Questões de Concurso Público SES-DF 2022 para Médico - Psiquiatria

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Q1934410 Português

Texto I

   Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.

   Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.

(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)

Deve-se considerar o valor semântico de um conectivo no contexto em que está sendo empregado. Desse modo, em “Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido”, a conjunção destacada introduz um valor semântico:
Alternativas
Q1934411 Português

Texto I

   Durante toda a minha vida lidei mal com as demonstrações públicas de sofrimento. Sempre que tive que enfrentá-las, experimentei a inquietante sensação de que meu cérebro bloqueava a sensibilidade, inclusive em relação a mim mesmo. Lembro-me de que, quando minha mãe morreu no hospital, meu pai se jogou sobre seu corpo sem vida e começou a gritar. Sabia que ele a amara durante toda a sua vida de forma muito sincera, e eu mesmo estava tão aturdido pela dor que mal conseguia articular uma palavra, mas, mesmo assim, não pude evitar de sentir que toda a cena era extraordinariamente falsa, e aquilo me perturbou quase mais do que a morte em si. Logo parei de sentir, o quarto me pareceu maior e vazio, e na metade desse espaço pensei que todos nós tínhamos ficado rígidos como estátuas. A única coisa que eu era capaz de me repetir, sem parar, era: “Boa atuação, papai, que boa atuação, papai...”.

   Quando vi aquela mulher gritando na praça, tive uma sensação parecida. O cabelo desgrenhado, as duas garotas quase adolescentes, os claros sinais de embriaguez... havia algo tão obsceno nela que nem sequer fiquei escandalizado com minha ausência de compaixão. Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica. Ela gritava, e seus gritos não faziam sentido. Insultava alternadamente o prefeito e Camilo Ortiz, que deveria estar escutando tudo de sua cela. Eu me sentei e continuei trabalhando. A mulher se calou. Houve um silêncio inesperado e então começou a gritar de novo, mas de forma muito diferente: “Foram as crianças! Foram as crianças!”.

(BARBA, Andrés. República Luminosa. São Paulo: Todavia, 2018, p. 35)

Em “Eu a olhava da janela do meu escritório como se a distância que nos separasse fosse cósmica.” (2º§), percebe-se uma alteração de atitude do enunciador em relação aos verbos. Tal alteração refere-se, principalmente à mudança: 
Alternativas
Q1934412 Português

Texto II

Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores

Galáxias possuem campo magnético; descoberta pode ajudar a entender como essas regiões do espaço funcionam


BBC NEWS BRASIL

    Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.


    Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.


    Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.


    "Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.


    O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?


CAMPOS CONECTADOS

    A investigação foi focada em duas estruturas gigantescas da nossa Via Láctea conhecidas como "Esporão Polar Norte" (NPS, na sigla em inglês) e "Região do Ventilador" (Fan).

    O Esporão Polar Norte é uma enorme faixa de gás quente que emite raios-X e ondas de rádio.

    Por sua vez, a Região do Ventilador é uma área altamente polarizada, cujo campo elétrico se abre no formato de um ventilador. Ambas as regiões são visíveis através de radiotelescópios e, da Terra, estão localizadas em lados opostos do espaço.

    Até agora, essas duas estruturas foram estudadas individualmente, mas o trabalho da Universidade de Toronto mostra pela primeira vez que elas estão conectadas por um "túnel" dentro do qual nosso sistema solar está localizado.

    "Os campos magnéticos não existem isoladamente", diz Jennifer West, pesquisadora em magnetismo de galáxias no Instituto Dunlap de Astronomia e Física da Universidade de Toronto e principal autora do estudo.

    "Todos eles precisam se conectar uns aos outros. Portanto, o próximo passo é entender melhor como esse campo magnético local se conecta tanto ao campo magnético galáctico de maior escala quanto aos campos magnéticos de menor escala do nosso Sol e da Terra." [...] 
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/04/como-e-o-gigantesco-tunel-magnetico-que-envolve-o-sistema-solar-segundo-pesquisadores.shtml. Acesso em 20/04/2022)

O texto II é predominantemente expositivo. Sobre ele é correto afirmar que:
Alternativas
Q1934413 Português

Texto II

Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores

Galáxias possuem campo magnético; descoberta pode ajudar a entender como essas regiões do espaço funcionam


BBC NEWS BRASIL

    Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.


    Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.


    Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.


    "Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.


    O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?


CAMPOS CONECTADOS

    A investigação foi focada em duas estruturas gigantescas da nossa Via Láctea conhecidas como "Esporão Polar Norte" (NPS, na sigla em inglês) e "Região do Ventilador" (Fan).

    O Esporão Polar Norte é uma enorme faixa de gás quente que emite raios-X e ondas de rádio.

    Por sua vez, a Região do Ventilador é uma área altamente polarizada, cujo campo elétrico se abre no formato de um ventilador. Ambas as regiões são visíveis através de radiotelescópios e, da Terra, estão localizadas em lados opostos do espaço.

    Até agora, essas duas estruturas foram estudadas individualmente, mas o trabalho da Universidade de Toronto mostra pela primeira vez que elas estão conectadas por um "túnel" dentro do qual nosso sistema solar está localizado.

    "Os campos magnéticos não existem isoladamente", diz Jennifer West, pesquisadora em magnetismo de galáxias no Instituto Dunlap de Astronomia e Física da Universidade de Toronto e principal autora do estudo.

    "Todos eles precisam se conectar uns aos outros. Portanto, o próximo passo é entender melhor como esse campo magnético local se conecta tanto ao campo magnético galáctico de maior escala quanto aos campos magnéticos de menor escala do nosso Sol e da Terra." [...] 
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/04/como-e-o-gigantesco-tunel-magnetico-que-envolve-o-sistema-solar-segundo-pesquisadores.shtml. Acesso em 20/04/2022)

Considerando o contexto em que está inserida, a palavra destacada, em “‘Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias’" (4º§), tem como significado a ideia de:
Alternativas
Q1934414 Português

Texto II

Como é o gigantesco 'túnel magnético' que envolve o sistema solar, segundo pesquisadores

Galáxias possuem campo magnético; descoberta pode ajudar a entender como essas regiões do espaço funcionam


BBC NEWS BRASIL

    Nosso sistema solar está envolto em um gigantesco "túnel magnético" que liga duas vastas regiões de nossa galáxia que pareciam estar desconectadas.


    Essa é a conclusão de um estudo recente na área dos campos magnéticos do cosmos, uma característica do nosso universo sobre a qual ainda existem muitas perguntas sem resposta.


    Essa descoberta de uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) pode ser útil para entender melhor como os campos magnéticos do universo funcionam e como eles afetam o comportamento e a evolução das galáxias.


    "Este modelo tem implicações para o desenvolvimento de um modelo holístico de campos magnéticos em galáxias", escrevem os autores do estudo.


    O que foi descoberto e como isso pode ajudar a melhorar nossa compreensão do universo?


CAMPOS CONECTADOS

    A investigação foi focada em duas estruturas gigantescas da nossa Via Láctea conhecidas como "Esporão Polar Norte" (NPS, na sigla em inglês) e "Região do Ventilador" (Fan).

    O Esporão Polar Norte é uma enorme faixa de gás quente que emite raios-X e ondas de rádio.

    Por sua vez, a Região do Ventilador é uma área altamente polarizada, cujo campo elétrico se abre no formato de um ventilador. Ambas as regiões são visíveis através de radiotelescópios e, da Terra, estão localizadas em lados opostos do espaço.

    Até agora, essas duas estruturas foram estudadas individualmente, mas o trabalho da Universidade de Toronto mostra pela primeira vez que elas estão conectadas por um "túnel" dentro do qual nosso sistema solar está localizado.

    "Os campos magnéticos não existem isoladamente", diz Jennifer West, pesquisadora em magnetismo de galáxias no Instituto Dunlap de Astronomia e Física da Universidade de Toronto e principal autora do estudo.

    "Todos eles precisam se conectar uns aos outros. Portanto, o próximo passo é entender melhor como esse campo magnético local se conecta tanto ao campo magnético galáctico de maior escala quanto aos campos magnéticos de menor escala do nosso Sol e da Terra." [...] 
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/04/como-e-o-gigantesco-tunel-magnetico-que-envolve-o-sistema-solar-segundo-pesquisadores.shtml. Acesso em 20/04/2022)

Em todas as passagens abaixo são destacados exemplos de pronomes relativos, exceto em:
Alternativas
Respostas
11: A
12: D
13: C
14: D
15: E