Questões de Concurso Público Prefeitura de Jaguaribe - CE 2020 para Enfermeiro
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TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
I. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade, tornando comum a prática de atrocidades contra os seres. II. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade da vítima e da descartabilidade do agente. III. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês e adepto ao negacionismo científico. IV. O ser humano que recusa a verdade e reproduz a mentira colabora para que esse processo de desumanização aconteça. V. O ódio alimenta a desumanização que, por sua vez, influencia as atitudes empáticas que precisam ser despertadas na população.
É correto o que se afirma
TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
“Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo”.
TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
TEXTO I
Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano
Por Élio Gasda*
A desumanização é um processo que reduz a essência humana no indivíduo até eliminá-la. Desumanizar é eliminar restrições morais à crueldade. Agressões a animais despertam mais comoção e revolta do que a violência e a morte de crianças. Pessoas tratam seus bichos de estimação como filhos e apoiam linchamentos, chacinas e tortura. Desumano é quem perdeu a capacidade de ver o outro como ser humano. Uma sociedade desumanizada é aquela que define um grupo humano como não-humano, e que permite que esse grupo seja eliminado ou tenha negado seus direitos. Descartar pessoas tornou-se um fenômeno.
Sociedade desumana trata atos desumanos com banalidade. Um ato mau torna-se banal quando é vivenciado como se fosse comum. Monstruosidades tornam-se fatos corriqueiros por meio da superficialidade do agente e da descartabilidade da vítima. Quanto mais superficial alguém for, mais provável será que ceda ao mal. (...)
O servilismo também ajuda a entender a desumanização. O adesismo de parcelas da sociedade, mesmo aquelas formadas nos princípios morais, é um fato. Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras. Além de ser enganado, se recusar em saber a verdade. Ao formatar os seres humanos, o sistema os desumaniza para apenas encaixá-los na sua engrenagem. Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
A voz da consciência nos interpela sobre a responsabilidade de nossos atos. Podemos ouvir essa voz? Ainda temos acesso ao acervo de princípios éticos que nos alerta sobre o processo de desumanização em curso? Não precisamos mais fechar os ouvidos para a voz de uma consciência que incorporou o discurso da sociedade respeitável, a voz das “pessoas de bem”. São “humanos direitos” que não têm remorso. A desumanização não se origina do desconhecimento, mas da irreflexão. Entre todas as características, a mais determinante da desumanização é a incapacidade de pensar, de distinguir o certo do errado, a verdade da mentira. A superficialidade dos discursos medíocres avaliza a maldade. Acreditar é mais fácil do que pensar. É difícil pensar por si mesmo. A maioria repete o que lhes é dito. Conformistas, não aprenderam a duvidar. Resignados à ignorância dos lugares comuns.
Ubi dubium ibi libertas (onde há dúvida, há liberdade). Pensar é sair da mesquinhez do cotidiano, é refletir sobre os acontecimentos e dar significados. É buscar a verdade dos fatos por vias racionais. São muitas as informações, mas não se pensa sobre elas. O pensamento é diálogo silencioso consigo mesmo. Não é passividade, mas ação revolucionária. A desumanização impõe o desafio de educar para o pensamento imune aos clichês. Transmitir conhecimentos é imprescindível, mas educar para o pensamento é uma urgência.
O ódio desumaniza. No livro 1984 de George Orwell, os agentes do Grande Irmão assistiam sessões de ódio coletivo. Aparecia na tela a figura humana a odiar, e todos se sentiam transtornados por ela. A mídia parece servir-se dos mesmos procedimentos. Como definir aqueles que celebram a barbárie em um país que trata pessoas pior do que animais? Quem os ensinou a odiar? O ódio afeta o cérebro, emburrece. Quem odeia não tolera divergências. Não existem adversários, todos são inimigos. O ódio não faz parte da essência humana. Aprende-se a odiar (Mandela). (...)
Para você, quanto vale a vida dos ninguéns? “Menos do que a bala que os mata?” (Eduardo Galeano). Se eu não me importo com ninguém, alguém se importará comigo? Ninguém se humaniza desumanizando o outro. Somente psicopatas torcem para que pessoas morram ou sofram. Quem te deu o salvo-conduto para desejar a morte de alguém? Porque Jesus não foi. “É amando que o humano dá o melhor de si” (Nietzsche). Nada acima do ser humano. Nenhum ser humano abaixo de outro.
