Questões de Concurso Público Prefeitura de São João del Rei - MG 2021 para Técnico em Enfermagem

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Q2421619 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Em relação ao texto lido, é CORRETO afirmar que se trata de:

Alternativas
Q2421620 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

A partir da leitura do texto, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2421621 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Assinale a alternativa em que TODAS as formas verbais apresentadas se encontram no infinitivo:

Alternativas
Q2421622 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Assinale a alternativa em que TODOS os vocábulos são acentuados devido à mesma regra de acentuação gráfica:

Alternativas
Q2421623 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Leia o trecho a seguir:


“Os autores fazem considerações importantes (...)”


Em relação às vozes verbais, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2421624 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Leia a seguinte passagem do texto:


“Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário.”


É CORRETO afirmar que o termo sublinhado pode ser classificado sintaticamente como:

Alternativas
Q2421625 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Leia o trecho a seguir:


“Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença.”


Sobre o período lido, é CORRETO afirmar que o sujeito é classificado como:

Alternativas
Q2421626 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Leia o trecho a seguir:


“Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos”


É CORRETO afirmar que o termo que exerce papel de agente da passiva, no trecho, é;

Alternativas
Q2421627 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Ao se transpor o período “Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos” para a voz ativa, TEM-SE:

Alternativas
Q2421628 Português

Segundo estudo, perder 15% do peso corporal pode frear o diabetes tipo 2


Proposta é defendida por cientistas que constataram efeito em estudo com 5 mil adultos monitorados ao longo de cinco anos


Paloma Oliveto - Correio Braziliense


Perder peso pode retardar o avanço ou mesmo reverter o diabetes 2, além de reduzir potenciais complicações da doença, segundo um estudo publicado na revista The Lancet e apresentado ontem, on-line, na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (Easd). De acordo com os autores, no caso dos pacientes que não apresentam problemas cardiovasculares, o foco do tratamento deve ser a eliminação da obesidade, uma condição que pode levar ao desenvolvimento do distúrbio metabólico e, ao mesmo tempo, piorar o prognóstico de quem já foi diagnosticado.

Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.

A defesa da perda de peso como principal meio de controle do diabetes é resultado de um estudo, o DiRECT, que incluiu dados de mais de 5 mil adultos monitorados por até seis anos. O objetivo era identificar o impacto de uma intervenção baseada em mudanças no estilo de vida de pacientes de diabetes 2 com sobrepeso ou obesidade. "O tratamento da obesidade para atingir a perda sustentada de 15% do peso corporal demonstrou ter um grande impacto na progressão do diabetes tipo 2 e até mesmo resultar na remissão do diabetes em alguns pacientes", acrescentou a coautora Priya Sumithran, da Universidade de Melbourne, na Austrália.

Os dados apresentados mostram que, em dois anos, 70% dos pacientes que perderam 15kg ou mais - no começo do estudo, eles pesavam 100kg, em média - entraram em remissão da doença. Além dos resultados do DiRECT, os autores analisaram pesquisas clínicas que investigaram o impacto da perda de peso em pessoas com obesidade no controle do diabetes. Eles se concentraram nos artigos sobre cirurgia bariátrica e de drogas já disponíveis no mercado.

"Estudos sobre a cirurgia também mostraram benefícios imediatos e sustentados para pacientes com diabetes 2 e obesidade, reduzindo a necessidade de medicamentos para baixar a glicose alguns dias após a cirurgia e melhorando vários indicadores de saúde a longo prazo", diz Sumithran. Um acompanhamento de 12 anos de um estudo observacional mostrou, por exemplo, que o procedimento levou à perda de 27% do peso total dos pacientes e que, passados 12 anos, 51% das pessoas que se submeteram à técnica ainda estavam em remissão da doença.


Remédios


Os autores também discutiram, no artigo, os tratamentos medicamentosos disponíveis no mercado para a perda de peso. Eles se concentraram em estudos que avaliaram a eficácia de cinco substâncias aprovadas por várias agências regulatórias: orlistat, fentermina-topiramato, naltrexona-bupropiona, liraglutida e semaglutida, que têm indicação para o controle crônico da obesidade. Além disso, incluíram informações sobre fármacos que ainda estão sendo estudados. De acordo com o artigo, alguns desses compostos foram capazes de estimular uma perda de mais de 15% do peso corporal em mais de 25% dos participantes com diabetes 2, ajudando também no controle da glicemia na maioria dos casos.

Baseado em resultados de estudos, Lingvay afirma que de 40% a 70% dos pacientes de diabetes chegaram a essa condição devido à obesidade. "As principais características que identificam as pessoas nas quais o aumento da gordura corporal é um contribuinte fundamental para o diabetes tipo 2 são a presença de adiposidade central (gordura ao redor da cintura), aumento da circunferência da cintura, múltiplas marcas de pele, pressão alta e doença hepática gordurosa", diz. "Nessa população, propomos uma meta de tratamento de perda de peso total de pelo menos 15%, com a intenção de não apenas melhorar o controle do açúcar no sangue, mas, sim, como a forma mais eficaz de interromper a fisiopatologia central do diabetes tipo 2 e, assim, mudar seu curso a longo prazo e prevenir as complicações metabólicas associadas."

