Questões de Concurso Público SEAP-PR 2021 para Agente Profissional - Terapeuta Ocupacional

A substância psicoativa mais usada entre mulheres é o crack. As atividades classificadas como adicções são consideradas por elas como atividades ocupacionais ou ocupações na medida em que podem dar sentido à vida, interferir como determinantes da saúde, da construção do bem-estar e da justiça pessoal e coletiva

Em serviços extra-hospitalares destinados ao atendimento de dependentes de substâncias psicoativas - tais como os Centros de Atenção Psicossociais CAPS-ad - o acolhimento de novos usuários no serviço deve ser realizado por todas as categorias profissionais da equipe, inclusive por Terapeutas Ocupacionais. O acolhimento de novos usuários deve ser em dias e horários pré-definidos, o que favorece que desde o início do tratamento eles se adequem às regras e restabeleçam um cotidiano organizado e saudável

O tratamento de dependentes de substâncias psicoativas em serviços extra hospitalares - tais como os Centros de Atenção Psicossociais (CAPSad) - deve ser pautado na construção de um projeto terapêutico singular e individualizado, construído pelo profissional de referência com base na história pregressa e do uso de drogas de cada sujeito, sem a participação do mesmo

Intervenções motivacionais são indicadas apenas aos usuários que se encontram motivados e não tem dúvidas sobre o abandono do uso de substâncias psicoativas. Elas são importantes para o processo de reabilitação do usuário por trabalhar questões como a ambivalência e fornecerem um ambiente onde o usuário se sinta seguro para falar sobre os seus sentimentos de forma acolhedora e empática

A proposta das oficinas enquanto estratégia de reabilitação e ressocialização é desenvolver atividades que estimulam a expressão da criatividade, a produtividade e as potencialidades, o que pode refletir na melhora da auto-estima, da autoconfiança e da integração no grupo. Por meio das oficinas os usuários podem entrar em contato com possibilidades antes inertes devido ao empobrecimento cotidiano acarretado pela dependência de substâncias psicoativas

Linguagem, brinquedos simbólicos ou jogos de “faz de conta” e imitação diferida são condutas simbólicas que em geral aparecem no segundo ano de vida da criança. A imitação diferida é a capacidade de imitar ou reproduzir modelos que foram observados em situações anteriores ou passadas e que mais tarde são evocados

O desenvolvimento infantil, segundo Piaget, ocorre em quatro estágios: sensório-motor (de zero até um ano e meio ou dois); operatório formal (de um ano e meio ou dois até sete anos); operações concretas (de sete até doze anos); e pré-operatório (de doze anos em diante). Piaget acreditava que cada estágio é construído a partir das realizações do estágio anterior

Os bebês adquirem conhecimento através da interação com objetos. No estágio pré-operatório, a criança adquire a capacidade de pensar sobre objetos e eventos que não estão presentes no ambiente. Começa a brincar simbolicamente, ou seja, faz com que um objeto funcione como se fosse outra coisa

No estágio das operações concretas, a criança é capaz de operar sobre as informações. Ela atinge a capacidade de descentramento, conscientizando-se de que os objetos podem ter mais de uma dimensão ou atributo

No estágio das operações formais, as crianças conseguem raciocinar sobre problemas hipotéticos, desenvolvendo a capacidade de pensar sobre as possibilidades. É o estágio mais avançado do desenvolvimento cognitivo, que se estende pela vida adulta

A observação atenta, crítica e sistematizada é algo para o qual o terapeuta ocupacional deve se sensibilizar, retendo informações, para que um proceder prospectivo possa ocorrer, educando sua memória associativa

Através do processo de observação dos clientes envolvidos em ocupações e em atividades Terapeutas Ocupacionais são capazes de determinar a transação entre os fatores do cliente e o desempenho e, em seguida, criar adaptações e modificações, selecionando atividades que melhor promovam um aperfeiçoamento da participação

Durante o processo terapêutico, Terapeutas Ocupacionais constroem hipóteses que são formuladas através de observações e coleta de informações, sobre os motivos das ações, atitudes, gestos e atividades do sujeito-alvo

A Escala de Observação Interativa de Terapia Ocupacional (EOITO), mede mudanças em pacientes durante o período de sessões de Terapia Ocupacional, avaliando cuidado pessoal, execução de atividades, demonstração de interesse, comunicação verbal, interação social, referência a fatos irreais, alucinações, orientação, psicomotricidade aumentada, linguagem acelerada, irritabilidade, aceitação de limites, expressão de auto-estima e comportamento inabitual. A avaliação consiste não apenas na observação, mas na interação entre avaliador e paciente. É utilizada principalmente na área física e na infância

A observação de atividades realizadas na comunidade e em ambientes coletivos repletos de dinamismo permite que Terapeutas Ocupacionais avaliem o desempenho dos sujeitos, favorecendo a visualização de reações espontâneas, estratégias para corresponder às demandas do cotidiano e o empenho em superar limites

Para construir suas ideias, planificar ações sobre e desenvolver intervenções, Terapeutas Ocupacionais utilizam apenas conhecimentos oriundos da própria Terapia Ocupacional, uma vez que os grupos de Terapia Ocupacional não fazem fronteira com outras áreas/disciplinas

A atividade grupal é aquela em que cada integrante realiza sua atividade e mantém com o terapeuta ocupacional uma relação individual

Enquanto espaço potencial, o grupo pode funcionar ampliando as possibilidades de intervenção, pois as intervenções dirigidas à um paciente podem atingir o grupo como um todo

Enquanto caixa de ressonância, o grupo de atividades deve propiciar um ambiente confiável para que o sujeito arrisque, de maneira gradual, estabelecer relações e usar objetos, sendo estimulado à experimentação

O grupo de atividades é aquele em que em que cada integrante realiza sua atividade e mantém com o terapeuta ocupacional uma relação individual

Descentramento de saberes plurais diante de problemas e de questões sociais; centralização da ideia de um saber técnico

Descentramento das ações coletivas; centralização da pessoa (considerada corpo/mente doente ou desviante)

Descentramento da ação dos espaços de vida cotidiana; centralização da ação num enquadramento (setting)

Descentramento do conceito de atividade como inserido na história e cultura de um grupo ou de uma pessoa; centralização do conceito de atividade como processo individual

O uso de recursos é compreendido como elemento meio, visando como fim a produção de autonomia