Questões de Concurso Público Prefeitura de Cariacica - ES 2025 para Educador Social
Foram encontradas 14 questões
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.
Sobre a Paz
A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada
01/01/2025|LÚCIA HELENA GALVÃO — Professora, escritora, palestrante, compositora e professora de filosofia na Nova Acrópole
Vivemos em um tempo em que frases, como respeito [à] diversidade, harmonia e paz, aparecem naquelas nuvens de palavras que mais circulam nos diálogos1 virtuais, algumas expressas em conceitos que se distanciam bem da origem dessas palavras. Sob a luz da filosofia prática, vale refletirmos sobre esses temas.
Na natureza, a diversidade, por exemplo, não é uma diferenciação para opor as partes, para colocá-las em conflito, mas é o reconhecimento do valor de cada parte para que possamos compor um todo harmonioso2 . Quanto mais cada um de nós reconhece sua própria identidade, mais pode se harmonizar com os demais, assim como temos diferentes cores harmonizadas em uma pintura ou diferentes notas musicais em uma bela melodia.
O conceito3 de paz é um daqueles que parece ter passado pelo efeito do "telefone sem fio", e foi sendo esvaziado4 ao longo da história, gerando posições bem confusas, que mais têm a ver com passividade do que com paz propriamente dita.
Na etimologia da palavra paz, encontramos, no latim, pax e, no proto-indo-europeu, pak, que significa "travar", "fixar", "juntar". Ou seja, em geral, a paz estava relacionada [à] ideia de pacto, de acordo firmado, uma espécie de acordo de não agressão. A paz, então, tem a ver com acordo? Parece que sim. Os chamados filósofos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), por exemplo, propunham uma espécie de pacto, conhecido como contrato social, em que, por meio da imposição de uma série de regras, o homem passaria de um estado natural para o início da vida social e política. Mas será que é desse pacto que a paz trata? De uma imposição de regras que se cumpre por COERSÃO / COERÇÃO e medo, ou de um pacto do homem com sua própria consciência, que se cumpre voluntariamente para termos o PREVILÉGIO / PRIVILÉGIO de sermos verdadeiramente humanos?
Outro elemento importante para compreendermos é que a paz não é sinônimo de passividade. A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada: há um momento de conflito/desequilíbrio, que se resolve em um instante de harmonia e estabilidade, e assim por diante. Sem ambos os fatores, não mudamos de patamar, não passamos ao próximo degrau. Mas é um conflito momentâneo regido pela necessidade de crescimento de todos os envolvidos, e não o destrutivo conflito entre PRETENSOS / PRETENÇOS "donos da verdade". Logo, a paz significa um estado de bem-estar quando estamos alinhados com a natureza, e uma das necessidades da natureza é harmonizar, e outra é de crescer. Para isso, harmonia e conflito inteligentemente superado são necessários. Mas essa dualidade exterior nada tem a ver com o que acontece dentro do ser humano, que, coerente com seus valores e princípios em ambos os momentos, conserva um estado de serenidade e equilíbrio constante.
TÃOPOUCO / TAMPOUCO a paz tem [à] ver com passividade. Ser passivo, diante do mal e da injustiça, é ser agressivo por cumplicidade. Nosso corpo é um excelente exemplo de paz: harmonioso por dentro, mas atento a qualquer agressor que tente penetrar nele. Será a nossa imunidade belicista? Ou ela está a favor da vida? Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade, justiça, veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade, ódio, rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade.
A filosofia aponta-nos caminhos para que a gente pare de confundir paz com passividade e encontre na paz uma ação coerente e constante de busca de elevarmos nossa consciência para um patamar mais humanista, de tal maneira que interesse prioritariamente para nós o bem do todo, do outro, da comunidade humana, buscando [à] unidade para além das diferenças.
Procuremos celebrar, na nossa vida, aquelas coisas que dão ao ser humano um aprimoramento no sentido de se tornar cada vez mais verdadeiramente humano. E é claro que a filosofia trabalha exatamente para essas questões: ela nos abre caminho para que possamos ter uma visão mais reflexiva sobre a vida, o seu sentido e o sentido da nossa presença no mundo.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7023626-sobre-a-paz.html. Acesso em: 01 jan. 2025. Adaptado.)
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.
