Questões de Concurso Público INEP 2012 para Pesquisador-Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais - Área III
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O aluno perfeito
Rubem Alves
Ele se chamava Memorioso, pois seus pais julgavam que a memória perfeita é essencial para uma boa educação Era uma vez um jovem casal que estava muito feliz. Ela estava grávida, e eles esperavam com grande ansiedade o filho que iria nascer. Transcorridos os nove meses de gravidez, ele nasceu. Ela deu à luz um lindo computador! Que felicidade ter um computador como filho! Era o filho que desejavam ter! Por isso eles haviam rezado muito durante toda a gravidez, chegando mesmo a fazer promessas. O batizado foi uma festança. Deram-lhe o nome de Memorioso, porque julgavam que uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação. Educação é memorização. Crianças com memória perfeita vão bem na escola e não têm problemas para passar no vestibular. E foi isso mesmo que aconteceu. Memorioso memorizava tudo que os professores ensinavam. Mas tudo mesmo. E não reclamava. Seus companheiros reclamavam, diziam que aquelas coisas que lhes eram ensinadas não faziam sentido. Suas inteligências recusavam-se a aprender. Tiravam notas ruins. Ficavam de recuperação. Isso não acontecia com Memorioso. Ele memorizava com a mesma facilidade a maneira de extrair raiz quadrada, reações químicas, fórmulas de física, acidentes geográficos, populações de países longínquos, datas de eventos históricos, nomes de reis, imperadores, revolucionários, santos, escritores, descobridores, cientistas, palavras novas, regras de gramática, livros inteiros, línguas estrangeiras. Sabia de cor todas as informações sobre o mundo cultural. A memória de Memorioso era igual à do personagem do Jorge Luis Borges de nome Funes. Só tirava dez, o que era motivo de grande orgulho para os seus pais. E os outros casais, pais e mães dos colegas de Memorioso, morriam de inveja. Quando filhos chegavam em casa trazendo boletins com notas em vermelho eles gritavam: "por que você não é como o Memorioso?" Memorioso foi o primeiro no vestibular. O cursinho que ele frequentara publicou sua fotografia em outdoors. Apareceu na televisão como exemplo a ser seguido por todos os jovens. Na universidade, foi a mesma coisa. Só tirava dez. Chegou, finalmente, o dia tão esperado: a formatura. Memorioso foi o grande herói, elogiado pelos professores. Ganhou medalhas e mesmo uma bolsa para doutoramento no MIT. Depois da cerimônia acadêmica foi a festa. E estavam todos felizes no jantar quando uma moça se aproximou de Memorioso e se apresentou: "Sou repórter. Posso lhe fazer uma pergunta?" "Pode fazer", disse Memorioso confiante. Sua memória continha todas as respostas. Aí ela falou: "De tudo o que você memorizou qual foi aquilo que você mais amou? Que mais prazer lhe deu?" Memorioso ficou mudo. Os circuitos de sua memória funcionavam com a velocidade da luz procurando a resposta. Mas aquilo não lhe fora ensinado. Seu rosto ficou vermelho. Começou a suar. Sua temperatura subiu. E, de repente, seus olhos ficaram muito abertos, parados, e se ouviu um chiado estranho dentro de sua cabeça, enquanto fumaça saia por suas orelhas. Memorioso primeiro travou. Depois apagou, entrou em coma. Levado às pressas para o hospital de computadores, verificaram que seu disco rígido estava irreparavelmente danificado. Há perguntas para as quais a memória não tem respostas. É que tais respostas não se encontram na memória. Encontramse no coração, onde mora a emoção...
I. Infere-se que o autor compartilha a mesma visão dos pais de Memorioso sobre a educação.
II. Por meio de uma narrativa, o autor defende seu ponto de vista sobre a educação.
III. O autor considera que a educação deve ser voltada para a aprovação no vestibular, essencial para o sucesso profissional.
