Questões de Concurso Público EBSERH 2014 para Fonoaudiólogo
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À direção nacional do Sistema Único de Saúde, compete participar na formulação de políticas de:
I. saneamento básico;
II. controle das agressões ambientais;
III. controle das condições dos ambientes de trabalho.
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)
Sobre os fatores sociais que são considerados determinantes de doenças, analise.
I. Renda.
II. Educação.
III. Desenvolvimento infantil.
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s)
O fumo em lugares fechados
Incrível como esse tema ainda gera discussões acaloradas. Como é possível considerar a proibição de fumar, nos lugares em que outras pessoas respiram, uma afronta à liberdade individual?
As evidências científicas de que o fumante passivo também fuma são tantas e tão contundentes, que os defensores do direito de encher de fumaça bares, restaurantes e demais espaços públicos só podem fazê-lo por duas razões: ignorância ou interesse financeiro. Sinceramente, não consigo imaginar terceira alternativa.
Vamos começar pela ignorância. Num país de baixos níveis de escolaridade como o nosso, nem todos têm acesso a conhecimentos básicos. A fumaça expelida dos pulmões fumantes contém, em média, um sétimo das substâncias voláteis e particuladas do total inalado. Já aquela liberada a partir da ponta acesa contém substâncias tóxicas em concentrações bem maiores: três vezes mais nicotina, três a oito vezes mais monóxido de carbono, 47 vezes mais amônia, quatro vezes mais benzopireno e 52 vezes mais DNPB (estes dois, cancerígenos potentes).
Por serem de tamanho menor, as partículas que se desprendem da ponta acesa, produzidas durante 96% do tempo em que um cigarro é consumido, penetram com mais facilidade nos alvéolos pulmonares.
Depois de uma manhã de trabalho num escritório em que várias pessoas fumam, a concentração de nicotina no sangue de um abstêmio pode atingir os níveis de quem tivesse fumado três a cinco cigarros. Empregados de bares e restaurantes, que passam seis horas em ambientes carregados de fumaça, chegam a ter concentrações sanguíneas de nicotina equivalentes a de quem fumou cinco ou mais cigarros.
Mulheres gestantes expostas à poluição do fumo, em casa ou no trabalho, apresentam nicotina não apenas na corrente sanguínea, mas no líquido amniótico e no cordão umbilical do bebê.
[...]
Agora, vamos ao interesse pessoal dos que entendem que proibir a poluição ambiental causada pelo fumo é uma interferência do Estado na liberdade individual. Se ainda não foi inventado um método de exaustão capaz de impedir que a fumaça se dissemine pelo ambiente inteiro, esses senhores defendem o indefensável. Liberdade para através de uma ação individual causar mal à coletividade? Não sejamos ridículos.
Os sindicatos dos empregados de bares e restaurantes, que sempre se levantaram contra a proibição, alegando risco de desemprego (fato que não ocorreu em nenhuma cidade do mundo), que medidas tomaram até hoje para proteger seus associados da poluição ambiental em que trabalham? Alguma vez lutaram para que eles recebessem adicional de insalubridade? Para que tivessem um plano de saúde decente?
Não é função do Estado proteger o cidadão do mal que ele causa a si mesmo. Mas é dever, sim, defendê-lo do mal que terceiros possam fazer contra ele.
(Dráuzio Varella. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/tabagismo/o-fumo-em-lugares-fechados-3/. Adaptado.)
Existe na literatura especializada, algumas abordagens clínicas para atuação fonoaudiológica com a gagueira. Em relação às abordagens neurolinguística e motora e à abordagem fenomenológica da disfluência, analise.
I. Abordagens neurolinguística e motora: estruturadas a partir de fundamentações da genética e de estudos neurofisiológicos para a descrição da programação linguística e motora para a trajetória da fala na gagueira. Tendo como referência um perfil normal de fluência, realiza a avaliação e elenco das atividades propostas para a terapia com indivíduos gagos.
II. Abordagens neurolinguística e motora: norteiam que o tratamento deve se basear em evidências, as quais devem ter suporte de pesquisas, além de responder a questões clinicamente relevantes e integrar o julgamento clínico, as circunstâncias e as preferências do cliente.