Sobre a Paz
A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada
01/01/2025|LÚCIA HELENA GALVÃO — Professora, escritora, palestrante, compositora e professora de filosofia na Nova Acrópole
Vivemos em um tempo em que frases, como respeito [à] diversidade, harmonia e paz, aparecem naquelas nuvens de palavras que mais circulam nos diálogos1 virtuais, algumas expressas em conceitos que se distanciam bem da origem dessas palavras. Sob a luz da filosofia prática, vale refletirmos sobre esses temas.
Na natureza, a diversidade, por exemplo, não é uma diferenciação para opor as partes, para colocá-las em conflito, mas é o reconhecimento do valor de cada parte para que possamos compor um todo harmonioso2 . Quanto mais cada um de nós reconhece sua própria identidade, mais pode se harmonizar com os demais, assim como temos diferentes cores harmonizadas em uma pintura ou diferentes notas musicais em uma bela melodia.
O conceito3 de paz é um daqueles que parece ter passado pelo efeito do "telefone sem fio", e foi sendo esvaziado4 ao longo da história, gerando posições bem confusas, que mais têm a ver com passividade do que com paz propriamente dita.
Na etimologia da palavra paz, encontramos, no latim, pax e, no proto-indo-europeu, pak, que significa "travar", "fixar", "juntar". Ou seja, em geral, a paz estava relacionada [à] ideia de pacto, de acordo firmado, uma espécie de acordo de não agressão. A paz, então, tem a ver com acordo? Parece que sim. Os chamados filósofos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), por exemplo, propunham uma espécie de pacto, conhecido como contrato social, em que, por meio da imposição de uma série de regras, o homem passaria de um estado natural para o início da vida social e política. Mas será que é desse pacto que a paz trata? De uma imposição de regras que se cumpre por COERSÃO / COERÇÃO e medo, ou de um pacto do homem com sua própria consciência, que se cumpre voluntariamente para termos o PREVILÉGIO / PRIVILÉGIO de sermos verdadeiramente humanos?
Outro elemento importante para compreendermos é que a paz não é sinônimo de passividade. A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada: há um momento de conflito/desequilíbrio, que se resolve em um instante de harmonia e estabilidade, e assim por diante. Sem ambos os fatores, não mudamos de patamar, não passamos ao próximo degrau. Mas é um conflito momentâneo regido pela necessidade de crescimento de todos os envolvidos, e não o destrutivo conflito entre PRETENSOS / PRETENÇOS "donos da verdade". Logo, a paz significa um estado de bem-estar quando estamos alinhados com a natureza, e uma das necessidades da natureza é harmonizar, e outra é de crescer. Para isso, harmonia e conflito inteligentemente superado são necessários. Mas essa dualidade exterior nada tem a ver com o que acontece dentro do ser humano, que, coerente com seus valores e princípios em ambos os momentos, conserva um estado de serenidade e equilíbrio constante.
TÃOPOUCO / TAMPOUCO a paz tem [à] ver com passividade. Ser passivo, diante do mal e da injustiça, é ser agressivo por cumplicidade. Nosso corpo é um excelente exemplo de paz: harmonioso por dentro, mas atento a qualquer agressor que tente penetrar nele. Será a nossa imunidade belicista? Ou ela está a favor da vida? Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade, justiça, veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade, ódio, rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade.
A filosofia aponta-nos caminhos para que a gente pare de confundir paz com passividade e encontre na paz uma ação coerente e constante de busca de elevarmos nossa consciência para um patamar mais humanista, de tal maneira que interesse prioritariamente para nós o bem do todo, do outro, da comunidade humana, buscando [à] unidade para além das diferenças.
Procuremos celebrar, na nossa vida, aquelas coisas que dão ao ser humano um aprimoramento no sentido de se tornar cada vez mais verdadeiramente humano. E é claro que a filosofia trabalha exatamente para essas questões: ela nos abre caminho para que possamos ter uma visão mais reflexiva sobre a vida, o seu sentido e o sentido da nossa presença no mundo.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7023626-sobre-a-paz.html. Acesso em: 01 jan. 2025. Adaptado.)
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.
Sobre a Paz
A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada
01/01/2025|LÚCIA HELENA GALVÃO — Professora, escritora, palestrante, compositora e professora de filosofia na Nova Acrópole
Vivemos em um tempo em que frases, como respeito [à] diversidade, harmonia e paz, aparecem naquelas nuvens de palavras que mais circulam nos diálogos1 virtuais, algumas expressas em conceitos que se distanciam bem da origem dessas palavras. Sob a luz da filosofia prática, vale refletirmos sobre esses temas.
