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Por que sou contra o estatuto do desarmamento
Há, aproximadamente, dez anos, o povo brasileiro foi
às urnas participar de um referendo que restringia o uso de
armas de fogo. Com isso, acreditava que o índice de homicídio
e a violência generalizada pelo uso de arma de fogo seriam
sanados no país. No entanto, dados do Mapa da Violência
(apresentado em maio deste ano) mostram que, entre 1980 e
2012, houve um aumento de 387% do número de mortes por
armas de fogo. Neste mesmo período, a população brasileira
cresceu 61%. Pelo menos 116 pessoas morreram por dia no
Brasil em 2012 por disparos de armas de fogo. É o equivalente
a impressionantes 4,8 mortes por hora, índice parecido ou
superior ao registrado em países em guerra. Ou seja, ao longo
dos anos, o Estatuto do Desarmamento mostrou ser um
fracasso, quando restringe o cidadão de garantir sua própria
defesa e, ao mesmo tempo, não desarmou aqueles que
utilizam uma arma para vários tipos de crimes.
(...)
O Estatuto do Desarmamento não é solução para a
violência. É preciso promover o fortalecimento das instituições
do Estado, do sistema penitenciário e do sistema de
segurança pública como um todo e realizar reformas do
Código Penal. O Estatuto não tem eficácia, além de tirar o
direito do cidadão comum de se defender da insegurança e
concentrar as armas nas mãos dos bandidos, já que esses
jamais entregarão seus armamentos.
Disponível em
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2015/11/15/inter
na_politica,610442/porque-sou-contra-o-estatuto-do-desarmamento.shtml.
Acesso em 25.mar.2020.