Questões de Concurso Público IBGE 2022 para Coordenador Censitário de Área, Edital nº 7

Foram encontradas 15 questões

Q1874686 Português
Texto I

A Mulher do Vizinho

        Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora), também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.

        O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

        O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:

        - O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.

        Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

        - Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

        O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

    - Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou? Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

        - Da ativa, minha senhora?

        E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

        - Da ativa, Motinha! Sai dessa… 

Fernando Sabino

Retorne ao texto “A Mulher do Vizinho” e observe que ele apresenta uma estrutura fixa e objetivos bem definidos. A partir dessa afirmativa, identifique as tipologias textuais, considerando que se trata do texto em gênero crônica.
I. Tipologia textual injuntiva.
II. Tipologia textual narrativa.
III. Tipologia textual dissertativa.
IV. Tipologia textual descritiva.
Alternativas
Q1874687 Português
Texto I

A Mulher do Vizinho

        Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora), também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.

        O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

        O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:

        - O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.

        Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

        - Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

        O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

    - Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou? Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

        - Da ativa, minha senhora?

        E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

        - Da ativa, Motinha! Sai dessa… 

Fernando Sabino

Sabe-se que um narrador relata uma situação ou acontecimento, seja ela real ou fictícia. Em síntese, o narrador é aquele que conta uma história. Considerando-se que há diferentes tipos de narradores, leia atentamente a crônica “A Mulher do Vizinho” e assinale a alternativa que identifica corretamente o estilo do narrador.
Alternativas
Q1874688 Português
Texto I

A Mulher do Vizinho

        Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora), também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.

        O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

        O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:

        - O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.

        Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

        - Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

        O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

    - Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou? Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

        - Da ativa, minha senhora?

        E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

        - Da ativa, Motinha! Sai dessa… 

Fernando Sabino

Sabe-se que a língua é viva, frequentemente, palavras são incorporadas a ela e, consequentemente, outras caem em desuso. No trecho “(...) outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai todo mundo em cana. Morou?” Assinale a alternativa correta que apresenta o sinônimo da expressão morou .
Alternativas
Q1874689 Português
Texto I

A Mulher do Vizinho

        Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora), também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.

        O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

        O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:

        - O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.

        Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

        - Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

        O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

    - Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou? Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

        - Da ativa, minha senhora?

        E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

        - Da ativa, Motinha! Sai dessa… 

Fernando Sabino

Atente-se ao início do texto, mais especificamente, à expressão: “Contaram-me que na rua onde mora (...)”, nessa passagem manifesta-se um sentido indeterminado do agente. Assinale a alternativa que apresenta esse agente indeterminante.
Alternativas
Q1874690 Português
Texto I

A Mulher do Vizinho

        Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora), também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.

        O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.

        O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo a ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:

        - O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.

        Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

        - Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?

        O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

    - Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não e gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou? Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

        - Da ativa, minha senhora?

        E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

        - Da ativa, Motinha! Sai dessa… 

Fernando Sabino

As classes de palavras possuem formações sufixais. Retorne ao texto “A Mulher do vizinho” e observe a lista das palavras abaixo em seu contexto. Assinale a alternativa que apresenta a única em que o sufixo “-ADO” é formador de um substantivo.
Alternativas
Q1874691 Português
Observe atentamente os hábitos do Sueco. Considerando-se a norma culta da Língua Portuguesa e o uso dos acentos ortográficos, assinale a alternativa em que há desvio a essas normas.
Alternativas
Q1874692 Português

O Sueco mudará para uma nova residência no próximo mês. Ele elaborou uma lista com algumas pendências a serem solucionadas antes de sua mudança. Leia atentamente as alternativas abaixo e assinale, dentre as palavras em destaque, a única que apresenta uma palavra contendo desvio ortográfico.

Alternativas
Q1874693 Português

A concordância nominal estabelece uma relação entre o gênero e número do substantivo com os demais elementos da sentença. Observe o fragmento do texto a seguir. 


A esposa do Sueco __________ havia saído do salão de beleza com __________ dores de cabeça. __________, já as tivera anteriormente.


Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. Atente ao uso da concordância nominal.

