Questões de Concurso Público Prefeitura de Rio Pomba - MG 2015 para Procurador

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Q553209 Português

                                         Crônica da vida que passa

      Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.

      A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.

      Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.

      E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.

      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.)

Considerando o trecho “[...] tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; [...]" (2º§), é correto afirmar que o autor emprega como recurso da linguagem uma
Alternativas
Q553210 Português

                                         Crônica da vida que passa

      Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.

      A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.

      Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.

      E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.

      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.)

Acerca do ponto de vista defendido pelo autor, considere as seguintes afirmativas.

I.   O autor expressa sua crítica diante dos feitos produzidos em função da celebridade.

II.  A celebridade precisa ser conquistada progressivamente para que os benefícios sobreponham‐se a aspectos negativos.

III.  O homem que, por merecimento, poderia viver como celebridade, não ignora o fato de que tal condição é prejudicial.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) 

Alternativas
Q553211 Português

                                         Crônica da vida que passa

      Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.

      A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.

      Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.

      E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.

      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.)

Dentre os trechos destacados a seguir, assinale o argumento utilizado para defender as ideias apresentadas no texto.  
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Q553212 Português

                                         Crônica da vida que passa

      Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.

      A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.

      Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.

      E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.

      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.)

O trecho “O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: [...]" (2º§) apresenta duas orações. Quanto à oração destacada, é correto afirmar que
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Q553213 Português

                                         Crônica da vida que passa

      Às vezes, quando penso nos homens célebres, sinto por eles toda a tristeza da celebridade.

      A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças. O homem que se torna célebre fica sem vida íntima: tornam‐se de vidro as paredes de sua vida doméstica; é sempre como se fosse excessivo o seu traje; e aquelas suas mínimas ações – ridiculamente humanas às vezes – que ele quereria invisíveis, côa‐as a lente da celebridade para espetaculosas pequenezes, com cuja evidência a sua alma se estraga ou se enfastia. É preciso ser muito grosseiro para se poder ser célebre à vontade.

      Depois, além dum plebeísmo, a celebridade é uma contradição. Parecendo que dá valor e força às criaturas, apenas as desvaloriza e as enfraquece. Um homem de gênio desconhecido pode gozar a volúpia suave do contraste entre a sua obscuridade e o seu gênio; e pode, pensando que seria célebre se quisesse, medir o seu valor com a sua melhor medida, que é ele próprio. Mas, uma vez conhecido, não está mais na sua mão reverter à obscuridade. A celebridade é irreparável. Dela como do tempo, ninguém torna atrás ou se desdiz.

      E é por isto que a celebridade é uma fraqueza também. Todo o homem que merece ser célebre sabe que não vale a pena sê‐lo. Deixar‐se ser célebre é uma fraqueza, uma concessão ao baixo‐instinto, feminino ou selvagem, de querer dar nas vistas e nos ouvidos.

      Penso às vezes nisto coloridamente. E aquela frase de que “homem de gênio desconhecido” é o mais belo de todos os destinos, torna‐se‐me inegável; parece‐me que esse é não só o mais belo, mas o maior dos destinos.

(PESSOA, Fernando. Páginas íntimas e de autointerpretação. Lisboa: Edições Ática, [s.d.]. p. 66‐67.)

Considerando a adequação da concordância à variedade padrão do idioma, indique a opção em que a substituição do termo em destaque pelo vocábulo indicado NÃO provoca alteração da forma verbal.
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Q553214 Português

                                                          A essência das coisas

      Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente convencional.

      O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos extraordinários.

      O que é um acontecimento extraordinário?

      Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição para outra e isso aparentemente é válido em escala global.  

      Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser percebido dessa maneira.

      A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se ocupar dessa paradoxal preocupação.

      A outra é a literatura.

      Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo, juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia. [...]                

                                                                   (CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

De acordo com a estrutura apresentada e os elementos empregados como recurso linguístico, pode ser indicado como principal objetivo do texto:
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Q553215 Português

                                                          A essência das coisas

      Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente convencional.

      O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos extraordinários.

      O que é um acontecimento extraordinário?

      Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição para outra e isso aparentemente é válido em escala global.  

      Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser percebido dessa maneira.

      A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se ocupar dessa paradoxal preocupação.

      A outra é a literatura.

      Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo, juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia. [...]                

                                                                   (CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

O 1º§ do texto é constituído de orações interligadas por conectores que expressam determinadas relações de sentido. De forma sequencial, apresentam‐se
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Q553216 Português

                                                          A essência das coisas

      Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente convencional.

      O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos extraordinários.

      O que é um acontecimento extraordinário?

      Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição para outra e isso aparentemente é válido em escala global.  

      Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser percebido dessa maneira.

      A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se ocupar dessa paradoxal preocupação.

      A outra é a literatura.

      Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo, juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia. [...]                

                                                                   (CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

O autor emprega como recurso discursivo o uso de um questionamento no 3º§ que
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Q553217 Português

                                                          A essência das coisas

      Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente convencional.

      O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos extraordinários.

      O que é um acontecimento extraordinário?

      Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição para outra e isso aparentemente é válido em escala global.  

      Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser percebido dessa maneira.

      A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se ocupar dessa paradoxal preocupação.

      A outra é a literatura.

      Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo, juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia. [...]                