Analise sintaticamente os períodos a seguir:
I. “Um povo torna-se cúmplice da loucura do sistema na medida em que partilha das suas mentiras”.
II. “Os efetivamente responsáveis que se sentem culpados pelos tempos sombrios (Hannah Arendt) são poucos.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a
classificação das orações destacadas.
TEXTO II
TEXTO II
TEXTO II
Leia o trecho a seguir:
Em 1687, o governador-geral Matias da Cunha enviou uma expedição militar contra os Tapuias da região do Açu, que em fevereiro do mesmo ano se levantaram contra os portugueses. Diversos conflitos se seguiram e, em 1696, mais de 200 índios fugiram dos domínios portugueses. O conflito nesta região entre os índios e portugueses só foi resolvido quando o rei dos janduis, Canindé, morreu por malária, o que gerou o enfraquecimento da tribo. Entretanto, outros povos indígenas também estavam envolvidos neste conflito, como os “sucurus”, “ariús”, “tarairius”, alvos de extermínio. (...) teve fim com a dissolução dos terços do início do século XVIII. Contudo, ela não foi travada apenas na Paraíba e foi fundamental para a consolidação da colonização e para o prosseguimento da empresa colonizadora na capitania do Ceará.
Fonte: UFF (Universidade Federal Fluminense). Disponível em: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?revoltas_categoria=1687- levante-indios-paraiba. Acesso em 15 set 2020.
A narrativa refere-se a um importante evento que abriu portas
para a ocupação do ciclo do gado no meio-norte e que, de
certa forma, funda a ocupação em Jaguaribe-CE, séculos
antes da fundação da vila. Este evento é a
Fonte: DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra Secas) https://www.dnocs.gov.br/barragens/oros/oros.htm. Acesso em 16 set 2020. (Ocultar o final do link para não dar resposta)
A descrição acima refere-se à
Leia o trecho a seguir:
Na fala do chefe geral da EMBRAPA, num primeiro aspecto, temos a estratégia do encontro, a de aperfeiçoar com os presentes noções como “tradição”, “origem” e “artesanal” (exposto no título do evento), que pautariam a argumentação dos palestrantes em um processo comunicacional que pressupõe uma elucidação e unidade vocabular na perspectiva de vinculação do grupo (...). O cerne da questão do Simpósio de Fortaleza (2011), de acordo com o trecho, é resumido no “leite cru”, no “artesanal” e na “extinção”. Existe nessa escolha de palavras uma forte unicidade na curiosidade e no impacto passional. Novamente, parece-nos, surgem no trecho as regras de produção de visibilidade do bem cultural, no caso do saber fazer do queijo artesanal, um “visível” tomado como elaboração narrativa da iguaria como alimentomonumento ou patrimonial.
(ULISSES, Ivaneide. Consumo e tradição: a inserção do queijo coalho de Jaguaribe-CE no mercado de produtos de artesanais (1970-2010), 2016, p. 141-144)
A partir da leitura e dos seus conhecimentos acerca de Jaguaribe, correlacione corretamente as colunas a seguir:
A Controle de Qualidade
B Produção Artesanal
C Perda da Identidade
D Industrialização
( ) Revelado na manutenção da produção artesanal como forma indissociável da produção, cuidando dos aspectos tradicionais que envolvem a legitimidade do queijo coalho jaguaribano.
( ) Refere-se ao uso de instrumentos de certa forma rudimentares, como o fogo a lenha e o trabalho manual, além da criação pouco tecnológica das vacas.
( ) A todo custo os produtores de queijo coalho tentam evitá-la, para que não se perca o principal elemento que dá sucesso ao queijo.
( ) A presença da EMBRAPA simboliza a associação da tecnologia desse setor da economia, que, em certa medida, alia a característica artesanal aos novos conhecimentos técnicos e científicos desse processo.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, no
sentido de cima para baixo.