III. Abordagem fenomenológica da disfluência: sugere que os profissionais que lidam com a gagueira procurem, diante de cada gago, mapear a sua gagueira, isto é, descrever os grupos musculares que constituem a gagueira que se mostra no corpo desse gago, explicitando sua atuação atípica no processo da fala do gago. Descrever o que não varia de gago para gago e de momento para momento de gagueira, e o que varia de acordo com a pessoa e com a situação.
IV. Abordagem fenomenológica da disfluência: entende-se que esse conhecimento será suficiente para que se entenda como é a gagueira de cada gago e se trabalhe na terapia o que precisa ser modificado em direção à fluência.
Estão corretas as afirmativas
Existem algumas bases para a terapia fonológica nos desvios fonológicos, como: o programa terapêutico, que baseia-se em avaliação e análise fonológica completa; e, a terapia, que baseia-se no princípio de padrões e regularidades da fala e no princípio de que a principal função dos padrões fonológicos é comunicativa, isto é, as diferenças entre os segmentos de sons e estruturas assinalam diferenças de significado. Estas bases consideram mecanismos básicos de mudanças fonológicas. Sobre os mecanismos de mudanças fonológicas, analise.
I. A inovação permite a introdução de um novo padrão.
II. A estabilização é o padrão de pronúncia assistemático que se torna sistemático.
III. A generalização é a transferência de um padrão de fala de um contexto para outro.
IV. A desestabilização ocorre quando há quebra de padrão estável para promover variabilidade.
Estão corretas as afirmativas
O distúrbio articulatório compensatório é típico a indivíduos que adquirem a fala durante o período em que a fissura de palato ainda está aberta ou durante o período que apresenta disfunção velofaríngea. Com base no exposto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Todos os indivíduos portadores de fissura labiopalatina desenvolverão distúrbio articulatório compensatório.
( ) O distúrbio articulatório compensatório pode comprometer a fala de um indivíduo de forma que a torne ininteligível até mesmo para os seus familiares mais próximos.
( ) O distúrbio articulatório compensatório é resistente à fonoterapia.
( ) São distúrbios articulatórios compensatórios: golpe de glote e fricativa faríngea.
A sequência está correta em
A deglutição é considerada uma atividade neuromuscular muito complexa. Quando essa atividade é rompida, por alterações nesse processo, ocorrerá a deglutição atípica. Desde 1996, Altmann já mencionava alterações oromifuncionais comuns a pacientes com deglutição atípica. Com base nessas alterações oromiofuncionais citadas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A deglutição atípica ocorre quando há palato ogival e hipotonia do músculo esternocleidomastóideo, tornando a deglutição inadequada.
( ) A deglutição atípica ocorre quando há apraxia oral, flacidez da musculatura de língua, ceceio e alterações dentárias, tornando a deglutição inadequada.
( ) A deglutição atípica ocorre quando há respiração bucal, flacidez da musculatura de lábios, bochecha, dos músculos elevadores da mandíbula e interposição de língua, tornando a deglutição inadequada.
( ) A deglutição atípica ocorre quando há respiração nasal, flacidez da musculatura dos músculos elevadores da mandíbula, ceceio e alterações de ponto articulatório, tornando a deglutição inadequada.
A sequência está correta em
A imagem a seguir, apresentada no artigo de Cymrot et al (2010), desmonstra os diferentes tipos de fissura labiopalatinas. Spina et al (1972) classificou as fissuras em pré-forames, transforames e pós-forames, considerando se unilaterais ou bilaterais e se completas ou incompletas. Esta classificação ainda é utilizada por médicos, fonoaudiólogos e odontólogos.
(Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752010000400015.)
Considerando que a primeira imagem é a imagem da fileira superior à esquerda e a última, ou seja, a oitava imagem, é a imagem da fileira inferior à direita, analise as afirmativas.
I. A sexta imagem corresponde a uma fissura transforame bilateral completa.
II. A quinta imagem corresponde a uma fissura pós-forame unilateral completa.
III. A terceira imagem corresponde a uma fissura pré-forame unilateral incompleta.
IV. A sétima imagem corresponde a uma fissura transforame unilateral incompleta.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)