crianças voltaram para suas casas.



Fonte: Crônica de Antônio Prata. Escorrendo. Disponível em: https://novaescola.org.br/arquivo/vem-que-eu-teconto/pdf/escorrendo.pdf



Em relação a aspectos linguísticos do texto “Escorrendo”, julgue os itens que se seguem.

I. No trecho “mas aprendemos umas manhas que, se não anulam a desproporção, ao menos disfarçam nossa pequenez.(primeiro parágrafo), o vocábulo “mas” introduz uma oração coordenada adversativa.
II. No segundo parágrafo, o vocábulo “poucas” classifica-se como advérbio de intensidade.
III. No segundo parágrafo, o sujeito da forma verbal “remontá-lo” é o termo “mundo”.
IV. No trecho “nem sequer sabia que existia isto”, no terceiro parágrafo, o termo “que” introduz uma oração subordinada adjetiva reduzida.
V. No último parágrafo, o último período expressa, na oração em que se insere, circunstância de causa.

Está (ão) corretas:
Alternativas
Q3200664 Português
Assinale a alternativa em que a figura de linguagem disposta é corretamente exemplificada.
Alternativas
Q3200666 Português
Assinale a alternativa correta quanto ao emprego e à colocação do pronome, conforme a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q3200667 Português
Assinale a única alternativa incorreta em relação ao uso do acento indicativo de crase.
Alternativas
Q3200668 Medicina
De acordo com a Lei nº 8.142/90, o Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080/90, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
Alternativas
Q3200669 Direito Constitucional
Com relação à Constituição Federal de 1988, analise as assertivas como verdadeiro (V) ou falso (F), marcando a sequência correta:

( ) A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas;
( ) As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada;
( ) É vedado às instituições privadas participarem de forma complementar do Sistema Único de Saúde;
( ) Ao Sistema Único de Saúde compete participar da formulação da política e da execução das ações do saneamento básico;
( ) O Sistema Único de Saúde será financiado com recursos da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Alternativas
Q3200671 Saúde Pública
A Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde define os determinantes sociais da saúde (DSS) como os:
Alternativas
Q3200672 Saúde Pública
“Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.” O conceito descrito no texto refere-se a:
Alternativas
Q3200673 Saúde Pública
Conforme as concepções de transição apresentadas a seguir, marque a opção correspondente:

I - caracterizada pelo envelhecimento da população.
II - caracterizada pelo crescimento do sobrepeso, da obesidade e da dislipidemia.
III - caracterizada pela tripla carga de doenças.
Alternativas
Q3200674 Saúde Pública
O Brasil possui grande parte das condições que favorecem ao aparecimento das doenças infecciosa e parasitárias denominadas emergentes e reemergentes no contexto da saúde pública. Sobre o tema assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q3200675 Saúde Pública
O Plano Municipal de Saúde de Recife define os serviços da rede de atenção à saúde descritos na alternativa:
Alternativas
Q3200676 Saúde Pública
A Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (OUVSUS) é o setor responsável por receber reclamações, denúncias, sugestões, elogios e demais manifestações dos cidadãos quanto aos serviços e atendimentos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É correto afirmar sobre a OUVSUS:
Alternativas
Q3200677 Saúde Pública
A Política Nacional de Promoção da Saúde apresenta como temas prioritários:
Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: D
4: A
5: A
6: E
7: A
8: C
9: E
10: A
11: C
12: B
13: C
14: B
15: E
16: E
17: C
18: E
19: B
20: D