É a Capitania do Ceará bem considerável pela sua grandeza, como mostra um mapa bem circunstanciado, que o mesmo hábil Targine traçou de todo o seu território. Pela sua ilustração se conhece ser o ar saudável, o céu sereno, campinas amenas, serras fertilíssimas, rios caudalosos, maiormente na estação das águas. Os naturais Tapuias ou Caboclos (a que vulgarmente chamam índios), vivendo naquela indolência, que inclui nos seus habitantes os climas ardentes, contudo são suscetíveis de estímulos, e de condição de obrarem quanto um superior sábio e ativo lhe inspirar, não fugindo de os sujeitar pelas suas próprias inclinações, o que bem se verifica no Industão pelos ingleses, e na Pensilvânia pelos Quakers, pois é incompatível apareça um homem inábil tirado das mãos de um Diretor filósofo, e político e de um gênio facundo que sabe destruir quanto a ignorância inclui; por esta falta não dá aquela Capitania as consideráveis riquezas, que ela ofereceu à sua capital e se vê tão destituída, desprezada, e inculta desde o seu descobrimento.
(STUDART, Guilherme, 1856-1938. Notas para a História do Ceará. 2004. p.493-494 Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1090/702791.pdf Acesso em 16 set 2020)
De acordo com o trecho supracitado, de que maneira a figura do tapuia é retratada pelo Barão?
Fonte: DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra Secas) https://www.dnocs.gov.br/barragens/castanhao/castanhao.html Acesso em 15 set 2020. para não dar resposta)
De acordo com o trecho supracitado, de que maneira a figura do tapuia é retratada pelo Barão?
Observe a pintura de Albert Eckhout, Dança dos Tapuias, séc. XVII, e leia o trecho a seguir:
A representação retrata um dos povos que precedem a
ocupação portuguesa no Ceará. Assinale a alternativa que
melhor representa a identidade e as características de modos
de vida desse grupo:
(ULISSES, Ivaneide. Consumo e tradição: a inserção do queijo coalho de Jaguaribe-CE no mercado de produtos de artesanais (1970-2010), 2016, p. 144).
A fotografia representa o baião de dois com coalhada, prato típico da cultura jaguaribana e regional, feito com arroz, feijão de corda, carne seca, cheiro-verde, coentro, pimenta do reino e queijo coalho. A origem desse prato deve-se
No Brasil a Instrução Normativa nº 30, de 26 de junho de 2001 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabelece características distintivas para o processo de fabricação, com coagulação em torno de 40 minutos, corte e mexedura da massa, remoção parcial do soro, aquecimento da massa com água quente ou vapor indireto até obtenção de massa semi cozida (até 45 ºC) ou cozida (entre 45 º e 55 ºC)*, adição de sal (cloreto de sódio) à massa, se for o caso, prensagem, secagem, embalagem e estocagem em temperatura média de 10 – 12 ºC normalmente até 10 (dez) dias. Pode ainda ser elaborado a partir de massa crua (sem aquecimento) (BRASIL, 2001). De maneira geral, a fabricação de queijos é basicamente um processo de concentração do leite, envolvendo etapas como coagulação, sinérese, corte da coalhada, enformagem/prensagem, salga, podendo ainda ser maturado ou não (PAULA; CARVALHO; FURTADO, 2009).
(SILVA, Priscila. Caracterização físico-química, microbiológica e perfil de textura instrumental de queijo coalho da região do vale do Jaguaribe-CE. Dissertação de mestrado, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará, Campus de Limoeiro do Norte, CE. 2017, p. 15. Disponível em: https://ifce.edu.br/limoeirodonorte/arquivos_pgta/dissertacoes/silva-p-l2017-pgta-ifce.pdf Acesso em 16 set 2020)
De acordo com as características do modo de preparo do queijo coalho, a tradição artesanal em seu preparo e as condições ambientais da região de Jaguaribe, atribua V para as assertivas verdadeiras e F para as assertivas falsas quanto às relações que pode-se fazer entre clima e o processo produtivo do queijo coalho:
( ) O clima equatorial, com temperaturas que variam, em média, entre 30ºC-37ºC. ( ) A criação de gado leiteiro com baixo nível de estresse, não confinado. ( ) A baixa umidade e grande insolação solar. ( ) As altas variações de temperatura (amplitude térmica) em razão de continentalidade.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, no sentido de cima para baixo.
(ULISSES, Ivaneide. Consumo e tradição: a inserção do queijo coalho de Jaguaribe-CE no mercado de produtos de artesanais (1970-2010), 2016, p. 144).
Sobre a distribuição das queijarias, pode-se concluir, após análise do mapa, que