Está correto o que se afirma somente em
O aluno perfeito
Rubem Alves
Ele se chamava Memorioso, pois seus pais julgavam que a memória perfeita é essencial para uma boa educação Era uma vez um jovem casal que estava muito feliz. Ela estava grávida, e eles esperavam com grande ansiedade o filho que iria nascer. Transcorridos os nove meses de gravidez, ele nasceu. Ela deu à luz um lindo computador! Que felicidade ter um computador como filho! Era o filho que desejavam ter! Por isso eles haviam rezado muito durante toda a gravidez, chegando mesmo a fazer promessas. O batizado foi uma festança. Deram-lhe o nome de Memorioso, porque julgavam que uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação. Educação é memorização. Crianças com memória perfeita vão bem na escola e não têm problemas para passar no vestibular. E foi isso mesmo que aconteceu. Memorioso memorizava tudo que os professores ensinavam. Mas tudo mesmo. E não reclamava. Seus companheiros reclamavam, diziam que aquelas coisas que lhes eram ensinadas não faziam sentido. Suas inteligências recusavam-se a aprender. Tiravam notas ruins. Ficavam de recuperação. Isso não acontecia com Memorioso. Ele memorizava com a mesma facilidade a maneira de extrair raiz quadrada, reações químicas, fórmulas de física, acidentes geográficos, populações de países longínquos, datas de eventos históricos, nomes de reis, imperadores, revolucionários, santos, escritores, descobridores, cientistas, palavras novas, regras de gramática, livros inteiros, línguas estrangeiras. Sabia de cor todas as informações sobre o mundo cultural. A memória de Memorioso era igual à do personagem do Jorge Luis Borges de nome Funes. Só tirava dez, o que era motivo de grande orgulho para os seus pais. E os outros casais, pais e mães dos colegas de Memorioso, morriam de inveja. Quando filhos chegavam em casa trazendo boletins com notas em vermelho eles gritavam: "por que você não é como o Memorioso?" Memorioso foi o primeiro no vestibular. O cursinho que ele frequentara publicou sua fotografia em outdoors. Apareceu na televisão como exemplo a ser seguido por todos os jovens. Na universidade, foi a mesma coisa. Só tirava dez. Chegou, finalmente, o dia tão esperado: a formatura. Memorioso foi o grande herói, elogiado pelos professores. Ganhou medalhas e mesmo uma bolsa para doutoramento no MIT. Depois da cerimônia acadêmica foi a festa. E estavam todos felizes no jantar quando uma moça se aproximou de Memorioso e se apresentou: "Sou repórter. Posso lhe fazer uma pergunta?" "Pode fazer", disse Memorioso confiante. Sua memória continha todas as respostas. Aí ela falou: "De tudo o que você memorizou qual foi aquilo que você mais amou? Que mais prazer lhe deu?" Memorioso ficou mudo. Os circuitos de sua memória funcionavam com a velocidade da luz procurando a resposta. Mas aquilo não lhe fora ensinado. Seu rosto ficou vermelho. Começou a suar. Sua temperatura subiu. E, de repente, seus olhos ficaram muito abertos, parados, e se ouviu um chiado estranho dentro de sua cabeça, enquanto fumaça saia por suas orelhas. Memorioso primeiro travou. Depois apagou, entrou em coma. Levado às pressas para o hospital de computadores, verificaram que seu disco rígido estava irreparavelmente danificado. Há perguntas para as quais a memória não tem respostas. É que tais respostas não se encontram na memória. Encontramse no coração, onde mora a emoção...