Na natureza, a diversidade, por exemplo, não é uma diferenciação para opor as partes, para colocá-las em conflito, mas é o reconhecimento do valor de cada parte para que possamos compor um todo harmonioso2 . Quanto mais cada um de nós reconhece sua própria identidade, mais pode se harmonizar com os demais, assim como temos diferentes cores harmonizadas em uma pintura ou diferentes notas musicais em uma bela melodia.
O conceito3 de paz é um daqueles que parece ter passado pelo efeito do "telefone sem fio", e foi sendo esvaziado4 ao longo da história, gerando posições bem confusas, que mais têm a ver com passividade do que com paz propriamente dita.
Na etimologia da palavra paz, encontramos, no latim, pax e, no proto-indo-europeu, pak, que significa "travar", "fixar", "juntar". Ou seja, em geral, a paz estava relacionada [à] ideia de pacto, de acordo firmado, uma espécie de acordo de não agressão. A paz, então, tem a ver com acordo? Parece que sim. Os chamados filósofos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), por exemplo, propunham uma espécie de pacto, conhecido como contrato social, em que, por meio da imposição de uma série de regras, o homem passaria de um estado natural para o início da vida social e política. Mas será que é desse pacto que a paz trata? De uma imposição de regras que se cumpre por COERSÃO / COERÇÃO e medo, ou de um pacto do homem com sua própria consciência, que se cumpre voluntariamente para termos o PREVILÉGIO / PRIVILÉGIO de sermos verdadeiramente humanos?
Outro elemento importante para compreendermos é que a paz não é sinônimo de passividade. A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada: há um momento de conflito/desequilíbrio, que se resolve em um instante de harmonia e estabilidade, e assim por diante. Sem ambos os fatores, não mudamos de patamar, não passamos ao próximo degrau. Mas é um conflito momentâneo regido pela necessidade de crescimento de todos os envolvidos, e não o destrutivo conflito entre PRETENSOS / PRETENÇOS "donos da verdade". Logo, a paz significa um estado de bem-estar quando estamos alinhados com a natureza, e uma das necessidades da natureza é harmonizar, e outra é de crescer. Para isso, harmonia e conflito inteligentemente superado são necessários. Mas essa dualidade exterior nada tem a ver com o que acontece dentro do ser humano, que, coerente com seus valores e princípios em ambos os momentos, conserva um estado de serenidade e equilíbrio constante.
TÃOPOUCO / TAMPOUCO a paz tem [à] ver com passividade. Ser passivo, diante do mal e da injustiça, é ser agressivo por cumplicidade. Nosso corpo é um excelente exemplo de paz: harmonioso por dentro, mas atento a qualquer agressor que tente penetrar nele. Será a nossa imunidade belicista? Ou ela está a favor da vida? Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade, justiça, veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade, ódio, rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade.
A filosofia aponta-nos caminhos para que a gente pare de confundir paz com passividade e encontre na paz uma ação coerente e constante de busca de elevarmos nossa consciência para um patamar mais humanista, de tal maneira que interesse prioritariamente para nós o bem do todo, do outro, da comunidade humana, buscando [à] unidade para além das diferenças.
Procuremos celebrar, na nossa vida, aquelas coisas que dão ao ser humano um aprimoramento no sentido de se tornar cada vez mais verdadeiramente humano. E é claro que a filosofia trabalha exatamente para essas questões: ela nos abre caminho para que possamos ter uma visão mais reflexiva sobre a vida, o seu sentido e o sentido da nossa presença no mundo.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7023626-sobre-a-paz.html. Acesso em: 01 jan. 2025. Adaptado.)
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.
Sobre a Paz
A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada
01/01/2025|LÚCIA HELENA GALVÃO — Professora, escritora, palestrante, compositora e professora de filosofia na Nova Acrópole
Vivemos em um tempo em que frases, como respeito [à] diversidade, harmonia e paz, aparecem naquelas nuvens de palavras que mais circulam nos diálogos1 virtuais, algumas expressas em conceitos que se distanciam bem da origem dessas palavras. Sob a luz da filosofia prática, vale refletirmos sobre esses temas.
