Questões de Concurso Público SES-DF 2022 para Médico - Ortopedia e Traumatologia
Foram encontradas 15 questões
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Considere o período abaixo para responder à questão.
“Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar.” (1º§)
Ao observar a regência e as relações sintáticas
da construção verbal “lembro-me” (1º§), é
correto afirmar que:
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Considere o período abaixo para responder à questão.
“Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar.” (1º§)
A ocorrência das duas vírgulas, na passagem
acima, deve ser justificada por isolar:
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto I
Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.
Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.
(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)
Texto II
Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores
Galáxias possuem campo magnético; descoberta pode ajudar a entender como essas regiões do espaço funcionam
BBC NEWS BRASIL
Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.
Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.
Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.
"Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.
O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?
CAMPOS CONECTADOS
Texto II
Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores
Galáxias possuem campo magnético; descoberta pode ajudar a entender como essas regiões do espaço funcionam
BBC NEWS BRASIL
Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.
Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.
Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.
"Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.
O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?
CAMPOS CONECTADOS
Texto II
Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores
Galáxias possuem campo magnético; descoberta pode ajudar a entender como essas regiões do espaço funcionam
BBC NEWS BRASIL
Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.
Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.
Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.
"Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.
O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?
CAMPOS CONECTADOS