Um menino de 02 anos de idade, natural e procedente
de Aracaju, bairro Mosqueiro, é trazido ao pronto socorro
com história de febre intermitente associada a sudorese
noturna com cerca de 6 meses de evolução. Calendário
vacinal atualizado, sem história de atopia em familiares.
Nega perda ponderal durante esse tempo. Apresenta
desenvolvimento neuropsicomotor adequado. Genitora
refere que há três dias, ele iniciou quadro de tosse seca
sem coriza, associado a “chiado” no peito. Ao exame
físico: em BEG, ativo, reativo, hipocorado ++/4, pele e
fâneros sem alterações, acianótico, anictérico, febril (T
38°C), FR 58ipm com tiragens intercostais leves. Peso:
13kg. Presença de linfonodos palpáveis, em cadeias
cervical, submandibular, axilar e inguinal, todos móveis,
não aderentes a planos profundos, indolores e com
consistência fibroelástica, sendo que os maiores mediam
1,0 cm de diâmetro em cadeia cervical anterior. Aparelho
respiratório: MV bem distribuído em ambos HT, com
sibilos difusos. Aparelho cardiovascular sem alterações.
Abdome plano, flácido, indolor à palpação, apresentando
fígado a 4cm abaixo do RCD, e baço a 5cm do RCE.
Realizados exames complementares: Hemoglobina:
10g/dl. Hematócrito: 30%. Leucócitos totais: 16.000
(20% neutrófilos, 3% bastões, 30% linfócitos, 2%
monócitos, 45% eosinófilos). Plaquetas: 310.000/mm3.
Radiografia simples de tórax: não disponível. Diante do
quadro clínico e laboratorial apresentado, qual é a
hipótese diagnóstica mais provável?