Na natureza, a diversidade, por exemplo, não é uma diferenciação para opor as partes, para colocá-las em conflito, mas é o reconhecimento do valor de cada parte para que possamos compor um todo harmonioso2 . Quanto mais cada um de nós reconhece sua própria identidade, mais pode se harmonizar com os demais, assim como temos diferentes cores harmonizadas em uma pintura ou diferentes notas musicais em uma bela melodia.
O conceito3 de paz é um daqueles que parece ter passado pelo efeito do "telefone sem fio", e foi sendo esvaziado4 ao longo da história, gerando posições bem confusas, que mais têm a ver com passividade do que com paz propriamente dita.
Na etimologia da palavra paz, encontramos, no latim, pax e, no proto-indo-europeu, pak, que significa "travar", "fixar", "juntar". Ou seja, em geral, a paz estava relacionada [à] ideia de pacto, de acordo firmado, uma espécie de acordo de não agressão. A paz, então, tem a ver com acordo? Parece que sim. Os chamados filósofos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), por exemplo, propunham uma espécie de pacto, conhecido como contrato social, em que, por meio da imposição de uma série de regras, o homem passaria de um estado natural para o início da vida social e política. Mas será que é desse pacto que a paz trata? De uma imposição de regras que se cumpre por COERSÃO / COERÇÃO e medo, ou de um pacto do homem com sua própria consciência, que se cumpre voluntariamente para termos o PREVILÉGIO / PRIVILÉGIO de sermos verdadeiramente humanos?
Outro elemento importante para compreendermos é que a paz não é sinônimo de passividade. A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada: há um momento de conflito/desequilíbrio, que se resolve em um instante de harmonia e estabilidade, e assim por diante. Sem ambos os fatores, não mudamos de patamar, não passamos ao próximo degrau. Mas é um conflito momentâneo regido pela necessidade de crescimento de todos os envolvidos, e não o destrutivo conflito entre PRETENSOS / PRETENÇOS "donos da verdade". Logo, a paz significa um estado de bem-estar quando estamos alinhados com a natureza, e uma das necessidades da natureza é harmonizar, e outra é de crescer. Para isso, harmonia e conflito inteligentemente superado são necessários. Mas essa dualidade exterior nada tem a ver com o que acontece dentro do ser humano, que, coerente com seus valores e princípios em ambos os momentos, conserva um estado de serenidade e equilíbrio constante.
TÃOPOUCO / TAMPOUCO a paz tem [à] ver com passividade. Ser passivo, diante do mal e da injustiça, é ser agressivo por cumplicidade. Nosso corpo é um excelente exemplo de paz: harmonioso por dentro, mas atento a qualquer agressor que tente penetrar nele. Será a nossa imunidade belicista? Ou ela está a favor da vida? Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade, justiça, veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade, ódio, rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade.
A filosofia aponta-nos caminhos para que a gente pare de confundir paz com passividade e encontre na paz uma ação coerente e constante de busca de elevarmos nossa consciência para um patamar mais humanista, de tal maneira que interesse prioritariamente para nós o bem do todo, do outro, da comunidade humana, buscando [à] unidade para além das diferenças.
Procuremos celebrar, na nossa vida, aquelas coisas que dão ao ser humano um aprimoramento no sentido de se tornar cada vez mais verdadeiramente humano. E é claro que a filosofia trabalha exatamente para essas questões: ela nos abre caminho para que possamos ter uma visão mais reflexiva sobre a vida, o seu sentido e o sentido da nossa presença no mundo.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7023626-sobre-a-paz.html. Acesso em: 01 jan. 2025. Adaptado.)
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.
Sobre a Paz
A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada
01/01/2025|LÚCIA HELENA GALVÃO — Professora, escritora, palestrante, compositora e professora de filosofia na Nova Acrópole
Vivemos em um tempo em que frases, como respeito [à] diversidade, harmonia e paz, aparecem naquelas nuvens de palavras que mais circulam nos diálogos1 virtuais, algumas expressas em conceitos que se distanciam bem da origem dessas palavras. Sob a luz da filosofia prática, vale refletirmos sobre esses temas.
Na natureza, a diversidade, por exemplo, não é uma diferenciação para opor as partes, para colocá-las em conflito, mas é o reconhecimento do valor de cada parte para que possamos compor um todo harmonioso2 . Quanto mais cada um de nós reconhece sua própria identidade, mais pode se harmonizar com os demais, assim como temos diferentes cores harmonizadas em uma pintura ou diferentes notas musicais em uma bela melodia.