I. O início do texto, semelhante ao dos contos de fadas infantis, remete ao caráter ficcional da história.
II. O último parágrafo revela o posicionamento do autor frente ao tema abordado.
III. O texto é narrado em primeira pessoa.
Está correto o que se afirma somente em
O aluno perfeito
Rubem Alves
Ele se chamava Memorioso, pois seus pais julgavam que a memória perfeita é essencial para uma boa educação Era uma vez um jovem casal que estava muito feliz. Ela estava grávida, e eles esperavam com grande ansiedade o filho que iria nascer. Transcorridos os nove meses de gravidez, ele nasceu. Ela deu à luz um lindo computador! Que felicidade ter um computador como filho! Era o filho que desejavam ter! Por isso eles haviam rezado muito durante toda a gravidez, chegando mesmo a fazer promessas. O batizado foi uma festança. Deram-lhe o nome de Memorioso, porque julgavam que uma memória perfeita é o essencial para uma boa educação. Educação é memorização. Crianças com memória perfeita vão bem na escola e não têm problemas para passar no vestibular. E foi isso mesmo que aconteceu. Memorioso memorizava tudo que os professores ensinavam. Mas tudo mesmo. E não reclamava. Seus companheiros reclamavam, diziam que aquelas coisas que lhes eram ensinadas não faziam sentido. Suas inteligências recusavam-se a aprender. Tiravam notas ruins. Ficavam de recuperação. Isso não acontecia com Memorioso. Ele memorizava com a mesma facilidade a maneira de extrair raiz quadrada, reações químicas, fórmulas de física, acidentes geográficos, populações de países longínquos, datas de eventos históricos, nomes de reis, imperadores, revolucionários, santos, escritores, descobridores, cientistas, palavras novas, regras de gramática, livros inteiros, línguas estrangeiras. Sabia de cor todas as informações sobre o mundo cultural. A memória de Memorioso era igual à do personagem do Jorge Luis Borges de nome Funes. Só tirava dez, o que era motivo de grande orgulho para os seus pais. E os outros casais, pais e mães dos colegas de Memorioso, morriam de inveja. Quando filhos chegavam em casa trazendo boletins com notas em vermelho eles gritavam: "por que você não é como o Memorioso?" Memorioso foi o primeiro no vestibular. O cursinho que ele frequentara publicou sua fotografia em outdoors. Apareceu na televisão como exemplo a ser seguido por todos os jovens. Na universidade, foi a mesma coisa. Só tirava dez. Chegou, finalmente, o dia tão esperado: a formatura. Memorioso foi o grande herói, elogiado pelos professores. Ganhou medalhas e mesmo uma bolsa para doutoramento no MIT. Depois da cerimônia acadêmica foi a festa. E estavam todos felizes no jantar quando uma moça se aproximou de Memorioso e se apresentou: "Sou repórter. Posso lhe fazer uma pergunta?" "Pode fazer", disse Memorioso confiante. Sua memória continha todas as respostas. Aí ela falou: "De tudo o que você memorizou qual foi aquilo que você mais amou? Que mais prazer lhe deu?" Memorioso ficou mudo. Os circuitos de sua memória funcionavam com a velocidade da luz procurando a resposta. Mas aquilo não lhe fora ensinado. Seu rosto ficou vermelho. Começou a suar. Sua temperatura subiu. E, de repente, seus olhos ficaram muito abertos, parados, e se ouviu um chiado estranho dentro de sua cabeça, enquanto fumaça saia por suas orelhas. Memorioso primeiro travou. Depois apagou, entrou em coma. Levado às pressas para o hospital de computadores, verificaram que seu disco rígido estava irreparavelmente danificado. Há perguntas para as quais a memória não tem respostas. É que tais respostas não se encontram na memória. Encontramse no coração, onde mora a emoção...
Que mais prazer lhe deu?
Não obedeceu-se todos os itens do regulamento.
I. Deveria ter sido usada a próclise.
II. Há um erro de concordância, pois o verbo deveria estar no plural.
III. Há um erro de regência verbal.
Está correto o que se afirma somente em
Os resultados serão enviados ____ de amanhã ____ diretoria da instituição.
É ___________ descobrir ______ houve a falha na produção.
I. Devem haver muitos interessados no cargo.
II. Devem-se analisar todos os aspectos da questão.
III. Tratam-se de problemas graves.
A concordância está correta somente em
Os alunos que são muito indisciplinados foram punidos.
I. A pontuação está correta.
II. Se a oração adjetiva estivesse entre vírgulas, não haveria mudança de sentido.
III. Há duas orações no período.
Está correto o que se afirma apenas em
I. O termo Estatística provém da palavra Estado e foi utilizado originalmente para denominar levantamentos de dados, cuja finalidade era orientar o Estado em suas decisões.
II. A Estatística Descritiva é a parte da Estatística que tem por objetivo obter e generalizar conclusões para a população a partir de uma amostra, através do cálculo de probabilidade.