Alternativas
Q1874694 Português
O Sueco, apesar de muitos anos vivendo no Brasil, não tem o Português como sua língua materna. Ele ainda comete desvios em relação à Língua Portuguesa. Identifique os erros de concordância no discurso proferido por ele. A maioria dos meus vizinhos (1) concordam que eu sou muito precavido, só porque na entrada da minha fábrica, há algumas placas que dizem: “É (2) proibida a entrada” e “não é (3) permitido permanecer neste local sem os acessórios de segurança”.
Alternativas
Q1874695 Português
O Sueco morou com os parentes desde pequeno. Entretanto passou a morar com a esposa. Há um padrão de tempo verbal (pretérito perfeito) nessas duas orações. Assinale a alternativa em que esse padrão se repete.
Alternativas
Q1874696 Português

Texto II


Amanhã eu faço!


        Ano novo, vida nova, novos planos para a futuro: cuidar melhor da saúde, aprender ou melhorar os conhecimentos de uma língua estrangeira, arrumar aquela peça quebrada do carro ou da casa e por aí vai. Mas, como bem sabemos, para a maioria das pessoas poucos desses planos terão realmente se concretizado ao final deste ano.

        Dentro de todos nós (com variações, é claro) existe uma forte tendência ao adiamento, à ‘enrolação”, ao “amanhã eu começo”. Talvez não devesse haver qualquer surpresa nisso.

        Mas não é só no país de Macunaíma ou dos nossos irmãos latino-americanos que viceja o “mañana”(= amanhã). Antes de ser um problema cultural regional, esse é um problema do ser humano.

        A procrastinação, que é como se chama esse adiamento das tarefas ou das realizações, é, já há algum tempo, objeto de estudo da psicologia. Também, diversos desses livros de autoajuda ou guias de eficiência no trabalho ensinam como enfrentar e vencer a procrastinação. As estimativas disponíveis sugerem que entre 15% e 25% das pessoas adultas são, foram ou serão procrastinadoras em algum momento de suas vidas.

        Nos Estados Unidos, berço da cultura antiprocrastinação, um estudo recente sugeriu que “a procrastinação se situa no núcleo de comportamentos, como o abuso de drogas, marcados por impulsividade e baixa capacidade de autocontrole”.

        Nesse estudo, publicado na revista “Psychological Science” (novembro de 1997), Dianne Tice e Roy Baumeister compararam dados de estudantes universitários referentes ao estresse e aos sintomas gerais de saúde em relação às tarefas escolares daquele período. Os estudantes que se diziam procrastinadores tiveram notas piores e também relataram um maior estresse e uma frequência de gripes e resfriados. Na verdade, os procrastinadores se deram melhor no começo do ano, mas acabaram levando a pior no cômputo geral. Uma versão da fábula da cigarra e da formiga sob uma outra óptica. Assim, se, ao iniciar um trabalho, você precisa antes apontar todos os lápis, arrumar todos os papéis, tomar o último gole de água e resolver quaisquer outras coisas, cuidado (...).

Leia atentamente o fragmento do texto “Amanhã eu faço!”, como é comum em produções textuais, vários aspectos são abordados no seu desenvolvimento. Assim, dentre as alternativas abaixo, a que expõe o assunto geral tratado no texto. 
Alternativas
Q1874697 Português

Texto II


Amanhã eu faço!


        Ano novo, vida nova, novos planos para a futuro: cuidar melhor da saúde, aprender ou melhorar os conhecimentos de uma língua estrangeira, arrumar aquela peça quebrada do carro ou da casa e por aí vai. Mas, como bem sabemos, para a maioria das pessoas poucos desses planos terão realmente se concretizado ao final deste ano.

        Dentro de todos nós (com variações, é claro) existe uma forte tendência ao adiamento, à ‘enrolação”, ao “amanhã eu começo”. Talvez não devesse haver qualquer surpresa nisso.

        Mas não é só no país de Macunaíma ou dos nossos irmãos latino-americanos que viceja o “mañana”(= amanhã). Antes de ser um problema cultural regional, esse é um problema do ser humano.

        A procrastinação, que é como se chama esse adiamento das tarefas ou das realizações, é, já há algum tempo, objeto de estudo da psicologia. Também, diversos desses livros de autoajuda ou guias de eficiência no trabalho ensinam como enfrentar e vencer a procrastinação. As estimativas disponíveis sugerem que entre 15% e 25% das pessoas adultas são, foram ou serão procrastinadoras em algum momento de suas vidas.

        Nos Estados Unidos, berço da cultura antiprocrastinação, um estudo recente sugeriu que “a procrastinação se situa no núcleo de comportamentos, como o abuso de drogas, marcados por impulsividade e baixa capacidade de autocontrole”.