O conceito3 de paz é um daqueles que parece ter passado pelo efeito do "telefone sem fio", e foi sendo esvaziado4 ao longo da história, gerando posições bem confusas, que mais têm a ver com passividade do que com paz propriamente dita.
Na etimologia da palavra paz, encontramos, no latim, pax e, no proto-indo-europeu, pak, que significa "travar", "fixar", "juntar". Ou seja, em geral, a paz estava relacionada [à] ideia de pacto, de acordo firmado, uma espécie de acordo de não agressão. A paz, então, tem a ver com acordo? Parece que sim. Os chamados filósofos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), por exemplo, propunham uma espécie de pacto, conhecido como contrato social, em que, por meio da imposição de uma série de regras, o homem passaria de um estado natural para o início da vida social e política. Mas será que é desse pacto que a paz trata? De uma imposição de regras que se cumpre por COERSÃO / COERÇÃO e medo, ou de um pacto do homem com sua própria consciência, que se cumpre voluntariamente para termos o PREVILÉGIO / PRIVILÉGIO de sermos verdadeiramente humanos?
Outro elemento importante para compreendermos é que a paz não é sinônimo de passividade. A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada: há um momento de conflito/desequilíbrio, que se resolve em um instante de harmonia e estabilidade, e assim por diante. Sem ambos os fatores, não mudamos de patamar, não passamos ao próximo degrau. Mas é um conflito momentâneo regido pela necessidade de crescimento de todos os envolvidos, e não o destrutivo conflito entre PRETENSOS / PRETENÇOS "donos da verdade". Logo, a paz significa um estado de bem-estar quando estamos alinhados com a natureza, e uma das necessidades da natureza é harmonizar, e outra é de crescer. Para isso, harmonia e conflito inteligentemente superado são necessários. Mas essa dualidade exterior nada tem a ver com o que acontece dentro do ser humano, que, coerente com seus valores e princípios em ambos os momentos, conserva um estado de serenidade e equilíbrio constante.
TÃOPOUCO / TAMPOUCO a paz tem [à] ver com passividade. Ser passivo, diante do mal e da injustiça, é ser agressivo por cumplicidade. Nosso corpo é um excelente exemplo de paz: harmonioso por dentro, mas atento a qualquer agressor que tente penetrar nele. Será a nossa imunidade belicista? Ou ela está a favor da vida? Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade, justiça, veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade, ódio, rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade.
A filosofia aponta-nos caminhos para que a gente pare de confundir paz com passividade e encontre na paz uma ação coerente e constante de busca de elevarmos nossa consciência para um patamar mais humanista, de tal maneira que interesse prioritariamente para nós o bem do todo, do outro, da comunidade humana, buscando [à] unidade para além das diferenças.
Procuremos celebrar, na nossa vida, aquelas coisas que dão ao ser humano um aprimoramento no sentido de se tornar cada vez mais verdadeiramente humano. E é claro que a filosofia trabalha exatamente para essas questões: ela nos abre caminho para que possamos ter uma visão mais reflexiva sobre a vida, o seu sentido e o sentido da nossa presença no mundo.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7023626-sobre-a-paz.html. Acesso em: 01 jan. 2025. Adaptado.)
O texto a seguir deve ser lido com atenção para responder à questão.
Sobre a Paz
A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada
01/01/2025|LÚCIA HELENA GALVÃO — Professora, escritora, palestrante, compositora e professora de filosofia na Nova Acrópole
Vivemos em um tempo em que frases, como respeito [à] diversidade, harmonia e paz, aparecem naquelas nuvens de palavras que mais circulam nos diálogos1 virtuais, algumas expressas em conceitos que se distanciam bem da origem dessas palavras. Sob a luz da filosofia prática, vale refletirmos sobre esses temas.
Na natureza, a diversidade, por exemplo, não é uma diferenciação para opor as partes, para colocá-las em conflito, mas é o reconhecimento do valor de cada parte para que possamos compor um todo harmonioso2 . Quanto mais cada um de nós reconhece sua própria identidade, mais pode se harmonizar com os demais, assim como temos diferentes cores harmonizadas em uma pintura ou diferentes notas musicais em uma bela melodia.
O conceito3 de paz é um daqueles que parece ter passado pelo efeito do "telefone sem fio", e foi sendo esvaziado4 ao longo da história, gerando posições bem confusas, que mais têm a ver com passividade do que com paz propriamente dita.