Os autores fazem considerações importantes ao redefinir os objetivos do tratamento para pacientes de diabetes 2 focado na perda sustentada de peso. Em primeiro lugar, dizem, a iniciativa deve ser impulsionada pela atualização das diretrizes do manejo da doença. Os sistemas de saúde, alegam, devem se concentrar nos benefícios da redução da obesidade na prevenção ou no controle do distúrbio metabólico, evitando, assim, os altos custos de tratar alguém com a condição avançada, que sempre é acompanhada por um conjunto de complicações.

"Também é vital que o gerenciamento da prática médica deva se concentrar efetivamente no controle de peso para pacientes com diabetes tipo 2", diz Lingvay. "Os profissionais de saúde, especialmente aqueles que tratam rotineiramente de pessoas com diabetes, devem ser treinados e ter experiência em todos os aspectos do controle da obesidade. A equipe de apoio deve ser treinada para apoiar os pacientes em suas jornadas para perder peso e deve-se considerar a necessidade de uma equipe especializada para fornecer o componente educacional das novas estratégias de tratamento propostas."

Segundo os autores, "esse é o momento certo para considerar a adição da perda substancial de peso como principal alvo para o tratamento de muitos pacientes com diabetes 2, pois essa abordagem contempla a patologia do processo da doença". No mundo, a Federação Internacional de Diabetes calcula que a prevalência do distúrbio é de 9,3%, sendo que 90% dos casos são do tipo 2. "Essa mudança nos objetivos do tratamento reconheceria a obesidade como uma doença com complicações reversíveis e exigiria uma mudança no atendimento clínico", conclui o artigo.

Para Roy Talyor, endocrinologista da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que participou da reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes, mesmo se o índice de massa corporal (IMC) do paciente de diabetes 2 não caracterizar obesidade (acima de 30kg por m²), o emagrecimento pode ser necessário. De acordo com o médico, que também apresentou um trabalho no evento científico, uma análise de dados de um estudo britânico chamado ReTUNE mostrou que dois terços dos adultos com diabetes e um IMC de menor que 27 kg/m2 foram capazes de alcançar a remissão do diabetes depois de participarem de uma intervenção para perda de peso.


Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/ciencia/2021/10/01/interna_ciencia,1310522/segundo-estudo-perder-15-do-peso-corporal-pode-frear-o-diabetes-tipo-2.shtml Acesso em: 08 de outubro de 2021.

Leia o trecho a seguir:


“Para os autores, a perda de peso deve ser a medida central do controle da doença. "Essa abordagem teria o benefício adicional de se direcionar não apenas ao açúcar elevado no sangue, mas a outras complicações relacionadas à obesidade, como fígado gorduroso, apneia obstrutiva do sono, osteoartrite, pressão alta e perfil elevado de gorduras no sangue, tendo, assim, um impacto na saúde geral da pessoa muito maior do que apenas controlar a glicemia", disse, em uma coletiva de imprensa, a coautora Ildiko Lingvay, da Universidade do Texas, nos EUA.”


O uso da vírgula pode ser justificado devido a várias regras de pontuação. Assinale a alternativa que justifica CORRETAMENTE o uso das vírgulas no trecho sublinhado.

Alternativas
Q2421629 Matemática

Se todo brasileiro é inteligente e Carlos é brasileiro, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2421630 Matemática

Leia o trecho a seguir:


“___________são operação na lógica matemática, que pode ser ligada à operação de interseção de conjuntos.”


Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna:

Alternativas
Q2421631 Raciocínio Lógico

Para negar logicamente a afirmação: “Hoje eu nado 6km ou faço 100 abdominais”, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Q2421632 Raciocínio Lógico

A figura a seguir representa os três primeiros passos de um total de 29 de uma sequência que será composta apenas por palitos de fósforo.


Imagem associada para resolução da questão


É CORRETO afirmar que o total de palitos de fósforo do 29° passo será:

Alternativas
Q2421633 Raciocínio Lógico

É CORRETO afirmar que a negação da proposição “Todas as flores são brancas” é:

Alternativas
Q2421634 Atualidades

São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. Pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. O trecho SE REFERE:

Alternativas
Q2421635 História e Geografia de Estados e Municípios

São cidades que fazem parte da mesorregião de Minas Gerais chamada de Campos da Vertentes, EXCETO:

Alternativas
Q2421636 Atualidades

De acordo com o IBGE, é CORRETO afirmar que a população de São João Del-Rei/MG medida pelo censo em 2010, era de:

Alternativas
Q2421637 História e Geografia de Estados e Municípios

É CORRETO afirmar que o atual prefeito do município de São João Del-Rei/MG foi eleito pelo partido:

Alternativas
Q2421638 Geografia

É CORRETO afirmar que o município de São João Del-Rei/MG fica localizado na Bacia do Rio Grande e tem seu relevo formado pelas serras do complexo da:

Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: B
4: D
5: B
6: C
7: A
8: D
9: B
10: B
11: A
12: C
13: B
14: B
15: D
16: B
17: D
18: C
19: B
20: B