III. A coleta,a organização e a descrição dos dados estão a cargo da Estatística Indutiva ou Inferencial.
Pode-se dizer que:
A média contínua do número de carros é:
A......................................2,5
B......................................3,5
C.....................................4,5
D.....................................5,5
E.....................................6,0
F.....................................7,0
G....................................8,0
H.....................................9,0
A nota média, a nota mediana e a nota modal são respectivamente:
VALORES
4
8
12
16
É correto afirmar que a variância e o desvio padrão são respectivamente iguais a:
CLIENTES DE UM RESTAURANTE POPULAÇÃO
FUMANTES 32
NÃO FUMANTES 48
TOTAL 80
Os “pesos" de vinte atletas estão distribuídos de acordo com a tabela abaixo:
Considerando a distribuição acima, assinale a alternativa que apresenta respectivamente os valores da média e da moda bruta:
Lawsuits claim Knoedler made huge profits on fakes
For more than a dozen years the Upper East Side gallery Knoedler & Company was “substantially dependent” on profits it made from selling a mysterious collection of artwork that is at the center of a federal forgery investigation, former clients of this former gallery have charged in court papers. The analysis is based on financial records turned over as part of a lawsuit against the gallery filed by Domenico and Eleanore De Sole, who in 2004 paid $8.3 million for a painting attributed to Mark Rothko that they now say is a worthless fake. The Rothko is one of approximately 40 works that Knoedler, which closed last year, obtained from Glafira Rosales, a littleknown dealer whose collection of works attributed to Modernist masters has no documented provenance and is the subject of an F.B.I. investigation. Between 1996 and 2008, the suit asserts, Knoedler earned approximately $60 million from works that Ms. Rosales provided on consignment or sold outright to the gallery and cleared $40 million in profits. In one year, 2002, for example, the complaint says the gallery’s entire profit — $5.6 million — was derived from the sale of Ms. Rosales’s works. “Knoedler’s viability as a business was substantially — and, in some years, almost entirely — dependent on sales from the Rosales Collection,” the De Soles claimed last month in an amended version of the suit they filed this year. While the forgery allegations are well known and have been the subject of three federal lawsuits against Knoedler, the recent filings expand the known number of Rosales artworks that were handled by the gallery, which was in business for 165 years, and assert that they played a pivotal role in the gallery’s success. After the F.B.I. issued subpoenas to the gallery in the fall of 2009, Michael Hammer, Knoedler’s owner, halted the sale of any Rosales works. Knoedler ended up losing money that year and in 2010, the court papers say. http://www.nytimes.com/2012/10/22/arts/design/knoe...
Lawsuits claim Knoedler made huge profits on fakes
For more than a dozen years the Upper East Side gallery Knoedler & Company was “substantially dependent” on profits it made from selling a mysterious collection of artwork that is at the center of a federal forgery investigation, former clients of this former gallery have charged in court papers. The analysis is based on financial records turned over as part of a lawsuit against the gallery filed by Domenico and Eleanore De Sole, who in 2004 paid $8.3 million for a painting attributed to Mark Rothko that they now say is a worthless fake. The Rothko is one of approximately 40 works that Knoedler, which closed last year, obtained from Glafira Rosales, a littleknown dealer whose collection of works attributed to Modernist masters has no documented provenance and is the subject of an F.B.I. investigation. Between 1996 and 2008, the suit asserts, Knoedler earned approximately $60 million from works that Ms. Rosales provided on consignment or sold outright to the gallery and cleared $40 million in profits. In one year, 2002, for example, the complaint says the gallery’s entire profit — $5.6 million — was derived from the sale of Ms. Rosales’s works. “Knoedler’s viability as a business was substantially — and, in some years, almost entirely — dependent on sales from the Rosales Collection,” the De Soles claimed last month in an amended version of the suit they filed this year. While the forgery allegations are well known and have been the subject of three federal lawsuits against Knoedler, the recent filings expand the known number of Rosales artworks that were handled by the gallery, which was in business for 165 years, and assert that they played a pivotal role in the gallery’s success. After the F.B.I. issued subpoenas to the gallery in the fall of 2009, Michael Hammer, Knoedler’s owner, halted the sale of any Rosales works. Knoedler ended up losing money that year and in 2010, the court papers say. http://www.nytimes.com/2012/10/22/arts/design/knoe...