Na etimologia da palavra paz, encontramos, no latim, pax e, no proto-indo-europeu, pak, que significa "travar", "fixar", "juntar". Ou seja, em geral, a paz estava relacionada [à] ideia de pacto, de acordo firmado, uma espécie de acordo de não agressão. A paz, então, tem a ver com acordo? Parece que sim. Os chamados filósofos contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau), por exemplo, propunham uma espécie de pacto, conhecido como contrato social, em que, por meio da imposição de uma série de regras, o homem passaria de um estado natural para o início da vida social e política. Mas será que é desse pacto que a paz trata? De uma imposição de regras que se cumpre por COERSÃO / COERÇÃO e medo, ou de um pacto do homem com sua própria consciência, que se cumpre voluntariamente para termos o PREVILÉGIO / PRIVILÉGIO de sermos verdadeiramente humanos?
Outro elemento importante para compreendermos é que a paz não é sinônimo de passividade. A paz propõe, por um lado, o conflito e, por outro, a harmonia, como quem sobe uma escada: há um momento de conflito/desequilíbrio, que se resolve em um instante de harmonia e estabilidade, e assim por diante. Sem ambos os fatores, não mudamos de patamar, não passamos ao próximo degrau. Mas é um conflito momentâneo regido pela necessidade de crescimento de todos os envolvidos, e não o destrutivo conflito entre PRETENSOS / PRETENÇOS "donos da verdade". Logo, a paz significa um estado de bem-estar quando estamos alinhados com a natureza, e uma das necessidades da natureza é harmonizar, e outra é de crescer. Para isso, harmonia e conflito inteligentemente superado são necessários. Mas essa dualidade exterior nada tem a ver com o que acontece dentro do ser humano, que, coerente com seus valores e princípios em ambos os momentos, conserva um estado de serenidade e equilíbrio constante.
TÃOPOUCO / TAMPOUCO a paz tem [à] ver com passividade. Ser passivo, diante do mal e da injustiça, é ser agressivo por cumplicidade. Nosso corpo é um excelente exemplo de paz: harmonioso por dentro, mas atento a qualquer agressor que tente penetrar nele. Será a nossa imunidade belicista? Ou ela está a favor da vida? Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade, justiça, veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade, ódio, rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade.
A filosofia aponta-nos caminhos para que a gente pare de confundir paz com passividade e encontre na paz uma ação coerente e constante de busca de elevarmos nossa consciência para um patamar mais humanista, de tal maneira que interesse prioritariamente para nós o bem do todo, do outro, da comunidade humana, buscando [à] unidade para além das diferenças.
Procuremos celebrar, na nossa vida, aquelas coisas que dão ao ser humano um aprimoramento no sentido de se tornar cada vez mais verdadeiramente humano. E é claro que a filosofia trabalha exatamente para essas questões: ela nos abre caminho para que possamos ter uma visão mais reflexiva sobre a vida, o seu sentido e o sentido da nossa presença no mundo.
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2025/01/7023626-sobre-a-paz.html. Acesso em: 01 jan. 2025. Adaptado.)
"Temos que ser fiéis seguidores dos valores que caracterizam a natureza humana: fraternidade[,] justiça[,] veracidade etc., mas apenas certificando-nos de que, por dentro, não haja um espírito de parcialidade[,] ódio[,] rancor ou vingança, pois isso nubla nossa noção de justiça e veracidade."
SMA-TES-972-4177-1
SMA-TES-971-9509-6
SMA-TES-970-4931-1
Os dois primeiros grupos de caracteres se referem, respectivamente, à Secretaria e ao departamento que emitiu o ofício. Seguindo o padrão de identificação, qual deverá ser a identificação do segundo ofício após o último acima, no mesmo departamento e Secretaria?
• O primeiro número é 1.
• O segundo número é 2.
• A partir do terceiro termo, cada número da sequência é dado pela soma dos dois números anteriores, multiplicado pela posição atual na sequência.
Por exemplo:
• O terceiro termo é (1 + 2) x 3 = 9
• O quarto termo é (2 + 9) x 4 = 44
Seguindo esse padrão, qual é o valor do nono termo da sequência?
I. =MÉDIA(A1:A3)
II. =MÉDIA(A1,A2,A3)
III. =SOMA(A1:A3)/3
Com base no funcionamento das funções no Excel 2019, qual(is) dessas fórmulas retornará(ão) o valor correto da média dos números contidos nas células mencionadas?