A vocação dos novos computadores é funcionar
com todo o aparato técnico fornecido pela
informática, só que numa relação tão visual e
emocionante quanto um jogo de videogame. Já
existem máquinas que cruzam essa fronteira,
produzindo imagens em três dimensões nas quais
o usuário tem a sensação de penetrar. Imagine um
visor que pode ser preso na frente dos olhos, como
uma máscara de mergulho. Acoplado a um
computador, esse visor cria imagens baseadas
num programa e dá à pessoa a ilusão de que está
no ambiente projetado na tela. Há mais. Usando
uma luva cheia de sensores, todos ligados ao
mesmo computador, o operador do equipamento
pode “tocar” objetos que só existem na tela aberta
diante de seus olhos. É possível, por exemplo,
operar os comandos de um caça-bombardeiro com
a mão enluvada e ver na tela os instrumentos
sendo manobrados enquanto o avião se move com
toda a aparência de uma situação real. Quem vê a
brincadeira de fora vai enxergar apenas uma
pessoa com os olhos cobertos por uma máscara
levantando uma mão enluvada e nada mais.
Veja, 21 out. 1992.