        Nesse estudo, publicado na revista “Psychological Science” (novembro de 1997), Dianne Tice e Roy Baumeister compararam dados de estudantes universitários referentes ao estresse e aos sintomas gerais de saúde em relação às tarefas escolares daquele período. Os estudantes que se diziam procrastinadores tiveram notas piores e também relataram um maior estresse e uma frequência de gripes e resfriados. Na verdade, os procrastinadores se deram melhor no começo do ano, mas acabaram levando a pior no cômputo geral. Uma versão da fábula da cigarra e da formiga sob uma outra óptica. Assim, se, ao iniciar um trabalho, você precisa antes apontar todos os lápis, arrumar todos os papéis, tomar o último gole de água e resolver quaisquer outras coisas, cuidado (...).

Segundo o dicionário Oxford Languages, procrastinar é um verbo transitivo direto e intransitivo que significa transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair. Tendo como base a definição do dicionário e o desenvolvimento do fragmento do texto, assinale a alteranativa que melhor define procrastinação.
Alternativas
Q1874698 Português

Texto II


Amanhã eu faço!


        Ano novo, vida nova, novos planos para a futuro: cuidar melhor da saúde, aprender ou melhorar os conhecimentos de uma língua estrangeira, arrumar aquela peça quebrada do carro ou da casa e por aí vai. Mas, como bem sabemos, para a maioria das pessoas poucos desses planos terão realmente se concretizado ao final deste ano.

        Dentro de todos nós (com variações, é claro) existe uma forte tendência ao adiamento, à ‘enrolação”, ao “amanhã eu começo”. Talvez não devesse haver qualquer surpresa nisso.

        Mas não é só no país de Macunaíma ou dos nossos irmãos latino-americanos que viceja o “mañana”(= amanhã). Antes de ser um problema cultural regional, esse é um problema do ser humano.

        A procrastinação, que é como se chama esse adiamento das tarefas ou das realizações, é, já há algum tempo, objeto de estudo da psicologia. Também, diversos desses livros de autoajuda ou guias de eficiência no trabalho ensinam como enfrentar e vencer a procrastinação. As estimativas disponíveis sugerem que entre 15% e 25% das pessoas adultas são, foram ou serão procrastinadoras em algum momento de suas vidas.

        Nos Estados Unidos, berço da cultura antiprocrastinação, um estudo recente sugeriu que “a procrastinação se situa no núcleo de comportamentos, como o abuso de drogas, marcados por impulsividade e baixa capacidade de autocontrole”.

        Nesse estudo, publicado na revista “Psychological Science” (novembro de 1997), Dianne Tice e Roy Baumeister compararam dados de estudantes universitários referentes ao estresse e aos sintomas gerais de saúde em relação às tarefas escolares daquele período. Os estudantes que se diziam procrastinadores tiveram notas piores e também relataram um maior estresse e uma frequência de gripes e resfriados. Na verdade, os procrastinadores se deram melhor no começo do ano, mas acabaram levando a pior no cômputo geral. Uma versão da fábula da cigarra e da formiga sob uma outra óptica. Assim, se, ao iniciar um trabalho, você precisa antes apontar todos os lápis, arrumar todos os papéis, tomar o último gole de água e resolver quaisquer outras coisas, cuidado (...).

A partir da leitura do fragmento do texto “Amanhã eu faço!”, identifique, dentre as afirmativas abaixo, aquelas que estão em congruência com o assunto e com os fatos sobre a procrastinação.


I. Para a maioria das pessoas, pouco do que foi planejado será efetivamente concretizado.

II. A procrastinação é objeto de estudo da psicologia, entretanto não é aceita em livros de autoajuda ou guias de eficiência no trabalho.

III. A América do Norte é o berço da cultura de procrastinação.

IV. A procrastinação ocorre devido ao uso de substância ilícitas.

V. Estudos realizados indicam que os procrastinadores têm um nível maior de estresse, gripes e resfriados frequentes.

Alternativas
Q1874699 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada de maneira correta, segundo na norma culta da língua.
Alternativas
Q1874700 Português
De acordo com as regras normativas pertinentes à Língua Portuguesa do Brasil, observe a explicação dada sobre uma das pontuações utilizadas na representação do discurso.
__________ representa uma maior pausa do que a marcada pela vírgula, comumente utilizada. Seu uso ocorre para separar orações coordenadas quanto muito longas. Sua função é a de conceder clareza em uma frase, principalmente a fim de organizar os itens apresentados.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
Alternativas
Respostas
1: A
2: E
3: D
4: C
5: B
6: A
7: B
8: C
9: A
10: B
11: C
12: C
13: D
14: E
15: A