                                                                   (CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

Desconsiderando a alteração de sentido, assinale a alternativa que indica uma substituição do termo destacado por forma verbal que passaria a exigir o uso do acento grave, indicador de crase, em “[...] desvendar a natureza do mundo [...]" (6º§).
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Q553218 Português

                                                          A essência das coisas

      Uma pesquisa de opinião global, para saber o que as pessoas imaginam que o mundo seja, talvez resultasse numa imagem surpreendentemente convencional.

      O mundo – a Terra e a vida cotidiana das pessoas – possivelmente seria relatado sobre o lugar‐comum do dia a dia, ainda que entremeado por acontecimentos incomuns, ocorrências que fazem com que a vida de cada um possa situar‐se entre um antes e um depois desses acontecimentos extraordinários.

      O que é um acontecimento extraordinário?

      Isso depende de uma história pessoal. Um caso que possa ter sido radicalmente transformador para uma pessoa não passaria de mera repetição para outra e isso aparentemente é válido em escala global.  

      Um antropólogo incomum disse, em uma de suas obras, que a capacidade humana de filtrar os acontecimentos improváveis do Universo e a partir daí elaborar um substrato, referido como consciência comum, a ponto de gerar certa monotonia, é um feito extraordinário, ainda que esteja longe de ser percebido dessa maneira.

      A filosofia – com o desassossego dos filósofos ao longo do tempo, o que não lhes dá alternativa a não ser criar infinitas elaborações para tentar desvendar a natureza do mundo – é uma das habilidades humanas a se ocupar dessa paradoxal preocupação.

      A outra é a literatura.

      Um observador pode dizer que esse é um atributo da arte como um todo, juízo de que é difícil se desembaraçar. Mas sobre o que é possível ponderar e isso porque os humanos são o único animal equipado com a palavra. Talvez a literatura seja uma espécie de meta‐arte, aquela para onde conflui ou de onde emana toda forma de arte, sem que isso implique qualquer hierarquia. [...]                

                                                                   (CAPOZOLLI, Ulisses. Scientific American, agosto de 2014. Adaptado.)

A retomada de informações e/ou ideias já expressas contribui para que a coesão e a coerência textuais sejam construídas e preservadas. A partir de tais considerações, assinale a afirmativa correta.
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Q553219 Raciocínio Lógico
Considere o seguinte argumento lógico:

p1: Carlos canta ou Pedro não canta;

p2: Felipe canta se Carlos canta;

p3: se Pedro canta, Felipe não canta; e,

p4: Carlos canta.

Logo, pode‐se concluir que

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Q553220 Raciocínio Lógico
Uma pilha, uma bala e dez palitos de fósforo custam, no total, R$ 5,60. Sabe‐se que a bala custa um terço do valor da pilha e cada palito de fósforo custa mais que dois centavos. Logo, pode‐se afirmar, com segurança, que
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Q553221 Raciocínio Lógico
Para facilitar a memorização, as senhas que Pedro usa em seus e‐mails e logins de diferentes websites são sempre formadas por uma vogal e três algarismos, dentre os algarismos 1 a 6. Dessa forma, o número de combinações possíveis que Pedro dispõe para suas senhas é 
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Q553222 Raciocínio Lógico
Em uma caixa, há 40 cartões numerados de 1 a 40. Retirando‐se, aleatoriamente, um cartão dessa caixa, a probabilidade de que o número constante desse cartão seja ímpar ou múltiplo de 5 é
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Q553223 Raciocínio Lógico
Se quatro vendedores vendem 242 carros em oito meses, então o número de carros vendidos por oito vendedores em um ano é
Alternativas
Q553224 Raciocínio Lógico
Negar que “se Flávia é morena, Lívia não é loira" é o mesmo que dizer
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Q553225 Raciocínio Lógico
Em uma pesquisa realizada com um grupo de pessoas acerca de suas preferências quanto a dois pratos típicos da culinária chinesa, verificou‐se que 80 delas gostam de Yakisoba de legumes com gergelim, 75 gostam de Chop Suey de porco e 60 gostam dos dois pratos. Considerando que 20 pessoas não gostam de quaisquer dos pratos, então o número de pessoas pesquisadas é
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Q553226 Raciocínio Lógico
Alberto, estudante do curso técnico em informática, está aprendendo linguagens de programação. Para exercitar o aprendizado, desenvolveu um aplicativo para smartphones, cujo objetivo é mostrar a soma dos termos de uma progressão aritmética após o usuário digitar os três primeiros termos e o número de termos da progressão, nessa ordem. Dessa forma, se um usuário qualquer digitar “4, 9, 14, 30", então o valor mostrado pelo aplicativo será
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Q553227 Raciocínio Lógico
Certo poliedro convexo possui todas as suas faces triangulares. Considerando que esse poliedro possui 12 arestas, então seu número de faces é igual a
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Q553228 Raciocínio Lógico
Dos 650 detentos de um presídio estadual, cujas penas são do tipo reclusão em regime fechado, 400 possuem pena de mais de dois anos, enquanto 320 possuem pena de menos de cinco anos. Dessa forma, o número de detentos, cujas penas estão na faixa de mais de dois anos e menos de cinco anos, é
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Respostas
1: C
2: C
3: D
4: A
5: B
6: C
7: B
8: A
9: C
10: D
11: C
12: B
13: A
14: A
15: A
16: A
17: C
18: D
19: A
20: B